Os Mestres do Venerável Mestre



"Se eu não tivesse encontrado Deus,
jamais meu espírito teria podido fixar-se
em algo sobre a terra".
O Filos::: Desc:::


Se bem que o Martinismo possa definir-se como sendo a doutrina conforme o espírito e não somente à letra de Saint-Martin, a personalidade e a obra do Filósofo Desconhecido, permaneceu, entretanto, como base desse ensinamento. Depois de tê-lo situado na sua época e em seu país, vejamos que tipo de homem foi Saint-Martin e como se modelou o seu espírito. Ele deixou-nos sobre sua vida e sobre suas afeições, páginas deliciosas e profundas. Melhor que quaisquer comentários, elas saberão delinear seu rosto bondoso num sorriso enigmático. O conhecimento "por simpatia" do Teósofo, permitirá, talvez, perceber melhor sua profunda elasticidade que é, exatamente, a mesma do Martinismo.


Nas primeiras páginas de seu Portrait, entre esses esboços tão delicadamente puros de estilo e de pensamento, o próprio Saint-Martin nos diz que tinha "pouco de astral", e acrescenta: "A Divindade me recusou um máximo de astral porque queria ser meu móvel, meu elemento e meu termo universal"(8). Sua alma sensível e meditativa, seu próprio corpo do qual recebeu somente um "projeto", (9) predispunha Saint-Martin a seguir o caminho interior. Ele próprio nô-lo afirma: "Na minha infância não consegui persuadir-me de que os homens conhecedores das doçuras da razão e do espírito, pudessem ocupar-se, por um momento, das coisas da matéria". (10) Acima de tudo Saint-Martin buscava Deus. Teria em si, incessantemente, esta sede do Bem, do Belo, do Verdadeiro que só Deus pode saciar. "Todos os homens podem ser-me úteis, escreveria um dia, mas nenhum deles poderia jamais, satisfazer-me: Deus me basta". (11) A estes pendores naturais, juntaram-se, para os acentuar, a primeira educação e as primeiras leituras. Uma madrasta, inteligente e piedosa, substitui junto a Louis Claude, a mãe desaparecida muito cedo. Seu filho adotivo, que ela concebeu segundo o espírito, dela falou, nestes termos gratos e ternos: "Eu tenho uma madrasta a quem devo, talvez, toda a minha felicidade, pois foi ela quem me deu os primeiros elementos de uma educação doce, atenta e piedosa que me fez amar Deus e os homens".(12) A influência desta mulher sobre Saint-Martin, foi considerável. A religião íntima que lhe ensinou, permaneceu sempre gravada no coração do Filósofo Desconhecido. O exemplo e as palavras da primeira mulher que influenciou a vida de Saint-Martin, juntou-se à escolha das leituras. Foi graças a ela, sem dúvida, que Saint-Martin pode ler Abbadie. As obras de Jacques Abbadie, "ministro" protestante de Genebra, iluminaram as longas horas do Colégio de Pontlevoi. Elas se endereçavam ao homem, não somente ao intelecto - correspondia assim às aspirações do jovem Louis Claude. A arte de conhecer-se a si mesmo, reforçou em Saint-Martin, o gosto pelo estudo de si próprio, não da análise, decepcionante e estéril, mas da reflexão fecunda da marcha do caminho do Coração. Pela feliz inclinação que ajudou a despertar em sua alma, Abbadie bem merece ser chamado o "iniciador" de Saint-Martin. (13) Também Pascal exerceu uma influência precoce sobre o Filosofo Desconhecido e, veremos que ele acentuou sua concordância moral e metafísica.


Deste modo, se constitui e frutifica em Saint-Martin, o tesouro da verdade que permanecerá sempre com ele e cujo valor, jamais deixará de conhecer. "Quando tinha 18 anos, disse-me, no meio das confissões filosóficas que os livros me ofereciam: existe um Deus, eu tenho uma alma, não é necessário mais nada para ser sábio e, foi sobre essa base que se ergueu todo o meu edifício". (14) Dir-se-á que o vigário Saboiano não falará de outro modo. Entretanto, nada seria mais falso que ver nesta frase a profissão de fé de um deísta.
"Dou mais valor a um idólatra do que a um deísta, diz ainda Saint-Martin, porque este abjura e proscreve toda comunicação entre Deus e o homem, enquanto o outro, apenas se engana sobre o órgão e a maneira da comunicação". (15)


Nessa época, conformando-se com a vontade paterna que o destinou à magistratura, estudou direito. Foi assim que tomou contato com o meio filosófico e literário da época. Este contato não se fez sem lhe deixar alguns traços. Leu os autores da moda que, segundo Matter (16) foram: Voltaire, Rousseau, Montesquieu, todos escritores pouco místicos. Entretanto, Saint-Martin tinha a capacidade de pensar por si mesmo. Sobretudo a Providência velava sobre ele, por meio da Proteção ele reivindicava freqüentemente, cuja Presença e cuja Virtude celebrava. Saint-Martin conheceu o Erro, mas sem aderir a ele. Não cedeu à sedução da "Encyclopédie" nem ao encanto irônico do "Dictionnaire Philosophique". Podia, sem remorso, lembrar-se dos tempos de sua juventude. Transpõe a corrupção sem sofrer seus golpes mortais. "Li, vi e escutei os filósofos da matéria e os doutores que devastam o mundo com suas instruções; nenhuma gota de seus venenos penetrou-me; nem mesmo as mordidas de uma só destas serpentes me prejudicaram". (17)


Certamente, Saint-Martin não compartilhava as idéias de Helvetius e de Condillac; permanecera sempre adversário irreconciliável deles. Assim, ele apreendeu a conhecer seus inimigos, os "Filósofos". Sua familiaridade, mesmo enquanto não foi mais que um livresco, transparecia em seu propósito. O julgamento que fizeram deles traiu, talvez, uma certa indulgência e, encerrou, em todo caso, uma justa compreensão de sua doutrina. "Se fosse possível dar-mos conta dos primeiros passos que esta filosofia tinha feito..., talvez fosse preciso agradecer à inteligência humana por ter adquirido as altas verdades das trevas onde os instituidores as haviam reunido". (18) Saint-Martin, não condena, de modo algum, à razão; ao contrário, ele a exalta e o veremos atribuir-lhe a tarefa de conquistar a verdade. Mas ela deve admitir os seus limites e reconhecer aquilo que a ultrapassa.


Essa preocupação de um lugar certo para cada coisa, essa distinção de planos, são constantes em Saint-Martin. Elas iluminarão sua vida e suas opiniões. Veremos o Teósofo julgar Voltaire. Admitir-lhe o talento, a virtude intelectual, como também as fraquezas. Talvez seja mais difícil não se admirar Voltaire do que estimá-lo ou amá-lo, porque a sutileza do espírito não pode substituir o sentido moral. E o cuidado desse senso moral, dominou em Saint-Martin, uma vez que ele tocou, pelo filósofo, a própria essência do homem capaz de discernir o bem e o mal. Saint-Martin concluiu também de Voltaire: "Talvez um homem sensato fizesse melhor em recusar totalmente seu espírito, se com isso, fosse obrigado, ao mesmo tempo, a aceitar sua moral". (19)
No que diz respeito a Rousseau, Saint-Martin tinha com ele muitos pontos em comum, conforme ele os assinala: "Á leitura das Confissões de Jean-Jacques Rousseau, impressionei-me com a semelhança de meu pensamento com o dele, tanto pelas nossas maneiras tomadas às mulheres como pelas nossas tendências, ao mesmo tempo racionais e infantis, na facilidade com a qual nos julgaram estúpidos no mundo, quando não tínhamos uma liberdade plena em nosso desenvolvimento". (20) Algumas divergências separam, portanto, os dois autores, acentuadas aliás, pelo próprio Saint-Martin. (21).


É bem certo que jamais concordou com Rousseau quanto à inocência do homem ao nascer, pois tinha sobre o pecado (original), um sentimento profundo. Quanto às idéias políticas do Contrato Social, estas foram equilibradas no espírito do jovem jurista pelo descobrimento de Montesquieu e, sobretudo, no de Burlamaqui: Sábio Burlamaqui, exclamará o Teósofo errante na sua obra Le Cimitère d'Amboise:
Sábio Burlamaqui, não estás longe destes lugares Que tu santificaste na aurora de minha vida,
Com fogo sagrado, saindo de tua profunda lida,
Perturbando todo meu corpo com santos estremecimentos,
Da justiça assentou-se-me todos os fundamentos...(22)
Tais eram as disposições de Saint-Martin quando se deu um encontro que deveria marcar sua vocação: o encontro com Martinez de Pasqually, seu "primeiro mestre".


Ele não conheceu de imediato Martinez, mas entrou, primeiramente, na sua irradiação. Esta se manifestou num grupo de discípulos constituídos em corporação, da qual, Martinez era o Grande Soberano: "A Ordem dos Cavaleiros Maçons Elus Cohen do Universo". Depois de "sorrir por muito tempo de tudo aquilo a que se referia a Ordem", (23) Saint-Martin foi iniciado no rito Elu Cohen em 1768.
Os "três poderosos Mestres", Grainville e Balzac, também oficiais do regimento de Foix, procederam à sua recepção no seio da fraternidade. Durante algum tempo, ele foi um partidário zeloso, (24) e no seguinte, em Bordeaux, Saint-Martin apresentou-se a Martinez de Pasqually.
O que poderíamos dizer desta estranha personalidade do "Taumaturgo" do século XVIII? Um "meteco", judeu espanhol, supõem-se que alterava o francês nas suas cartas ou no seu Tratado; de caráter irritável e inconstante, conservava, por seu encanto e suas promessas, os descendentes de algumas das grandes famílias da França. O que dizer deste cabalista cujas elucubrações teosóficas encantavam um grupo de jovens mundanos e cultos? O que poderemos dizer, enfim, deste profeta, cujo Verbo tem até o poder de subjugar um negociante Lyonês? Saint-Martin também foi envolvido pelo encanto emanante de Martinez. Sua afeição, nascida durante o dia de seu encontro, jamais deveria terminar. Suas relações com a "Ordem dos Cohen" refletiam uma evolução interior que o afastava das operações teurgicas. Mas Saint-Martin, jamais abandonaria os princípios da Reintegração dos Seres. No fim de sua vida, Saint-Martin prestou homenagem à sua "primeira escola": "Martinez de Pasqually possuía a chave ativa... mas não acreditava que nos pudesse conduzir a essas altas verdades". (25)


Quando discute a respeito da Virgem com Liebisdorf, faz uma nova alusão ao Mestre da sua juventude: "Quanto à Sofia e ao rei do mundo, ele (Dom Martinez) nada nos revelou... Não queremos dizer com isso que ele nada soubesse do assunto e, estou convencido que, se dispuséssemos de mais tempo, poderíamos ter falado sobre isso".(26)
Convertido ao Martinesismo, Saint-Martin integrou-se plenamente. Não somente a doutrina que permanecerá a sua, ao menos em linhas gerais, mas ainda, as realizações mágicas e teúrgicas, receberiam a adesão total do filósofo. Périsse du luc, lembrar-se-á deste período, quando escreverá a Willermoz, após a leitura do Homem de Desejo: "Vi belas coisas, as mais obscuras e místico - poéticas (sic) que o autor, em outros tempos, detestava enormemente".(27) Entretanto, assim como Voltaire ou Diderot, não tinham tornado Saint-Martin incrédulo, a experimentação de Martinez não o fez perder de vista o verdadeiro caminho, que é o interior. Enquanto seu companheiro, o abade Fournié, oscilava entre Swedenborg e Madame Guyon, Saint-Martin soube manter-se no caminho do meio. De vez que os nomes Swedenborg e Madame Guyon acabam de nos aparecer, como os símbolos de dois excessos, releiamos a apreciação que Saint-Martin nos faz deles: "Nunca vi Madame Guyon", declara ele em 1792 e após ter estudado suas obras: "Apreciei esta leitura, como a fraca inspiração feminina em relação à masculina". (28) Quanto a Swedenborg, convém afastar para o domínio das lendas a pretensa formação que ele teria dado a Saint-Martin. O papel do místico sueco foi de pouca monta na carreira do Filósofo Desconhecido. Quando era teurgo - "a verdadeira meta dos teurgistas é menos a ciência da alma do que a dos espíritos".(29)
É preciso não esquecer que o livro dos Erros e da Verdade não era, originalmente, destinado ao grande público, mas, somente à seita dos Martinistas. - V. Rijnberk, I pág. 163 (em 1775 não se trata do Martinismo de Saint-Martin). A obra, aliás, foi projetada, amadurecida, discutida e escrita em Lyon junto a Willermoz. (A. Joly: Un mystique Iyonnais, pág. 58) e, enfim, que expôs, conferida pela brilhante inteligência de Saint-Martin, a doutrina de Martinez. Portanto, pouca coisa tem para mudar, e estas mudanças, referem-se a meros detalhes por ter a expressão perfeita do pensamento de Saint-Martin.


Saint-Martin censurava Swedenborg de ter "mais do que se chama a ciência das almas do que a dos espíritos". A frase é cruel para o conquistador dos mundos angélicos, o confidente dos bons e dos maus gênios. Ela demonstra que ao menos, Saint-Martin não se deixava impressionar por toda a eloquência, toda a imaginação e todo o esplendor Swedenborgiano: ele teria antes, subscrito o julgamento de V.E. Michelet: "Swedenborg não era um filósofo, mas um engenheiro de grande mérito".(30) Mesmo nesta ciência da alma, que iria, mais tarde, revestir-se de grande importância, Saint-Martin apreciava pouco Swedenborg. "Sobre este aspecto, escreveu ele, ainda que não seja digno de ser comparado a J. Boehme pelos verdadeiros conhecimentos, é possível que convenha a um grande número de pessoas". (31) Isso não é muito lisonjeiro. O Teósofo de Amboise percorreu, portanto, durante algum tempo, o caminho exterior e fecundo.(32) Ele o seguia com êxito e, em poucos anos, colheu os elogios, pelos quais Willermoz esperou onze anos.
Entretanto, Saint-Martin sentia renascer em si os impulsos da infância, o desejo de expansão mística. O cerimonial Cohen lhe pareceu inútil, seus resultados falazes: "Mestre, disse ele um dia a Martinez, por que são necessários tantas coisas para orar a Deus?". Esta tendência tornou-se cada vez mais forte e o entusiasmo. Foi então que aconteceu a revelação que transformou a sua vida: Saint-Martin descobriu Jacob Böehme. Ele mesmo nos relatou sua viagem a Strasbourg e as relações que travou com Rodolphe de Salzmann. Este lhe confiará mais tarde, "a chave de Böehme" (33) que ele possuía. Mas foi por intermédio de Madame Charlotte de Boecklin que conheceu a obra do iluminado sapateiro alemão, enquanto recebia dela o apoio de uma alma compreensiva. "Eu tenho no mundo, escreverá em seguida quando se separar, eu tenho no mundo uma amiga como ninguém possui, só com ela minha alma podia expandir-se à vontade e conversar sobre os grandes assuntos que me ocupavam, porque só ela consegue adaptar-se à medida dos meus desejos, e ser-me extremamente útil". (34)


Podemos perceber a ajuda preciosa que proporcionou a Saint-Martin, o amor "puro como o de Deus" de seu caríssimo Böehme. Quanto a Jacob Böehme, é impossível descrever em frase melhor do que esta, a descoberta que ele representa para o Teósofo francês: "Não são minhas obras que me fazem lamentar sobre a negligência daqueles que lêem sem compreender, são aquelas de um homem do qual não sou digno de desatar o cordão do sapato, meu caríssimo Böehme. É preciso que o homem tenha se transformado inteiramente em pedra ou demônio para não tirar proveito deste tesouro enviado ao mundo há 180 anos". (35)
Estas entusiásticas expressões são encontradas nas obras de Saint-Martin. Cada página da correspondência com Kirchberger é um grito de reconhecimento e de louvor à glória de Jacob Böehme.
Não hesitemos neste capítulo onde deixamos falar Saint-Martin, em rever seu itinerário filosófico, como ele mesmo resumiu: "É devido à obra de Abbadie intitulada l'Art de se connaitre que devo meu afastamento das coisas mundanas... é a Burlamaqui que devo minha inclinação pelas bases naturais da razão e da justiça dos homens. É a Martinez de Pasqually que devo meu ingresso nas verdades superiores. É a Jacob Böehme que devo os passos mais importantes que dei nos caminhos da verdade". (36)


Daí em diante, Saint-Martin encontrou o caminho interior. Entrada pela senda que entrevia, mas da qual, apenas galgara o limiar. Agora, se dirigia para a Unidade por meio do Caminho do Espírito e do Coração. Descobriu o verdadeiro sentido das tradições Cohen. Conciliando, ao mesmo tempo seus dons congênitos, os ensinamentos de Martinez e Böehme, tão próximos de seu pensamento, Saint-Martin constitui o Martinismo. E essa doutrina filosófica e mística, ele a viveu, não recolhido sobre si mesmo, mas no meio mundano. "Seduziu a alta sociedade parisiense, escreveu um historiador moderno, através da doçura de seus costumes, a austeridade de sua vida e a gravidade de suas palavras". (37) Permaneceu no mundo e prosseguiu sua grande aventura espiritual. "O espírito mundano o aborrece, mas ele ama o mundo e a sociedade". (38) Segundo as maravilhosas palavras de São Paulo "Ele está no mundo, como se não estivesse".(39)
A divisa que um inspirado ancião lhe atribui, dirige sua conduta: "Terrena reliquit".(40)
Pela sabedoria que ensina e vive pela própria existência, Saint-Martin tende à Suprema Unidade e só visa a Reintegração Universal. A máscara de sua doçura, de sua graça tímida e de sua benevolência, não consegue dissimular o Mestre. "O mais elegante dos teósofos modernos", também é o Filósofo Desconhecido. (41)
Em 1795, um correspondente do professor Körter, que se fizera amigo de Saint-Martin, o descreve assim: "Ele possui uma iluminação e um conhecimento, de tal maneira superior, que não teriam causado admiração, se não houvessem sido plantados num coração cheio de humildade e amor". (42)
Não está aí realizado em seu venerado Mestre, o Filósofo Desconhecido, todo o ideal do Martinismo?


notas:

8 - Portrait nº 24 pág. 5.
9 - Portrait nº 5 pág. 3.
10 - Portrait nº 1085 pág. 127, 128
11 - Portrait nº 2 pág. 2
12 - Portrait nº 111 pág. 15
13 - Stanislas de Guaita.
14 - Portrait nº 28 pág. 5.
15 - Portrait nº 631, pág. 80. Saint-Martin, talvez responda a Bayle, que sustenta que o ateísmo é preferível à idolatria. Conforme pensamentos diversos escritos por um doutor em Sorbonne, por ocasião de um cometa que apareceu no mês de dezembro de 1680. Montesquieu refuta esta opinião em nome de seus princípios políticos. De l'Esprit des Lois. L.XXIV. Ch.II.
16 - Saint-Martin, le Philosophe Inconnu, pág. 3.
17 - Portrait nº 618, Oeuvres Posthumes, pág. 78, 79.
18 - Portrait nº 125, Oeuvres Posthumes, 1, pág. 277, 278 e 279.
19 - Pensées nº 75, Oeuvres Posthumes, I, pág. 250.
20 - Portrait nº 60, pág. 9.
21 - Ibid.
22 - Le Cimetière d'Amboise, pág. 2.
23 - Carta de J.A. Pont, 7 de setembro de 1929. V. Rijnberk, I, pág. 143.
24 - Ibid.
25 - Correspondência com Kirchberger, 11 de julho de 1796.
26 - Correspondência cf. Matter, pág. 271.
27 - Carta de 23 de março de 1790 a Willermoz (V. Rijnberk I pag. 180).
28 - Correspondência, 25 de agosto de 1792, pág. 29.
29 - Matter, pág. 63
30 - Les Portes d'Airain, XLIX, pág. 201.
31 - Portrait nº 789, pág. 102.
32 - Correspondência, pág. 15.
33 - Correspondência.
34 - Conforme "Un chavalier de la Rose Naissante". Notícia histórica sobre o Martinismo.
35 - Portrait nº 334, pág. 42.
36 - Portrait nº 418, pág. 58 e 59.
37 - E. lavisse, Histoire de France depuis les Origines jusqu'à la Revolution, t. IX, pág. 299.
38 - Portrait nº 776, pág. 101.
39 - Conf. Portrait nº 19086 pág. 128. "Comumente as autoridades escrevem seus livros como se fizessem somente isso, e eu me obrigo a fazer os meus como se não os fizesse".
40 - "Em 1787, encontrei um velho chamado Best que tinha o poder de citar a cada um, sem que ele os tivesse jamais conhecido, muito a propósito, passagens da Escritura. Vendo-me começou a dizer: "Ele jogou o mundo atrás de si". (Portrait, nº 59, pág. 8)
41 - J. de Maistre - Les Soirées de Saint-Petersbourg (As noitadas de São Petersburgo, Ed. Brasileira - N.do T.).
42 - Carta de 20 de dezembro de 1794, Van Rijnbergk, I pg. 162, sobre a vida espiritual e mundana, totalmente "sui-generis" de Saint-Martin, apreciar-se-á as páginas tão delicadas e encantadoras de Renée de Brimont, na sua narrativa Belle-Rose (Paris, os Cahiers Libres, 1931). É a imagem própria de Saint-Martin que nos restitue maravilhosamente próxima e simpática, uma pura intuição feminina.

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