MARTINISMO INDEPENDENTE E O SISTEMA DE ORDEM MARTINISTA ORGANIZADA

Pelo Amado irmão Monte Cristo SI


Apesar de constantemente ouvirmos falar em Martinismo e nas diversas Ordens Martinistas, há diferenças substanciais entre ambas.

Ordem Martinista de forma genérica caracteriza uma forma de organização administrativa criada por Papus e Chamboseau tendo como base a estrutura organizacional maçônica, senão vejamos:


A Maçonaria simbólica foi e continua sendo dividida em 3 graus : Aprendiz, Companheiro e Mestre, as Ordens Martinistas conservaram esta divisão trina em Associado, Iniciado e SI, assim como a estrutura Maçônica, a cada grau existe uma iniciação própria, assim como sinais, toques e palavras.


A estrutura hierárquica também é comum entre as duas fraternidades, sendo que na maçonaria temos: Venerável Mestre, primeiro e segundo vigilantes, orador, secretário, cobridor ou Guarda templo etc., na estrutura da maioria das Ordens Martinistas temos : Mestre, Associado, Iniciado, Guardião, Orador, Secretário, etc.


Também a estrutura política e administrativa é bastante semelhante, com a existência de um poder central ou um Grande mestre com inspetores ou delegados regionais.


O Templo em ambas as Organizações é geral em configurado num formato quadrilongo, tendo o Presidente da loja assento no Oriente e seus assistentes localizados entre os eixos norte e sul.


Tanto a maçonaria quanto as Ordens Martinistas mantém um código imutável, ou seja leis tradicionais a serem cumpridas e observadas com inflexível Constancia, estas leis são chamadas "Landmarks" . Em numero de 12 são estes os landmarks na média aceitos pela maoria das Ordens Martinistas:


1)Convicção em um único Deus, independente do nome que se dê a ele, e a prece a Yeoschuah são as primeiras características a serem observadas. Os Martinistas são essencialmente Cristãos, e Yeoschuah (o Cristo) é invocado por todos como o Grande Arquiteto do Universo. A profunda convicção em um Deus é uma característica essencial de qualquer grupo iniciático autêntico. Sem esta peculiaridade todos os juramentos não teriam sentido e seriam proferidos no vazio da consciência. Mesmo sendo Cristãos não religiosos nem dogmático, os Martinistas se esforçam para serem tolerantes e assim pensadores livres e estudantes das verdades eternas.


2)A Iniciação é o segundo ponto importante, é necessário se manter uma linhagem iniciática que remonta a Louis-Claude de Saint Martin (que é chamado de Filósofo Desconhecido ou Superior Incógnito) ou uma iniciação que remonta a Martinez de Pasqually. Este é o maior legado que um estudante Martinista pode querer, após anos de estudo e dedicação ele recebe como prêmio de sua persistência apenas um símbolo de duas letras e alguns pontos.... É com este legado é que se faz um Martinistas, este legado que aos olhos profanos pode parecer irrelevante, é para quem o tem e o compreende seu mais precioso tesouro. Esta transmissão pessoal da iniciação é considerada como uma essência espiritual que une a todos como uma fraternidade. Há diferentes caminhos para se chegar a todos os lugares, no Martinismo há diferenças entre a afiliação Russa, a afiliação que veio de Papus, a afiliação que veio de Chaboseau, mas invariavelmente todas são afiliações que, em cada e todo caso, remontam pessoalmente a Saint Martin ou Pasqually. Esta não é uma afiliação meramente burocrática ou organizacional mas uma afiliação de desejo, uma afiliação espiritual.


3)A Estrutura hierárquica em graus é também uma importante característica. Organizado por Papus, esta estrutura consiste em dois graus preparatórios e um grau SI. Todas as Ordens Martinistas trabalham com a mesma estrutura, embora se observe algumas variações nos nomes dos graus como apresentaremos mais adiante. Na maioria o primeiro grau é chamado "Associado"; segundo, "Iniciado"; e o terceiro " Incógnito ", " Superior" ou ainda " Superior ou Servidor Incógnito"


4) A Transmissão da Iniciação de pessoa para pessoa como já apresentado, por si só é um item indispensável ao Martinismo. Esta Iniciação é feita de forma pessoal, jamais por correspondência ou por meios "virtuais". Ela deve ser realizada por um Iniciador autorizado embora em alguns casos a autorização não o credencie para tão importante ato. A Iniciação deve ser um presente dado pelo Iniciador para quem tenha demonstrado competência, esforço e merecimento. O Iniciador pode ser conhecido por vários títulos diferentes, Iniciador, Initiateur Libre, Mestre Provincial, Mestre de Heptada, Superior Incógnito ou ainda Filósofo Desconhecido, em todos os casos eles significam quase a mesma coisa, sendo a sua autoridade recebida por outro Iniciador ou adquirida pela conquista dos graus correspondentes. Um ponto bastante controverso é quanto à independência de cada Iniciador, este deve ser Livre e não ter vínculos temporários e ocasionais. Permanece ao discernimento do Iniciador conferir as iniciações aos buscadores sinceros, ele deve ter a suficiente percepção da hora e do momento de conceder a caridade espiritual ao Homem de Desejo. Um Iniciador nunca deve conferir a iniciação no meramente curioso, ou naqueles que buscam a Iniciação para satisfazer os próprios egos exteriores, ou ainda àqueles que buscam a iniciação para fins escusos, o Martinismo jamais tem como objetivo a multidão. Os Iniciadores tem que fazer todo esforço para preservar a sua herança, e passar isto intacto para a posteridade, deve ainda assegurar que a tradição nunca será pechinchada, negociada ou vendida.


5) Respeito e reverência aos Mestres do Passado são a quinta característica a ser observada. Foram eles que criaram, contribuíram e moldaram a nossa tradição, e que passaram a nós a afiliação recebida. Alguns deles são conhecidos: Papus, Sédir, Mestre Philippe. Outros só são conhecidos nos círculos internos. Alguns trabalharam arduamente atrás da máscara e nunca saberemos seus nomes. Os Martinistas invocam a presença deles em todas as reuniões, e busca com isto a correta direção dos seus trabalhos e a providencial proteção.


6) A liberdade fundamental do Martinista em procurar ele próprio caminho da reintegração é a sexta característica fundamental. As Ordens Martinistas tiveram desde cedo um programa de instrução onde certos símbolos fundamentais são vivenciados, estudados e discutidos, cada Iniciador ou o Presidente de Grupo foi instruído de acordo com a Tradição, e logicamente com a compreensão e do interesse do seu grupo. Desta forma o Martinismo é flexível, adaptado ao seu meio e não deve ter uma estrutura rígida fora das suas características naturais, o caminho de reintegração é pessoal. Assim, alguns trabalharão dentro de uma Ordem, alguns dentro de outra, e alguns trabalharão com um pequeno grupo e outros ainda trabalharão sós como Livres Pensadores. Isto é como sempre foi.


7) A Convicção no processo de reintegração é necessário para se emergir da Floresta de Erros. Na Doutrina de Pasqually sempre se afirmou que o Homem está Caído, perdido em privação, e perdeu todos os privilégios do estado que ele tinha antes da precipitação. A função das escolas de Don Martinez e de Saint Martin sempre foi recordar ao Homem as Glórias que ele tinha no estado original e assim motivá-lo ao caminho do retorno. Alguns preferirão seguir o caminho operativo Teúrgico, outros o Caminho do Coração ou a senda mística, seja qual for o caminho, a jornada deve ser empreendida e completada.


8) Um fundamento jamais dispensável é a utilização das vestes e das ferramentas simbólicas do Martinismo, ou seja, o Manto, a Máscara e o Cordão. Sinceramente tanto faz se o Manto é preto, branco ou vermelho; se o cordão é dourado ou prateado ou se tem três laços, cinco laços, ou nenhum. Todos os Martinistas devem fazer o uso destes três símbolos profundos, e o significado subjacente deles é em todos os casos o mesmo.


9) O uso de três cores simbólicas: o negro, o vermelho, e branco. Como com o Manto, a Máscara e o Cordão estas cores são de uso universal, e o simbolismo delas é explicada em todos lugares sempre do mesmo modo.


10) A décima característica é a presença da chamada trilogia de luzes ou tríplice luminária que invariavelmente é encontrada sobre um altar. Neste observamos três velas brancas, dispostas em forma triangular. Em algumas Lojas eles são só usados em dois graus, em outros em todos os três, mas jamais em nenhum. Novamente o simbolismo sempre é o mesmo.


11) O Pantáculo é também universal. Embora em algumas Ordens este símbolo importante esteja no Leste, em outros sobre a cadeira do Iniciador, em outros em ambos os lugares. Este símbolo está presente em todos os documentos Martinistas.


12) A estação dos Mestres do Passado é o último aspecto comum a ser observado. Em todo Templo Martinista, a estação dos Mestres do passado é um lugar, uma cadeira ou mesa ou altar, com uma vela, representando os Mestres do Passado da Ordem, e da família Iniciática. Pode ser mais decorado, pode ser mais simples, mas a vela sempre está presente, ela iluminou todas as cerimônias Martinistas e representa a prece aos Mestres do Passado, representa também a presença deles nas assembléias e reuniões e, finalmente, representa as aspirações para a união com o Todo.


Também em numero de 12 Landmarks Maçônicos são os seguintes:
1. Maçonaria é uma fraternidade iniciática que tem por
fundamento tradicional a fé em Deus, O Grande Arquiteto do Universo.


2. A Maçonaria refere-se aos "Antigos Deveres" e aos
"Landmarks" da Fraternidade, especialmente quanto ao absoluto
respeito das tradições específicas da Ordem , essenciais à
regularidade da Jurisdição.

3. A Maçonaria é uma ordem, à qual não podem pertencer senão
homens livres e de bons costumes , que se comprometem a pôr
em prática um ideal de paz.

4. A Maçonaria visa ainda, o aperfeiçoamento moral dos seus
membros, bem como, de toda a humanidade.

5. A Maçonaria impõe a todos os seus membros a prática exata
e escrupulosa dos ritos e do simbolismo, meios de acesso ao
conhecimento pelas vias espirituais e iniciáticas que lhe são
próprias.

6. A Maçonaria impõe a todos os seus membros o respeito das
opiniões e crenças de cada um. Ela proíbe-lhes no seu seio toda
a discussão ou controvérsia, política ou religiosa. Ela é ainda
um centro permanente de união fraterna , onde reinam a tolerante
e frutuosa harmonia entre os homens, que sem ela seriam
estranhos uns aos outros.

7. Os Maçons tomam as suas obrigações sobre um volume da
Lei Sagrada, a fim de dar ao juramento prestado por eles, o
caráter solene e sagrado indispensável à sua perenidade.

8. Os Maçons juntam-se, fora do mundo profano, nas Lojas
onde estão sempre expostas as três grandes luzes da Ordem:
um volume da Lei Sagrada, um esquadro, e um compasso,
para aí trabalhar segundo o rito, com zelo e assiduidade e
conforme os princípios e regras prescritas pela Constituição
e os Regulamentos Gerais de Obediência.

9. Os Maçons só devem admitir nas suas lojas homens maiores
de idade, de ilibada reputação, gente de honra, leais e
discretos, dignos em todos os níveis de serem bons irmãos,
e aptos a reconhecer os limites do domínio do homem e o
infinito poder do Eterno.

10. Os Maçons cultivam nas suas Lojas o amor da Pátria, a
submissão às leis e o respeito pelas autoridades constituídas.
Consideram o trabalho como o dever primordial do ser humano
e honram-no sob todas as formas.

11. Os Maçons contribuem pelo exemplo ativo do seu
comportamento são, viril e digno, para irradiar da Ordem
no respeito do segredo maçônico.

12. Os Maçons devem-se mutuamente, ajuda e proteção
fraternal, mesmo no fim da sua vida. Praticam a arte de
conservar em todas as circunstâncias a calma e o equilíbrio,
indispensáveis a um perfeito controle de si próprio.


Alguns autores chegam a definir as Ordens Martinistas como sendo organizações Paramaçônicas ( somente para citar um exemplo, podemos mencionar Jean Saunier em seu livro "A Sinarquia, ou o velho sonho de uma sociedade nova" página doze terceiro parágrafo), o que no mínimo é um grande exagero pois há influencias Martinistas dentro da maçonaria, assim como acabamos de expor há influencias Maçônicas nas Ordens Martinistas.

Em resumo, podemos numa analise sem muita complexidade, considerar que Papus e Chamboseau, ambos Maçons influentes e de grande destaque no inicio do século 20, ao perceberem que tinham um legado em comum advindo de forma ininterrupta da mesma fonte, resolveram sintetizar o conhecimento e a tradição recebida em um sistema de "Ordem" ao qual agregaram o termo "Martinista" em homenagem ao Filosofo, Teurgo e Maçom Francês Louis Claude de Sant Martin, o "Filosofo Desconhecido", discípulo e um dos principais auxiliares de Dom Martinez de Pasqually, chefe e criador do sistema maçônico denominado Ellus Cohem do Universo.

Papus e Chamboseau ambos herdeiros espirituais de Saint Martin por diferentes linhagens, encontraram na Maçonaria e na sua estrutura muito bem testada e difundida, um solo fértil para seus objetivos filosóficos.

É evidente que antes da fundação da "Ordem Martinista" original, não havia nenhuma organização administrativamente organizada com esta denominação, portanto antes de Papus e antes de Chamboseau, não existia nenhuma "Ordem de Martinistas" ou estrutura semelhante.

Com o passar dos anos, também a Ordem Martinista original sofreu diversos processos de dissidência, processos estes que se desdobraram em diferentes Ritos, potencias, obediências, exatamente como já havia ocorrido na Maçonaria. Desta forma temos nos dias de hoje, dezenas de Ordens Martinistas com diferentes denominações e dezenas de "Ritos" Maçônicos com dúzias de potencias e obediências.

Sobre este aspecto, tanto da Fraternidade Martinista, quanto da fraternidade Maçônica longe de ser negativa, reflete exatamente a necessidade humana em vivenciar experiências através da diversidade.

Voltemos pois ao ponto focal deste artigo, ou seja as diferenças entre os termos "Martinismo independente, Circulos Martinistas, etc " e "Ordens Martinistas". Enquanto as "Ordens" se caracterizam por uma forma administrativa bem solidificada, com lideranças e hierarquia bem definidas, o Martinismo se caracteriza exatamente pela ausência quase que total de lideranças centralizadas, estrutura definida ou um padrão rígido do ponto de vista organizacional.

Porém as diferenças não são somente organizacional, são também estruturais. Enquanto as Ordens Martinistas garantem uma forma de aprendizado intelectual, moral, filosófico e místico aos seus afiliados, os Martinistas independentes são focados apenas no desenvolvimento espiritual dos seus obreiros, não há preocupações hierárquicas, políticas, expansionista, ou de convivência social.

Os Martinistas independentes não são reconhecidos pelas Ordens Administrativamente organizadas, os primeiros são desprovidos de sinais, toques e palavras de reconhecimento o que logicamente os impedem de serem admitidos nos trabalhos templários.

Esta forma de aplicação Martinista tem e continua tendo forte influencia Russa e do Leste Europeu em geral, porém é praticada em alguns paises da América do Sul, especialmente Chile, Colômbia e Venezuela, no Brasil alguns grupos foram formados a partir de uma tradição Francesa quase extinta e muito pouco praticada no solo natal.

Somando-se o que se imagina haver de Martinistas independentes nas Américas e Europa Ocidental, o numero de praticantes não chega a 1% do total de Martinistas afiliados no sistema de Ordens, porém é de extrema importância a sua continuidade, pois no mínimo mantém viva a forma original idealizada por Saint Martin e seus Filósofos Desconhecidos.

Há na verdade um debate bastante caloroso sobre a questão da Livre Iniciação e a Iniciação orientada no sistema de Ordens, a bem da verdade uma vertente absolutamente não substitui a outra e ambas tem sua importância e sua finalidade.

Sobre a aparente contradição entre a visão organizada de Papus no ramo de Ordens e a liberdade idealizada por Saint Martin , foi objeto de um discurso de Jean Chamboseau:

"É justamente neste ponto que aparece a profunda contradição existente, de um lado, entre o desejo de liberdade interior que deve desprender-se de todo formalismo para permitir à personalidade espiritual estabelecer-se e definir-se fora de toda classe de coletividades e, de outro lado, esta espécie de desmentido ao anterior que parecem aportar certos ocultistas dos fins do século XIX, ao criar suas associações, Ordens e Sociedades."
"Existe uma qualidade de alma que caracteriza essencialmente o verdadeiro Martinista, é aquela afinidade entre espíritos unidos por um mesmo grau em suas possibilidades de compreensão e adaptação, por um mesmo comportamento intelectual, pelas mesmas tendências, de tudo o qual se segue a constatação obrigatória de que o Martinismo está composto, exclusivamente, de seres isolados, solitários, que meditam no silêncio de seu gabinete, buscando sua própria iluminação."
"Cada um destes seres tem o dever, uma vez que adquiriram o conhecimento das leis do equilíbrio, de transmitir a compreensão adquirida ao seu redor, a fim de que aqueles que forem chamados a compreender, participam daquilo que ele cria, por sua vida espiritual ou pela verdade que encerra. É aqui, então, que intervém a "missão de serviço" do Martinismo e é somente neste sentido que esta corrente espiritual especial encontra seu lugar na Tradição Ocidental."
"É isto é tão verdadeiro que sempre se manteve nos diferentes Ramos Martinistas, o regime da Iniciação Livre, em forma paralela àquela que se conferia nas Lojas, como uma recordação daquela liberdade individual de que dispunha todo verdadeiro Martinista e que, em princípio, está por cima de toda "Obediência"."
Em conseqüência, existe uma grande contradição entre o espírito digno e livre do nosso Venerável Mestre Saint-Martin, de seus sucessores, os "Superiores Incógnitos". e a atitude de alguém que se sentiu o exclusivo depositário da Tradição do Filósofo Desconhecido, declarando-se possuidor da categoria de regulador supremo desta Iniciação e o único Martinista regular, excluindo a todos os que não o seguissem.
Ainda mais, devemos recordar que cada Filósofo Desconhecido ( também chamado de Livre Iniciador ) ou Presidente de Grupos ou Lojas Martinistas pode dar à sua coletividade a orientação espiritual que julgue mais conveniente, de acordo com sua consciência, conhecimento e experiência ( logicamente arcando com a responsabilidade de seus erros e enganos)
Jean Chaboseau, ex-Grão Mestre da Ordem Martinista Tradicional, continua afirmando:
"As distensões de toda espécie nada mais são do que a prova da ilegitimidade fundamental de toda Ordem Martinista oficializada."
"Sinceramente desejo, em razão desta circunstância, que o Martinismo volte a ser o que sempre devia ter sido: uma simples associação de espíritos unidos pelas mesmas aspirações espirituais e guiados pelas mesmas investigações, sob a luz do Cristo... fora de toda e qualquer preocupação de Ordem ou Obediência."
"O Martinismo é essencialmente Cristão. Não se pode conceber um Martinista que não seja um fiel discípulo de Jesus Cristo ( Yeschouá) , o Salvador e Reconciliador, Encarnação do Verbo!". "Porém, parece que um grande número de Martinistas não esteve, ou não está compenetrado deste espírito perfeitamente universal na mais ampla significação do termo. Desejando singularizar-se, particularizar-se, desejando presidências, Grão-Mestrados, títulos, graus e honras, em nome de um Filósofo no qual a modéstia e a sensibilidade eram proverbiais, parecem ter esquecido um dos primeiros princípios ou preceitos cristãos... "


Num próximo artigo iremos abordar a forma de trabalho dos Grupos martinistas independentes.

 

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