O UNO E O TODO DA CRIAÇÃO


Após tanto tempo, sabemos que o Druída ensinava uma filosofia ao mesmo tempo espiritualista. Apesar de todos os avatares e entidades protetoras de toda sorte, um só Espírito não criado rege nosso Mundo e o Universo.

E justamente este Universo o Druída o representava e o representa, sempre, por três círculos, ou digamos, sobretudo, por três “espirais” concêntricos.

O Gwenwed, ou mundo branco, envolto por Abred, onde se passam as encarnações com tudo o que isto comporta, como vicissitudes e enfim Keugant, além do qual nada pode existir a não ser OIV.

Também sabemos que o cosmos, mesmo onde há vida, está cheio de uma “substância”, um fluido, sobretudo, o Nwyre, o Nous dos místicos, impalpável, misterioso, mas infundido de vibrações, sendo ele mesmo vibração. Este Nwyre engendra os diversos campos de força, as outras vibrações, os outros elementos.

Sem Nwyre, nada existe, falando genericamente. Os quatro elementos são representados por triângulos equiláteros: vértice para o alto – o fogo; vértice para baixo – a água; vértice para o alto e cortado – o ar; vértice para baixo e cortado – a terra.


Todo o conjunto nos da à estrela de seis pontas. Ou ainda, podemos inscrever o todo num grande círculo que representa o fogo no qual se inscreve um triângulo equilátero e neste ultimo um quadrado que circunscreve um círculo menor. E tudo isto, bem entendido, nós dá uma espécie de turbilhão “etéreo”, condensação energética de Nwyre.

Mas, lembremo-nos que a energia física que suporta a matéria inanimada e a matéria vivente, se superpõe, portanto, á energia espiritual. Sabemos que a imensidade, onde os tempos se desenrolam irreversivelmente, está plena do sopro divino que sempre o criou e o anima. E isto, desde os tempos imemoriais, o Druida ensina a seus Marcassins.


Neste Universo onde tudo é vibração, número medido e pesado, o Druida se aplica em equilibrar os três ternários humanos, o corpo, a alma, o espírito, ou ainda, o corpo físico, o corpo anímico, o corpo espiritual, tudo envolto na “quinta essência”. E é à força da meditação, da sabedoria e de pesquisa (busca) da Verdade que o bem de tudo será efetivo.

A busca contínua do UNO no TODO. É a isto que devemos nos esforçar por ocasião de nossas meditações.