O Arqueômetro
CHAVE DE TODAS AS RELIGIÕES
E DE TODAS AS CIÊNCIAS
DA ANTIGÜIDADE



LIVRO I
Introdução ao Estudo do Arqueômetro


1. O Arqueômetro
2. Sua reconstituição objetiva
3. Solstícios e equinócios da palavra do verbo
4. Arqueometria das religiões comparadas no incomparável
5. O Brahmanismo, inversão do Ishoarismo,
6. O Protesto de Pho-e, de Zaratustra, do Proto-Budismo Gayna
7. O Iohanismo dos Sobbhas e o Maometismo


Advertência

Faz apenas dois anos que nosso Venerável Mestre, abandonando o mundo visível, franqueou a Porta das Almas para unir-se eternamente com o Verbo divino, a Alma angelical, que foi sempre, ainda que invisível, o apoio de sua vida aqui na Terra.
O desaparecimento deste luminoso gênio fez surgir de todos os cantos grande quantidade de discípulos, e não poderíamos deixar de estar felizes por isso, se alguns deles, convencidos há pouco tempo e exagerando seu zelo de neófitos, não tentassem persuadir a si mesmos, e a outros, de que são os verdadeiros depositários das supremas confidencias do Mestre e portadores dos seus mais íntimos pensamentos. É inútil acrescentar que todos conhecem a fundo o Arqueômetro, porém sua descrição exata, que recebemos das próprias mãos de seu inventor, ainda é completamente inédita.
Alguns não hesitam em dar interpretações cabalísticas a esse instrumento de interpretação.
Outros, que não têm vergonha quando afirmam conhecer profundamente todos os segredos da ciência arqueométrica, prometem grandiosas e ilusórias iniciações que, com a graça de Deus, jamais acontecerão, a não ser em sua exaltada imaginação. Por fim, outros apelam a Saint-Yves, divulgando a seus leitores divagações de um anticlericalismo e de um antipapismo muito rudimentares e infantis, dignas, no máximo, de um subcomitê eleitoral de uma pequena cidade ou de uma Loja de décima ordem do Gs O , e as quais seriam suficientes para que seus autores, se o Mestre estivesse vivo, fossem castigados com uma das duras palavras que ele mantinha em segredo.
Entre os espíritos que leram e apreciaram sinceramente Saint-Yves, alguns se perguntaram por que seus amigos pareciam empenhar-se tão pouco em defender sua memória. A explicação é simples. Um ser como ele, cuja ausência será sempre sentida, não tem necessidade de defesa; até mesmo quando morto na Terra, é suficientemente poderoso para defender-se, deixando atrás de si suficientes obras inéditas para calar todos os impostores.
Esta obra é um magnífico exemplo disso. Ela foi publicada no momento certo, escolhido pelo Mestre, e responde como um trovão a todas as dementes calúnias propagadas após sua morte e encobertas com seu nome.
Complemento e fecho das Missões, este livro é uma verdadeira Introdução ao Estudo do Arqueômetro. Nunca, em suas obras anteriores, Saint-Yves se havia dedicado tanto a revelar a base do seu pensamento íntimo; nunca, em qualquer outra, havia estudado os Mistérios tão audazmente; jamais se havia revelado tão completamente.
Não é somente o gênio cristão renovador inspirado na Sinarquia que nós reconheceremos; é o verdadeiro sucessor dos antigos Nabis*, o último Profeta. Uma chama terrível corre em sua obra de Isaías moderno, tão severa para os fariseus e escribas contemporâneos como o filho de Amós o foi para os letrados e os sacerdotes de Judá. Muito aterradoras são suas visões referentes ao futuro da França e da Europa, caídas hoje na pior anarquia pagã; muitas das quais infelizmente já se realizaram, outras estão em vias de acontecer, e, se nós não tivéssemos escutado, da boca do Mestre, a leitura destas profecias mais de sete anos atrás, defronte ao mar infinito, que ainda lhes conferia maior amplitude e majestade, acreditaríamos que elas foram escritas depois.
Mas, ao mesmo tempo que descreve as iminentes catástrofes para os povos sujeitos às Leis implacáveis dos Ciclos históricos, seu coração sangra ante essa fatalidade, que parece inevitável e que, no entanto, poderia ser evitada. Ele exorta seus irmãos humanos a abandonar o falso Caminho e a seguir a verdadeira Estrada, que vinha indicando há mais de vinte anos, e que ainda nos indica. Enfim, suplica-lhes que façam isso numa tentativa leal, por serem os únicos meios que podem opor-se ao Destino e salvar a Humanidade. E nesse sentido ele é um verdadeiro homem, ao qual "nada do que é humano lhe surpreende", e essa não é a menor de suas qualidades, de seus títulos, em nossa veneração e em nosso afeto profundo.
Por volta de 1903, tal como o indicam certas alusões aos eventos de então, foi elaborada a presente obra, que nós publicamos hoje. Notas dispersas e textos completos foram reunidos religiosamente, e agimos estritamente como simples coordenadores. Avisamos isso ao leitor para que compreenda que tivemos de interromper no apêndice um fragmento escrito de uma forma e num estilo completamente diferente ao adotado no trabalho. E, se conservamos e publicamos esse fragmento inacabado, foi pela convicção de que será lido com prazer por todos aqueles que conheceram o Mestre e o estudaram um pouco, pois reconhecerão nesse texto a sua fina ironia, esse espírito engenhoso e essa maravilhosa mistura de simplicidade e elegância que colocava tanto charme e originalidade, e às vezes o imprevisível, em suas conversações mais elevadas e sérias.
Não falaremos da obra quanto à sua forma e divisão, pois acreditamos ser bastante clara, sobretudo agora que algumas pranchas do Arqueômetro foram reproduzidas e difundidas por todos os lugares.
OS AMIGOS DE SAINT-YVES
Prefácio
Os Estudos Clássicos; sua Influência. - As Hierarquias dos Povos. - A Astronomia Humana. - Atenienses e Romanos; seu Caráter Anárquico. - Origem dos Gregos. - Os Ciclos Antigos. - As Metrópoles. - A Proto-Síntese2 Verbal. - O Paganismo Mediterrâneo. - As Invasões. - Aparição de Pitágoras, - A Época Atual Comparada à de Pitágoras. - Porque Escrevemos este Livro.
Faz cinco séculos que nasceram os estudos clássicos, três que usurpam cada vez mais os governos europeus, conduzindo-os a um prejuízo sucessivo, em proveito da América e da Ásia. Desde os príncipes herdeiros, até os bolsistas dos colégios, há cada vez menos cristãos, e, ao entrar nessas catacumbas invertidas, tornam-se cada vez mais pagãos.
As jovens gerações necessitam muito de uma segunda saída desta descida para os infernos, a saída deste país (França) das Trevas, nas quais elas se afundam rosadas e saem pálidas. O que falta é uma comparação, um julgamento, uma iniciação em plena vida, a cura de verdadeira Humanidade, de ar celestial, de luz divina.
Ao serem publicados estes estudos, já tínhamos seu espírito em suspeita. Nossos altos estudos nos fizeram descobrir a seqüência, apesar dessa anarquia, os Ensinamentos, o Princípio Universal do conhecimento e da sociologia de que as leis do Estado se constituíram mais tarde no objeto de nossas demonstrações históricas.
Existem hierarquias entre os povos; principalmente entre seus guias, de acordo com a sua Essência original e o enxerto que estes povos possam trazer.
Como regidos por uma astronomia humana, esses Guias reaparecem de era em era, de povo em povo, iluminando as trevas, removendo os obstáculos e guiando os rumos das coletividades.
Eles desenlaçam, por um tempo mais ou menos longo, de acordo com a natureza de seu ambiente, as deformações intrincadas, dando-lhes um sentido geral e uma recrudescência de destinos. Eles vêm no momento certo para cumprir uma das funções que descrevemos3, as quais se atraem e se arrastam, como um sistema gravitacional.
Sendo a Teocracia o grau mais alto, os povos são sempre visitados, no momento certo, por um Guia de uma hierarquia da primeira Ordem, que também possui seus graus: Orfeu, Numa, Pitágoras. São convidados a participar como expoentes máximos da vida social e da civilização para encontrar sua própria paz, bem como para servir de exemplo à Humanidade.
Nossas Missões provam que ninguém admirou tanto como nós os grandes homens de todos os tempos e, conseqüentemente, os ancestrais greco-latinos. Porém, não podemos dizer o mesmo dos atenienses e dos romanos, oponentes declarados dessas notáveis individualidades. Realmente, entre todos os relatos históricos, nunca tivemos maiores opositores ao Organismo Supremo do que os atenienses e os romanos. O caráter humano nunca teve de se defrontar com uma individualidade tão caótica, incoerente, essencialmente anarquista, uma massa banal e individualista e conseqüentemente mais rebelde.
A trepidante atomicidade nunca foi menos suscetível de uma coesão molecular que não fosse outra que a pressão sob a força das coisas, representada pelas forças armadas. É um atoleiro civil permanente, dedicado ao regimento militar ou à invasão armada.
É então que, para a proteção momentânea desses ambientes, reaparece um Guia da segunda Ordem, uma estrela secundária da Astronomia humana. Chama-se Alexandre e César; e para que a desordem civil não o devore ali mesmo, seu chefe de Estado-Maior o faz devorar o mundo.
A primeira Ordem era social; a segunda, política, Uma cria, a outra conserva o que existe, porém somente modifica o exterior. A podridão intelectual e social permanece internamente.
Foi por isso que tudo se desmoronou no Baixo Império Romano Bizantino; pois era a continuação das atividades da Babilônia. A Europa foi concedida como um feudo a essa recordação velha, mas não animado como em uma novela de aventuras e de escândalos. Graças a Deus, não é esta a norma da longa História universal, mas uma série seqüencial de decadências, tais como as ondulações da serpente. Os atenienses e os romanos não eram originalmente naturais dessas regiões, mas refugiados decadentes de outras, eram quase estrangeiros nessas cidades, especialmente na Grécia e na Itália.
A Arqueologia entre os modernos, a Mitologia entre os antigos - uma vez que, sob a ordem das Universidades Sacerdotais indo-egípcias. a História, bem como as outras Ciências, não era escrita em forma clara, mas envolta em enigmas -, os Livros sagrados, enfim, nos permitiram abrir os véus das idades remotas4.
Não teremos jamais a suficiente veneração sobre as duas Penínsulas que atraem a nosso continente as cadeias montanhosas dos Bálcãs e dos Alpes. Em cada passo que percorremos, podemos dizer: "Sta viator, heroem calças!*". Onde o viajante não vê somente um pobre herói espalhado na história ancestral, quase recente, são as necrópoles das Idades heróicas e, mais ainda, as Metrópoles dos Ciclos patriarcais que estão debaixo dos seus pés.
Quando Filipe da Macedônia respondia com uma doce ironia à arrogância dos embaixadores do Peloponeso: "Quantos verdadeiros gregos existem entre vocês?", dava-lhes, sem que percebessem, uma pequena lição de História, sabendo melhor que eles que os Graios, os Totemistas de Gruya, eram epirotas celta-eslavos e que a própria Grécia antiga era eslava e pelasga, até a invasão dos revolucionários exploradores da Ásia: Yonijas e Yavanas de Manu, Yavanim de Moisés. Um Larto etrusco e um Numa teriam podido igualmente dizer aos Levantinos do Tíber: "Quantos verdadeiros italianos existem entre vocês?".
De fato, os verdadeiros gregos eram eslavos dos Bálcãs; os verdadeiros italianos eram celto-eslavos que tinham descido dos montes Alpes ocidentais e orientais. Todos faziam parte da imensa confederação dos Pelasgos de Harakala, e antes disso, de Rama de Moisés e dos brâmanes, o Baco dos greco-latinos, e antes ainda do primeiro Ciclo dos patriarcas.
Esses governantes de rios, de mares, de terras inundadas, esses domadores dos animais e da natureza selvagem eram sacerdotes, sábios, engenheiros militares, lavradores e fundadores de cidades como nunca mais se viu.
Os Aryas5, agrupados em dodecápolis, estendiam-se desde a Itália até a Grécia, desde os Bálcãs até o Cáucaso, desde a Táurida até as planícies da Tartária, desde o Irã dos Ghiborim até o Hebyreh dos Nephilim*. e do Aryavarta** inteiro.
"Oh Hebyreh, residência da pura lei no Aryavarta." Assim falava o primeiro Zoroastro6, 28 séculos antes de nossa era, 12 séculos antes de Moisés. Este último cita fielmente o Heber do Hebyreh, mencionando-o na sua linhagem entre os patriarcas que consideram como ancestrais os hyksos, aos que Maneton chama de párias do Egito. Os brâmanes, no que concerne à Índia, dizem a mesma coisa que Maneton, porém é Zoroastro quem explica tudo.



Somente na Itália, podem-se citar as Metrópoles destes zodíacos de cidades, as Argytas, grandiosamente belas, como Tebas e Mênfis, tão antigas quanto a Babilônia e Nínive, e que testemunham a mesma ciência que ilumina as cidades universitárias do norte do Índia, tais como Kaçi, querida pelos caldeus, e Tirohita, amada pelos sacerdotes egípcios. Assim, na própria Europa, o declínio social antediluviano cai como um véu mais opaco, até a vinda do Redentor.
Porém, se o levantamos prega por prega, o véu rasgado por Jesus, Verbo Encarnado, atenua-se permitindo revelar, e depois resplandecer, a luz da civilização primordial, o Império universal dos aryas e dos rutas,7 a Teocracia indo-européia e egípcia de Ishva-Ra e de OshiRi, de Jesus, Verbo-Criador; Jesus Rex patriarcarum, dizem com razão as nossas ladainhas.
"No princípio era o Verbo", diz o discípulo que Jesus amava e para o qual o Mestre nada ocultava. Não é possível determinar mais claramente o Ciclo da proto-síntese governamental, a era primordial na qual o Verbo Criador, adorado sob seu verdadeiro nome, foi profetizado como o Verbo Encarnado, como o Salvador do Estado social decaído.
Quando se produziu o Paganismo mediterrâneo, o sabá dos burgueses escravistas, foram as Sociedades regulares da Europa, da Ásia, da África, suas Universidades, seus Templos que não deixaram de protestar contra os Sofistas, os falsos democratas, os políticos e os retóricos rebeldes a qualquer ordem e a toda paz social.
Roma e Atenas foram banidas da Humanidade, como a Babilônia, Tiro e toda a podridão intelectual e moral da Jônia.
Druths celto-kímricos, droths celto-eslavos, volas escandinavos, vellés germânicos, lartos da Itália e da Ibéria, profetas do Egito, nabis de Israel, magos da Pérsia e da Caldéia, brathmas manávicos, rishis védicos, lamas do Tibete, xamãs tartaros e mongóis, por toda a parte o mesmo anátema contra o Edom8 e o Yavan de Moisés, contra os Yavanas e o Mlektas de Manu.9
Se Alexandre, o Grande, não tivesse destruído tantas obras sagradas dos masdeistas, a verdade e a filosofia o apontariam nos anais da História com o título de "Grande Vândalo".
Finalmente se levanta o justiceiro do Norte, o grande Ase10 de Asgard,11 Frighe filho de Fridolf, e o furor secular dos povos ruge com ele. Metade druida e metade budista, ergue-se Vodan sobre seu pavês,12 armado com as doze espadas de seus Apóstolos. Adota o nome de Trismegisto Boreal para reunir sob sua divindade militante toda a Europa do Norte, do Centro, do Leste e suas reservas: Og, Gog e Magog, até o coração da Alta Ásia.
Depois, essa multidão de homens amontoados lentamente rola sobre a civilização de Satanás. Realizando a profecia de Cristo, a Roma pagã, sem saber, vinga o céu devorando Jerusalém; a Europa vinga a Terra entregando Roma vazia aos pontífices de Jesus Cristo.
Permanece Bizâncio, onde todas as pestilências de Roma e de Atenas tinham-se fundido para corromper os Bárbaros e os Cristãos. Então, surge o Vodan do Sul, e Maomé sopra o Corão, a Sunna e o Djehad nas trombetas humanas do Islã. O que a raça das neves não pôde terminar é realizado pela raça das chamas e dos carvões: árabes, turanianos, turcomanos e osmanelitas.
A Europa atual sofre os mesmos destinos. Provoca todos ao mesmo tempo, quando troca o Espírito Vivo pelo Espírito Morto, o Espírito Cristão pelo Pagão.
E se as energias humanas não são suficientes para conduzi-la ao seu Princípio, Jeová liberará as energias dos elementos sobre este novo Adamah e sobre sua Atlântida.
De bom grau ou pela força, pelo Filho ou pelo Pai, a Cristandade voltará ao Espírito Santo.
Seis séculos antes que N. S. Jesus Cristo, na sombria escuridão do Paganismo mediterrâneo, que sucede à celestial claridade da síntese órfica,13 no período anárquico consecutivo à revolução dos sudras14 em favor da burguesia escravista e do clero agnóstico; com toda a altura de um Epopt, sobressai um homem, Pitágoras, que lembra a um patriarca do Antigo Testamento que merece muito mais do que tudo o que foi dito sobre ele, e que, por este motivo, mencionamos nos cabeçalhos deste livro, destinado a preparar a inteligência e a compreensão para o uso do instrumento de precisão que torna experimental a Revelação Universal do Verbo, a Sabedoria Divina.
Acontece há 25 séculos de distância da nossa época, quando o estado mental europeu apresenta uma identidade notável como a de Pitágoras. No momento em que este empreende sua Missão de Europa, síntese órfica de recuperação da proto-síntese patriarcal ou verbal, tinha quase desaparecido, afogada pela onda invasora do Paganismo dos letrados asiáticos e jônicos. Da mesma forma, em nossos dias, o Cristianismo, ofuscado desde a sua concordata no século IV e totalmente privado de sua mestria desde o Renascimento, cede lugar por todos os lados ao Humanismo neopagão.
Pitágoras, sua época, sua obra e suas conclusões nos oferecem uma base sólida para o estudo que empreendemos e a exposição dos meios científicos a serem usados para levantar o Estado social decaído e restabelecer a síntese que o grande filósofo tentou em vão reconstituir.
Agora, então, desde o nosso vigésimo ano, tínhamos resolvido ser o Pitágoras do Cristianismo, suplantado desde o Renascimento pelo espírito pagão. Daí, vinte anos depois, nossas quatro missões entre os pagãos modernos, e nossa ação em Paris, Bruxelas, Roma e outros lugares, e, neste testemunho em verdade, contamos somente com Deus e com a sua ajuda de campo: o tempo.
E agora, em plena velhice, lançando um olhar retrospectivo sobre a longa trajetória de nosso dever cumprido, vemos, com uma grande paz de espírito e de consciência, que não nos desviamos da Verdade nem em nossos livros, nem nos nossos atos públicos ou privados. Ela plaina sobre o desconhecimento e sobre a calúnia, mais alta do que o desprezo, tão alta quanto a piedade divina, para estes infelizes cegos, que são conduzidos vendados ao Inferno humano que haverá de engoli-los.
É esta mesma caridade que, apesar do mais cruel dos lutos, da idade e da doença, faz-nos terminar a obra, cuja composição foi prometida ao divino Mestre e executada com a sua ajuda.
A glória disso se deve tão-somente a Jesus Cristo, e nele, à sua Alma Angelical que nos uniu e que quis que a própria morte não nos possa separar. Assim, antes de ter a indescritível alegria de implantar neste planeta nosso cartão de visita com P. P C, estamos felizes de saudar a gloriosa memória de Pitágoras com o mesmo respeito que tínhamos em nossa juventude.
PRIMEIRA PARTE
A Sabedoria do Domem e o Paganismo
Omnis homo mendax
Saímos CXVI, II.

CAPÍTULO PRIMEIRO
A Regressão Mental
DA SÍNTESE VERBAL UNIVERSAL À FILOSOFIA INDIVIDUAL
A INSTRUÇÃO PAGÃ E A EDUCAÇÃO CRISTÃ
Definição do Paganismo. - Seu Caráter. - Sua Essência é a Anarquia. - A Vontade Humana Erigida em Princípio. - A Trimurti de Krishna. - Os Sudras. - A Mentalidade da Terceira Casta. - Sua Rejeição pelos Corpos Religiosos. - O Milenar Paganismo do Mediterrâneo. - O Paganismo Domina o Clero e a Instrução há mais de Quatro Séculos. - Instrução Exclusivamente Pagã. - A Educação Religiosa Reduzida à Catequização. - Desequilíbrio em Pavor do Paganismo. - O Ser e o Possuir. - Frinéia e o Areópago. - O Paganismo Experimental na Criança. - O Pai e a Mãe; seu Papel. - A Escola da Vida. - Onde Encontrar o Espírito de Vida? - A Riqueza. - A Evolução Pagã da Criança, - O Sacerdote; seu Papel. - O Catecismo - A Universidade. - A Possessão Pagã.
O Paganismo é um estado mental e governamental que vai da gema à árvore silvestre.
Sua fórmula é: Primo mihi et sequere naturam. Sempre é sintomático, não de uma evolução, mas de uma revolução. Vem de uma instrução corrompida, fruto de uma educação viciosa. Uma é como a outra, como o possuir e o ser, e ser corrupto, seja por si mesmo ou seja por seu intermédio, corrompe tudo até mesmo o verdadeiro possuir, principalmente o falso.
Seu caráter é ser filosófico e político, anti-religioso e anti-social. É filosófico e anti-religioso porque subordina a razão universal à individual, a dois critérios: objetivo da primeira, e subjetivo da segunda. É político e anti-social porque essa subversão do entendimento provém da suplantação da vontade, e porque tende a tomar por todos os meios a Legalidade para fazer oposição à Legitimidade.
Suas crises históricas são periódicas, crônicas em sua causa ontológica, e esse estado mórbido é natural ao espírito humano decaído, privado de seus dois verdadeiros critérios: a ciência e a Vida, que estudaremos mais adiante.
Ousou levantar seu próprio sistema de Filomania,15 com o nome de Filosofia ou até mesmo de Teosofia; sua essência é a anarquia, e esta é: Fiat voluntas mea! É a vontade do homem. Fazer disso um princípio e colocá-lo numa balança com um ou muitos derivados da palavra Providência e Destino é não reconhecer princípio algum. É como criar três deuses, dos quais dois ficam sobrando, e essa é, realmente, a essência intelectual do Paganismo, tendo o politeísmo como o grau mais alto.
Fabre d'Olivet, sobre o qual voltaremos a falar depois, seguindo outros autores, atribuiu esta doutrina a Pitágoras, porém essa nunca foi a doutrina desse grande homem. Ele conhecia bem a fundo a Trimurti,16 pela qual, sob diversos nomes, na Índia, na Caldéia, no Egito, haviam substituído Krishna à Trindade Patriarcal da Proto-síntese referida por São João.
Independentemente da concessão que o fundador do Brahmanismo atual tenha querido fazer, cinco mil anos atrás, ao estado mental dos letrados sudras, nunca pretendeu dizer que Brahma, Shiva e Vishnu não fossem outra coisa que a personalização dos três Poderes de um só e mesmo Deus Criador, Transformador e Conservador, e essa mesma Tríade não é mais do que a inversão desejada da Trindade anterior, que descuide desde o princípio eterno até a origem temporal das Hierarquias Criadoras,17 dos seres e das coisas; do Universo Divino ao Universo Astral; da Biologia para a Fisiologia; do mundo das espécies para o embriogenia dos indivíduos; da involução para a evolução.
A mentalidade desta terceira casta usurpadora, dos sete sudras, correspondia apenas ao ensino primário antigo e a uns poucos fragmentos do secundário. Sua ganância homicida tinha invadido e aniquilado o Estado social das duas penínsulas, suas metrópoles contemporâneas de Nínive e da Babilônia, a Aliança Templária dos eslavo-arianos, argianos, aqueus e dos pelasgos indianos reconstituída por Orfeu, o Ribhou dos Vedas. Eles tinham fechado seus sentidos correspondentes aos graus superiores da Revelação, tanto no Direito religioso como na Ontologia.
Com raras exceções iriam expiar, de metrópole em metrópole, o preço das mais rudes provações, suas anatematizadas origens de yavanas, de mlechtas, de pinkshas, de Sudras e de revolucionários hyksos.
Foi isso o que Pitágoras fez durante mais de vinte anos, outros dizem que são quarenta. O postulante era admitido, depois de todas as purificações físicas, morais, intelectuais e espirituais, aos corpos eruditos religiosos, mantendo-o por um longo período de observação antes de reabrir nele os sentidos íntimos da graça e da vida superior. Na maioria dos casos, eles somente revelariam isso aos internos.
Quanto à massa instruída, degenerada do Verbo Órfico dentro de sua própria verbosidade, estava mais longe da Verdade, que é a Vida, que seus últimos escravos. E assim que nunca viram na sua Filosofia mais que sua própria Filomania de desafio, de casuística, de uma dialética sem fim, de uma anarquia mental e governamental. E, apesar de tudo, essa plebe intelectual se transformou na classe dirigente, permanecendo sempre curiosa, ao mesmo tempo que profanadora da perdida Sofia.
De Pitágoras a Hiérocles se estende todo um horizonte entre os estudos greco-latinos secundários e os superiores, onze séculos se passam contra sessenta, que contam a História melhor documentada de nossa humanidade terrestre, já que ela, exceto nos Livros sagrados, não ultrapassa seis mil anos.
Faz quatro séculos que este Paganismo milenar a favor da escravidão, da burguesia anti-social, é o único que impera na mentalidade da população e dos dirigentes governamentais, bem como em todas as Universidades européias, tanto sacerdotais como laicas.
Tanto o Clero como a Instrução, cuja diferença trataremos em outra ocasião, usam o mesmo clichê da anarquia em tantos livros quantos são os educandos. Estes, por sua vez, consentem em tudo: arte e vida, ciência, legislação, política e costumes. Mas, quanto mais longe vamos, mais diminui o modelo da imitação, estéril e mortal, do gênio cristão da nossa raça nesta era.
Cada pessoa instruída, alfabetizada dessa forma, desde o príncipe herdeiro de um trono até o último bolsista que estuda nos seminários ou nos liceus, recebem a mesma instrução vulgar, fruto da mesma mentalidade banalizada. A educação difere um pouco nas casas onde o verdadeiro espírito cristão está mais arraigado. Mas essa possibilidade é cada vez mais rara, podemos dizer que é até mesmo uma exceção, principalmente em razão da discrepância das fortunas, da erradicação das existências, da anarquia econômica, fruto desse sistema clássico, incapaz de governar o mundo que procura governar. Em todo caso, a instrução e a educação religiosa são limitadas para todos, indistintamente, à pura e simples catequização.
Colocando-se esses fatos numa balança, eles nos mostram que pendem a favor do Paganismo, com uma enorme diminuição em detrimento do Cristianismo. É então a demagogia intelectual dos pagãos, fracamente temperada com uma pitada de Cristianismo, que predomina tanto nos tronos europeus como em todas as cátedras de instrução, incluindo os elevados estudos das religiões comparadas, ponto culminante dessa anarquia.
Não é necessário ser um grande clérigo para ver como resultado que a luz dos mistérios do Pai e do Espírito Santo está totalmente ausente, desde os mais baixos aos mais elevados escalões dessas hierarquias laicas. Ao mesmo tempo, a luz contida nos mistérios do Filho, pontífice e Rei do Universo, Verbo Criador, Encarnado, Ressuscitado e Glorificado, é completamente obscurecida por esse Paganismo mental e governamental.
Porém, a Instrução foi feita para a vida, e não o contrário. Da mesma forma, a lei foi feita para o homem, e não o homem para a lei, de acordo com as palavras de São Paulo.
O método do Verbo é sempre aquele que formula em todas as coisas da vida, e se trata aqui da vida social. A educação prima, pois, sobre a instrução, porque a primeira aponta ao ser e segunda ao ter. Uma é essencial, a outra é auxiliar. Mas o caráter do espírito clássico é o de substituir com suas tagarelices ao Verbo e suplantar o espiritual para usurpar o temporal. Quer ser ao mesmo tempo a razão que ensina e a razão de Estado, cabeça e braços seculares. É, pois, exclusivo da educação, porque a imitação política dos pagãos é exclusiva do ser, e não leva mais a uma possessão demoníaca.
Podemos possuir bilhões e não sermos nada. A pessoa pode não ter nada e ser de um valor incalculável. Assim, o valor da instrução depende do erro que se faz dela, como a fortuna, o talento e a beleza.
Quando os helenistas do Areópago absolvem Frinéia de todos os seus crimes, porque ela deixa cair suas vestes até os pés, Têmis18 marca nas costas esses javalis da Vênus terrestre, para o carro de triunfo do chacineiro romano. É o sistema penitenciário que substitui a ausência de educação. Tal é o Mistério: é preciso que a vida social devore a morte ou todas as causas da mortalidade coletiva. E assim que, mil anos depois de Zoroastro, Moisés repete: "Nosso Deus é um fogo devorador". A história militar, desde a Babilônia até nossos dias, não é mais do que o longo e doloroso comentário dessa não menos terrível palavra.
A observação prática e a experiência direta do Paganismo estão diariamente ante os nossos olhos. As pessoas, na infância e adolescência, passam pela família, depois ficam sob o crivo do estado político, usurpador do estado social e do seu poder de ensino. A instrução pública, assim erradicada, é a Arvore da Morte, cujas raízes estão no ar; o espírito anda com a cabeça baixa. Obtém da sociedade, representada pela família, uma moeda corrente de ouro vivo de boa e verdadeira cunhagem, marcada com J. C. (Jesus Cristo), e, por uma transformação inversa, recebe em troca uma moeda de cobre, também marcada com J. C, porém falsa (pois representa Julio César, pontífice e imperador dos pagãos).
A criança é uma página em branco, sobre a qual podemos escrever tudo, sobre o céu ou sobre o Inferno. É uma pequena e querida arvorezinha silvestre humana, na qual podem ser enxertadas todas as flores das árvores do Paraíso. À sua direita, existe um Anjo de Luz invisível, mas, à esquerda, há um Demônio preto. O Anjo contribui com os sete dons que irradiam do Espírito Santo Universal; o Demônio contribui com os sete dons tenebrosos do auto-espírito individual.
Temos, então, desde o berço, uma luta entre a revolução cristã e a reação pagã, e essa batalha invisível travada entre a Luz e as Sombras é visível na criança.
Somente quando se propõe realizar algum empreendimento, torna-se um indivíduo encantador, por exemplo: um verdadeiro sans-culotte (patriota da revolução francesa), que se considera o único, o bom, aquele que pode ser amado. Que faz, a sua maneira, a declaração dos direitos humanos... individualmente. Isso de imediato significa para sua jovem compreensão que os deveres são para os pais; porém, o Anjo está ao seu lado!
Como é cativante ver eclodir essas belas manifestações da primeira idade, esses esboços do livre pensamento, da liberdade de consciência, da livre ação com todas as suas conseqüências, do pote de balas degustadas secretamente, até as eólicas e as meias estragadas. Porém, o Anjo faz um sinal: a religião e a sociedade estão ali! Jesus é representado pelo pai; a Igreja, pela mãe; pois a profundidade do laço conjugai mede todo o comprimento da vida eterna. Assim, bem-aventurada a mãe, pois o Santo Espírito de Jesus vive nela, que com gosto assume todos os deveres do amor aos quais todos os jovens têm direito desde que nascem. E seu amor não quer asas, tão pesadas! Não quer liberdade, nem pensamentos, nem consciência, nem ação; quer apenas todas as correntes; seus fardos, como são leves!
Assim como o Divino Mestre, que lava os pés dos apóstolos, ela se dedica por completo à celestial servidão, à pequena árvore silvestre bem-amada. Jesus disse: "Aquele que quer ser o primeiro entre vocês, que seja vosso primeiro criado". Essas palavras do grande Pai Celestial só podem ser compreendidas pelas mães, porque elas possuem uma compreensão celestial: a do coração.
Insuflando-lhes seu espírito na alma e na vida dos seus filhos, ela quer que o seu rebento se tome a mais bonita das rosas do Paraíso humano e divino. Porém, no atual alvoroço deste mundo e principalmente do seu espírito, poucas jovens conseguem libertar-se dessa seráfica escravidão, e menos ainda conseguem resguardar seu clarividente amor, com os olhos vendados pela sua própria idolatria. É aí que começa o perigo temido pelo Anjo e aguardado pelo Demônio.
O berço, e depois o pequeno leito, é o centro da eterna epopéia épica da vida. Este pequeno ser sorridente é a maior e a mais grave das coisas que interessam ao mesmo tempo ao céu e à Terra, todo o presente, todo o futuro terrestre e celestial, não só de uma família mas de uma sociedade.
É por isso que o divino Mestre permitiu que se deixassem aproximar dele as crianças, e é por isso que ele disse: "O Reino dos Céus é para os que são semelhantes às crianças". Parecer-se com as crianças é saber escutar e entender. A criança, bem como a mulher, possui a verdadeira compreensão: a do coração; a criança escuta tudo o que a pessoa diz, mas só entende por meio do exemplo. Também o educador tem de praticar o que prega; caso contrário, ele só está instruindo sem educar, o que é bem pior do que deixar na ignorância. Pior, pois a escola da vida é o único ensino verdadeiro; todas as Universidades juntas não valem uma única humilde lição de vida.
O pequeno obreiro tem essa escola entre seus pobres pais, e é por isso que ele ultrapassa em grandeza de coração todas as classes eruditas de origem universitária. Dos sete dons negros do auto-espírito, apenas possui os dois últimos; por essa razão, não possui nada próprio, ou apenas poucas coisas, exceto suas afeições que são os bens de ser, mais do que ter, e os únicos verdadeiros.
Porém, a educação não deve limitar-se a saber viver no mundo, pois então seria simplesmente o saber de parecer e não o de ser, que é o verdadeiro saber da vida. O último sem o primeiro está embalsamado em grande profundidade; o primeiro sem o segundo é um pote de pomada: perfumado na superfície; embaixo é apenas ranço.
Encontra-se hoje em dia essa essência, esse espírito da vida? Raramente na alma dos Instruídos; todavia existe um pouco dessa essência entre os seres que possuem dedicação ou disciplina voluntária, sacerdotes e soldados de vocação; muitos entre as pessoas pobres, entre os que levam o peso do dia sem a certeza do amanhã, entre os cavalheiros do trabalho, que sobre suas costas carregam todo o peso do Paganismo contemporâneo. Porém, isso não deverá durar por muito tempo, graças aos eruditos, mendigos do sufrágio universal, esses cavalheiros da indústria política.
"É mais difícil um rico entrar no Reino de Deus que um camelo passar pelo buraco da agulha", disse Jesus. (O Buraco da Agulha era o nome de uma das portas da baixa Jerusalém.) A riqueza é tudo o que a pessoa tem de próprio, começando pela instrução; e, quando esta é falsa, quando a pessoa não acredita que é a simples detentora responsável ante Deus, não lhe vale nada, não lhe serve a riqueza nesse caso mais que para carregar o peso do Eu e inflá-lo. Quando o Nosso Senhor nos recomenda a simplicidade do espírito, entende ser a disponibilidade para a reflexão da vida, do coração para a cabeça; mas se a cabeça está entupida de coisas inúteis ou nocivas, ela é a maior contestadora, e sua reflexão estará fechada à incidência.
É por isso que não deveria haver qualquer instrução, salvo a elementar, ou toda a instrução possível dirigida à simplicidade, para a unidade, para a humildade da razão individual antes da incidência do Verbo-Deus na reflexão universal do homem.
Assim se manifestarão as três raças da verdadeira hierarquia terrestre e celestial, porém não devemos nos antecipar sobre o que haverá de vir, e voltemos à pequena criança mimada para a qual lhe é difícil a entrada para o Reino dos Céus. A mulher na igreja é a única educadora, o homem no Senhor é o único educador. A criança que não sente esta manifestação de amor e de sabedoria se torna o dono da idolatria paterna e materna. Pouco a pouco, seu pequeno raciocínio subordina o grande, sua pequena vontade domina a média, a pequena planta acaba suplantando todo o jardim e o jardineiro do Éden19 conjugal. De ano em ano, a mente da criança se colocará dentro de uma caixa de brinquedos para defender-se, uma arca de Noé cheia de ídolos, toda uma filosofia pagã para seu uso, e terá transformado rapidamente essa filosofia em imposições governamentais, primeiro com afeto e cortesia, depois quebrando tudo. O presente fica escurecido, o futuro será negro. O Demônio ri, a mãe chora, pois perde cada vez mais o controle das coisas e não sabe mais a quem recorrer. Em vão, invoca o braço da justiça paterna; ocorrendo a imposição de disciplinas, castigos, tapas, surras, uso do chicote, todo o arsenal da sabedoria de Salomão se mostra impotente lá onde a sabedoria desarmada do Evangelho teria conduzido tudo com perfeição.
O Anjo reza; corifeu20 das sete virtudes sociais, a piedade religiosa é a mãe da piedade dos filhos. O sacerdote vem socorrer a sacerdotisa materna. Conta com a ternura dela, porém lhe acrescenta a doce gravidade das primeiras duas raças, as do sacrifício, a sacerdotal e a real. Irradia de si o alento do Espírito Santo que exorciza o Espírito do Ego e no qual se retifica a mentalidade da criança rebelde. A mãe coloca seus joelhos acima de seu modelo, a Igreja; a catequização retoma sua obra indecisa, para não dizer comprometida. Começa a implantação divina no ponto em que haveria podido ter êxito quando o Verbo, por meio dos lábios maternais, ensinava a Palavra na sua fonte divina: a oração e o próprio Deus Vivo davam sua resposta por meio da jovem mulher com sorrisos, carícias, beijos, luz e calor da vida.
O catecismo é o ensinamento primário do Evangelho, é o melhor que poderia existir. Mas, onde está, ó!, o ensinamento secundário; o da segunda raça, superior ao primeiro? São indispensáveis nas idades viris, nas fases iniciáticas da vida, à iniciação e à condução dos indivíduos, e, para as suas Fraternidades, bem como para as Ordens de suas raças, para a condução das sociedades.
O Evangelho não possui mais do que uma única Luz, a da Vida Eterna, mas essa Luz tem muitos graus, da vela à lâmpada, da lâmpada à Lua, da Lua ao Sol vivente das existências e de seus espíritos.
Logo após a primeira comunhão, quando o infante sai pelas portas de ouro da Igreja, abertas sobre a Cidade de Deus, as portas de bronze do Universo se abrem, engolem-no e voltam a se fechar. Completada sua educação da vida, que está apenas começando quando a instrução da morte vem soprar por cima. Por trás das grades vigiadas pelo carcereiro, a criança vai descendo novamente os graus que tinha acabado de subir, mudando novamente sua alma e seu espírito. Então, os outros graus do abismo se abrirão ante esse jovem, que passa da puberdade para sua plena virilidade; a mente da sua alma sente pouco a pouco pesar sobre ela o espírito glacial, a morte; as políticas que ensinam aos mercenários do governo, em lugar do espírito cálido da vida; o social de todas as dedicações gratuitas.
O enxerto novamente murcha, a arvorezinha silvestre retoma seus direitos, a seiva dos sentidos usurpa a do coração, e, como não é mais exorcizado, o jovem espírito se levanta rebelando-se ou se debilita na constrição.
Mas aparece aqui a lanterna mágica do Paganismo que começa as projeções, suas evocações e, ó, suas reencarnações mortuárias, sobre uma atenta turma de jovens médiuns, almas vi ventes: Homero, Horácio, Virgílio, Demóstenes, Cícero, e depois todas as saturnais do individualismo filosófico e dos políticos, dos sofistas e dos retóricos, toda a Licantropia21 burguesa da loba romana, toda a Aigotropia medíocre do macho caprino grego.
Que possessão infernal se abate sobre as crianças! E como poderão resistir elas, se agora que têm a razão dos homens feitos, falta-lhes uma educação completa, falta-lhes um ensino integral, que controla cada uma das doutrinas para verificar nelas os erros ou as verdades à luz dos critérios objetivos, sobre os quais nos ocuparemos na segunda parte deste livro.
CAPÍTULO SEGUNDO
O Erro Triunfante
A LUTA DE PITÁGORAS CONTRA A MENTALIDADE PAGÃ
SEUS ESFORÇOS PARA A RECONSTITUIÇÃO DA PROTO-SÍNTESE
O Paganismo no Tempo de Pitágoras. - Resistência das Terceiras Ordens. - Pitágoras e Aristóteles. - Pitágoras é um Filósofo? - Seus Mestres. - A Unidade Religiosa Antiga. - As Diferentes Sínteses; sua Superposição. - Adão. - Menção de Moisés. - Koush; os Kashidim. - Pitágoras, Peregrino da Unidade. - Livros de Orfeu. - Thoíth e Thoth. - Nomes do Verbo nas Duas Primeiras Sínteses. - Pitágoras Repudia o Paganismo. - Teofania de Pitágoras, - O Orfismo. - O Domínio Noaquida. - Os OSI-oï. - Pitágoras Destrói seus Próprios Trabalhos.
O Paganismo filosófico é resultado desta regressão mental que acabamos de expor há pouco, seguindo a marcha de uma criança que se torna um letrado e domina a Europa atual, já escravizada na época de Pitágoras. É contra ele que o grande Iniciado e as Ordens que fundou de acordo com os planos da síntese órfica tentaram, em vão, agir como terapeutas sociais, entre as sobras (detritos) das Terceiras Ordens jônicas e fenícias que haviam corrompido o espírito e subvertido as antigas organizações da Grécia e da Itália, dos celto-eslavos e dos pelasgos, das quais falamos antes.
Esses seculares teólogos laicos, principalmente Pitágoras e Aristóteles, que se destacaram sobre o fundo banal do seu tempo como homens de outra raça e de outro Ciclo, vieram dos seus templos metropolitanos do politeísmo para esforçar-se em debelar uma dupla praga instalada perpetuamente no seu povo, como a revolução civil e seu corretivo militar, a guerra. São Paulo, em suas Epístolas aos romanos, define maravilhosamente a mediocridade da terceira casta mental e moral e podemos dizer até que estes filósofos a haviam previsto.
A história comprova mais que suficientemente, ó, o quão refratários permaneceram esses meios à ação desses homens, a todo espírito hierárquico, a toda a sociologia, e como somente a segunda raça mental, a dos Estados-Maiores militares, poderia uni-los em paz forçada.
Esse admirável Pitágoras, que criou a palavra Filosofia no idioma grego, era um filósofo no sentido em que entendemos o termo Filosofia: possuir sua própria sabedoria? Um religioso, sim; um fundador de Ordens, que seja; o São Benito do quase divino Orfeu, bem; porém um filósofo, é dizer muito, e não é o bastante.
Os chefes das confrarias órficas que naquela época dirigiam a Grécia e a Itália foram chamados, por muitos séculos, de teólogos e profetas.. Antes de Pitágoras, Numa tinha sido um dos enviados à nascente anarquia dos romanos. Era o rei eleito de um Colégio Sacro etrusco de acordo com os ritos patriarcais. Os Mestres mediterrâneos do Grande Samien possuíam as mesmas características: Epimênides; Ferécido, de Siros; Aristeas, de Proconesis; todos eram teólogos e profetas, o segundo é taumaturgo; o terceiro é sacerdote. Seu antecessor na Itália, Xenófanes, pai espiritual dos Eléates, era igualmente teólogo, combateu a peito aberto o Paganismo dos jônicos e mesmo o seu politeísmo, como também o dos fenícios.
Além disso, os hierofantes que instruíram Pitágoras não eram filósofos: Temístocles era grande sacerdotisa de Delfos; Abaris era sacerdote do Verbo Solar entre os hiperbóreos; Aristeas, já mencionado; Zalmoxis era o chefe dos sacerdotes trácidas; Aglaofemo era grão-sacerdote de Lesbetra, etc, etc.
Não mencionamos aqui mais que os chefes dos templos da proto-Grécia, a Órfica, a Eslava, que se interligam com as federações celto-eslavas e pelasgas, as quais se remontam à Igreja patriarcal que Manu e Moisés designam pelos nomes de Koush e Rama.
Mas vamos prosseguir com Pitágoras nas metrópoles iniciáticas da África e da Ásia. Seus Mestres sacerdotais são: em Sais, o profeta de Oshi; em Om, Heliópolis; no templo no qual Moisés, com o nome de Oshar-Sif, tinha sido o profeta de Oshi-Rish e o iniciador de Orfeu, o profeta Hôn-Ofi. Na Babilônia é Nazarath (este nome é sugestivo, porque o profeta Daniel, o nazareno, era então o Grão-Mestre da Escola Sacra dos magos). Na Pérsia, é o chefe dos neo-zoroastrianos, o Gheber Zarothosh. No Nepal, visitado também por Lao-Tsé, é o primeiro pandit do Sacro Colégio de Brahma, depois de Krishna, e antes deste último de IShVa-Ra.
Detemo-nos aqui para mostrar algumas etapas importantes da antiga unidade religiosa. Esta contava com numerosas sínteses e alianças superpostas, como segue:
1º A Universal de IShVa-Ra;
2° A Índia das raças morenas e douradas, as de Bharat e de IShVa-Ra;
3º A Ária conquistadora, a de Pavan, do Hanouman, escrita de Rama;
4º O sistema de Nareda, que foi aderido à proto-síntese;
5° A brahmânica concordatáría, a de Krishna, fonte do abrahamismo dos cashidim, sendo estes últimos uma ramificação dos iyotishikas de Caçi, Cashi. O egipcianismo concordatário segue os Pouranikas, de Tirohita.

Essa superposição dos sistemas pré e pós-diluvianos, de seus Ciclos e das suas doutrinas, é quase impossível de captar em razão da inversão do Selo de AMaTh, que, feito por Krishna cerca de 3 mil anos antes de Pitágoras, envolve a Palavra do Verbo BRA-ShITh, do seu ShéMa e do SéPheR. Mas, com o Arqueômetro, é relativamente fácil de reconhecê-la (a inversão), e a sobreposição indicada anteriormente se torna então muito clara.
Moisés chama à proto-síntese a primeira aliança: Adão, em veda AD-Am, Unidade-Universalidade; e ela se multiplica em tantas Igrejas étnicas quanto Moisés, seguindo os egípcios, os caldeus, os brâmanes, os magos, o Kouo-Tsé-Kien do Extremo Oriente e os Votánidas do Extremo Ocidente, mencionam os patriarcas até Noé.
Então, começam a deutosíntesis e a segunda aliança universal. Se tivéssemos que mencionar todos os documentos históricos dessas duas Igrejas católicas, este livro quase não seria o bastante para isso. Moisés, que os teve todos sob sua vista, registra alguns entre eles, com sua habitual precisão, os que concernem, e interessam hoje mais do que nunca para a vanguarda da raça branca na Ásia, no Nepal e na Pérsia. A seguir, a tradução das palavras, extremamente misteriosas e ocultas com uma arte grande, porque seu fundamento é muito simples, muito real e, sobretudo, sem metáforas, nem filosofia.
Bereshith, c. VI, vers. 1, 2, 3, 4.
1. "Tendo-se pervertido a Igreja do patriarca Adão, em razão da multiplicação das raças e da sua mistura, sobre a face visível (PhaNa-I) da Terra espiritual (ADa-MaH), resultando na formação de numerosas confrarias de virgens.
2. "Os filhos dos Alhim celestiais amaram estas filhas de Adão. Tomaram-nas por esposas espirituais, por inspiradas, por Nashim, aquelas cujo amor os tinha cativado mais em espírito: (B'HaROu, inversão de BaROu-aH).
3. "Porque os Nephilim* existiram sucessivamente sobre a Terra astral desses Ya-Mim, Épocas e Ondas luminosas do Yá. Com efeito, desde que os filhos dos Alhim tinham freqüentado as confrarias virginais da Igreja de Adão, a aliança ghiborea, a grã Boreal havia nascido desta inspiração e havia fundado, desde a mais remota Antigüidade, o Anosh-yá, a corporação masculina do Yá, o Estado-Maior sagrado de Ha-Shem, do Shema celestial da glória divina."
Eis a antiga aliança chamada hoje em dia ariana, fundada por uma reação das virgens inspiradas contra a decadência universal. Pitágoras não esquecerá, como chefe de Ordens, de agradecer ao verdadeiro feminismo toda a sua Missão, toda a sua parte legítima de influência.
Além da aliança citada, porém muitos séculos depois, temos que mencionar a aliança que data do patriarca Koush antes da Revolução Nemródica. As metrópoles orientais, cujos Sacros Colégios tinham como correspondentes todos os outros centros mais ou menos aderidos à Antiga Ordem, eram: a capital de Jana-Cadesha; Mithilâ, para a seção das ciências divinas e humanas chamadas Purânicas, ou Humanidades Santas, e Kashi, para a seção das ciências chamadas positivas ou iyóticas, porque a Astronomia, levada até a fisiologia cósmica, era considerada a síntese dessas ciências.
São dessas épocas históricas que datam, muito antes de Moisés, as relações sacerdotais da Índia com o Oriente e o Extremo Oriente, de uma parte, e o Norte da Ásia e a Europa, incluindo Grécia e Itália, de outra. E por último, com Egito e Etiópia. Foi de Kashi, hoje em dia Benares, que veio o Colégio dos Kashidim (literalmente, dado por Kashi), os caldeus. Era aí também que os magos do velho Irã iam terminar seus Altos Estudos Iyóticos. Mas, depois do primeiro Zoroastro e da reputação do culto dos Devas, que considerava como oponente a velha Ortodoxia, abstiveram-se de Mithilâ, o Grande Colégio Purânico freqüentado pelos sacerdotes egípcios, cólquidos, délficos e outros.
Pitágoras era, pois, um religioso, um piedoso peregrino da Unidade e da Universidade Patriarcal, um fiel de sua dupla revelação e de seu duplo critério, que estudaremos mais adiante: a vida e a ciência. A vida, vida eterna, porque sem ela o Thanatismo, que é a finalidade de todo ser, seria o Princípio da vida, o que é absurdo. A ciência, não a do homem, mas aquela que antes dele já estava escrita, com todos os seus feitos, desde o infinitamente grande até o infinitamente pequeno. A biologia do Universo invisível e a fisiologia do Universo visível.
À parte disso, escutemos por intermédio dos seus discípulos, e eles nos dirão se os critérios da verdade são objetivos ou subjetivos, reais ou metafísicos, vivos ou .mortos, universais ou singulares.
"A razão humana não tem, por si mesma, mais do que um valor de conjetura. A ciência e a sabedoria pertencem somente à Divindade e nós só temos a capacidade de obter esse conhecimento de acordo com o nosso grau de receptividade."
Essas palavras, a que nos refere Proclo, exalam cheiro de incenso, aos altares do Verbo, seu Cristianismo Uno e Universal, sua Revelação descontínua desde os primeiros patriarcas até os de nosso tempo.
Comecemos pelos altares do Verbo.
É historicamente certo que Pitágoras reconstituiu, graças ã documentação dos templos, um dos livros de Orfeu: O Verbo hierático. Dedicou-o à memória desse profeta eslavo, renovador da Grécia e da Itália patriarcais. Com certeza, os sacerdotes egípcios conservavam, com o nome de Thoth, livros provenientes da proto-síntese pré-diluviana do Verbo, e, debaixo do livro de Thoth, os da Deuto-sínteses pós-diluviana. Não temos dúvidas de que o fundamento desses livros era comum às Universidades religiosas da Europa, da África, da Ásia e inclusive da América, até a revolução política e filosófica que, em 3100 antes da Encarnação, quebrou esta Santa aliança e a obrigou a ser ocultada. É indiscutível que entre os títulos miriônimos do Verbo, disseminados entre essas duas sínteses, figura desde toda a Antigüidade seu nome direto e invertido; em etíope ShOu-I, em zenda IOSh, em caldeu IShO, em veda IshVa, em sànscrito ISOua, em chinês ShOuI e SOul. É o IeShU, Rei dos patriarcas de nossas liturgias. Esse mesmo nome era o de Moisés, escrito tal como o do Infante Thermouthis, que foi: M'OShI, dedicado a OShI.
Os Qabbalistas têm toda a razão, quando dizem por hábito de tradição: o nome de Deus está dentro do de Moisés; porém eles não podem apresentar as provas disso: elas estão no que precede.
Nós teremos que voltar detalhadamente sobre todos esses pontos; porém o que notamos aqui demonstra que o ponto de apoio tomado por Pitágoras sobre o Verbo nos Templos de Europa e da Ásia é religioso e não filosófico. Pertence à revelação universal una e contínua da Igreja e das Igrejas Patriarcais. Dessa forma, Pitágoras não pôde deixar de repudiar o Paganismo lônico, seu politeísmo ateu, sua anarquia mental, suas políticas anti-sociais. E nisso não fez mais que seguir as pegadas de Numa e de Xenófanes no Ocidente, de Lao-Tsé na China, de Daniel na Caldéia, de Zaratas na Pérsia. Muito mais ainda, o próprio Invisível o teria enviado.
Seus biógrafos, gregos e alexandrinos, dizem efetivamente que recebeu a graça de sua primeira teofania ou sua vocação em Creta, pelo ano de 550 ou 553. Tinha então alcançado e até ultrapassado seu trigésimo ano. Estava assim em uma das condições ritualísticas impostas pelas Igrejas Patriarcais ao segundo nascimento, o espiritual, para a abertura dos sentidos fisiológicos na biologia divina, a entrada, pela Porta da Morte, para sua experiência da imortalidade.
Levando o Verbo Encarnado ao cumprimento total de sua própria lei, como Verbo Criador, observou esse rito no seu retiro no deserto.
Foi assim que Pitágoras teria visto o céu e o Inferno pela primeira vez, e, nos círculos mais espantosos deste último, os dois corifeus do Paganismo, os dois magos do Jonismo mediterrâneo: Hesíodo e Homero, cujos admiráveis cantos haviam deleitado sua elegante juventude na casa do seu pai, o rico banqueiro de Samos. Desolado, não ousava acreditar no que seus olhos viam, olhava para esses espíritos vítimas do Espírito das Trevas, da turba dos Demônios, da sua luz preta e vermelha. "Por quê?", gritou-lhes. E eles lhe responderam: "Oh! Por ter maculado a deuses e homens; aos deuses, por haver-lhes dado como Mestre o Ateísmo, caluniando-os, mostrando que são corruptos como nós homens; e aos homens, divinizando seus vícios".
Eis pois uma antinomia perfeitamente resolvida cortada pela raiz pelo espírito de primeira linha de Pitágoras. De um lado, o profeta Orfeu e o Verbo Divino cuja santidade é ocultada na sua majestade celestial; de outro lado, a tagarelice humana nua e crua, notoriamente de sua arte emprestada à arte sagrada do panteísmo, em que tudo é Deus, com exceção do próprio Deus, de seu teosofismo, no qual tudo é divinamente verdadeiro, com exceção da verdade, e de Amath, o Selo do Verbo eterno, e d'Ele mesmo.
O Orfismo, mil anos antes de Pitágoras, havia sido na Europa um dos máximos esforços da aliança Templária contra a invasão da revolução asiática, de seus retóricos, de seus sofistas, de seus exploradores, de seus políticos suplantadores e escravistas.
Na época de Moisés e de Orfeu, a Creta das cem cidades tinha sido reafiliada à Santa aliança dos Templos de Manu e de Menes. Os curetes eram uma missão sacerdotal dos Kouros celebrados nos poemas hindus. A Minoa de Minos22 os tinha visto renovar um dos nós górdios,23 símbolos do Orço24 e do Orcus órfico, do juramento de aliança com Deus. A filosofia e as políticas cortaram facilmente estes nós sagrados, para desgraça dos povos; somente a religião poderia refazer a sua paz.
Estes nomes - Mínoa, Minos, Menes, Manu - significam, na língua do Bereshith: Na-NoaH, a regra, a ortodoxia de Noé. Durante este tempo, o O-Rifeo, o Ribhou dos Vedantas, o filho dos reis Sármatas daTrácia, Orfeu, renovava o mesmo prazo no santuário eslavo e pelasgo de Delfos. É a Daliph egípcia, a Daliph sânscrita. Em devanagárico,25 Dalapha ou Dalapa expressa um desses lugares santos, neutralizados, e também um desses tesouros sagrados da aliança. A mesma observação para Dodona,* uma das Dyomnas do Danu védico e dos Dodonim de Moisés.
A Grande Soberania Noaquídes, renovando o Adâmica, semeou de Dalaphas semelhantes a sua marcha sacerdotal de um extremo a outro do planeta.
Na Europa, existiam siríngos26 desse gênero do Cáucaso até os Pireneus, e o catálogo dessas bibliotecas subterrâneas era propriedade dos soberanos pontífices metropolitanos. A Cólquida também teve sua Dalapha, que motivou a expedição órfica dos Argonautas.27 Este último nome designa uma das antigas épocas da aliança chamada Arga ou Arka. Seu conselho de vigilância era chamado de Argus, o cachorro de Pan, de Phanés e do Grande Pan.
Orfeu havia sido encarregado de ser, na Europa, o renovador da Anfictionia celto-eslavo e pelasga, cuja data vem de Krishna no que concerne ao culto dos Deuses, dos Devas, dos Alhim, fruto pagão da revolução das burguesias asiáticas.
Atrás desse neoconcordato, havia-se salvaguardado a antiga ortodoxia dos OSI-oï, da qual os pontífices de Delfos conservaram, porém, o Santo Nome. Havia assim mesmo ligado a paz sagrada - na Cólquida, na Grécia; na Táurida, na Itália; e até na Gália, na Espanha - aos invasores revolucionários, contidos de século em século sobre a Europa pela represa oriental dos magos e depois pelos reis da Pérsia. Seus ensinamentos, registrados na língua deva e depois na dórica sobre placas de cobre, eram, em cada cidade central, guardados por famílias nativas que, até mesmo em Atenas, desfrutavam ainda de grandes prerrogativas no tempo de Pitágoras. Com maior razão, esses costumes subsistiam ainda na Grécia e na Itália.
A obra destruída de Orfeu foi, como já dissemos, reconstituída por Pitágoras, o qual, para selar melhor sua imparcialidade de pensamento, a submissão de sua própria razão suprema, desprezando colher os louros fáceis dos jônicos, não escreveu nem destruiu suas próprias obras para não confiar na essência delas mais que à memória de seus adeptos. Esse desprezo por toda a sua doutrina, de todos os sucessos individuais, junto com muitos outros sinais, faz de Pitágoras um grego sem igual; aproxima-o tanto dos sacerdotes patriarcais quanto o afasta dos filósofos.
Essa forma de compreendê-lo é a verdadeira, a cristã, a que temos desenvolvido em nossa primeira Missão.
II
OS SUCESSORES DE PITÁGORAS
OS VERSOS DOURADOS

Manuscritos Comprados por Platão. - Os Pitagórtcos Perseguidos. - Lysis e os Versos Dourados. - O Grande Pan. - Os Três Credos. - O Juramento de Orço e a Tríplice Certeza. - Fundação do Estado Social Universal.
Não tendo Pitágoras deixado, pelas razões expostas anteriormente e quem sabe, talvez também, por outras, impostas estas pelas Iniciações Templárias, outra documentação além da memória cada vez menos certa de seus discípulos, seu ensinamento superior permanece na reserva sob um véu que o oculta, porém não o torna impenetrável.
Três manuscritos comprados por Platão escaparam felizmente à disciplina cruel. Édipo e Sófocles digno de uma Esfinge, pois o autor do Timeu,28 tanto em data como em classe, é o primeiro dos comentaristas das mesmas notas, se não dos resumos de Pitágoras.
O título que o amigo de Arquitas e de Timeu, de Locres, dá ao seu admirável diálogo indica a sua filiação. Vistas as circunstâncias, a Ordem não tinha dúvidas sobre aquilo que Platão punha mais em evidência, como seguidor de Pitágoras. Os apoios independentes eram necessários a esta Ordem; a invejosa burguesia que ele tinha dizimado e dispersado continuava a aborrecê-lo como uma ameaça às suas usurpações. Ela sentia atrás dele e do seu Fundador, a síntese sagrada, ressuscitada pelo real filho de Eagro, a quem Pitágoras, no que concerne à Europa, referia, como todos os outros, sua teologia cosmológica que nos transmitiu em Timeu.
Entre as relíquias fragmentárias dos ensinamentos da Escola italiana, um dos mais conhecidos são certamente os Versos Dourados, escritos por Lysis no século V antes de nossa era, e que formulam o esoterismo, o ensinamento primário da Ordem semi-órfica dos Pitagóricos dispersos.
Esses versos, efetivamente, são o catecismo do Grande Pan, mas não do Panteísmo. Pan é um dos nomes cósmicos do Verbo, o pastor cósmico das estrelas, das potências que as guiam, das almas que as povoam. Essa palavra vem do sânscrito, Pana, o Tutelar. Esse símbolo expressa, também, do ponto de vista terrestre, a aliança universal dos Templos nesse mesmo Verbo, do qual Argus significa a vigilância. O que precede esclarece o que vem a seguir.
Os dois primeiros versos são um credo, e esse credo, na sua oposição dos términos, é semelhante aos dois hierogramas de Moisés: ALHIM, os Deuses ou as Potências de Deus, e IHOH, o Ser Absoluto. E enquanto o Epopte egípcio diz: "Escuta, Israel, Deus, teus deuses, o Ser absoluto, o Um", Orfeu, discípulo de Moisés, Pitágoras, renovador de Orfeu, e Lysis, redator de Pitágoras, dizem:
Rende a homenagem legal aos deuses das nações,
E guarda seu juramento ao Deus legítimo.

Todos os cultos antigos derivam, com efeito, mais ou menos fielmente, de uma mesma fonte una e universal: a revelação primordial, a proto-síntese ou religião cristã dos patriarcas: Religio vera, disse Santo Agostinho, e esse fato culminante, chave da abóbada da ciência, das religiões comparadas, mina todos os sistemas anticristãos que presidem hoje o duplo grau dos ensinamentos clássicos e sua conseqüência: os Altos Estudos.
No Império dos patriarcas, antes de Krishna,29 o ato de fé era: "Om, Sas, Tal, IshOua-Ra, Hamo!". Om, Sas, Tat; em IeShU-Rei, Glória! Glorificava dessa forma o Verbo, usando o nome conforme a aliança. Depois de Krishna foi: "Om, Sas, Tat, BRA-H-Ma, Hamo!". IshVa expressava o Ser existente por Ele mesmo, BRA-H-Ma expressa sua imagem refletida nas ondas do tempo sem limites, sua energia criadora trabalhando na substância e para a subsistência dos seres.
Lendo as primeiras Slokas* do Manava-Dharma-Sastra, entender-se-á que o que precede é a sua chave. É assim, efetivamente, que o Vyasa Krishna, ao reformar as Leis de Manu, indicou a filiação da deutosíntese indiana, a de Noé, Ma-NoaH, a proto-síntese dos primeiros patriarcas, a Universal, a Adâmica do Éden, a cristã-católica.
Mil e quinhentos anos depois de Krishna, oitocentos anos depois de A-BRA-HaM, Moisés, fazendo voltar tudo para a Unidade Primordial, subordina os ALHIM não ao BRA-H-Ma. mas ao BRA-ShITh, o Verbo da Héxada genesíaca: "BRA-ShITh BRA ALHIM", e o nome de IHOH somente é pronunciado no cumprimento do sétimo IOM cósmico. O Credo que impõe aos párias indo-egípcios, dos que se fazem um povo shemático, é: "SheMWa IShRAL! IHOH ALHI (M)-NO, IHOH AHD". Escuta, ó, Israel! Deus teus deuses; o Ser Absoluto, Uno.
Para o judeu, não para Moisés, não para os profetas, Israel é somente e!e; para os filhos de Jafet, é a Humanidade em seu Zodíaco ou Organismo Universal. Em veda, Israel lido à moda européia é a inversão de RAShI, o Zodíaco; L é o símbolo monolítero* de Indra, o céu astral divinizado.
Por trás de Moisés, Pitágoras e Lysis.
Os diferentes cultos étnicos que surgiram da religião universal não concordavam mais no seu trigésimo ano, somente entre os melhores, como vimos para o epopte Samien, a terrível revelação do invisível, a reintegração da existência humana na vida absoluta, por e nesse êxtase tão pouco conhecido dos europeus modernos, bem como a validez de todos os outros mistérios religiosos. Mesmo nas iniciações, mais ou menos das três ramificações da deutosíntese, o nascido duas vezes do Evangelho, o Dwija das Toras patriarcais, referia-se ao outro Mundo dentro deste, às três confirmações fundamentais que seguem: a Existência de Deus, de Seu Verbo e de suas Potências; a imortalidade da alma, que dito de outra forma é a existência humana e, por último, sua responsabilidade perante o tribunal desse mesmo Verbo e das mesmas potências: o Osíris do Amenti, segundo os sacerdotes egípcios; o Mahadeva Ishvara, segundo os sacerdotes arianos. Neste juízo, no qual está contido o nome de Jesus, que, durante o seu duplo nascimento, o Iniciado prestava o Juramento: ao Orcos, ao Orcus dos Órficos, à Grécia e à Itália patriarcais. E esse nome, Orcus, designava também o grande Juiz, o Senhor da Triloka Védica.
E é sobre a tríplice certeza que precede que foi fundado o primeiro Estado Social Universal, e sempre que se tentou ou que se tenta tirar-lhe esse tríplice fundamento sagrado, o Espirito da Besta terá retornado ou retornará, voltando à sua lei de guerra, de anarquia e a todos os castigos do mundo invisível.
Lysis não deixou de registrar este Orcos em seu segundo verso, que junto com o primeiro é explicado assim: "Respeita a diversidade dos Cultos, a Potência e o papel do Nome, e seja fiel ao Orcos, quer dizer, à religião una e universal que recebeu seu juramento".

III
O FALSO PITÁGORAS ANCIÃO E MODERNO
AS TRÊS RAÇAS MENTAIS

Os Versos Dourados se Curvam ao Panteísmo. - Os Principais Comentaristas de Lysis. - As Três Conclusões; as Três Raças Mentais e suas Relações com o Cristianismo. - O Ecleticismo Alexandrino. - Hierocles. - Os Teólogos Concordatários. - Dacier. - O Neopaganismo. - Giordano Bruno. - Fabre d'Olivet. - Reservas Sobre os Últimos Versos Dourados. - Empédocles. - A Raça Branca Pura. - Perigos Resultantes do Compromisso com o Paganismo.
Apesar desta reserva de primeiríssima importância, mas que era acessível tão-somente às mentalidades dos dois graus superiores, os Versos de Lysis, pelo fato de esse nível desejado, mas perigoso, de ensino primário, não podiam deixar de pender para um filosofismo pagão de tendências panteístas, motivo pelo qual fizeram dele seu código filosófico e religioso.
Isso foi o que aconteceu à maioria dos seus comentaristas, à maior parte dos que se dizem de boa-fé e acreditam ser verdadeiros pitagóricos.
Entre esses comentaristas, é necessário destacar três: Hierocles, Dacier e Fabre d'Olivet; pois ninguém melhor do que eles pode fazer observar claramente esse desvio da verdadeira doutrina de Pitágoras: do Cristianismo universal e eterno para o Paganismo; nem sintetizar mais exatamente para os ardentes estudiosos dos estudos pagãos as três conclusões que comportam esses estudos com respeito ao Cristianismo e à Cristandade, que são:
1ª Conclusão: a Eclética, como Marco Aurélio;
2ª Conclusão: a Concordatária, como Constantino;
3ª Conclusão: a Pagã propriamente dita, como Juliano, o Apóstata.

Essas características têm por finalidade facilitar o discernimento das raças de espíritos correspondentes. Para compreendermos melhor, nós chamaremos de Negro ao Paganismo; e Branco ao Cristianismo teológico, inseparável de sua verdadeira forma, que é o Catolicismo. Em conseqüência, chamaremos naturalmente de "mulata" à raça Eclética, "quarta" à raça Concordatária, e "negra" à raça Pagã pura: Nigra sed pulchra. Pois bem, se preservamos, como Pitágoras, nossa fé a uma quarta, a totalmente branca ocultada, que é a mesma Sabedoria, razão demais para cobrir de flores as três Graças das quais recusamos a maçã.
Essas três conclusões apenas nos interessam em suas relações com o Cristianismo. Desse ponto de vista, o representante da primeira é Marco Aurélio. É o liberalismo de M. Prudhomme; é bom apoiar-se sobre as baionetas, porém é ruim sentar-se sobre elas. Esse liberal não é menos perseguidor delas, em nome da razão que orienta o Império e o Estado. Entretanto, os tempos mudaram desde Constantino. As baionetas desse tempo mudaram pouco a pouco ao Cristianismo, e a Filosofia esconde as unhas, porque os bispos mostram suas garras que defendem vigorosamente os fiéis.
A segunda conclusão merece o nome de Concordatária entre a autonomia teológica e essa mesma filosofia. De uma parte e de outra, faz-se com que as garras entrem novamente, deixando-as sair de vez em quando, segundo as direções políticas, se operadas do flanco direito ou do flanco esquerdo.
A terceira conclusão é a de Juliano, o Apóstata; em pleno flanco esquerdo. Esse personagem tipicamente parisiense durante a sua vida, como dizia minha cara Lutécia, teve participação considerável na Enciclopédia do século XVIII e em suas amáveis conseqüências tanto políticas como anti-sociais.
Voltando à primeira que, sucedeu a Eclética Alexandrina há mais de quinze séculos, foi revisada e corrigida por um admirável professor oficial de filosofia: Hierocles. Ela, no fundo, não é mais do que a Imperial Greco-Romana, a razão de ensino dos filósofos que algemam a razão do Estado ao Panteão, e inclusive à Santa Sofia, desde Augusto até os Augústulos. Mais ou menos impregnados, sabendo ou não do duplo Cristianismo anterior e posterior à Encarnação do Verbo, desconhecem a sua essência divina e seu alcance humano, acreditando que possam ser capazes de eliminá-la ou subordiná-la a seu critério e aos seus métodos.
Hierocles foi nomeado pelo imperador bizantino para pacificar uma terrível guerra civil pagão-escolástica e eclesiástica. Ele sente, na doce beleza e na profundidade dos seus ensinamentos, que o período concordatário irá nascer. É um teólogo órfico como todos os pitagóricos. Não é um filósofo no sentido vulgar da palavra. Sem dúvida, Pitagoras continua sendo, depois de Orfeu, o maior unitário que o politeísmo eslavo e pelasgo, depois grego e romano, já produziu; porém, desde o fundador da Academia até Hierocles, a tendência do pitagorismo inicial torna a encontrar tanto mais à medida que os sistemas individuais se baseiam em seus partidos, formando uma última glória estática à porta da Lua da Doxia dos Templos.

Podemos seguir com o pensamento de Hierocles, na Alexandria, no Bruchium que havia sobrevivido à destruição do Serapeum. As tradições acerca de Pitágoras estão espalhadas em mais de 40 autores e 60 volumes. Sucessor de Hypatia, após um longo período, o qual foi encerrado com a morte de São Cirilo, o elegante mestre, dos cabelos brancos como a sua túnica, teve também como amigos todos esses incontáveis livros empilhados de estante em estante. Em uma semelhante alma, em uma inteligência esclarecida, todos esses tesouros mais ou menos contraditórios buscam, por várias formas de atração, a unidade perdida, o acorde perfeito da Lira. Quantas meditações teve esse homem em cerca de meio século; quantos diálogos com os misteriosos afiliados da Liga dos filósofos e dos sacerdotes dos deuses, irremediavelmente vencidos pela Igreja, depois de ter tentado esmagá-la em vão sob o braço justiceiro dos imperadores.
Ó! Os mistérios degenerados de sua época não lhe tinham dado uma Epifania verdadeira como a que tiveram tantos cristãos sem que Pitágoras lhes tivesse dito: "Encontrem Jesus!". Porém, soube guardar sobre a carne profana um simples e real ensinamento de majestade. Nem a sombra, nem uma simples expressão, mas o movimento da alma indicador de um ressentimento qualquer contra o triunfo do Cristianismo: como pitagórico não se aflige nem um pouco pela derrota do Paganismo; pelo contrário, talvez, e com toda a sua alma que está no Helenismo, beijaria a Cruz se tivesse sido plantada no monte Olimpo e não sobre o Calvário.
As trevas se amontoam cada vez mais, e, desde todos os horizontes, o dilúvio dos bárbaros vem a submergir desta civilização, a filha decadente de uma mãe que, pelo contrário, é bela e pura, imortalizada pelos livros sagrados de todos os povos. Assim, a vontade de Hierocles é não só conduzir à ancestral unidade de Pitágoras uma anarquia de ensinamentos já harmonizados desde Plotino, mas fazer competir com o Evangelho este Helenismo ideal, torná-lo novamente religioso, para fazê-lo sobreviver luminoso apesar dessa luz das luzes.
Quer que sua encantadora Feba seja a irmã maior deste deslumbrante Apoio, e que seu último sorriso ilumine ainda as gerações por vir, submetendo a sua inteligência ante o passado das glórias mais raras de sua raça. É por isso que seus comentários, animados sem o saber pelos evangelistas e pelos sacerdotes, têm um ligeiro acento de adeus, a majestade do último suspiro da alma nacional que se rende à alma da Humanidade. É um legado social que das mãos de Fidías se eleva para o incomparável testamento de Nosso Senhor Jesus Cristo; algo belo, recolhido piedosamente, quase divino, também diversos Testamentos, o de uma Hélade transfigurada, posta artisticamente em seu ponto de imortal perspectiva, com Orfeu por Moisés, Pitágoras por Elias, Lysis por EIiseu.
É com essa nobre raça de espíritos, tão bem representada por Hierocles, que a segunda é neoconcordatáría, especialmente desde 1648; mas sem dominá-la cientificamente com a invencível potência de suas reservas e de seus princípios. Esta segunda raça é a tomista,* depois a oportunista de Lovola,** a luterana da Confissão de Augsburgo, a calvinista, passando pelas ortodoxias nacionais gregas, pela anglicana e outras, que classificaremos como irmãs e primas da Igreja romana, desde o ponto de vista dos interesses comuns.
Em seu modesto papel de tradutor, o bom Dacier representa muito dignamente essa segunda raça, e tem muito mais importância do que fariam supor a sua falta de caráter, sua humildade e, principalmente, suas pobres vestimentas. Que roupas! Que paletó de intermináveis períodos desfiados, que estilo!... Sim, entretanto, que consciência e que bela luz cristã nessa pobre lanterna que honrou a Academia. Foi dito dele e de sua esposa que eram o matrimônio do grego e do latim; matrimônio de amor, e como foi prolifero! Dacier é o pai "Gigogne*** das traduções. Uma multidão de eruditos se debruçou nas suas traduções sem esgotá-las.
Porém, há muito mais do que isso na obra que nos ocupa. Deixando de lado a sua erudição, Dacier sempre tão perspicaz, à parte de seu valor como filólogo e escolastico, é um apaixonado calculista que ama profundamente seu Hierocles, que sabe acrescentar, sem imitar, pedras preciosas a seu rosário. Como são sérios seus estudos cristãos, que sua admiração pelos comentários de Hierocles nunca o fizeram esquecer! Que cuidado discreto tem em prevenir a juventude estudiosa contra o desvio que arrasta por todos os lados professores e alunos. É por isso que nas notas se encontram, disseminadas, suas próprias conclusões que conduzem o Renascimento pagão ao Renascimento patriótico, no ponto justo da Concordata.
Cuida de não ser enganado com a hora histórica. Não acerte seu relógio de bolso com as estrelas da Escolástica, nem com a Lua da Suma. Vá, se não ao sol teológico, pelo menos ao Sol de seus adoradores, que depois dos Apóstolos foram os mais próximos. E um bom católico, um honesto cristão dos ensinamentos religiosos primários, da catequização. Esse grau de instrução religiosa é puramente teológico; porém, os outros dois são da mesma natureza: os graus secundário e o grau superior faltam desde Constantino.
Essa sagacidade real foi também, desde o século de XIV, um dos méritos de Petrarca. Sem dúvida, São Tomás de Aquino continua sendo, por seus méritos, o mestre teólogo do Clero; mas não solicita menos a instrução, para defender-se, que o Grande Mestre, Santo Agostinho, que é seguido por todos os sacerdotes, cuja compreensão é mais próxima ao Supremo Mestrado, do Verbo Criador e do Verbo Encarnado, a do duplo Cristianismo anterior e posterior à Encarnação. Mas, que diferença entre a fé de Dacier e a de Petrarca! Petrarca é a fidelidade dos eruditos e letrados católicos apaixonados pelo intelecto pagão, oferecendo a ele sua razão e reservando seu coração aos sentimentos cristãos. É um adultério menos o último ato. Dacier, ao contrário, muito mais sólido na sua dupla erudição pagã e cristã, não libera todo seu raciocínio aos atrativos da Filosofia. Mais ainda, a monomania da glória, o atavismo, o patriotismo necropolitano da República e do Império romanos, o desencadeamento silencioso da possessão pagã, no amor de si próprio e em todos os instintos, são rejeitados sem o menor esforço, e não alcançam o nível moral de Dacier.
Como nunca tivemos a vocação tão expandida de voar para socorrer os vencedores, damo-nos a honra de acrescentar que a conclusão mais próxima da rainha das inteligências e da perfeita Imaculada é a nobre vencida hoje em dia: a Concordatária, no sentido mental e governamental do termo. Pagã pela sua cabeça, sim, está aí sua debilidade atávica, sua falta clássica, e nela somente se lembra de suas duas irmãs Atridas, das que não sobraram mais do que a pequena lúnula escura no branco perolado das suas unhas. Porém, seu coração é cristão e isso é suficiente para acreditarmos que este fogo vivo se transformará novamente na divina luz cerebral.
Mas ainda, e desta vez um tanto sacerdotal, ela é a única depositária da Sagrada Tradição e da Promessa. Com este título, ela é a mãe venerável para sempre de todos os cristãos, a salvaguarda da cristandade, e a Europa pagã de hoje em dia não supõe mais tudo aquilo que deve a ela e tudo o que ainda tem para receber dela.
Em Fabre d'Olivet, enfim, temos o Anticristianismo clássico, o laicismo pontificial dos filósofos e dos eruditos letrados, que se opõem aos ensinamento secundários e superiores greco-latinos, ao ensinamento religioso primário do Catecismo, à Filosofia pagã e à Teologia dos concordatários.
Vemos já despontar esta raça, que é próprio na pessoa de Fabre d'Olivet, o neopitagórico do século XVIII, entre os imundos secretários apostólicos, dos quais falaremos em outra parte, que exploravam o papado na primeira metade do século XIV. Sua figura moderna mais verdadeira é o pobre pitagórico Giordano Bruno, desarmado do Catolicismo para o Humanismo, para cair primeiro no Protestantismo, repicar a seguir fora do Cristianismo da revelação, para finalmente atirar-se de cabeça no Pitagorismo. Foi dado o fim de Pitágoras, numa fogueira, quando uma ducha e algumas boas palavras teriam sido suficientes para conduzi-lo a Jesus Cristo. Quanto a Fabre d'Olivet, foi apunhalado. Não se renuncia em vão ao Cristianismo; e este gênero de Humanismo é o de Juliano, ò Apóstata, uma verdadeira possessão infernal. Fabre d'Olivet sofreu esta possessão; porém, existe alguma coisa de curioso que eleva deliberadamente altar contra altar. É o espírito mais sistemático da Franco-Maçonaria de então, que a ultrapassava em cem cúbitos* a de hoje. Entre os pontífices laicos que trocavam a erudição por uma mitra, poderíamos citar muitos, e não dos menores: Couit de Gébelin, Boulanger, Dupuis. Volney; na Alemanha, Scheiling e muitos outros amigos do comentarista de Lysis. Não esqueçamos Lá Reveillére-Lepeaux, o famoso teofante e teofilantropo. que ninguém conhece nos dias de hoje e que pontificava também com sonâmbulos por Pytias.
É certo que Fabre d'Olivet fundou um culto neogrego desse gênero, que felizmente não sobreviveu. Como morreu em 1824, e eu nasci em 1842. seria-me difícil falar diretamente dele, e a única pessoa que poderia falar sobre ele com conhecimentos de causa ocultava tristemente esse sujeito. Porém, um manuscrito que me foi indicado por M. Rosen, em 1885, provou-me que render um bom serviço à memória desse grande clássico é deixar seu culto lá onde se encontra, nas masmorras da História. Isso por outro lado não tira em nada o valor dos seus comentários, que se constituem num bonito e paciente mosaico de encontros, no qual apresenta como uma novidade sua conclusão anticristã dos Estudos secundários e superiores.
Antes de deixar Lysis, devemos ter as mais expressivas reservas a respeito das últimas linhas dos Versos Dourados, as que consideram o super-homem intelectual, caro à mentalidade pagã, o Homúnculo filosófico que se auto-administra em honras da deificação. Documento de certo modo diferente para a forma como nos comportamos hoje em dia, adverte-nos caridosamente que essa apoteose é de Empédocles. Esse ilustre filósofo, que não podemos considerar filoneísta, é o Nietzsche do século XV antes do nosso. A Confraria o achou demasiado comprometedor e lhe mostrou discretamente uma porta de saída. Mas este, sem dúvida, acreditou que o seu dia de glória tinha chegado, continuou sua parada ao ar livre. Vestido rídiculamente com uma túnica roxa, os cabelos esvoaçantes, uma coroa na cabeça como a Pitia, cantava na rua sua própria divindade, em versos que evocam involuntariamente as cantatas da Deusa Razão e dos "teofilantropos", na catedral de Paris.
No peito dos imortais, surge um Deus, tu mesmo.
Nada menos do que isso!... Conselheiro municipal, deputado, senador, ministro, presidente do Conselho, presidente da República, manequim dos palácios, estátua nas encruzilhadas, tudo a expensas da economia social; que aconteça ainda, mas. Deus!... Esses tipos de grego, protótipos de nosso Jourdains e do seu professor de filosofia, não duvidavam de nada, nem deles mesmos, menos que de qualquer outra coisa.
Mas, como estavam longe do verdadeiro pensamento e caráter de Pitágoras, o desejo desses gregos pela glória estrangeira, sua busca por opiniões e um prazer desmedido em progredir!
Para resumir, levantando as menores dúvidas sobre nosso pensamento em relação às três raças, faltou-nos acrescentar que: toda nossa fé, como já dissemos e voltamos a repetir, vai desde o colorido até o branco puro da Teologia autônoma, sem nenhuma mistura; mas a segunda, a Teologia concordatária, também tem o nosso respeito. O que nós criticamos na Teologia cristã é todo o flerte de compromissos sinalagmáticos com a pagã, com o preto-branco mais ou menos mitigado. Não podemos nunca esquecer que este é anti-social, mediocrata, suplantador e escravista. Quando oferece os bens deste mundo, ou melhor, do seu mundo, faz isso sempre de uma forma obrigatória, porém nunca gratuitamente. É "cabotino",30 mas também, ó, farsante da Antigüidade patriarcal, que não fornece nunca o conhecimento sem alterá-lo. É um "faz-de-contas" filosófico e político. O seu estado mental sempre tem um governo atrás do seu ouvido (monitorando-o), não há nada de ortodoxia* na república romana ou grega.
O cesarismo bizantino possui um raciocínio para o ensino e um raciocínio para o Estado; em todo caso, sempre é anti-social. Pode deixar sobreviver sua soberania um pouco ao Cristianismo sentimental no coração; porém, expulsa radicalmente o Cristianismo do cérebro. Pois bem, é isto, o único modo de juntar um com o outro, que poderá conduzir ao domínio do mundo atual e devolver o negro à sua hierarquia.
O negro é Mefistófeles, pois Fausto não é mais que o Polichinelo. O concordato, inclusive o mental, é a cena das jóias, qualquer que seja a música que se toque. Nós queremos ser ternamente respeitosos para com as três graças clássicas, que tanto amamos, sem com isso aborrecer as outras, às quais não queríamos mesmo converter. Porém, não ignoramos a Margarida que estes tipos de histórias renovadas de Constantino, o Grande, terminam sempre deploravelmente com um Fulano qualquer. É o adultério sacerdotal, dizem severamente os profetas aos dirigentes judeus que se tornaram teólogos concordatários. A Raça que derivou disso nos valeu como a de Esdras para a sua Judéia, como golpes de Jehovah, entre os quais se encontram o Islã e os mongóis, que podem reiniciar o Sabá mais bonito e mais forte do que nunca. Mas essas moxas,** essas pontas de ferro e fogo, são benfeitoras se comparadas aos males interiores, passados, presentes e futuros, causados à Cristandade pela imprudência da mesma raça.
Acontece assim por que ela é sacerdotal? Sim! Clamam os pretos-brancos. Não é o bastante? Nós respondemos: não é o bastante. É porque ela é teológica? Sim! Vociferam os Demônios de Juliano, o Apóstata. Nós dizemos: acontece assim porque ela é Teológica Concordatária.
CAPÍTULO TERCEIRO
A Morte Espiritual

O Renascimento e a Vitória do Paganismo sobre o Humanismo Moderno
Nascimento do Humanismo no Século XIV. - Seu Espírito. - Sua Ação sobre o Estado Social Cristão. - Suas Conseqüências. - Papas e Igreja Educadora em Face do Humanismo. - Perigos dos Estudos Pagãos. - Utilidade da Catequização. - O Clero Poderia Evitar o Perigo; seu Ponto Vulnerável. - O Renascimento Pagão Acolhido sem Temor pelos Regulares. - Os Estudos Pagãos e a Instrução. - Eclosão Infernal entre os Eruditos do Renascimento. - Os Secretários Apostólicos: Petrarca, Eoccaccio, Coluccio Salutati, Poooé, Laurent Valla, l'Arétin, etc. - Sua Influência sobre os Séculos Seguintes. - Resultado Pagão do Humanismo; é Inevitável? Quem o Fez Assim? - Os Papas Deveriam Receber os Orientais? - O Verdadeiro Humanismo. - Os Dois ESPÍRITOS da História. - Os Fatos e as Leis. - O Princípio da Sociologia; sua Chave - Leis Reguladoras do Humanismo. - As Três Ordens Sociais e os Três Graus de Ensinamento.
É no século XIV, na Corte pontifícia, que nasce o Humanismo. Da Itália para a França, e depois de Avignon para Roma, elogiado pelos eruditos laicos que já o antecipavam, explorando-o e fazendo com que fosse celebrado por príncipes temporais e espirituais, o Renascimento se surpreendeu, deslumbrando, subornando a Igreja educadora, na sua mais alta representação humana: papas e cardeais.
Qual Renascimento? Pois temos dois deles: a forma e o fundo, a carne e o espírito. O do espírito, e este espírito é mortal a todo estado sintético e vivente, religioso e social. É chamado de razão mental e governamental pagã. Na sua origem, no seu ovo, é, já o dissemos, a razão individual erguendo-se exclusivamente em princípio, em lei, em critério do espírito humano; e o último vai para o diabo sem o primeiro. É a Soudra semi-alfabetizada renegada que desmembrou a Igreja e o Estado social dos patriarcas, faz cinco mil anos; foi a apóstata Soudra moderna que matou há mais de um século a verdadeira burguesia e a economia social de nossa nação.
Ela desmembrou também a Igreja e os Estados gerais de Nosso Senhor Jesus Cristo; pois, em todos os tempos, sua marcha é a mesma: desestruturar para ocupar tudo; fazer-se de intermediário ilegítimo, parasitário de toda á economia pública para subjugá-la à sua venal voracidade. Seu verdadeiro nome é: a anarquia, o individualismo, a inveja e a cupidez, até a loucura coletiva do homicídio e da esmola. O pensamento deles vem sempre do ventre, até mesmo quando parece que emana do cérebro.
Marca todas as coisas com esse sinal de "gulodice" que faz com que seja reconhecido onde quer que vá e em todas as coisas. Pensando com o estômago, atua com os olhos e o cólon, e tudo aquilo que usurpa e toca fica irreparavelmente maculado, assim: ensinamentos, justiça, economia, fé, leis, costumes, ciência, arte, vida. Monstro humano, que se fez por ele mesmo à imagem de Satanás, rendendo-se cegamente aos vícios, encobrindo todos os raios da luz de Deus.
E a Senhora: "Afaste-se daí, para que eu possa instalar-me". E ainda: "Ela corta a sua cabeça", em caso de necessidade; a Senhora é uma "Cesta" sempre disposta a receber tudo para ela e o seu bando. Essa mãe de todos os "colapsos" e dos sete pecados capitais não é a Eva, mas a Lililh* do Espírito humano. Também é a Senhora Jourdain,** louca pela cobra, sua professora de lógica, que matou seu marido, nobre homem que poderia torná-la baronesa e arrendatária geral de seus bens, como de tantas outras coisas. Depois de ter medido o pano com uma falsa medida, submete tudo à mesma fraude, tudo, até para os tambores*** e os calvários;31 chama a esta Exegese32 feita com as prebendas33 dela à nossa custa. Hoje em dia, seu clericalismo de instrução nos custa milhares de moedas por ano, tal como nos custa o clero em dez séculos.
De acordo com os tempos, às vezes é a tecedora, outras é a gulosa guilhotina. Esse era o seu sonho de tornar-se de sua maneira a princesa do sangue. Essa mentalidade começa e termina com dois pronomes; confirmados pela sua compreensão: Eu e a minha vontade. Eu, com maiúscula, no estilo inglês. Nascida "Pickpocket", procura sempre "biscatear", procurando uma carteira qualquer para apoderar-se do seu conteúdo e, de acordo com as circunstâncias, torna-se: ateia, filósofa, filantropa, teósofa, teofílantropa, humanista concordatária, tudo aquilo que quiser, menos cristã. Tem horror das relíquias dos santos, dos altares consagrados e, quando na presença de um crucifixo, é possuída pelos piores demônios, espumando pela boca. Acaba de atirar um no Monte Pelado e a resposta do fogo central não acabou ainda.
A revolução babilônica, que provocou um segundo dilúvio de sangue e de lama, havia-lhe conferido honradas, não só imperiais mas também divinas, sob o nome de Senhora Nemrod: a razão do mais forte. Sem Moisés que o reconstituiu, teria aniquilado o testamento dos patriarcas, pois, uivando contra o Verbo Criador, gritava: "Morte ao infame!".
A sua revolução antifrancesa, que trouxe de Roma, também fez dela um ídolo de sangue vermelho, lançando a mesma blasfêmia, porém contra o Verbo sob todos os seus aspectos: Criador, Encarnado, Ressuscitado, pontífice e Rei da Vida Eterna. Na pessoa de uma prostituta, a Camarilha filosófica a fez sentar no altar maior da Catedral de "Notre Dame" sob o nome de Deusa Razão, tal como na Babilônia.
Lutero, como homem do Norte, tinha conservado mais moderação e mesura. Havia-se limitado a preparar sua apoteose dizendo: "Todo o homem dotado de razão é intérprete nato das Escrituras". A interpretação da harpia consistiu em pousar-se sobre as Escrituras e sobre Lutero.
Essa razão tem, pois, como última palavra: Sitpro ralione voluntas Mea!, entendamos bem! É o facínora dos Estudos Clássicos. De lá, suas conchas de ostra que proscrevem todas as pérolas, seus odiosos ostracismos, esse amontoado infernal de condenados, patriotas necropolitanos, fanáticos, pagãos, mediocratas rancorosos calçando alpargatas ou coturnos, sandálias de tiras de Roma e de Atenas, sofistas do Agora, retóricos do Fórum, que pagam à sua clientela eleitoral com novidades "circenses" à sua custa, para depois retomar as despesas sob forma de impostos. Disso derivam todos esses monastérios violados e vazios, todas essas escolas abandonadas e viúvas, todos esses asilos sagrados profanados e desertos. Daí, provém essa multidão lamentável e inúmeros exilados, mulheres e homens, irmãos celestes das pessoas pobres, Anjos da verdadeira democracia, religiosos de todas as ordens que insuflarão sobre este Ocidente o espírito militante da vida cristã, a responsabilidade dos grandes para os pequenos, a disciplina sempre pronta à dedicação, ao sacrifício de si mesmo. Adiantam ao estrangeiro da Igreja episcopal da França e ao último de seus fiéis, nesta execrável expatriação que expulsa novamente com eles a alma deste corpo nacional. Não ficarão para guiá-la mais que as legiões de Satanás que já a possuíam. Acredita em vão escapar assim do terrível castigo que a aguarda; porém a guerra social, como nos tempos da Roma pagã, devora-la-á, pois sua política a desencadeia, assim como abre a porta à invasão estrangeira.
A razão ruim é, com efeito e ao mesmo tempo, a má vontade, que não terá jamais a paz, nem dentro, nem fora. Nunca a terá porque não a deixa com ninguém, desde Caim até a Torre de Babel, do sabá filosófico e político dos gregos e dos romanos a favor da escravidão, até a enciclopédia e a anarquia dos ensinos atuais.
Como os papas e cardeais se deixaram levar até a vertigem na beira do abismo do qual hoje tocamos seu fundo? Suas santidades não percebiam o mal; sua fé acreditava que a fé do mundo laico fosse tão sólida quanto a deles, outros motivos não menos nobres os animavam.
Temos que reconhecer, por outro lado, que seus estudos pagãos ofereciam um perigo muito menor para o clero que para a clerezia, em razão da concordata intelectual firmada em 313, sob o nome de Teologia Escolástica. Esse tratado bilateral não era certamente o mais perfeito. Deixava subsistir o Paganismo ao lado do Cristianismo: os ensinamentos cristãos de uma parte; a filosofia pagã da outra. Rebaixava a Teologia, instituindo uma inevitável confusão entre as raças, e é por isso que vemos perpetuamente a tendência da concordata para o Paganismo; mas, da mesma maneira que era, manteve e ainda mantém uma disciplina mental, que era afirmada pela catequização primária e pela teologia secundária. Assim, pois, repetindo, é a esta raça concordatária, que apesar do seu desfalecimento e imperfeições, vão ainda os nossos cumprimentos.
Esses estudos poderiam inclusive não conter nenhum perigo para o clero, sob a condição de que o Secular recrutasse na Regular toda a Igreja ensinante, a episcopal, e molhasse periodicamente com um banho de vida intelectual, moral e espiritual, absolutamente puro de toda mistura mundana. Nessas condições de ambiente, o sacerdote de Nosso Senhor Jesus Cristo tinha para defender seu domínio todas as armas diretas e indiretas do Evangelho: uma sólida educação cristã lhe asseguraria a invulnerabilidade do coração e da vida; uma poderosa instrução, não somente teológica, mas teológica e científica, saturando a inteligência, tornando-a soberana e sintética de todas as análises; o controle mútuo e hierárquico da caridade cenobítica; a disciplina, não da obrigação, mas da obediência voluntária, ao Fiat voluntas tua em todas as coisas; a independência econômica, territorial e mobiliária, frente a todo poder político e civil; a segurança de viver longe do indivíduo e de todas as suas sugestões do ventre; a renúncia ao mundo rejeitando do ser todos os requerimentos dos sentidos, todos os de parecer e prosperar.
As Ordens gregas e latinas, viveiros do clero secular, juntaram a maioria dessas condições; mas todas ofereciam um duplo ponto fraco, universitário e social. O primeiro teve como causa a Teologia, concordatária mental de interpretação entre a Teológica objetiva e a Filosofia subjetiva dos gentis, a razão individual e a subjetividade metafísica e dialética. Tal era o primeiro lado vulnerável, inclinando a compreensão sacerdotal a conformar-se com a mentalidade pagã, em vez de submetê-la em todas as coisas à invencível intelectualidade cristã, armada, como mostraremos em outra parte, dos dois critérios objetivos da tradição sagrada: a vida e a ciência. Tudo isso é remediável e os remédios são atualmente: ciência despojada de toda sua interpretação filosófica e os textos teológicos tomados nas mesmas condições.
Desde o ponto de vista social, isto é, da aplicação da Tradição à boa vontade coletiva, faltava a certeza relativa às condições orgânicas do Estado político e as do Estado social; de onde vem a tendência para sofrer dos pagãos escravistas.
Essas duas lacunas dependem uma da outra, e o corretivo da primeira envolve forçosamente a segunda. À parte disso, as Ordens gregas e latinas, além de serem viveiros episcopais do clero regular, realizavam muito mais coisas do que Pitágoras tinha tentado em vão realizar para a reforma do Paganismo, depois de ter consultado toda a Tradição Patriarcal.
É assim que vemos, desde o século XIV, os Regulares, cujos chefes têm o nível de bispos e tomam parte da Igreja educadora, e com eles a hierarquia dos príncipes seculares dessa igreja acolhe sem medo o Renascimento pagão e o alenta com uma liberalidade de inteligência e uma pródiga hospitalidade sem rival.
Foi Bento XII que, em 1335, nomeou Petrarca, que se constitui no verdadeiro padrinho do Renascimento e do Humanismo, canônico de Lombez; é Clemente VI quem confia a este mesmo Petrarca a embaixada de Nápoles, em 1343, que em 1346 foi protonotário e secretário apostólico, depois arcebispo de Parma, em 1348, e finalmente canônico de Pádua, em 1349. Inocêncio VI, de espírito bem mais austero que seu antecessor Clemente VI, nomeia Zanobi como secretário apostólico. Urbano V continua as mesmas tradições e, sob seu mandato, nós podemos assinalar entre os secretários os humanistas Coluccio Salutati e Francesco Bruni, cujo sobrinho Leonardo, diz l'Arétin, foi secretário apostólico, chefe de serviço e de certo modo da Chancelaria pontifícia, no começo do século XV.
Sob Martinho V, que voltou de Avignon para Roma, é nomeado Poggé como chefe do Colégio dos Secretários, modelo de Academia que não tinha nada além de humanistas. Nesse Colégio, os cristãos, como Ambrosio Traversari, o Camaldulense, e Mafféo Vegio, confraternizavam com pagãos corruptos e de hábitos ruins como Poggé e l'Arétin, Beccadelli, o Panormita, e Filelfo.
Finalmente, com Nicolau V, o Renascimento toma conta, por assim dizer, do trono pontífice. Piedoso e devoto, distribuiu, sem distinção, seus favores a todos os humanistas, tanto os pagãos como os cristãos. Dá a Teodoro Gaza a cátedra de língua e filosofia gregas na Universidade romana. Sob o seu mandato, Marsílio Ficino é o oráculo da Academia de Florença, e é por sua inspiração que Gianozzo Manetti empreende a erudita edição trilíngüe da Bíblia, seguindo o texto direto.
Não podíamos, sem estendermos indefinidamente este estudo, deixar de enumerar todos os membros do Sacro Colégio que, seguindo o exemplo dos Papas, interessaram-se pelo movimento do Renascimento. Entre o mais destacados, podemos citar: Louis Alaman, arcebispo de Aries; Nicolau Albergati, bispo da Bolonha; Hugues de Lusignan; Próspero Colonna; Dominico Capranica; Julián Cesarini.
É Cesarini quem descobre e protege a esse humanista destinado a tornar-se uma glória da Igreja e das Letras: o alemão Nicolau de Cuso. Por outro lado, o cardeal de Saintange, ponderando o valor moral e a cultura intelectual de Bessarion, o ilustre metropolita de Nicéia, toma-o responsável pelo Helenismo na Itália, e é a Cesarini que este erudito humanista deve seu capelo de cardeal.
Dominico Capranica foi promovido a cardeal ao mesmo tempo que Cesarini, tornando-se, como este último, o mecenas dos estudantes, dos artistas e dos eruditos. Manda construir um palácio em Roma para jovens pobres e institui 30 bolsas de estudo para os alunos de Teologia e Literatura. É deste colégio que surgiu Aeneas Sylvius Piccolomini, que foi secretário de Capranica. Ele era pobre, mas muito inteligente e enérgico, de forma que mais tarde chegou a ser papa, adotando o nome de Pio II. Desse mesmo colégio saíram também Santiago Ammanati, futuro cardeal-bispo de Pavía; Agnili e Blondus.
Entre esses protetores e promotores do Humanismo, não podemos nos esquecer do cardeal Pedro Barbo, artista, colecionador e arqueólogo, que manda construir um esplêndido palácio para abrigar suas ricas coleções; nem de Gérard d'Estouteville, parente dos reis da França, o qual compete com Barbo em luxo e em liberalidade.
Essas poucas citações farão entender com que liberalidade, com que ardor e com que espírito livre de todo temor ou perigo para o entendimento e a fé do clero se lançou a Igreja ao renascimento dos estudos pagãos.
Mas esses mesmos estudos pagãos, se não são um perigo real para o clero tanto regular como secular, explodem desde o começo como um perigo social sem precedentes para todo o sistema de ensinamento cristão, começando pelos seus professores, mestres, eruditos, filósofos ou juristas do mesmo gênero.
Uma fraca educação cristã, muito mais forte, porém, que a de nossos dias; uma débil instrução religiosa limitada ao grau primário, à catequização e, assim mesmo, muito mais extensa que a dos nossos dias; uma disciplina relaxada e, entretanto, conservada por uma série de organismos sociais e familiares, totalmente quebrados desde mais de um século; um controle mútuo hierárquico impregnado ainda de espírito cristão, porém corrompido já no alto pela Corte, no meio pela moda e nela opinião dessa mesma Corte; a preocupação por viver é menor que em nosso tempo, graças às corporações e à garantia que ofereciam aos indivíduos; as sugestões do ventre entre os eruditos seculares laicos em ruptura com a sua Ordem, que são forçados a passar do diletantismo para o parasitismo; os requerimentos em todos os sentidos para o naturalismo e para o espírito do mundo, ambos pagãos; a sede de parecer para prosperar; o aborrecimento instintivo contra toda obrigação social neste desprendimento da anarquia individual: tais eram as condições do meio no qual o Paganismo deveria acordar como se fosse na sua própria casa, sob todas as formas possíveis, porém infinitamente piores que seus modelos, pois o espírito de imitação exagera os defeitos e nunca as qualidades.
Assim, foi a infernal eclosão entre todos os eruditos dessa época e particularmente entre os imundos secretários apostólicos.
O primeiro desses humanistas, Petrarca, permanece não obstante cristão e se esforça para conciliar a instrução pagã com a educação cristã. Respeita a Igreja e seus dogmas, visita os santuários e as tumbas dos Apóstolos e dos Mártires, porém é amigo de Boccaccio e de Leontius Pilatus.
Se Santo Agostinho é o inspirador de sua consciência, Cícero e Virgílio são seus mestres literários, dos quais é um sincero devoto. Possui um amor desenfreado pela glória que chega a ser até monomania; uma vaidade sem limites o impele a invejar e odiar seus rivais, e ele mesmo lamenta este amor pagão pela fama do qual não pode corrigir-se.
E já, desde o século XIV, faz o tipo de Poggé e de Maquiavel. Seu patriotismo antiquado o faz saudar o sucesso de Rienzi, e se estende em amargas críticas contra os papas; pois imbuído das idéias políticas que circulam entre a maioria do humanistas do Renascimento, sonha com uma Roma rainha das nações, mais do que uma vila pontífice, porém pagã e arcaica: República romana ou Império Universal. Mais tarde, Valia e Maquiavel denunciarão da mesma forma o papa como inimigo de Roma e da Itália.
O Paganismo ainda se mostra timidamente em Petrarca, exemplar da raça concordatária, que tardaria em impor-se como indiscutível mestre do Humanismo. Desde o começo do século XV, escreveu Coluccio Salutati, o professor de Poggé, em seus Trabalhos de Hércules, que "o céu pertence aos homens fortes". Isso era proclamar que o homem tira de si mesmo e de seus esforços sua meta final e sua perfeição. Já era o Humanismo pagão, a quarta raça mental, a negação radical do Cristianismo. O Colégio dos Secretários Apostólicos, emparelhando seus passos, desenvolveu esta tese: "A natureza humana é boa por si mesma", e, no século seguinte, compartilhando esse otimismo, Rabelais escreverá a respeito dos thelemistas: "Em suas regras não havia mais que esta cláusula: 'faça o que você quer', porque os bem-nascidos, muito bem educados, convivera em companhias honestas, têm por natureza um instinto 'agulhão' que os impulsiona sempre a realizar fatos virtuosos". É a moral submetida à satisfação de todos os instintos.
Cada vez mais pagão, o Renascimento, sob o pretexto de seguir a Natureza, dá a preferência ao desfrutar dos prazeres em todas as suas formas. O futuro favorito de Nicolau V, Laurent Valia, é sensual. Em 1431, publica seu tratado, De Voluptaie, no qual afirma que o prazer é o verdadeiro bem, e dedica a Eugênio IV sua obra De vero bono, que desenvolve a mesma doutrina: o desfrute do prazer sem freios.
Não podemos nos surpreender se tal teoria levou ao desenvolvimento dessa literatura obscena apresentada na corte dos papas por tantos ilustres humanistas. Para memória dos mais notáveis, mencionamos: Leonardo Bruni l'Arétin, que, em seu discurso de Heliogábalo, discute com as cortesãs de Roma sobre as diferentes formas de voluptuosidade; livros como esse deliciam os secretários apostólicos. Ao mesmo tempo, Panormita escreve o infame livro O Hermafrodita; Poggé publica uma coleção de piadas licenciosas. Sob o comando de Nicolau V, Pedro Niceto e Aeneas Sylvius Piccolomini, futuro Pio II, trocam uma correspondência sobre o matrimônio e a união livres.
Os costumes dos Secretários correspondem à sua literatura: Poggé, que recebeu as Ordens menores, reconhece catorze filhos bastardos. Como laico diz: "Eu tenho filhos"; como diácono diz: "Passo pelas mulheres". Filelfo, Porcello, Vallas, Poggé são também sodomitas, e quando Pomponius é reprovado por seus hábitos ruins e ignóbeis, ele alega o exemplo de Sócrates.
Mas, por que mexer por mais tempo nesse lodo? Pessoas eruditas capazes de tudo, crápulas do espírito humano, pornográficos, panfletários, mestres cantores, cúpidos, vaidosos, de costumes podres, convencidos, venais como as moças públicas, desavergonhados maculadores de tudo aquilo que merece respeito, eis o que foram os secretários apostólicos, os humanistas do Renascimento pagão, os representantes da quarta raça mental; e, graças a eles e aos seus sucessores, desse Renascimento ao Protestantismo, deste para a Apostasia completa da Instrução Enciclopédica, o abismo foi aberto o suficiente para que o fogo do Inferno saia dele com todos os seus demônios. Descreveremos em outra parte essa possessão mental e a influência anti-social sobre a Revolução Francesa.
Essa é a razão mental pagã: Agripina, mãe de Nero, ou Frinéia, soberana do Areópago. E eis o porquê, desde o Renascimento, a Igreja sacerdotal, como a boa galinha do Evangelho, choca a sua ninhada de tantos pagãos, como bacharéis diplomados pelo Estado usurpador da instrução pública. A incubação é cristã, a instrução é pagã e pior que seu modelo, o Paganismo jônico. Da Igreja para a anti-Igreja, do mar para o Charco,* está o Humanismo concordatário da Universidade que dirige todos os patinhos, da água pura do Batismo para a água salgada da inundação.
Alma Mater!... Alma é muito dizer, e Mater mais ainda depois que o Estado político, novo Caim, aniquilou o Estado social, Abel, seus Estados gerais, o povo em corpo vivente, e escravizou seus três Poderes: o Ensino, a Justiça e a Economia públicas.
Essa desumanidade pagã, cujo Juízo Final segue seu curso, é o resultado do Humanismo. Ela é um resultado necessário dele? Admitir isso seria ser pagão como ela. Seria ignorar o Evangelho e as suas chaves, sua ciência, sua sabedoria velada, sua síntese divina e humana, sua religião una e universal. E aí, e tão-somente aí, está a soberania suprema de todos os humanismos; como ela é espírito e vida, quer que todos ressuscitem, lavados em sua luz, purificados em seu amor, transfigurados em sua glória.
Que são todas as Igrejas étnicas da Terra senão, os corpos espirituais de todos os povos mortos pela Roma pagã e devolvidos à vida, como outros tantos Lázaros, pela Igreja de Jesus Cristo? Esses corpos glorificados são os anjos guardiões dessas nações e de toda a sua História, passada, presente e futura. Porém, ai dos que expulsam esses Anjos! Pois os demônios exorcizados entram novamente nelas, tão pior do que antes, que acabam morrendo por sua causa.
O resultado do Humanismo não era fatalmente o pagão. O que o teria tomado assim? A vontade, a livre decisão dos eruditos tanto do clero como da instrução, sendo responsabilidade completa e plena desta última, principalmente com as sanções penais das leis em função dos fatos e princípios contidos nessas Leis.
Podemos por acaso repreender os pontífices romanos por terem aberto seus braços, seu coração, seu espírito, seus palácios, seus tesouros, toda nossa Igreja a seus santos e venerados irmãos do Oriente, aos monges e aos abades dos conventos orientais, fugitivos de Bizâncio, sobre os quais se abatia a cimitarra dos Turcos? Eles haviam apelado em vão, demandado, rogado, implorado, suplicado por uma Cruzada à incorrigível e anárquica Europa, a batalhadora, que atravessava ela mesma por problemas, permanecendo surda às suas vozes. Como, nessas condições, repreender os papas por terem ajudado os patriarcas bizantinos a salvar do ferro e do fogo dos sectários muçulmanos os monges eruditos, que traziam, confusamente, de todos os conventos das terras eslavo-gregas e jônicas, não só os manuscritos dos seus ancestrais pagãos mas também os dos padres de suas Igrejas? Como lamentar que esses pastores dos povos europeus tenham abraçado com entusiasmo, consolando-os ante o triunfo insolente dos invasores asiáticos anticristãos, toda essa solidariedade cronológica de nosso continente, que compreendia a idolatria mediterrânea dominada pela Cruz!
Este grito, "o Humanismo!", como era bonito nessa hora crucial da História e do espírito vivente, dessa crise de vergonha e de dor! Sobre os lábios dos Santos eruditos significava: caridade. Essa majestosa Igreja latina foi, realmente, a irmã da caridade de sua nobre e infeliz irmã oriental. Oh! Essas duas irmãs! Na prosperidade ficam rivais de beleza, ciumentas de seu poder, até mesmo hostis; porém se uma dobra os joelhos e cede em face da adversidade, a outra toma as suas dores, levando a cruz, resplandecendo o amor, e assim será de século em século.
Esse Humanismo da primeira hora é o nosso em seu primeiro grau; mas temos mais dois de reserva, no mesmo espírito: lembrança e esperança. As obras mestras da humanidade inteira testemunham a mesma cidade de Deus, a mesma civilização anterior e futura. Todas pertencem à fonte divina de toda a verdade, estando nela somente as gotas diamantinas recebidas por ela; e os puros raios humano-divinos, que brilham nessas águas sempre vivas, provêm do mesmo Sol de onde procedem todas as razões e todos os idiomas humanos: o Verbo Deus.
Portanto, quem dentre nós não faria a mesma coisa se estivéssemos nas mesmas condições que esses papas e cardeais? Por esse motivo se levantaram as vozes dos protestantes contra o papismo e a grande Babilônia, tornando-se outras tantas ejaculações de humanista energúmenos e de ébrios bíblicos analfabetos; arrotos políticos, que merecem ser tratados a pontapés pelo asno escolar.
Não se trata dos atos dos papas em relação ao Humanismo, mas do uso que poderia ser feito desse ato. O ato em si mesmo está acima de qualquer elogio como também de crítica, pois toda a Europa não tem mais que agradecer com veneração a Roma pontífice, como uma criança à sua mãe, por tê-la rendido aos autores gregos. Os jesuítas merecem a mesma gratidão por ter-nos revelado os Kings chineses, e os anglicanos, sacerdotes e nobres, fiéis letrados, por ter-nos transmitido os textos sânscritos, os vedas, as puranas e as interpretações que fizeram então de acordo com o brâmanes.
Nós levamos longe, bem mais distante do que qualquer um, esse sentido da Universalidade humana que no fundo é o do infinito celeste. E imperioso em nós manter a fé na universidade da Palavra Primordial; mas não menos imperioso falar ao nosso espírito do sentido da Unidade, do Absoluto ou do Divino, cujo eixo polar é a ação direta do Verbo, seu Cristianismo eterno, no princípio, no meio e no fim de todos os Ciclos, não somente na Terra mas no céu inteiro.
Nós nos faremos ainda entender melhor mais adiante, enquanto isso descemos do superlativo ao positivo. A história tem dois espíritos conhecidos, dos quais o menor não é o que nos conduz à escala evolutiva, é julgado pelo número de seus escritores modernos e no concerto pouco harmonioso de suas interpretações. Que esses continuem tocando ao seu bel-prazer esta música de varias árias, tocadas ao mesmo tempo, mas sem conjunto. Inauguramos para nós, para nossa melhor compreensão, um terceiro espírito. Este conserva intacto o primeiro, o dos fatos; afasta de nossa consciência o que não interessa; um segundo, o das reflexões subjetivas, substituído por um terceiro, o das Leis.
Das Leis, mas não no sentido individualista, jurista, político e pagão de Montesquieu, nosso sentido é objetivo, da ciência pura. Este é inseparável da vida que a sustenta, e essa vida, a do Verbo legislador, é a própria religião e as três juntas formam a sabedoria sagrada.
O espírito dos fatos é pura e simplesmente a observação; no homem, é a experiência humana em todos os seus graus históricos e sua solidariedade em todos os tempos. É o "Como". E a continuação vem o "Por que da existência dos povos e das raças?" Qual a razão de seu nascimento, seu crescimento, seu apogeu mais ou menos longo, a sua decadência, sua decrepitude, sua morte? Finalmente, por que sua sobrevivência no Verbo, por sua palavra? Por que sua ressurreição em um novo corpo glorificado por Ele? Esses corpos gloriosos são as Igrejas das nações, sem prejuízo para as das raças e, por fim, da Humanidade inteira.
Esse por quê, repetido de grau em grau, é o espírito das Leis sociológicas intrínsecas dos fatos, e essa ciência é sagrada como toda ciência real. O Princípio da Sociologia está em todos os Livros Santos, no dos arianos, no dos iranianos, no dos mongóis, no dos egípcios, nos de Orfeu, no dos druidas, enfim, em todos, desde os patriarcas até os Evangelhos. Mas, neste vórtice da universalidade, é necessário que a mão sustente com força a unidade, o centro absoluto e o eixo polar que passa por esse centro, sob pena de ser arrastado pelas forças centrífugas. Esse centro é o Verbo Divino, seu eixo vai do pólo patriarcal ao do Juízo final, passando por todos os patriarcas, por Moisés, pelos profetas, pelo Verbo Encarnado, Crucificado e Ressuscitado, pelos apóstolos e por seus sucessores, passados, presentes e futuros.
E útil voltar a essas coisas, pois a essência pagã da intelectualidade contemporânea, filha do Renascimento, terá repetido seu Sabá à custa da Sociologia como de todo o resto. Cada bacharel terá o seu no bolso, seu socialismo, que para ele é o oposto da verdadeira sociologia.
Sem a chave, ao mesmo tempo científica e religiosa desta última, a história é um farol apagado. É a lanterna dos burgueses que moram no morro à beira do precipício. Graças a esta chave, o farol se ilumina, e é mais útil aos homens do Estado e da Igreja que aos eruditos curiosos ou diletantes, sendo muito útil aos guias conscientes e responsáveis pela marcha da humanidade. E por isso que sujamos nossos dedos de tinta, vinte anos atrás, para escrever as nossas Missões; e é pela mesma razão de caridade que, hoje em dia, numa época em que existem muitas classes de pessoas que vivem do ofício de escritor, voltamos mais fones do que nunca, livres para dirigir nosso recado para alertar os fariseus e pagãos e todos os seus sub-répteis.
Vejamos agora quais são as Leis regulares do Humanismo, entendendo-se por essa palavra os Estudos Clássicos. As Leis vigentes são do Cristianismo, soberanas sobre os pagãos, tal como mostraremos na segunda parte deste livro, tanto a soberania intelectual como a espiritual, pois que direito temos de separar as duas entre os apóstolos e seus discípulos desde Pentecostes?
Para que essa soberania sagrada, pelo seu incessante controle sobre o acesso da ascensão do neopaganismo do Renascimento, pudesse evitar as catástrofes que já têm alcançado e ainda alcançarão a Humanidade, teria sido necessária uma dupla intervenção de sua parte na compreensão laica secular e na sua vontade coletiva.
Na compreensão, os remédios preventivos indicados pela soberania teológica eram os três graus de ensino do Tri-Reino, correspondentes às três pessoas da Trindade: Pai, Filho, Espírito Santo; Essência, Existência e Substância.
Na vontade coletiva, a prevenção evangélica indicava as três ordens sociais correspondentes aos três graus do ensino.* Está aqui, de cima para baixo, a relação destes graus e destas ordens.
1º. À Instrução da Ordem econômica corresponde o grau primário da catequização, completado solidariamente com a comunhão e com uma seleção sempre aberta, que se relacionam a:
2º. Instrução da Ordem Jurídica, a da espada e da Toga. Corresponde ao grau secundário, que já não é simples como o anterior, mas iniciático. Relaciona-se por uma solidariedade de comunhão e de seleção a:
3º. Instrução da Ordem de Ensino Universitário. Corresponde ao grau superior da Sociedade dos Fiéis, ao grau iniciador, unido ele mesmo à Igreja ensinante, à abacial mitrada regular e â episcopal secular para um acoplamento de comunhão e de seleção: 1° Sacerdócio privado, ad missam; 2°. Mitrada abacial, Canonnicat; 3º Púrpura cardenalícia.
Em suma, os estudos secundários e greco-latinos superiores, adequados ao segundo grau, não deveriam conduzir a nada além de estudos mais profundos ainda, com o Sânscrito como língua ariana protoclássica. Tudo se tornaria vazio rapidamente e somente ficariam nos bancos escolares as verdadeiras elites que buscavam a verdade por si mesmas e não uma banal instrução para tirar proveito dela, um meio anormal de existência, ou parasitária, ou corruptora.


SEGUNDA PARTE
A Sabedoria de Deus
e o Cristianismo

Ego sum Via, et Veritas, et Vita
São João. Ev. XIV. 6.


CAPÍTULO PRIMEIRO
A Estrada
A MATESIS CRISTÃ

Re constituição da Proto-Síntese. - Nossos Guias. - O Cristianismo é a Única Religião. - A Matesis Cristã e as Três Sínteses. - Quadro Sinóptico. - Os livros Sagrados Divididos em Três Sínteses. - Sua Origem Comum. - O Evangelho. - Jesus. - A AMaTh. - A Matesis e São João. - Daniel, Esdras; Reconstituição da Síntese. - A CaBaLaH e suas Chaves. - As Universidades Antigas. - O Selo do Deus Vivo nos Vedas; no ARKA-METRA. - O Nome de JeShu e suas Correspondências. - A Tradição em Face da Mentalidade Européia Adormecida. - Nossos Esforços para Despertá-la.

Alguns esqueletos foram o bastante para que Cuvier reconstituísse a paleontologia antediluviana. A História e a pré-história relatadas nos livros sagrados de todos os povos nos diminuem o mérito relativo à proto-síntese humana. A maior dificuldade consiste em deixá-la recuperar-se por si mesma de acordo com o duplo método objetivo e seu duplo critério.
Nossos principais guias têm sido, entre os sacerdotes da Igreja, Santo Agostinho; entre os evangelistas, São João; entre os outros apóstolos, São Pedro e São Paulo; entre os escritores sacros do Antigo Testamento, Moisés; entre os autores anteriores a Moisés e de acordo com a mais pura Tradição Patriarcal, Jó; entre as antigas universidades dos patriarcas, que ainda estão em atividade nos nossos dias, temos a do Brahmanismo, que vem desde a época de Krishna, mas que contém uma documentação muito anterior ao século XXXII antes da Encarnação do Verbo.
A essa Universidade acrescentamos a iraniana, representada pelo Guebres, e, no Extremo Oriente, o Kouo-Tsé-Kien; e no Extremo Ocidente, temos os documentos da Raça Vermelha.
Toda esta documentação pode ser lida e está situada, com todas as suas correspondências, no Instrumento de Precisão, do qual falamos várias vezes, o Arqueômetro; assim como todos os ensinamentos derivados dele, centraliza-se e resume-se em um momento do Verbo Vivo: o CRISTIANISMO.
O Cristianismo, realmente, não é uma entre as religiões deste mundo: todas as outras não passam de um desmembramento dele. E a religião de todos os mundos, a Matesis do Universo duplo: o visível e o invisível; e de seu anfíbio: a Humanidade.
A Matesis cristã contém três sínteses: o Universo visível, o Universo invisível e a Humanidade, anfíbio dos anteriores, tal como são resumidos no Quadro Sinóptico seguinte:
UNIVERSO
INVISÍVEL, VISÍVEL, HOMEM ANFÍBIO
A Glória Divina: She Ma
A vida eterna:
" Essência = Sujeito - Suporte - Centro - Apoio - Pai.
" Existência = Verbo - Princípio - Raio - Poder - Filho.
" Substância = Objeto - Finalidade - Círculo - Movimento - Espírito Santo.

O Céu da Glória, o Involutivo Radiante: SheMaY
A Existência eterna:
" Poderes específicos do Verbo: ALHIM.
" Poderes específicos do Espírito Santo: RoHa.
" Poderes específicos da Espécie: Ha-OR.

O Céu Reflexo da Glória Refletida,
o Involutivo das Ondas Etéreas: SheMaYm

A existência imortal:
" Sociedade cosmogônica dos Anjos da palavra viva: ATh-Ha-Sha-MA-Ym.
" Faculdades androgônicas involutivas: ATh-Ha-ADaM.
" Sociedade dos eleitos glorificados: Ath-Ha-AReTs.

O Céu Físico Involutivo e Evolutivo
das Forças e das Atmosferas: SheMi-DWu

A existência intermediária:
" Anjos e faculdades antropogônicas: Involutivas.
" Sociedade das almas evoluídas.
" Anjos e faculdades animais e vegetais: Involutivas.

A Astralidade Shematízada - Involutiva e Evolutiva: AReTs-AsTRa
A existência física evoluída:
" Os homens individuais visíveis.
" Os Animais - -
" Os Vegetais - -

A Astralidade Dinamizada - Involutiva e Evolutiva
A substância física evoluída:
" As forças reflexas e os gases.
" Os metais: suportes das forças. Oclusão dos gases.
" A matéria cadavérica voltando a entrar em transação de substâncias.

A Astralidade Absorvente, Desagregadora, em Contra-Shema
A existência infernal:
" Poderes sarcófagos das Trevas.
" Demônios não-evoluídos.
" Condenados evoluídos de homens.

O Fogo do Caos Desagregador, Putrificante e Aniquilante
A existência satânica:
" Demônios das forças repulsivas e dos gases explosivos.
" Demônios dos ódios e das pragas.
" Satanás: o antiverbo de perdição e destruição.

Cada grau dos sete primeiros ternários da história humana é comentado do princípio ao fim nos Livros Sagrados de todos os povos. Esses livros dividem-se em três, de acordo com a Matesis Divina, em três sínteses relativas ao duplo Universo e à dupla Humanidade: Invisível e Visível.
Apesar de suas aparentes divisões sob as bandeiras das várias religiões, das Universidades, das línguas e das legislações em que se divide a humanidade terrestre, os Vedas, os Kings, a Avesta, os Livros de Moisés, os Livros dos Profetas e até as mitologias asiáticas, européias e africanas não são nada mais nada menos que a expressão de sistemas individuais presididos pela anarquia. Não são filosóficos; não emanam do critério subjetivo, e demonstraremos que existe entre eles um laço de união que aponta uma origem comum neste mundo e um mesmo princípio revelador no plano espiritual. A mesma coisa podemos dizer dos sistemas científicos que acompanham essas obras, bem como os sistemas sociais que são a sua aplicação.
Todos os eruditos que tiveram a curiosidade de estudar-se uns aos outros chegaram às mesmas conclusões que as nossas, isto é, que esses desmembramentos estão tanto mais de acordo com as leis reais dos fatos universais quanto mais longe se remonta a sua antigüidade, até um ponto de partida, oculto mas translúcido, no qual se descortina a tríplice síntese primordial. E. pudemos verificar, com todo o rigor possível de um raciocínio mais exigente, que esta tríplice síntese primordial e sua Matesis são a religião cristã, aquela do Verbo Criador, antes de encarnar-se para a salvação dos homens. Além disso, o Evangelho nos diz isso com todas as letras e, depois dele, os apóstolos e seus discípulos que o pregam para todas as nações. Os sacerdotes da Igreja, saídos em sua maior parte das iniciações mediterrâneas e orientais, continuam a conquista cristã lembrando aos pagãos este fato incontestável.
É por essa razão que Jesus fala como Verbo Criador, Inspirador de toda a Revelação passada e futura, e como Verbo Encarnado antes de ascender novamente à glória de onde ele desceu, quando disse: "Eu sou a AMaTh", a verdade vivente de onde procede toda verdade.
AMaTh, com efeito, contém:
1º ThaMA, o milagre da vida, sua manifestação na existência universal;
2º AThMa, a existência infinita da Essência Absoluta, a Alma das Almas: ATh;
3º MaThA, Mata, a Razão Suprema de todas as razões verdadeiras, a incidência de todas as reflexões, a legislação de todas as leis, a eudoxia de todas as doutrinas.

Ao falar assim, o Senhor expressa, não só toda a Tradição Sagrada revelada por ele aos patriarcas, não apenas a Tora de Moisés que os resume, mas sua própria Tora direta, a do duplo Universo e da dupla Humanidade.
Nós dissemos o bastante, em outra ocasião, que o confidente mais íntimo do pensamento divino de Jesus, São João, registrou a antiga Matesis e os Princípios das três sínteses no começo de seu Evangelho. É impossível, lendo este livro e o Apocalipse, com um espírito ao mesmo tempo religioso e científico, não perceber que são do mesmo autor. Eles expressam os mesmos Mistérios, da mesma forma hierática, e em particular a AMaTh de que estamos tratando aqui.
"Eu vi um anjo ascender do Oriente com o Selo do Deus Vivo." Peço ao leitor guardar bem essas palavras do Apocalipse, VII, 2. Profetiza que a Matesis do AMaTh, inseparável em Jesus, porém aparentemente separada na humanidade religiosa, científica, universitária e social, será reconstituída entre o Oriente e o Ocidente. O eco de Daniel por meio de Esdras, relativo a certas tradições e as chaves dos Mistérios; o Talmud diz: "O Selo do Deus Vivo é AMaTh."
Os profetas, sabendo seu significado, poderiam reconhecer imediatamente o Messias a cada enunciado que este fizesse de Mistérios tão decisivos. Mas os profetas estavam todos mortos pelo estado mental e governamental da burguesia suplantadora, aquela da tribo de Judá.
Remontando o curso do tempo, examinemos as fontes universitárias em que os textos de Moisés foram reconstituídos em caracteres assírios vulgares e numa língua metade hebraica e metade caldéia. Daniel era nessa época o Grão-Mestre da Sagrada Escola dos Kashidim. As chaves dadas por ele abrem as portas de todos os Santuários da Tradição, como também de sua unidade e de sua universalidade pré-diluvianas e até pós-diluvianas por alguns séculos.
Entre essas chaves comuns direta ou indiretamente a todas as universidades patriarcais, temos que mencionar a Ca-Ba-LaH, da forma em que a definimos em nossas notas, com sua interpretação solar-lunar, lunar, horária, mensal, decânica, etc, de acordo com as línguas e sua sinalização sagrada. Essas chaves são científicas e tão claras quanto as profecias de Daniel, tão exatas como a época que ele indica para a encarnação dos Messias. Tudo isso, e muitas outras coisas, fazia parte da Matesis da AMaTh.
O mesmo Mistério nos conduz de sua segunda para a primeira transcrição, da Babilônia a Tebas, onde, sob o nome funcional de Oshar-Shiph, Moisés, como filho de um rei, foi epopte e depois chefe do Estado-Maior real comissionado como engenheiro militar para compor fortalezas e máquinas de guerra. Sua fama como sábio e como inventor passa dos egípcios aos romanos.
A universalidade tebana nos leva, voltando ao tempo, a outra que não foi sua mãe, mas sua irmã maior: Tirohita, uma vila erudita dos antigos brâmanes do Norte. Os sacerdotes tebanos e os da Etiópia, bem como os iniciados reais, iam terminar ali seus elevados estudos relativos ao Universo Invisível. Da mesma forma, os Kashidim da Babilônia iam aperfeiçoar seus estudos relativos ao Universo Visível, na sua Universidade de origem: Kashi (em sânscrito Caçi, hoje em dia Benares).
Detende-nos em Tirohita, e para observar a universidade e a universalidade cristãs, em um fato tão importante quanto a AMaTh, o Selo do Deus-Vivo; abrindo o Atharva-Veda: "O Selo do Deus-Vivo traz o Sol, porque sua Revelação ilumina o Universo." Assim, Nosso Senhor Jesus Cristo, nestas como em todas as suas palavras shemáticas, não fez mais que resumir a si mesmo, como Verbo Criador e Inspirador de sua religião eterna, una e universal.
O Atharva-Veda nos conduz a uma filiação antediluviana. E aí que voltamos a encontrar novamente a impressão do Selo da Matesis, seu Shema verbal e cosmológico solar no ARKA-METRA que reconstituímos baseados nos documentos antigos verificados pela ciência moderna. É o Arqueômetro dessa Palavra Primordial do Verbo que São João registra em seu Apocalipse. A leitura de um e do outro não deixa nenhuma dúvida de que essa impressão do Selo não teria sido revelada por seu Divino Mestre.
Assim, fomos conduzidos pelos Vedas ao Ciclo antediluviano, ao da tríplice síntese e de sua Matesis confirmada sobre o mesmo Selo: JeshU-Verbo e MeShIaH. Em nossas notas sobre a CaBaLaH, na primeira parte desta obra, lembramos que as litanias de nossa Igreja chamam o Senhor de: "Rei dos patriarcas". É um fato, e não uma forma de falar, e isso ocorre, com toda a tradição religiosa, desde seus textos teológicos até o Arqueômetro litúrgico, que os enquadra em todas as correspondências do duplo e do triplo Universo.
Em Vattan, a língua shemática do primeiro Ciclo, encontramos IShVa-Ra, JeShU, Rei dos Rishis. O sânscrito é articulado e procede do Vattan, de onde procede também o Veda, que diz IShOua e ISOua; porém, é necessário reintegrar as línguas sagradas sistematizadas cosmo-logicamente às 22 letras do Vattan que estão incluídas no Selo e em todas as suas correspondências arqueométricas. Aqui mencionaremos somente as correspondências dos números. A correspondência numérica do nome Divino é 316. Encontramos também o número 316 no nome do deus egípcio Osíris ou Oshl, Ri e Risch, Rei de Amenti, o Universo Visível. Em hebraico é ISnO, porém, antes deste, temos em etíope: ShOI. E sempre, qualquer que seja sua posição, o nome é verificado pelo seu número. Em sânscrito ISh significa o Senhor; Va, o movimento cíclico universal.
Depois do que precedeu, não podemos surpreender-nos em ver, dezessete séculos antes de nossa era, uma Iniciada no Ensino Superior da Tradição, a Infanta egípcia, dedicar a OSHI-RI uma pequena criança salva das águas, chamando-o de M'OSHI, que corresponde ao que nós chamamos: Menino de Jesus, Menino de Maria.
Voltaremos em outro momento para dar mais detalhes de todos esses pontos, mas agora queremos mostrar a seguir como, confirmando-se a AMaTh, Nosso Senhor Jesus Cristo afirmava ser o Verbo Criador, fundador do Cristianismo, religião eterna, confirmada por toda Tradição, tanto a antediluviana como a pós-diluviana.
A mentalidade européia dificilmente poderá entender tudo isso, dominada como está pela mentalidade dos pagãos greco-latinos, e apenas despertada da razão individual para a razão divina pelos recentes métodos científicos. Veremos isso mais adiante, voltando aquelas a levantar o Éter dos antigos, seu sistema ondulatório e o meio intermediário da transmissão dos Poderes divinos: ALHIM, das forças físicas: SheMaIM, para as vibrações musicais dos números.
Porém, faz mais de vinte anos que não poupamos esforços para explicar tudo o que a Matesis evangélica ofereceu como recurso para aliviar os males nacionais e internacionais que ameaçam a vida de nosso país e do que foi a cristandade. Tudo o que aconteceu, tudo o que está em vias de acontecer foi fielmente revelado por nós, como uma conseqüência das Leis divinas que regem a História e da ignorância destas Leis pelos nossos eruditos da Igreja e da Universidade, do clero e dos sistemas de instrução, desde o Renascimento pagão. Tudo podia ser evitado, e durante três anos nós conjuramos a esquerda e a direita, o governo de nosso país,d para que se tomassem as medidas necessárias, simples, porém eficazes que a Tradição nos indicava. Naquela época ainda estávamos em tempo; mas agora já é tarde, e nós estamos escrevendo para o futuro, o amanhã das catástrofes de todo tipo, no qual haverá de edificar novamente o que o Paganismo destruiu.
II
OS CRITÉRIOS CONSTITUTIVOS DA MATESIS
Ciclos Sociais dos Patriarcas. - AD-aM. - Origem da Religião. - A Certeza e a Evidência. - Os Três Critérios.
O Cristianismo foi a religião do Verbo Criador, Conservador e Salvador desde os primeiros homens em seus Ciclos sociais, designados em cada época com o nome dos patriarcas que as fundaram. Muito antes dos hebreus, os primeiros povos da Índia registraram essas memórias em sua enorme documentação histórica e mítica. AD-aM significa em sânscrito a unidade, a universalidade e a indivisibilidade do conjunto, O mesmo patriarca é nomeado pelos Kashidim sob o nome de Al-OuR-OShl, Deus-Luz, e este mesmo nome invertido determina JeShU Espírito Santo-Deus.e O Verbo era, pois, conhecido sob esse nome arqueométrico, e os patriarcas levantavam o estandarte desse divino hierograma e o inscreviam com letras de ouro e de pedras preciosas em suas frontes.
Como essa religião foi imposta à razão humana? Ela veio da ignorância ou do terror, tal como afirma Voltaire? Nenhuma dessas duas formas.-Essa religião nasceu de duas Revelações que trouxeram aos homens o verdadeiro sistema do mundo e o verdadeiro sistema da Humanidade.
A certeza está na verdade, realmente, a evidência está na Luz. Mas a mesma evidência, mesmo que não mude, tem diversos aspectos segundo o estado dos olhos, de sua abertura e seu ponto de vjsia; não existe para os olhos que se fecham voluntariamente ou para os cegos. O mesmo acontece para a certeza. Ela tem suas condições, seus graus críticos, seus signos crisíacos, que correspondem no homem à sua existência coletiva e individual, que ensina e é ensinada, progressiva e regressiva. É o que a escola chama de critérios, porém podemos acrescentar à essa palavra abstrata seu substrato vivo.
Podemos dizer sem medo de errar que existem três critérios dentro do espírito humano. De acordo com a ordem de sua influência, são os que nos proporcionam:
1ª a Filosofia;
2ª a ciência;
3ª a Vida.

Se a filosofia ocupa, pela sua influência, a primeira categoria entre esses três critérios, está muito longe de ocupar esse lugar, tendo em vista seu valor real.
PRIMEIRO CRITÉRIO
Critérios dos Filósofos. - Suas Conseqüências sobre a Vida Social. - A Ciência e a Vida.
Esse primeiro critério, o dos filósofos, não tem por si mesmo nada além de um simples valor de opinião e de conjetura; é uma tagarelice mais ou menos elegante, de acordo com a eloqüência nativa; mais ou menos inocente, segundo a educação; porém sempre semi-inconsciente e que tende a erguer no Princípio o individualismo; na autoridade, a opinião; em todas as coisas, a anarquia. A primeira parte desta obra e todas as nossas obras anteriores o comprovam exaustivamente.
A fórmula recuperada por Descartes; "Eu penso, logo existo", evidentemente não é exata; pois o homem não vive somente porque pensa, ele pensa porque vive, e o seu pensamento deriva proporcionalmente da educação recebida pela vida e da instrução que recebeu da ciência.
Se não estiver subordinada às outras duas, a via filosófica não conduz à verdade, que é a Vida; afasta-se dela, e a supremacia dos Filósofos no governo das sociedades normalmente contribui com o declínio destas últimas.
Esse foi o destino do mundo antigo a partir da divisão das línguas e do aparecimento do Naturalismo pagão. Babel começou entre os judeus que haviam deixado a Babilônia, manteve-se o reino dos escribas e dos fariseus; entre os gregos que haviam esquecido a Sinarquia órfica, como os judeus, esqueceram de Moisés, os filósofos e sofistas nos deram até o final a prova do que vale para o Estado Social o critério filosófico por si mesmo. Enfim, vimos aqui mesmo, e ainda veremos, qual a tendência e o destino atual da Europa, graças aos estudos secundários que, desde o Renascimento, têm patrocinado a ressurreição pagã, o despertar da anarquia mental e, em conseqüência, governamental, digna filha da filosofia individual.
Terminado o primeiro critério, encontramo-nos em face dos outros dois: a ciência e a vida.
A ciência é a verdade constitutiva do Universo visível, seu fato consumado.
A Vida é a Verdade constitutiva dos dois Universos, o visível e o invisível, seu Princípio legislativo verbal.
Esses dois critérios são objetivos. Ambos são demonstrados pela observação e pela experiência. Ambos procedem da Revelação, e essa dupla revelação é a religião.
O Universo visível e o Universo invisível estão um para o outro como a relação existente entre exoterismo e esoterismo, que são semelhantes, porém, inversamente proporcionais. Sua concordância é a própria sabedoria.
SEGUNDO CRITÉRIO
Primeiro grau: Positivo
O Sacerdote e o Sábio. - A Ciência não é um Produto do Espírito Humano. - A Ciência, Legislação do Fato. - O Pensamento Humano. Reflexão da Incidência Universal. - Os Sentidos Externos, Individuais, Coletivos. - Biologia e Fisiologia. - Os Instrumentos, Órgãos Epigenéticos. - Os Diferentes Graus de Verificação. - As Séries são Evolutivas, seu Encadeamento Involutivo - As Duas Leis de Atração. - O Tempo Orgânico. - O Fato Cósmico não é Puramente Mecânico. - A Harmonia, Testemunho de uma Razão Suprema. - Onde Pára o Critério Científico. - Sua Conclusão.
O sacerdote que sobe para o altar do Verbo e do Mundo invisível diz: "Eu lavarei minhas mãos entre os justos". O sábio, abordando o Mundo visível, lava todas suas habilidades de observação, todos os seus instrumentos de experiências na justiça e na precisão.
É uma nova raça mental em nosso Mundo neopagão, raça pura e não bastarda, tão poderosa quanto era a raça primordial, a que, pelo mesmo caminho, chegou da análise até a síntese, da ciência à religião. Seu método não tem nada de humano no mau sentido da palavra; é o oposto da fantasia filosófica.
Quanto mais poderoso é o pensamento do sábio, mais tem medo de enganar-se e induzir os outros a cometer erros; é assim que afasta, como criança, toda a metafísica, toda a filosofia, todas as cogitações deixando-as no vazio. Faz uma tábua rasa da anarquia multiforme, cujos estudos secundários pagãos acumulam a inteligência e a opinião do Renascimento, sabendo melhor do que qualquer um que o que ele constata existe desde sempre sem sua permissão.
"Extraíamos a água do Oceano com uma concha", dizia Newton. A emissão newtoniana era essa concha, porém a ondulação permite refazer o antigo Périplo dos patriarcas: a volta ao mundo conhecida desde seu Princípio.
A ciência, tal como a religião, não pode ser um produto do espírito humano; tanto uma como a outra receberam seu conteúdo por Revelação, existindo uma verdade que constitui o Universo Visível, que vem administrando por ciclos e séculos a fio antes que o homem aparecesse. O homem apenas tem o poder de tomar conhecimento da ciência de acordo com os progressos de sua própria evolução.
A ciência é a administração cíclica do conjunto de fatos do Universo Visível, sua Tora cosmogônica, seu código cosmológico, seu Habeas corpus. Não está embasada na razão humana, mas na razão social deste Universo. O homem somente toma conhecimento dela, mais por abnegação de seu pensamento pessoal; pois este é por si só a mentira por essência, ou, se preferir, uma ilusão conjetural. Não é mais que uma estrita disciplina mental rígida e até um certo ponto moral que se eleva ao seu verdadeiro valor cultural. Deste modo, a arvorezinha silvestre retificada pelo enxerto se toma uma árvore de uma espécie superior.
O pensamento humano enxertado pela ciência é a reflexão da incidência universal do Verbo considerado desde a razão do Universo Visível.
Assim, pois, aqui estamos tratando da revelação exotérica que envolve o homem desde o seu berço, por meio de todos os seus sentidos externos. Essa peneiração da reflexão pela incidência se faz por uma inversão proporcional; de tal forma que a incidência, que consiste no ciclo inteiro da fenomenologia, o involutivo, descompõe-se na reflexão em tantas séries evolutivas quanto objetos correspondentes a cada sentido.
A fenomenologia universal afeta a existência cósmica inteira, podendo dizer que a existência não é a vida, mas seu modo exotérico: como expressa claramente seu nome.
O processo mental do erudito, ou melhor, de um estudante é semelhante ao de uma criança, ainda que retificado. Interroga, mas não conclui; observa, mas não imagina; experimenta, mas aumentando e retificando seus sentidos externos, aqueles da fisiologia terrestre que são os mesmos dos animais.
Esses sentidos são individuais, suficientes no animal, porém insuficientes no homem em relação ao seu poder de reflexão, que corresponde à incidência universal. Este poder, em razão de sua espécie, coloca-se por cima e por fora da série fisiológica, como um biólogo anfíbio da Terra e do Universo, da evolução planetária à involução cósmica.
É por isso que, aos órgãos individuais de seus sentidos, somam-se outros coletivos, mas correspondentes à sua vida os da sua existência. São, acima de tudo, os animais que geraram aparelhos sensíveis mais desenvolvidos que os nossos: o falcão com sua visão, o cachorro com seu olfato e audição, o cavalo com o seu movimento, o touro com a sua força, etc, etc. Mas vêm a seguir os instrumentos de precisão que substituem a limitação dos órgãos terrestres da vista, da audição, do tato, do gosto, do olfato e, por último, do sexto sentido, o movimento.
A existência desses suportes orgânicos e transorgânicos comprova, como veremos mais adiante, que a Biologia precede à Fisiologia, transformando o organismo de acordo com suas necessidades. Comprova também que o homem implantado pela Revelação, inclusive a exotérica, deixa em parte de ser terrestre para tornar-se cósmico e dominar as condições fisiológicas, as séries sujeitas à duração do tempo, e sua extensão de espaço.
Assim, quando o astrônomo observa uma estrela invisível a olho nu, por meio do telescópio, que aumenta sua visão milhares de vezes, equivale em duração e extensão a uma aproximação proporcional não somente do fenômeno observado mas da visão que observa.
Acontece da mesma forma, no concernente, não ao infinitamente grande, mas também ao infinitamente pequeno, ao microscópio. Esses exemplos são multiplicáveis para todos os instrumentos científicos, verdadeiros organismos que o homem acrescenta ou pode acrescentar a seus outros sentidos conhecidos ou desconhecidos.
O grau positivo da verificação científica, que incide no conhecimento reflexivo, tem por objetivo todas as séries de fatos e leis concernentes às forças e aos suportes, a suas existências, a seus organismos e a seus meios. Em seqüência, temos a verificação do grau comparativo. Por meio dessa se descobrem as relações entre as séries, toda uma nova ordem de fatos e de leis nas quais a involução domina a evolução. Então se desvenda a harmonia, a organização e a lógica das espécies invisíveis que presidem aos indivíduos visíveis, então os poderes que especificam e envolvem tudo, desde os menores detalhes até o nível cósmico.
As séries individuais são evolutivas, seu entrelaçamento cíclico é involutivo. À primeira vista, parece que os primeiros são os apoios dos segundos; porém um exame mais profundo nos mostra que o contrário é o verdadeiro. É a Ordem Universal que específica toda a Ordem Particular.
De forma que, enquanto todo indivíduo em sua série é regulado por uma lei de auto-atração particular, suas relações são reguladas por uma lei de atração universal que atua de um reino para outro e entre todos os reinos, para que se prestem mútuo apoio, com a finalidade sempre atual de seguir um único e mesmo princípio de existência geral. Este é o fato cósmico supremo, o fato cíclico dessa lei, que é, ao mesmo tempo, fisiológica, harmônica e lógica. Esse Fato Supremo tem muitos aspectos e mencionaremos somente os de mais fácil percepção.
Chamamos de Tempo Orgânico o ciclo universal do ano cósmico que inclui todos os sistemas solares, do grande ano de um só desses sistemas, o do simples ano de um só planeta ou de um dos seus satélites.
O tempo está para o espaço como o número está para o intervalo sobre a corda sonora.O Porém, no Universo, a corda é todo o dinamismo possível, todo o céu fluídico do qual o céu astral é o tensor.
O fato cósmico não se limita a este caráter mecânico. Este último não existe se não em função da fisiologia geral, na qual, do menor ao maior, os próprios ciclos anuais são os renovadores das condições da existência. Sua atuação fisiológica está subordinada a uma lei superior de harmonia, que regula sua própria organização, ajustando-a de modo em modo, de número em número, de intervalo em intervalo.
Essa mesma harmonia não é ainda mais que uma expressão de lógica, de pensamento no Ato Perpétuo. E o ato é testemunho da vontade consciente de uma razão suprema legisladora, una em sua essência, universal em sua forma, global em seu modo de operar, que tende sempre para a mesma finalidade; a garantia e a renovação da Existência Cósmica e de todas as coisas que resultam dela.
O critério da ciência pára por aqui, e esta verificação suprema da razão social que governa o Universo Visível nos leva imediatamente para a reflexão de uma das incidências experimentais do Verbo: a exotérica. Esta incidência, que abrange todo o Ciclo das séries e das harmonias do conhecimento exotérico, corresponde dentro do Verbo à gênese e à síntese englobadas com o nome de ciência, e no espírito humano à hierarquia e à síntese dos conhecimentos naturais e humanos. Nessa hierarquia, a fisiologia nos leva à verificação da imutabilidade da forma e da alma de vida, quaisquer que sejam os meios astrais ou fluídicos a que essa alma e essa forma se adaptem em sua dupla existência; visível e invisível.
Essa dupla existência é acessível à observação e à experiência interior como conclusão da imortalidade, da liberdade moral, da responsabilidade individual. Isso sem deixar as condições de observação e experiência próprias do critério determinado com o nome de ciência, que é a única, junto com a vida, que nos pode levar à certeza.
Segundo grau: Comparativo
Marcha dos Patriarcas em Direção à Síntese. - Os Fatos Conduzem às Leis; Estas ao Princípio. - Negação da Matéria e do Espírito Puro. no Sentido Metafísico. - A Raiz do Mal. - Matéria e Substância. - O Corpo não Implica o Estado Material. - Os Minerais e os Vegetais. - Ressurreição Experimental de suas Formas. - O Homem não Cria os Números. - O Som. - As Forças e as Potências; suas Relações; sua Natureza. - Ondulações e Vibrações. - Lei da Intensidade Dinâmica. Leis das Potências Viventes. - Da Primeira à Segunda Revelação.
Em sua marcha ascendente em direção à síntese, à sabedoria e à religião universal, os primeiros Mestres do espírito humano, conhecidos com o nome de patriarcas, percorreram todo esse duplo Ciclo. Rapidamente abandonaram o primeiro critério, por ser muito novo, carente de ciência e de consciência, passando para o segundo; este aos poucos foi liberando todos os seus graus para levá-los ao terceiro critério; porque a observação e a experiência da perfeição são as condições comuns do conhecimento de todos os fatos reais. Pois bem, o mundo divino é a realidade supra-etérea do mundo astral.
O inventário dos fatos físicos termina assim como as suas leis de harmonização e organização; a razão e a consciência humana chegam sempre por meio dele, como uma conclusão necessária, ao Verbum Vitae do Sum qui Sum: lei suprema, princípio verbal nas leis, como estas o são sobre as placas vibrantes dos fatos.
A harmonia universal de cada coisa e de todas as coisas entre si são as leis dos fatos, e elas proclamam o princípio comum de que são os equivalentes funcionais e conversíveis.
É assim que, depois de ter observado e experimentado, por todos os procedimentos da análise, os organismos do três reinos: os minerais terrestres e cósmicos, os vegetais e os animais da Terra, as substâncias e as forças; depois de ter estudado a cristalização dos primeiros, as células e a organização dos segundos, as resistências e os movimentos destes últimos, sempre foi e será conduzido ao que segue.
A negação da matéria e do espírito puro é no sentido metafísico pagão e grego destas palavras. Se consultássemos as línguas arqueométricas ou shemáticas da Antigüidade, como a etimologia da palavra matéria, teríamos as seguintes correspondências:
- O caldeu, o siríaco e o hebreu nos dizem que: MaT = passividade, inércia e mortalidade.
- Os vedas, o sânscrito e o pali indicam a idéia de ter, de coisas que o ser possui.
É claro que, na situação atual da anarquia das relações entre os cleros e as instruções, na guerra civil apresentada entre os teólogos filósofos e os eruditos, que procuram seus argumentos na ciência contra a religião e os outros na religião contra a ciência, é bom dar as costas às costas desses políticos baderneiros de um e de outro lado
Podemos dizer: a matéria e a substância orgânica, longe de serem a mesma coisa, são opostas. A matéria é um desperdício, um Caput mortuum, um excremento inorgânico, amorfo, da substância orgânica e mórfica. Mas, no momento em que é expelida de um organismo anterior, apenas caos e matéria, é reciclada pelas forças que trabalham no meio da organização. Então, sua atividade se arrasta novamente para sua inércia, para sair de sua condição de matéria caótica e volta a entrar na substância definida em um corpo e qualificada em uma forma. Pois o estado do corpo não implica de forma alguma o estado material, mas, pelo contrário, o da substância e da forma em função da sua harmonia e organização específicas.
Um pedaço de ferro ou de qualquer mineral não é da matéria, pois esta é inorgânica e amorfa, enquanto aqueles estão totalmente organizados de acordo com sua espécie, cada um caracterizado para uma aritmologia e uma morfologia especiais. Essa aritmologia corresponde ao equivalente dos químicos e essa morfologia corresponde à arquitetura molecular ou a cristalografia dos físicos.
Mais ainda, a harmonização e a organização dos metais e dos minerais em si mesmos são exatamente correspondentes em relação aos reinos vegetal, animal, hominal e cósmico, incluindo os gases por oclusão, as forças para a condutividade, e todo o resto de suas relações conhecidas ou não.
Da mesma forma, um fragmento vegetal qualquer não pertence à matéria enquanto não está desorganizado; é da substância, a de seu reino, na forma da sua espécie, de seu gênero e de sua variedade. Sua aritmologia é a expressão de sua função na harmonia vegetal, sua morfologia é a comprovação de seu organismo em seu reino, e a célula é sua estrutura rudimentar, como a molécula cristalina é a do mineral e a do metal. Mais ainda, qualquer que seja a destruição física que se faça tanto no vegetal como no minerai e no metal, poder-se-á sempre fazer reaparecer sua forma típica por meios muito simples: pela ação do calor polarizado sobre o mineral, e da luz polarizada sobre o vegetal.
Essa é a ressurreição dos corpos gloriosos e a afirmação da permanência da vida ao estado de fato, obtida no laboratório.
Essa aritmologia que governa as substâncias organizadas nos leva diretamente aos números que o espírito humano não criou, bem como às outras coisas. Ele os verifica pela observação e as experiências, pois tudo é numerado, pesado e medido. O número é a própria harmonia, inseparável de todas as leis e de todos os fatos, inclusive os que nos parecem estar fora dela.
A música dos sons não é mais que um dos aspectos dessa música universal, porém, como há uma correspondência entre o número experimenta! e o da cifra registrada na escala, tem uma excepcional importância científica.
O regime das forças cósmicas, das que o som faz parte, é exatamente correspondente e obediente às potências cósmicas do Verbo, com suas leis viventes de involução e de evolução.
Equivalentes verbais do Princípio, as Potências e o Mundo da Glória são supra-etéreas nelas mesmas. Elas são intra-etéreas em sua ação, em sua onipresença e em suas manifestações. Estas dispensam o terceiro grau do terceiro critério: a religião.
As forças correspondentes às Potências são intra-etéreas em seu estado direto; são subetéreas e atmosféricas em suas manifestações. Estas dispensam o segundo critério: a ciência positiva.
Neste grau, o observador não percebe o regime das forças no próprio Éter, mas em sua reflexão por meio do prisma da atmosfera, das substâncias terrestres e de seus próprios órgãos.
Acrescentando a estes últimos os instrumentos apropriados, estes são dualísticos, por serem os métodos deste grau.
A ondulação é o movimento direto das forças em seu meio: o Éter imponderável. A Vibração é seu movimento reflexo em todos os meios densos. O Éter atravessa esses meios com seus sete modos dinâmicos. Os entes físicos submetidos ao peso central não percebem, pois, tão facilmente, as forças mais que pela vibração de seus meios densos; porém, um fato nos permitirá entender que não é a vibração dos corpos ponderáveis que produz, a força.
A uma certa altura na atmosfera, os órgãos físicos já não sentem as vibrações. Em pleno meio-dia, a luz mais brilhante do Sol dá lugar a eles para uma noite de Érebo; ultrapassando essa altura (que possui um número correspondente a uma densidade menor que o prisma atmosférico), tem-se o potencial vibratório do sistema nervoso.
As forças não se originam na vibração dos corpos; o certo é o contrário, pois o Sol não parou de brilhar mesmo que o homem no confim de nossa atmosfera não perceba seu esplendor.
Outro fato que ocorre na superfície da Terra completará o que foi dito no primeiro.
Os sons graves causam menos vibrações que os agudos, pois possuem uma potência dinâmica maior; portanto, eles se propagam mais rápido. Abaixo das 60 vibrações por segundo, o ouvido humano não percebe mais sons; isso significa que os sons universais de toda a dinâmica etérea são inaudíveis para nossos ouvidos de carne, e o som fundamental não é ouvido nem mesmo pelo próprio Cosmos, porque sua audição seria o fim do mundo visível: é a trombeta do Juízo Final.
A intensidade dinâmica, então, é diretamente proporcional à ondulação e aos números no Éter imponderável; é inversamente proporcional à vibração e à cifra nos meios densos e, em conseqüência, refratários.
O que é certo para as forças cósmicas que dispensam o segundo critério também é certo, com maior razão, para as potências viventes e os modos orgânicos do Verbum Yuae observado e experimentado pelo terceiro critério.

Consultar o Arqueômetro, seu Padrão, sua Aritmologia e sua Música
Quando os especialistas observam e experimentam suficientemente os fatos da superfície, que se constituem no objetivo da ciência positiva; quando estes os classificam de forma independente uns dos outros; quando aplicam em cada um a lei de acordo com sua espécie física, química, geológica, vegetal, mineral, botânica, zoológica, etc, eles os comparam e os levam ao segundo grau de seu critério. Os fatos de reflexão os conduzem aos fatos de incidência, as coisas indiretas para as coisas diretas, a aproximação das leis para as próprias leis, os anéis para a sua cadeia, a vibração dos corpos ponderáveis para a ondulação das forças no Éter imponderável, a cifra desarmônica para o número harmônico, o mutismo para a palavra. Então, uma segunda dobra do véu se abre e a beleza da verdade permite-nos ver os fatos e as leis em sua harmonia e em sua organicidade.
É a segunda Revelação que começa. Teve de desprender-se pessimamente do sistema de Newton; porém já está feito, e o primeiro quarto do século XX esgotará essa fase preparando o grau seguinte: o da ciência superlativa que nasce da comparação, como já havia nascido da positiva.
Será então a indissolúvel união da ciência e da religião, do segundo e do terceiro critérios, para a síntese na sabedoria.
Terceiro Grau: Superlativo
O Testemunho dos Patriarcas. - Alfabetos Sagrados. - O Selo COSMOLÓGICO. - O Estado Social Humano. - Os Dois Modos de Existência Abertos pelo Nascimento e a Morte. - A Civilização Primordial. - O Culto aos Mortos. - A Fisiologia do Tempo. - Nenhuma Universidade Existente Inventou a Proto-Síntese. - A Razão Social do Universo Visível é o Verbo? - O Homem. Está Nele o Verbo e a Vida? - As Potências do Verbo. - Os ALHIM são para o Verbo como as Letras são para a Palavra. - Sua Harmonia. - A Existência é a Vida?
A este ponto chegaram os patriarcas. Foi por essa razão que eles testemunharam em diversas formas, das quais mencionaremos duas:
1º: Eles têm enxertado a Palavra humana na cosmologia ou razão social das Potências e de suas funções do Universo. Daí os alfabetos sagrados solares-lunares, seus derivados horários, lunares, mensais, decânicos, etc, e toda essa língua maravilhosa dos equivalentes cientistas da Palavra, chamada língua dos anjos. Nós reconstituímos todo esse conjunto cosmológico perdido desde a divisão das línguas. Permaneceram, não obstante, alguns traços com o nome de Selo cosmológico do Deus Vivente. Entre os arianos, é o Arka-Metra dos Vedas; entre os egípcios, é o Selo divino comportado levado pelo profeta nas procissões hieráticas; entre os judeus, é o selo de IHOH, chamado AMaTh por Moisés, pelos seus ALHIM e seus sucessores, os colégios de Nabim fundados por Elias e Eliseu. Por último, na Barith ha Kadosha, é o Selo de Deus mencionado por São João em numerosas ocasiões, é o sinal do anjo ou enviado divino, regulado sobre o Oriente espiritual:

2°: Os patriarcas fundaram o Estado social humano de acordo com o padrão do Estado social cósmico e de suas Potências. Um teólogo diria com razão a mesma coisa com outras palavras: eles fundaram a Igreja militante sobre a triunfante.

Esses termos devem ser usados somente quando se trata de religião; diremos aqui apenas que, desde o ponto de vista da ciência, os primeiros patriarcas conheceram a solidariedade dos dois modos de existência que abrem o nascimento e a morte e dos meios próprios a esses dois modos. Esses meios são: o céu astral, para a assimilação fisiológica de suas substâncias por via da reprodução e da nutrição vegetativa e, depois da Morte, ou melhor, após a passagem, o céu fluídico, para o retorno à espécie e à assimilação direta das substâncias supra-etéreas.
Isso, conforme o grau de pureza realizado pela liberdade e pela responsabilidade da alma.
Todos os sábios dignos desse nome que estudaram a Antigüidade sob qualquer ponto de vista ou especialidade, todos chegaram à mesma conclusão sobre uma civilização primordial, em uma unidade e universalidade do espírito humano tanto mais perfeita quanto mais nos aproximamos dessa fonte única. Nossa civilização, ainda selvagem, permite apenas entender seu Estado mental, governamental e a sociologia. É por isso que também se vê todo esse Estado social fundado sobre o culto aos pretensos mortos, quer dizer, sobre a vida imortal verificada na ciência, pelo conhecimento e pela consciência.
Se falarmos disso com profundidade, com as provas na mão, seríamos pouco compreendidos, inclusive pela corrente de inteligências que temos levantado, há mais de trinta anos, um pouco por todas as partes.
Entre os monumentos que são testemunhas do grau de conhecimento dos mais antigos patriarcas, temos que inscrever na primeira categoria a fisiologia do tempo, a organização de suas funções, a harmonia de suas potências, a lógica de suas revoluções. É essa síntese que encerra em si mesma todas as suas análises competentes, o que era para eles a mesma ciência, subordinada a consciência e à previsão ou providência da razão cósmica do Verbo universal, criador de toda a existência e seu conservador para uma perpétua renovação cíclica.s
Nenhuma Universidade existente, por mais antiga que seja: a Brahmânica ou a Chinesa, ou outra Universidade desaparecida, tão antiga quanto suas precedentes: a etíope, a egípcia ou a caldéia, pode gabar-se de ter inventado essa maravilhosa proto-síntese. Todas têm preservado seus vestígios, suas fórmulas, sem possuir por completo nem sua unidade, nem suas leis. Todas têm algumas chaves parciais da proto-síntese, porém lhes falta a chave geral. Todas elas a afirmam e confirmam; mas nenhuma pode considerar-se a sua conservadora completa, nem mesmo sua intérprete cientista. O Arqueômetro preencherá as lacunas existentes para todas as provas que podem dar o Princípio supremo: o Verbo, a observação das leis na experimentação dos fatos.
O que aparece como razão social, como acordo de Potências e de funções harmônicas no Universo visível, é o próprio Verbo? A existência universal, renovada incessantemente, é a vida? O homem, como reflexão da incidência universal, possui esse Verbo e essa vida? Tais são as questões que se propuseram necessariamente perante a inteligência dos primeiros patriarcas, quando tiveram conhecimento do Ciclo da ciência, de sua unidade racional e de sua universalidade fisiológica. A força da verdade os levará a concluir com a negação de todos esses pontos, e isso por observação e por experiência.
A razão social do Universo visível leva o Selo do Verbo, porém ela não é mais o próprio Verbo, não mais que o Selo real, não é o rei, o mesmo que uma Tora escrita não é Deus.
Essa razão é social por associação de Potências em funções harmônicas, e essas potências são inteligentes e livres. Sua harmonia é o fruto da liberdade de sua inteligência e de seu amor. Seu Estado social tem como base não só a Tora divina, que é sua carta de constituição, a ciência de que o Universo visível é o fato confiado à sua guarda, mas o ser inefável, adorável desde sempre, que as criou antes deste Universo. Para esse ser, a mesma ciência não é mais do que um instrumento da suprema inteligência, de amor inconcebível, de previsão e de providência inesgotáveis para tudo e para todos os que, sem ele, não seriam mais que o caos e o nada.
Com qualquer nome que se lhes atribuam - Potências, ALHIM, anjos ou deuses -, esses guardiões das funções universais estão para o Verbo como as letras para as palavras. Cada um, de acordo com a sua função, preside todo um regime das Forças dos Céus astrais. De modo que, pelos Ciclos do tempo orgânico, essa função se estende imediatamente por meio do Éter, em todo o Universo, em todas as hierarquias de seres e de coisas que o duplo céu visível contém em si, até o fogo central de cada globo, fogo que ele mesmo não faz somente parte do céu astral, mas sobre todo o céu fluídico.
Tais são as Potências, cada uma em sua função tomada isoladamente. Porém, sua harmonia funcional constitui seu estado social, e seu produto é a existência universal, renovada continuamente de acordo com os reinos, as espécies, os gêneros, cuja conservação e, se existe lugar para isso, destruições lhes são confiadas pela razão suprema.
A existência é a vida? Os primeiros patriarcas não tiveram que fazer nada além de observar-se para encontrar a resposta. O homem não tem o verdadeiro pensamento mais que por reflexão. Não tem existência mais que por reprodução. A mesma coisa acontece com todos os astros, com todo o Sistema Solar e com a totalidade do Universo astral. Somente o que é reflexão no homem se chama, aí, evolução na involução anual, e o que é reprodução na fisiologia humana se chama, aí, de renovação na fisiologia geral.
Porém, a existência proclama a vida, fato supremo, inegável; ela confirma esse milagre inexplicável somente para a ciência exotérica.
TERCEIRO CRITÉRIO
A Religião

O Critério da Religião, União dos Dois Critérios Verdadeiros. - Os Sentidos Externos e Internos; os Íntimos e a Biologia. - Relação entre os Internos e os Íntimos. - Seu Último Vestígio: a Consciência. - Os Sentidos Interno e o Desenvolvimento Autônomo do Ser Individual. - O Homem Não Pode Alcançar por si Mesmo Este Grau, que no Entanto Não é sua Ultima Possibilidade da Vida. - Integração dos Patriarcas na Vida. - Sua Certeza da Vida Verbal. - O Instase. - A Revelação Oculta do Verbo. - A Revelação Suprema do Princípio.

O critério da religião, união íntima dos dois verdadeiros critérios, o da ciência com o da vida, tem por condições a observação e a experimentação internas, não somente as da existência manifestada, mas da vida e de sua revelação. Quando se trata do Universo visível, a observação e a experimentação têm por instrumentos os sentidos fisiológicos terrestres simples ou ampliados mecanicamente. Quando se trata do Universo invisível e da vida, a observação se transforma em observância; a experimentação em experiências preliminares do conhecimento (sapiência), as quais prosseguem pelos sentidos internos e pelos íntimos destes.
Os externos têm como sentido comum ou central o local da reflexão cerebral que se chama Sensorium commune.
Os internos têm por sentido comum seu ponto de convergência com os íntimos, ponto vital conhecido pelo nome de consciência e correspondente ao assento direto da vida, no coração.
Os sentidos internos são os diretos da biologia, como os externos são os diretos da fisiologia. É errado confundir essas duas ordens orgânicas correspondentes e inversamente proporcionais.
A biologia não pertence propriamente mais que à vida, qualquer que sejam os meios que ela assimile para existir. A fisiologia não pertence propriamente mais que à existência evolutiva, segundo os meios astrais e dinâmicos ponderáveis ou não; pois o organismo não pode ser pesado com quilogramas, e existem muitos meios e condições possíveis, além dos submetidos ao peso e à atração central de um determinado astro. Uma onda etérea, um raio de Luz, um som, carregam consigo os regimes de harmonia e de organização dos quais são veículos.
No que concerne aos seres, esses mesmos regimes correspondem aos sentidos internos ou diretos da vida. Os metafísicos chamariam esses sentidos de faculdades da alma; porém, a metafísica é uma abstração humana e suas definições estão longe de expressar as qualidades viventes de seus objetos; existe toda uma diferença entre a abstração inútil e a própria vida.
Da mesma forma que os sentidos externos, ou melhor, seus órgãos, podem ser ampliados mecanicamente, ou seja, penetrar mais profundamente as exterioridades da existência e do Universo visível inteiro, os sentidos internos podem ser ampliados com os íntimos.
A comunicação dos externos com os internos se faz fisiologicamente por meio do Sensorium commune, quer dizer, de uma forma orgânica mecânica, porém quase biológica.
A comunicação dos internos para os mais íntimos se processa por meio da Consciência; entretanto aqui não existe mais nada de mecânico, tudo é organicamente vital, com uma reação imediata no suporte fisiológico.
Para convencer-nos disso, é só fazer a observação e a experiência que segue: pensar com força, tanto no coração como no raciocínio mental, que poderíamos, até inconscientemente, ter feito algum mal a um ser muito bom. Imaginem esse ser, concebam-no e coloquem-no no presente, visualizem o seu espírito com todas as qualidades que nos fazem admirá-lo e amá-lo. Então, ao pensamento, que agora é o reflexo da vida, responde um problema da própria vida; notaremos que a fisiologia registra essa emoção sob a forma de uma contração no coração e de uma sensação de angústia ou sufoco nos pulmões.
A consciência é, então, biológica e não metafísica e ela sofre as influências da vida sobre a existência e a sua fisiologia.
A palavra consciência significa: com a ciência, quer dizer, de acordo com a verdade constituinte do Universo visível. Essa verdade não é ela mesmo mais do que uma das manifestações do Verbo. A consciência é, então, o bom senso pelo qual o Verbo legislador, o da ciência, esclarece diretamente a vida pela sua própria sabedoria. Esse sentido, pelo qual os internos se comunicam com os íntimos, pertence ao mesmo tempo aos dois regimes, e é o único que sobra destes.
Como conseqüência desse profundo mistério que é chamado "Queda dos Anjos", todos os sentidos íntimos do ser humano se fecharam e atrofiaram, com exceção do sentido interno ou sabedoria.
O que chamamos de sentidos internos corresponde ao desenvolvimento autônomo do ser individual, que se apóia no esgotamento prévio de seus sentidos externos, ou de sua fisiologia. Equilíbrio e saúde resumem esse esgotamento. A razão e a consciência resumem o desenvolvimento que se apóia sobre aquele desenvolvimento, mas que não resulta dele. O maior grau desse desenvolvimento como razão e consciência dá a ele o máximo da somatória de vida que o homem é suscetível de viver dentro de si e de suas manifestações externas? Não, já que não se trata de um segundo desenvolvimento de autonomia individual.
Tanto pela sua razão como pela sua consciência, o homem não viverá e não manifestará mais do que esses dois estilos de vida lhe podem oferecer: a justiça em relação à ciência; a justiça em relação à consciência. Isso já é o bastante, e longe de nós pensarmos em retirar ao tipo humano esse grau: não é pelo seu mérito que retorna ao indivíduo, como muitos homens dessa espécie são levados a acreditar.
O espírito de justiça não é uma característica do homem, pois é a razão universal que o revela aos sentidos íntimos do homem, à ciência e ao seu conhecimento.
Não é mais o espírito de justiça próprio do ser humano, porque é o ser dessa razão universal que o revela ao ser íntimo do homem; é à sabedoria vivente que fala na sua consciência.
O mérito do indivíduo é ter sido esperto o bastante para que esse duplo enxerto o levasse a esse desenvolvimento que se constitui, na verdade, como ser intelectual e moral, capaz de servir de base nesse grau superior da vida, ou de participação da vida, da qual falaremos a seguir.
Assim como existe comunicação entre as existências pela sua relação, há comunicação entre as vidas e entre estas e a vida absoluta que as especifica pelo seu Verbo.
Quando os primeiros Mestres da Humanidade, os patriarcas, na flor de sua virgindade psíquica, chegaram à confirmação do Verbo pelo seu caráter exotérico, sentiram no coração o choque do Deus vivo. Até na mais profunda solidão, sentiram que essa emoção não vinha só deles, mas que era dupla, compartilhada e, ao mesmo tempo, recíproca, com uma doçura de atenção e de energia ao mesmo tempo humana e sobre-humana.
Como sua substância psíquica ainda não havia sido corrompida e os seus sentidos internos ainda não estavam atrofiados pela longa seqüência secular de sofisticações mentais, nem degenerações ontológicas, observaram piedosamente, no seu interior, a experiência dessa emoção extraordinária.
Então, os de coração e pensamentos mais poderosos, supondo e mais tarde confirmando que o Verbo criador estava não só vivo mas presente, oraram e o adoraram.
A reciprocidade do amor foi aumentando, e quando o Verbo de vida os sentiu fortes o bastante para não ficarem confusos de sentir a plenitude absoluta desse amor, envolveu-os na sua essência, e por meio da abertura de seus sentidos internos, os íntimos se abriram penetrados de lado a lado.
Esse Estado divino e essa suprema experiência, que revelam ao homem o Universo invisível, seus feitos, suas leis, seus graus e seu Ciclo, recebem um nome muito conhecido, mas que é ainda insuficiente: êxtase. Esse nome é insuficiente, pois o assunto do qual estamos tratando aqui merece o nome de Instase, de integração, se não de reintegração na vida direta e em seus meios. Estes últimos são intra-etéreos e supra-etéreos, como o Universo invisível da vida.
Esse é o Estado teológico, quer dizer, a Instase do homem no Verbo divino da vida.
É assim que foi dada a Revelação esotérica do Verbum viate, a do Universo invisível. Desse modo, a palavra humana foi levada, como dissemos, a uma concordância perfeita entre o Verbo de Deus e a síntese suprema, aquela da vida eterna, da religião, que foi revelada com a mesma precisão que seu exoterismo, a ciência. Mas o que era ciência na Revelação externa é conhecimento na Revelação interna. O Verbo não tinha sido percebido, até então, mais que em sua sombra, que consiste na Luz exterior de suas leis. Foi conhecido na Sua glória e na Luz direta de Sua vida.
Se o Universo visível contém todos os signos da lógica do Verbo, somente o Universo invisível contém, com o seu significado vivente, a verbalidade direta. Somente o Princípio revela o verdadeiro sentido das leis que são seus meios e a finalidade de seu ato eterno.
Sem ele, o homem prisioneiro dos condicionamentos evolutivos não verá mais que os indivíduos submetidos à formação e à deformação fisiológica. Cego às espécies biológicas que não pertencem ao mundo visível, será levado a concluir que a morte é definitiva que consiste na suprema atração de todo o centro astral e que passa pela morte, ã irresponsabilidade individual e à anarquia coletiva. Essa conclusão, no entanto. será falsa, inclusive do ponto de vista do critério externo, que nos conduz por si mesmo por meio da universalidade para a unidade, para o Ciclo inteiro das leis e à afirmação dos legisladores.
Mas para um espírito de águia, que irá até os confins do poder reflexivo de sua razão, sob a incidência externa da razão suprema, quantos espíritos corujas serão incapazes desse esforço vitorioso e negarão sua epifania, a visão desde o alto, porque jamais serão dignos dela.
CAPÍTULO SEGUNDO
A Verdade
I

Identidade do Cristianismo antes e depois da Encarnação


Constituição da Primeira Igreja. - Necessidade de um só Pastor. - Só a Religião do MeShI-aH Pode Dar a Paz. - Adão, Primeiro Chefe Eclesiástico Terrestre. - Pitágoras e a Filo-ShOPh-Ya. - Sabedoria e Filosofia. - ShOPh-Ya e Minerva. - Definição de ShOPh-Ya. - A Trindade: seus Dez Aspectos. - O Nome do Pai; sua Importância. - A Chave de Conhecimento Revelado por Daniel. - O SheMaM e o SheMa. - Manifestação de ShOPh-Ya pelo Verbo Divino. - Os ALHIM Patriarcais e Pitágoras. - Existem Duas Religiões; Duas Sabedorias? - Resposta Evangélica. - Pitágoras e São Pedro. - AMaTh e BRAShITh. - O Número 1440. - BRA e BaRat em Bharata-Varsha. - A Necessidade de Proclamar a Verdade. - Nosso Acordo com a Ordem Teológica. - Santo Agostinho. - Corcel e Cavalheiro na Língua Profética.
Foi seguindo o caminho que acabamos de percorrer, de ciência em ciência e de verificação em verificação, que a Primeira Universidade da Terra formou a primeira Igreja, dito de outra forma, o primeiro Estado social terrestre, em correspondência com a celeste. Foi por etapas e graus sucessivos da hierarquia dos fatos e das leis que o espírito humano chegou ao espírito divino: substância; ao Verbo divino: existência; e ao ser, à vida em si: essência de Deus.
Nós dissemos e acrescentamos que a Humanidade havia perdido sucessivamente, pela sua própria falta, todo um conjunto de faculdades, das quais somente sobrou uma: a consciência. Exceto esta, o homem hoje em dia está surdo e cego ao que era praticado em experiência. Ser inteligível e sensível, é evidente que Jesus lhe deu tudo isso; porém o espírito pagão o fez perder tudo de novo.
Depois de sua organização primordial relatada por São João, enquanto o homem foi fiel, o gênero humano era cristão do Verbo Criador e Salvador, que havia prometido aos seus aliados descer à Terra e encarnar-se nela, com todas as suas faculdades, de forma a reunir novamente tudo quanto tivesse sido dividido pelos seus adversários.
É por este motivo que, de Ciclo em Ciclo, seus representantes, pontífices, reis, patriarcas bíblicos, rashis dos Vedas, tis dos Kings, chamavam-se, como menciona o dicionário hebreu: MeShlaH-Im, cristãos. Da mesma forma, a partir do ano 590, os reis da França eram chamados assim; mas nesse caso não são os verdadeiros sucessores dos patriarcas MeShIaH-IM. Apenas nossos papas os sucederiam, se o Neopaganismo não fizesse regredir a marcha normal da cristandade em direção ao cumprimento da promessa, na direção de um Estado social e de uma civilização universal, na qual todas as chaves de ouro estão no Evangelho.
Um único pastor: a Humanidade nunca teve nos Ciclos antigos, e não terá jamais nos tempos futuros, a possibilidade de uma unidade que não fosse aquela, e é por isso que no nascimento de Jesus, os anjos divididos em dois coros cantam os versos da seguinte estrofe: "Glória a Deus nas Alturas. Paz na Terra aos homens de boa vontade!"
Realmente, sem a religião do MeShIaH, sem o seu duplo Estado universitário e social, não existe, como veremos mais adiante, a possibilidade de paz entre as nações, quando até reis, imperadores e monarcas, no sentido moderno e pagão dessas palavras, com todos os seus súditos, comeriam na mão de Julião, o Apóstata. Portanto, para obter a paz de Deus na Terra, é necessário glorificar seu Verbo até nos mais altos dos Céus: SheMa dos SheMaIM; pois a paz é Ele mesmo na reflexão de seu Shema, e em seu organismo social vivo.
O Adão terrestre de Moisés foi o primeiro patriarca a fazer passar o gênero humano da Antropologia para a Andrologia, do pó individual a um mesmo espírito, a uma mesma alma, a um mesmo corpo eclesiástico, que tinha um chefe semelhante àquele dos ALHIM e de seu MIHLA, ao MeShIH celestial representados na Terra. E é o início da unidade de todos os ensinamentos, a unidade das línguas estruturadas sobre a palavra divina, a unidade social de um extremo a outro da Terra, com a exclusão de toda a política, de toda a anarquia. Dissemos, em outra parte, como essa tradição se confirma pela etimologia sânscrita do nome AD-aM.
Pitágoras, herdeiro da tradição patriarcal, que fez passar das línguas sagradas ao grego jônico o termo Philo-SoPh-Ya, amor pela sabedoria de Deus. Entretanto, essa sabedoria da proto-síntese do Verbo, ou dos vestígios que permaneceram espalhados nos cantos escuros das Universidades ortodoxas da Europa, da África e da Ásia, que consistiam na Filosofia humana que apontamos como o falso critério por excelência. Objetivo, experimentalmente demonstrável, era o terceiro grau do ensino patriarcal, que constituiu por si só o ápice dos altos estudos: a sabedoria. Era o objeto supremo da Revelação.
É esta sabedoria original que empresta de cima, ao espírito humano e à sua vã filosofia, um nimbusn de Paraíso perdido, uma glória dos tempos antes da Queda, uma auréola de semideus caído, fulminado e cego. Ela é a rainha do céu do pensamento, a estrela do pastor das inteligências, o refúgio sagrado das asas e dos impulsos, a musa dos verdadeiros poetas, a advogada dos verdadeiros filósofos, inclusive dos extraviados. Porém, ela é também a terrível acusadora que, em um abrir e fechar de olhos, eleva todos os anjos, aponta todas as suas espadas, lança todas as suas flechas contra os prevaricadores, os simoníacos, contra os maculadores, os pensadores, os eruditos, os artistas que levam a escuridão nas almas, que acumulam nuvens de inferno entre o espírito humano e o divino.
Ela tem em Jesus nove raios: nove, número do Leão solar, nove maldições rugentes e trovoantes contra os escribas e o fariseus da Igreja, do Estado e da universidade e. além disso, das ágoras, dos fóruns, dos empóriuns, das ruas e dos riachos de todas as babilônias e de todos os tempos. Neste ponto, pedimos ao leitor que preste atenção ao Siboleth-Shiboleth.34
ShoPh-Ya, a Teogenia, não deve ser confundida com Minerva, a Cosmogônica: a incidência divina com a reflexão não somente humana, mas cósmica; nem com o "Ya" do Pai e do Filho, nem com o "M" de Adão e de Adamah. Em outra parte desta obra, a propósito da CaBa-LaH das XXII potências do Verbo e de sua proto-síntese, revelamos esse mistério, mas voltaremos ainda uma vez sobre isso.
ShOPh-Ya é a união, Ya, do infinito psíquico SOPh, e do absoluto espiritual; Ya mais uma vez é a união de IShO e de IHOH, do Filho e do Pai, da palavra e do pensamento vivo.
Golos e Logos, do Verbo pelo que tudo existe: IPhO, e da adorável essência gênica que o gerou: IHOH, está em quem somos e no Verbo. E esta união é feita na Potência coexistente, a que preside a função da letra "Ya", comum ao Pai e ao Filho. Em resumo, é a união do Pai e do Filho com a substância igualmente divina, que pelas suas virtudes luminosas a tudo subsiste: ROaH, Ha-OR.
Essa união é feita na Potência de conjunção divina que preside à letra "O": IHOH; IPhO-IshO; RoaH. Esta terceira união é Ya-O no IO-Ga ou o IO-Va evangélico,35 e as três - Essência, Existência e Substância - são um só Deus e somente uma vida, representada por três pessoas ou aspectos funcionais de Um Ser Único, que quer dizer Único, Absoluto, Infinito e Universal.
Uma longa investigação nos Livros Sagrados conhecidos por toda a Terra nos levou a concluir que este Mistério era absolutamente conhecido pelos patriarcas ortodoxos e, em conseqüência, pelos dissidentes, sob um dos dez aspectos seguintes, ou sob vários desses aspectos, ou por todos ao mesmo tempo.



I. Pai Filho Espírito Santo Um Deus Único II. Essência Existência Substância Um Ser Único III. Sujeito Verbo Objeto Uma Compreensão Única IV. Pensamento Palavra Cumprimento Uma só Vontade V. Suporte Princípio Finalidade Uma só Direção VI. Apoio Potência Radiação Uma só Energia VII. Absoluto Relação Infinito Um só Movimento VIII. Unidade Correspondência Universalidade Uma só Eternidade IX. Centro Diâmetro Circunferência Um só céu, ou Ciclo X. Universo Invisível Humanidade Anfíbia Universo Visível Uma só Revelação
O Pai é IHOH, Deus, Vida. Esse nome é lido em caracteres vattan, traçados com pedras preciosas sobre o frontão de ouro dos bratmahs do Nepal, antigos Soberanos pontífices Universais, os quais Moisés denomina como ancestrais antediluvianos, com o nome de Népalim ou Nefilim; e, neste Nome do Pai, como o comprovaremos em outra parte, esta expressa a sua essência, que é a vida; sua existência, que é o Verbo vivente; sua substância, que é o Fogo Criador vivente e vivificante. É por essa razão que Moisés, citando os Vedas e o primeiro Zoroastro, diz: "Nosso Deus é um fogo devorador". E esta palavra é repetida no Evangelho.
Esse Fogo espiritual é, realmente, tão terrível para os malvados como doce para os bons, e quando a sua cólera se acumula contra os primeiros em defesa dos segundos, desencadeia até o fogo central dos astros. Que não pretenda, ó, nenhuma Babilônia moderna mergulhar instantaneamente nas brasas das entranhas da Terra, embaixo dos trovões do Céu.
Enquanto a ShOPh-Ya reúne os dois nomes do Filho; sua chave do conhecimento é aquela que Daniel indicou secretamente a Esdras, com o nome "Nicod bilo ShOPh". Esdras reteve somente mais que sua abstração SOPh, que foi adotada por todos os Cabalistas judeus.
Estas três palavras, "Nicod bilo ShOPh", assim grafadas, significam realmente: "o Ponto no Infinito". Porém, Nicod significa também a letra I ou o Ya divino. Não obstante, este véu seria impenetrável e sua interpretação metafísica não faria mais que tornar o véu mais espesso, sem o Arqueômetro, no qual as letras se posicionam por si mesmas e não seguem a vontade do homem, de forma objetiva e não subjetiva.
Então, as que fazem vibrar o primeiro triângulo, aquele da Trindade divina e de seu ângulo com o Norte que define o Círculo do Infinito, são precisamente as letras: Sh, O, Ph, Ya, as três pertencentes ao Nome do Verbo: IphO, e ao Nome de Jesus: IShO. Aqui não temos mais a abstração, mas um fato que traz em si mesmo sua lei, e o Nicod bilo ShOPh de Daniel deriva, então, de ShOPh-Ya, do qual procede Sofia, pela união do Ya com o SheMaM.
O SheMaM realmente define o ângulo do solstício Norte (Capricórnio; Saturno) do Verbo Criador e Encarnado, a natividade na Terra e nos Céus e seu número é: Sh = 300 + Ph = 80, sua somatória é igual a 380. Este número, 380, eqüivale também a 300 = Sh, 40 + 40 = M + M, e portanto à SheMaM. É por essa razão que Daniel chamava essas duas letras de SheMaM, o Sinal Supremo, o Rei da Glória, em hebraico do Meshiah e de SheMa. E esta glória é a divina teogônia das letras sagradas, das Arcangelicais Potências da Palavra.
Falando do SheMa cujo número é 340, tem também por equivalente SPhR, SePheR, Círculo e Livro; em sânscrito céu em Svar-GA, em eslavo antigo e dialeto russo: Svar-OG.
Assim é demonstrada experimentalmente, com a ajuda do Arqueômetro, a diferença entre a Qabbalah metafísica dos judeus e a CaBa-LaH matésica dos patriarcas, de Moisés, dos profetas e dos apóstolos, isto é, do Cristianismo eterno. Mais ainda, o Nicod bilo ShOPh, de Daniel, é demonstrado por este instrumento de precisão, que dá, ao mesmo tempo que a palavra ShOPh Ya, o Arcano Divino que a manifesta, não só como essência em Ya, mas como existência em Ph e Sh, e ao final em O, como substância dos seres viventes.
O que se manifesta, então, é o Verbo de Deus: I-PhO; o Filho de Deus: I-ShO, porque em sânscrito este último termo significa também I-SOu.
No Shema arqueométrico, com o qual Moisés tinha encerrado e selado com Deus, incluindo seus párias negros e semitas, toda a vida esotérica de seus ALHIM egípcio e patriarcais seria projetada pelo Verbo Criativo, no sentido do seu retorno como Verbo Encarnado.
Pitágoras não estava dentro dessa corrente terrível e ao mesmo tempo doce do Espírito e do Fogo divino; seus sentidos íntimos não estavam abertos, mas seus sentidos internos estavam fortemente guiados pela Tradição Órfica em direção ao Verbo Criador, ao Princípio da Palavra perdida e contra a reconquista da finalidade. Seu grau de vida é menor, e, entretanto, podem ser qualificadas sua direção e sua influência como soberbas conforme as Leis da antiga sabedoria.
Será que eu errei? Será que eles possuíam dois conhecimentos, o patriarcal e o cristão? Existiriam duas religiões, duas sínteses da verdade objetiva? Se fosse assim, ambas oponentes, seriam por esse motivo erradas; encaixariam-se na categoria dos sistemas humanos que geram e arrastam o vento da decadência; desmoronariam-se do alto do trono da objetividade do verdadeiro.
Os santos oráculos do Barith Ha-Kadosha vão confirmar. Pilatos: "Então, você é rei?"; Jesus responde: "Você diz isso, eu sou rei. Eu nasci, eu vim para este mundo para prestar testemunho da verdade" (São João, Ev. XVIII, 37).
Por ser rei, deve dar a Luz e a verdade, diziam os antigos sacerdotes do Verbo: "São a raça escolhida, a ordem dos sacerdotes-reis, a nação santa, o povo conquistado e conquistador, a fim de que publiquem as sublimidades Daquele que os tem chamado desde as trevas para a Sua admirável Luz" (São Pedro, Ep. I, v. 9).
Pitágoras teve grande alegria quando, do fundo do Limbo, escutou o Éter transmitir-lhe a palavra do Rei dos Reis, e depois de seus Apóstolos, opondo-se, assim, a legitimidade do verdadeiro à legalidade do falso. Não adianta o ranger dos dentes dos Apóstatas do Verbo no mais fundo dos infernos, quando as trombetas angelicais do primeiro Juízo os fazem cair de costas, entoando para eles essas mesmas palavras.
Certamente, estamos longe do Renovador de Orfeu; de Jesus Cristo, o Incomparável, mas com São Pedro, o humilde pescador da Galiléia, divinamente transfigurado pelo Senhor em verdadeiro pontífice e verdadeiro rei. O espírito de Pitágoras está sob o reflexo lunar, o do Apóstolo está sob a irradiação solar. Um é interno, humano, superior, individualizado para a vida imortal por sua razão e por sua consciência; o outro acaba não sendo nem externo, nem interno, pois já está reabsorvido no íntimo, reintegrado à própria vida na Terra, não só da imortalidade individual, mas da eternidade divina. Esse Dwi-Ja de Jesus se doa por inteiro - Razão, Consciência, Existência - para receber essa vida suprema. Está no Espírito Santo, no redemoinho divino e vivo da Ascensão do Filho, por meio das hierarquias angelicais de onde havia descido, da direita do Pai, que havia deixado, para conceder-nos a existência e a substância celestial, até seu trono de rei da glória, que havia abandonado para ser por nós ignorado, caluniado, insultado, machucado com golpes de varas, coroado com espinhos e pregado em uma cruz. Porém, não existe talvez uma relação espiritual entre os últimos fiéis do Verbo Criador e os adoradores do Encarnado? Será que não existe um pouco da coroa de espinhos sobre a fronte de mártir de Pitágoras, assim como também na do seu Mestre Orfeu.
Se fosse de outra forma, existiriam dois Verbos divinos, o que eqüivale dizer, nenhum.
Então existe somente um Rei dos Reis, com o Selo real de sua verdade, segundo nos diz São João com os ALHIM de Moisés, e eles mesmos estão por trás da Protogênese ariana dos Vedas.
Já comentamos suficientemente sobre o que era esse Selo do Deus Vivo, que foi transmitido aos ouvidos de Moisés e aos seus colegas egípcios e patriarcas, que o profeta israelita Daniel, Grão-Mestre da Universidade dos magos caldeus, havia consignado a Esdras, esta Chave do Selo, este AMaTh da Matha ou Mateus patriarcal. Porém, a palavra a que se refere São João vai ainda mais longe do que isso; ela sempre une a religião e a ciência. Segundo escreve São João no primeiro versículo do seu Evangelho: "BRA-ShITh é a Ha-dá-BRa, o dom verbal, a Palavra e DaBRa é o ATh dos ALHIM". Portanto, teremos que explicar em outra parte o que são os ALHIM, mas já podemos compreender por que o Verbo Encarnado disse: "Eu sou o A e o Th",r o raio e a circunferência, a alma divina do Universo divino AthMa.
O termo AthMa, na linguagem angelical primordial, aquela das Correspondências da Palavra do Verbo, é ao mesmo tempo um número: 1440. Este mesmo número, na sonometria moderna, representa a hierarquia verbal do modo central cromatico de "mi", e na linguagem angelical é a Harpa Solar arcangelical de nosso sistema zodiacal. Multiplicado por 100, é o número hierárquico no modo enearmônico da sabedoria divina. É a Harpa do seu Arcanjo: Herm-es-Thoïth, Rafaêl-Trismegisto; porém, aposto no Mundo de Glória cujo Sol vivo é o Lumen de lumine, do Credo de Santo Atanásio e da Gênese de Moisés: HA-OR. E, de forma a não cometer nenhum engano, São João (Apocalipse VII, 4, 9, 10 e XIV, 1, 2, 3, 6) o faz tocar em 144 mil Harpas e ser cantado por 144 mil eleitos. O padrão áureo do Arqueômetro dá a sua verificação sonométrica, bem como no próprio Arqueômetro estão todas as suas correspondências sagradas.
Deixando agora o Selo régio do Rei da Glória, retornemos a um ponto que já abordamos anteriormente, que diz respeito à existência de dois Verbos Divinos.
Podemos verificar historicamente em documentos brahmânicos, que a proto-síntese de São João é a de IShVa-Ra, alterada foneticamente em ISOua-Ra. E esta é a síntese universal, ou primordial. A seguinte, abreviada da primeira, é étnica tanto no antigo Império Indiano como em suas colônias. Recebe o nome de BRA e de Bha-Ra-T; a palavra é representada de forma pontífice e real. É por essa razão que a Índia dessa época antediluviana era chamada de Bharata-Varsha, o continente do Verbo Criador.
Para não deixar margem a dúvidas de que Jesus - IShO, IShVa, OShI = 316 - tinha sido reconhecido como o Verbo Criador desde a Antigüidade, podemos consultar os Vedas. Esses documentos foram escritos na linguagem vattan, reescritos e abreviados pelo Vyasa, de Krishna, 3.200 anos antes da encarnação de Jesus; eles chamam o Verbo de ShVa-DHA, que eqüivale ao número 316 em vattan. Em linguagem védica e em sânscrito, pronuncia-se SWA-DHa. Essa palavra é formada por dois Datous, que significam "que possui um dom em si mesmo". É o Datou-Sho do primeiro Zoroastro, o Doador de Si mesmo.
Não existem, pois, dois Verbos Divinos, bem como não existem duas Religiões desse Verbo, nem dois conhecimentos dessa religião, nem duas sabedorias de Deus.
O Evangelho de São João nos disse em vão, há mais de vinte séculos, que é preciso reafirmar a verdade dessa forma, o AM ATh do AThMa, e reaplicar definitivamente o Selo do Deus Vivo no topo dos estudos superiores, sem considerar os escribas e os fariseus modernos, que entronizaram a agnosia e mais tarde a anarquia, e finalmente o anti-Deus e o anti-Cristo.
Verificamos que estamos completamente de acordo com a Ordem Teológica Universal, aquela do Verbo e de seus Inspirados de todos os tempos e de todos os templos.
Vejamos agora se estamos na mesma harmonia com a Ordem Teológica pós-apostólica, aquela da Igreja que ensina, quer dizer, Igreja Episcopal, composta de papas, patriarcas, primados, metropolitas, arcebispos e bispos de todos os cultos unidos ou não a Roma. Incluo aqui o Episcopado Anglicano laico, sendo completamente fiel ao meu culto, planejo as minhas obras sobre o terreno puramente laico dos Estudos Superiores, para paz de Jesus sobre todos os cultos da Terra, a começar diretamente pela religião cristã.
Santo Agostinho nos responde em relação ao Cristianismo e à Cristandade pós-apostólica. Se o escolhemos, é porque ele chegou ao Senhor pela sua Igreja, depois de haver esgotado, como Pitágoras, até o fel, a taça de todas as iniciações conhecidas de seu tempo.
"Li todos os seus livros e eu encontrei neles todas essas grandes verdades: que o Verbo estava em Deus e que o Verbo era Deus; que aquele era Deus desde o Princípio; que todas as coisas foram feitas pelo Verbo; que de tudo que tenha sido feito, não há nada que Ele não tenha feito; que nEle está a vida; que essa vida é a luz dos homens, porém que as Trevas não têm compreendido isso; que ainda que a alma do homem renda testemunho à Luz, ela não é a Luz, mas o Verbo de Deus; que o Verbo de Deus é o próprio Deus e a verdadeira Luz com que são esclarecidos todos os homens que vêm ao mundo; que Ele estava no mundo, e que o mundo foi feito por Ele, e que o mundo não o soube reconhecer de nenhuma forma. Pois bem; embora esta doutrina não estivesse nesses termos nos livros, ela está presente nesse sentido e é confirmada por toda sorte de provas. Mas o que eu não encontrei aí de forma nenhuma é que este Verbo veio para sua própria morada (a da palavra e da sua CaBa-LaH), que os seus não quiseram recebê-lo, e que deu àqueles que o receberam, acreditaram nEle, e que invocaram seu santo nome, o poder de tornarem-se filhos de Deus.
"Eu achei nos livros que o Filho nasceu na semelhança do Pai, e que ele não usurpa nada quando disse ser semelhante a Deus, desde que, por sua natureza, é da mesma substância que Deus, e essa doutrina está expressada em seus livros de muitas formas diferentes. Mas o que não se encontra naqueles livros é que esse filho de Deus tenha sido aniquilado, tomando a forma de um servidor; que se tenha tomado semelhante aos homens; que tenha aparecido externamente como um homem comum do povo; que se tenha humilhado e tornado obediente até a sua morte na cruz; e que, em recompensa, Deus o tenha ressuscitado dentre os mortos; que lhe tenha dado um nome que está acima de qualquer outro nome, de tal sorte que, ante o nome de Jesus, todo joelho se flexionará tanto no céu como na Terra e nos Infernos, e que toda língua publique que o Senhor Jesus Cristo está na glória de seu Pai."
"Bem, encontra-se nesses livros que Vosso Filho único está antes de todos os tempos, acima de todos os tempos, que é eterno, imutável como Vós, e que é de sua plenitude que nossas almas recebem o que pode torná-las felizes; que é participando dessa sabedoria eterna que habita em si mesma; que elas se renovam e que se tornam sábias. Porém, que este Filho único tenha sido morto no tempo, pelos ímpios, que não o tenha perdoado, e que o tenha entregue para a morte por todos nós, é o que não se encontra neles de modo algum."
Que impulso! E que rumo ao verdadeiro! E com que precisão corcel e cavalheiro chegam ao termo: a unidade do Verbo por meio de todos os ensinamentos, todos os cultos, todos os desmembramentos da religião eterna. Religio vera, ele diz em outra parte, a síntese verdadeira, o Amath do Athma, e o Athma do Amath e de sua Matha.
Disse corcel e cavalheiro; esses dois termos usados na língua profética merecem uma menção que não é estranha ao tema.
Sempre entre os profetas e, às vezes, entre os poetas, os sentidos íntimos percebem vivas suas correspondências, as relações da reflexão humana à incidência divina do verdadeiro, e vice-versa: correspondências mortas, relações de geleiras e de avalanches no pensamento dos metafísicos que os acreditam puramente subjetivos, como sua reflexão sem incidência vital.
A mais direta dessas relações, desses "caminhos caminhantes", como Rabelais diz, desses Sefiroth no sentido matésico do termo, aparecem em certos casos às almas mais divinamente "biologizadas", aos profetas, como cavalos celestiais de diferente cores. Poderia ser dito que um desses corcéis leva Santo Agostinho.
Nenhum pintor jamais viu, nenhum poderá pintar a perfeita beleza de todos estes tipos, primeiros modelos não apenas dos indivíduos fisiológicos visíveis mas também da sua espécie invisível.
Em sua Séfira correspondente, os profetas os vêem, entendem-nos, montam-nos ou os contemplam montados por uma das 22 potências da palavra, ou para um dos anjos de sua arcangélica divina e cosmológica.
Estas teofanias objetivas se sucedem sem continuidade no Apocalipse de São João.
É Santo Agostinho um Profeta? Não sai apenas da gentileza greco-latina mesmo que ela gere legiões de Santos. Em qualquer caso, é um metafísico descongelado diretamente pelo sol do Evangelho que aproximou desde seu berço oriental. Essa luz tem despertado nele a alma vivente; fez dele um Bardo, um Vates, um Aede, um Cavi sagrado, diriam os védicos. Ainda não tem a visão divina direta, a íntima; não fala qual seria a inspiração teológica, como São João, como São Paulo, como São Pedro; expressa-se como teólogo, porém, de forma tão poderosa, que não pode ser comparado a ninguém até os nossos dias.
Realmente, ninguém até agora tem pensado ou sentido assim (não somente com essa clareza mas também com esse calor) a Luz e o Fogo, a universalidade e a unidade solar do verbo, a autonomia de sua religião de onde tudo saiu, e para onde tudo deverá retornar.
Vemos subjetivamente, racionalmente, mas com a força surpreendente da influência evangélica, esta gênese e esta síntese eternas dos dois mundos, invisível e visível, que, de ambos os lados, levam a mesma marca, porém invertida, o mesmo Selo do mesmo Senhor. E a Sabedoria de Deus, a que se inclina em direção a esta sublime inteligência e que se dobra na sua frente. Esplêndido ofuscamento de Luz vivente, auréola resplandecente que desvela todo o Ciclo do pensamento e ilumina ao mesmo tempo seu espelho: o espírito humano.
Verbo Criador por uma parte, Verbo Encarnado e Crucificado, da outra, tal é, na música das inteligências, o acorde de segunda que ajusta e que modula muitas vezes repetidas o anjo da Teologia cristã, o grande e santo filho de Santa Mônica. Mas, nessa fuga sagrada que ascende de tom em tom, se não de modo em modo, sofre demais as Leis da Harmonia eterna, para não resolver suas segundas e sétimas, suas oposições em amplexões sabáticas de raios, em setenários sinfônicos da universalidade alcançada radiantemente.
Consultar o Arqueômetro, seu Padrão, sua Aritmologia e sua Música
II
Cristianismo esotérico

Santo Agostinho e Moisés. - AReTs. - Origem da Palavra Cristianismo. - MEShI-Ha e MeShIaH. - ShaNaH e NaHaSh. - O Bapti. - O IONaH. - A Letra N. - I.N.R.I. - Função de N; suas Relações com IONaH e NaHaSh. - A Queda e suas Conseqüências. - Necessidade da Encarnação do Verbo. - A Geração, - Os Dois Cérebros da Mulher. - A Concepção na Mulher e na Santíssima Virgem. - Mistérios da Mulher. - O Erro de Eva. - O Amos Recíproco do Homem e da Mulher. - A Necessidade de uma Virgem na Encarnação do Meshiah. - A Religião Única Confirmada por Santo Agostinho. - Os Neo-Sabeus. - A Razão Divina e suas Potências no Universo. - A Ação de Jesus Verbo, Shematizada na Substância Humana. - O Mito Solar. - Concordância dos Livros Sagrados. - O Ensino Anticristão; suas Conseqüências. - O Bahou Simbólico. - As Epístolas de São Pedro. - O Humanismo Anticristão; suas Conseqüências. - O Gihen. - Citações de São Lucas. - A Água: sua Função, seu Símbolo. - As Leis Viventes. - O Destino. - A Ontologia Humana; seu Triplo Hierograma. - O SHIN. - Os SHeMAH-IM. - A Energia se Apóia nela Mesma. - A Função dos ALHIM. - O Verbo Criador é Jesus. A Chave do 5. - MAeTa-TRON. - O Nome do Fai Proclama o do Filho. - IG e AG; IGnis e AGni; AGnus Dei.

Se compararmos Santo Agostinho a Moisés, poderemos vislumbrar e perceber o espaço que separa o maior dos teólogos do Cristianismo pós-apostólico de um profeta teológico do Cristianismo patriarcal.
Quando o bispo de Hipona nos disse: "Todos os astros estão ante Deus como uma Terra única", comentou cora muita lucidez o teimo de Moisés: AReTs, a unidade e a universalidade gravitacional, a AsTeR-idad, a astralidade. Mas o Universo visível, o Ciclo astral, não é outra coisa que o caos shematizado. Não é shemátíco por si só, mas pelas Potências das lógicas, de harmonia e de organia que contém o Universo invisível, e dos Céus ondulatórios fluídicos: SheMa-IM, SheMa das ondas enormes, segundo nos narra Moisés, resumindo nisso, como em ludo, seus antecessores MeShIaH-Im, os cristãos patriarcais.
Pois, se nosso glorioso nome de cristãos vem do latim christiam, e este do grego Chrístos, não deixa de ser derivado de MeShIaH-Im, os realistas do Rei dos Céus, e de seu reino subastral, cósmico, solar e zodiacal: ISh-Ra-El, três termos, que em tibetano, em védico, assim como em sânscrito, significam: Senhor-Rei-Terra-Celeste. Christos, realmente, é a tradução em língua vulgar de um dos mais importantes hierogramas da Palavra Sagrada comum a todas as universalidades patriarcais até a divisão das línguas, e até muitos séculos mais tarde. É essa língua que nos transmitiu a palavra MEShI-Ha = 360 por meio do vattan e do védico. Sobre o Selo do Verbo, sobre seu escudo arqueométrico, 360 é o número musical que preside o duplo círculo dos graus. É um dos modos cromáticos do ano luminoso divino - a Eternidade - e de sua correspondência com o ano litúrgico do HâOuR celestial, o tempo sem limites, e depois o ano astral e todos os seus ciclos solares.
O MEShI-Ha, 360, é então o Rei da Glória, o SheM-a dos SheMa-Im, do Ciclo dos Céus fluidos, e do AReTs, a astralidade, e não apenas na Terra, como vislumbrou muito bem Santo Agostinho.
Por intermédio das variações do sânscrito, do zenda, do caldeu, do egípcio e, por último, do hebraico, temos o MeShIa-H = 358. Sobre o Selo do Verbo, este número, 358, preside no diâmetro solsticial, no eixo dos pólos do duplo Universo, ao ano lunar: ShaNaH, 358, é o número das encarnações e dos desencarnes. Seu oposto é NaHaSh, a serpente das gerações, aquela sobre a qual Moisés profetiza que a mulher deveria seguir. Realmente, a Santíssima Virgem Maria pisoteia vitoriosa debaixo dos seus pés a serpente do crescente lunar, escudo astral do anjo anunciador Gabriel, que a exalta em assunção peto MEShI-Ha.
Depois do que precedeu, compreende-se por que os antigos patriarcas dividiram as línguas em prácritos, selvagens ou naturais, e em devanagáricas, idiomas da Cidade divina, da civilização celestial, dito de outro modo, assinaladas sobre a palavra cosmológica do Verbo.
Enquanto a NaHaSh é a oponente do MEShI-aH, é a serpente do Éden, o dragão das Águas-Vivas, celestiais, que conduz a biologia até a fisiologia evolutiva. E a besta mais sutil no campo da extensão substan-cializada pelo ROuaH-ALHIM.
No trabalho dos mistérios patriarcais que eram feitos a partir do trigésimo ano, o Bapti, nas águas fluentes, as mãos juntas sobre o peito, e com os olhos fechados, recebia o Espírito Santo, o ROuaH dos ALHÍM. Quando seus sentidos internos mais íntimos eram abertos dessa forma, com a cabeça voltada para o Sol e os olhos fechados, enxergavam essa Luz Espiritual.
E nesta Luz descia até ele o IONaH, sob a forma de uma pomba (Representação do Espírito Santo), e um NaHaSh em forma da cruz patriarcal ou de bastão cerimonial. São João Batista não recebeu à toa um nome arqueométrico que contém a pomba. Não é o IOHaN do IONaH senão porque o Verbo o havia marcado com a sua Shema, cumprindo-se, assim, a Tora celestial de seu Selo, antes de completar o que havia sido inspirado pela terra.
Na é a letra central e, em Deus, a Potência que preside todos os centros luminosos e solares. É atribuído ao Filho do homem enquanto é Filho de Deus. É assim que, para cumprir com a sua Palavra em todas as línguas sagradas inspiradas por Ela, Jesus terá que colocar na inscrição sobre a sua Cruz as quairo letras I.N.R.I.: em vattan, em védico, sânscrito: I-NRI, Ele, a Humanidade; I-NaRa, Ele, a Alma do Universo; I-Na-Ra-Ya, Ele, o NaRa-Dêva, ou o Homem-Deus.
Tornamos a encontrar novamente, embora menos puros, os traços da Tradição Sagrada da mitologia indo-egípcia de Orfeu e dos outros profetas étnicos. Em Delfos e em Dodona, Apoio, a Serpente Piton, as pombas proféticas, os carvalhos votivos, as águas fluentes dos mananciais e fontes consagradas indicam outras correspondências com a Matesis patriarcal.
O que é o NaHaSh? É uma criatura espiritual que executa seu papel e sua função de passar a alma de sua forma invisível para uma encarnação visível para a sua geração.
A letra N, de IONaH e de NaHaSh, é o foco arqueométrico central e, nas Potências verbais do Verbo, a que homologa ao centro, com seus raios brancos, todos os raios complementares do círculo radiante do infinito, 360; quer dizer da substância luminosa biogenada, distribuída universalmente. Esta casa é o Sol nos SheMa-IM, nos Céus fluidos ondulatórios, antes de estar na astralidade gravitacional. Deste modo, esta última pode desaparecer em uma vibração fundamental do Éter, que não permitiria subsistir nenhum corpo "grave"; porém, os astros seriam, então, transfigurados em substâncias imponderáveis, radiantes, reguladas pela mesmo Shema, e diversamente luminosos, como mostra sua espectroscopia.
A Potência N naturaliza, pois, as almas e suas formas tanto no Universo Invisível como no Visível. No primeiro caso, a Luz é direta; no segundo, é o reflexo por meio da série nos modos musicais que regulam o regime das forças e de seu desdobramento. No primeiro caso, seu único veículo é o Éter dos SheMa-IM; no segundo caso, o mesmo se complica com o dinamismo que desce dos Céus ondulatórios até a astralidade e seu mentalismo suporte das forças e opressor dos gases, condensador e condutor de suas transações lógicas, harmônicas e orgânicas. Enfim, no primeiro caso ele é o IONaH que está em jogo, no segundo, é o NaHaSh.
É assim que, quando a neutralização psíquica se faz somente no NaHaSh, a volta à vida mortal não pode ultrapassar, no melhor dos casos, o ponto do trígono das Águas Vivas, de onde ela desceu sob o sopro do Dragão das gerações. Isso é o que acontece depois da Queda.
Essa viagem das almas é chamada, de acordo com as antigas línguas, de Limbo ou Nirvana, Seio de Abraão ou de Brahma. E esse retomo às águas de sua embriogenia cósmica não tem como resultado mais do que as renovações anuais do tempo, e uma nova embriogenia matricial. É a Queda do mundo do Princípio Eterno, em que as origens temporais da porta divina do Arqueômetro, vai do Solstício Norte em direção à porta lunar dos homens, no Solstício Sul.
Para que aconteça de outra forma, para que o homem possa ser reintegrado às suas origens evolutivas, no principio da involução divina, é necessário que toda a trajetória da substância que o constitui seja novamente "biologizada" pelo próprio princípio, assumindo por caminho descendente, por rebaixamento voluntário, por espírito vivente de sacrifício, os modos invisíveis e visíveis da existência humana.
Daí a encarnação do MeShIa-H, 358, após a descida do mesmo MeShI-Ha, 360. na pureza divina do ROuaH-ALHIM, subordinando de uma Ordem angelical a outra, até a de Gabriel, toda a potência de NaHaSh.
Uma vez mais, este último não é pior, em si, que qualquer criatura invisível ou visível. A luz polarizada e a dos raios calóricos e químicos, infravermelhos e ultravioleta tendendo para o azul não são piores em si mesmas, supondo-se que não possam romper a onda luminosa em que paira o IONaH.
Quando o Deus Vivo disse às espécies invisíveis: "Crescei e multiplicai-vos sobre toda a astralidade", abençoou toda a geração, supondo que ela se cumpra entre os homens, no Espírito Santo dessa bênção. É por isso que o perigo de NaHaSh é o de fazer esquecer a espécie celestial em virtude da individualidade terrestre; a involução pela evolução, a biologia pela fisiologia, a andrologia pela antropologia, a imortalidade pela mortalidade, o princípio pela origem. Seu perigo é o de apresentar a geração como uma fatalidade animal e não como uma cooperação da mulher com todas as potências constituintes do duplo Universo, visível e invisível, com suas correspondências angelicais nos dois cérebros femininos e em sua dupla imaginação. Desses dois cérebros, um é o nervoso, o outro é sangüíneo; um é ideal, o outro é plástico e imediatamente realizador; um é a víscera da cabeça, o outro é o da iluminação.
A mulher realiza o que concebe, não só fisicamente mas, sobretudo, espiritualmente.
Alma dos templos até sua puberdade, a Santa Mãe de Jesus designada por Ele como Verbo, com o nome das Águas Vivas celestiais, ofereceu o incenso aos ALHIM, e comeu seu pão celestial no templo do Deus Vivo. Ela concebeu plasticamente ao Messias Encarnado MeShIa-Ha, 358, porque havia concebido e visto idealmente o Messias, Rei da Glória, MeShI-Ha, 360. Como o viu e o concebeu idealmente? Eis:
Como dissemos e repetimos, o homem possui somente sentidos externos servidos por órgãos do mesmo nome. Esses sentidos não são mais que pontos de apoio epigenéticos e evolutivos para uma dupla série de sentidos internos e íntimos, a metade dos primeiros é evolutiva e a outra metade é involutiva, e os segundos manifestam tão-somente a involução, o Universo biológico e suas Potências.
Os desenvolvimentos possíveis da vida humana são ilimitados, já que poderão voltar a entrar na mesma vida divina por meio de seu mediador, o Verbo, e, suas potências espirituais: ROuaH-ALHIM.
A profanação da mulher pelo homem, e reciprocamente, representa uma Queda formidável dos mais altos modos da vida para os mais baixos, da pomba à serpente, do Espírito Santo à besta sutil, que, sem ser essencialmente impura por si mesma, torna nossa compreensão limitada, de forma que nós não concebemos mais do que ela, e por nossa vontade não amamos mais que a ela.
No primeiro caso, existindo o amor entre o homem e a mulher, estão no ROuaH-ALHIM; no segundo caso, havendo o egoísmo, não necessariamente dos dois, mas de um só, coloca-se por baixo do NaHaSh, em vez de estar por cima dele.
Porém, o mistério se estende ainda mais. A mulher pode situar-se diretamente no Uno, que os egípcios diziam o Mesmo, aquele que é sempre idêntico a si mesmo, o Eterno, ou no Outro, aquele cuja essência é a de mudar de acordo com o curso do tempo. NaHaSh está para o tempo em espiral como RouaH está nos ciclos da eternidade. A falha de Eva, a esposa do patriarca, foi acima de tudo cosmogônica, e se lembrarmos que a pitonisa de Delfos cooperava com o Píton de Apoio, que em seu delírio extasiava seus ouvintes, não é de surpreender que NaHaSh expresse também o gênero de adivinhação que o precede.
A esposa sacerdotal do primeiro patriarca, que controlava as iniciações do Sacro Colégio feminino, forçosamente arrastou em sua Queda todas as formas de vida humana, e reduziu seu sentido à existência temporal.
Existe aí um Mistério e uma transmissão de fundamentos que não têm a ver de nenhuma forma com a negação do amor recíproco do homem e da mulher, com todas as suas conseqüências; pois se acreditássemos nisso, seria como blasfemar contra o Deus da vida e o próprio Espírito Santo. Pelo contrário, esse Mistério combate o perigo de uma grande separação das faculdades iniciáticas. É por essa razão que São Paulo diz: "O homem não está em Nosso Senhor sem a mulher, nem a mulher sem o homem".
A época do maior perigo dessa penetração da substância humana no NaHaSh temporário havia sido solenizada pelos mais antigos ancestrais. Porém, não era o Espírito Santo que estava presente nos Mistérios Orgíacos, era o Outro, que não era dominado pelo Espírito Santo.
Então, somente o MeShI-Ha poderia refazer, como MeShla-H, toda a trajetória divina que vai desde a substância espiritual do homem até a carnal, descendo do seio da divindade por meio de todos os graus de duplo Universo, angelical e astral. E para isso era necessário uma virgem, não só de corpo, mas também de alma, que poderia ser violada sem que o seu corpo deixasse de ser virgem, não levando em consideração a monstruosidade desse atentado. Fazia falta uma virgem de imaginação, de coração, de fato, que não olhasse, não imaginasse, que não concebesse o mal, mas somente a vida verdadeira - IHOH - e sua imagem -IShO-MeShI-Ha.
Em conclusão, a necessidade da encarnação de um único MeShl-Ha nos informa que não existe e não poderá existir mais do que uma religião verdadeira nos Céus, sobre a Terra, sobre todas as Terras; na eternidade, no tempo, de um extremo ao outro dos tempos; e o grande bispo africano não deixa de promulgá-la, por outro lado, com essa clareza de inteligência e essa potência de consciência que o caracterizam. Por quê?
Porque, pelo fato de sua investigação prévia, pela sua peregrinação a todos os centros de iniciação conhecidos - de seu contato, não somente com a racionalidade superficial e tanto mais presunçosa do mundo latino, com a puerilidade sofisticada, problemática e particularmente dialética do mundo grego, mas com a mentalidade atávica mais profunda e mais reflexiva das outras comunhões humanas -, elevou-se desde as planícies até as montanhas do espírito humano.
As relações universais que ele engloba correspondem de fato ao ponto de observação e à orografia dos estudos superiores dos nossos dias. Da mesma forma, a jovem e anárquica mentalidade greco-latina responde pelos nossos ensinamentos secundários e, ó, Superiores. Estes últimos, sem o duplo contrapeso científico e religioso, constituem o que com muita propriedade tinha visto Molière, o Humanismo mais elevado, o Paganismo científico dos novos sabeus, bem piores que os antigos.
Entretanto, à Luz radiante do novo critério científico e religioso, que ignora ou despreza, não poderiam constatar que todo o sistema zodiacal solar, por exemplo, é um modo vibratório da razão divina e de suas potências? Sua lógica, sua harmonia e sua organização she-matizam dessa forma toda a ondulação dinâmica do Éter, do som, da luz, do calor, da eletricidade, do magnetismo e depois de todas as substâncias dinamizadas: gases, líquidos e sólidos. Uma placa vibrante circular manifesta, debaixo do arco de violino, um shema solar zodiacal, por uma qualidade objetiva e que somente tem de humano sua observação, por uma Potência, que é ao mesmo tempo Lógica, Harmonia e Organização, regula as equivalências e as correspondências do número e da forma, como todos os outros sinais da Palavra Cosmogónica.
Pela mesma razão sobre-humana, manifestada nos fatos, na gota d'água, vista por meio do microscópio, mostra-nos a Shema com a qual está marcado todo o Universo visível.
Vibrando sob o número em sua forma, e debaixo do som inaudível desse número, ordena que o grau zero seja seu ponto de congelamento; este círculo é definido primeiramente em um triângulo eqüilátero equivalente ao número 3, depois em estrela hexagonal equivalente ao número 6, depois em dupla estrela hexagonal ou dodecagonal, equivalente ao número 12, e assim é "solarizada" e "zodiacalizada".
A gota d'água, como tudo no céu etéreo de um Sistema Solar, é verbalizada por uma aritmologia correspondente à sua morfologia. É assim que, quando com uma arrogância e uma imprudência que se igualam somente à sua ignorância, nossos Sabeus pseudocientistas se aliam contra a religião, porque acreditam ter achado a mentira do Mito Solar, fariam-nos rir, se não fizessem chorar a Jesus por nossa humanidade governada por uma tal raça.
Em resumo, se Jesus, o Verbo Encarnado, shematizou sua ação na substância humana decaída, escolhendo 12 apóstolos e 72 discípulos e, ainda mais tarde, 360 membros, ele não fez mais que completar sua própria lei lógica, harmônica e orgânica, como Verbo Criador. E não cabe mais à mentalidade da terceira casta do espírito humano, que usa a sua própria tagarelice em ensinamentos contra a Palavra Santa, entender a razão da Razão Suprema.
E se o mesmo Selo arqueométrico marca as obras dos MeShIaHIM, anteriores à Encarnação: Numa, Minos, Orfeu, Moisés, Zaratustra, Fo-Y, Krishna e Manu, que ainda hoje, apesar de sua decrepitude, leva a marca patriarcal da Universidade sede do Brahmanismo, prova-se com isso uma coisa bem diferente do que a inepta conclusão dos párias voluntários do reino, reino supremo da Razão de todas as coisas, como também da consciência que prepara a compreensão delas. Que um desses papagaios de Macróbio se eleve até a função operatória que recobre seu pretendido Mito Solar, até a unidade e a universalidade de ação central e cíclica sobre o Ciclo Humano.
Assim cai de uma vez todo o sistema de interpretação neopagã dos Livros Sagrados de todos os tempos, o alegorismo panteístico e naturalista dos metafísicos, como Fabre d'Olivet. Longe de ser o resultado da vontade individual e da razão subjetiva de uma série de teósofos moderninhos, religiões e livros sagrados concordam com aqueles que compreendem sua sabedoria e sua ciência. Mas a mestria desta concordância pertence somente ao MeShI-Ha, porque somente ele é a religião das religiões.
Oh! Em nossos dias, nossos ensinamentos universitários, vendados e complementados por Macróbio e Dupuis, constituem-se na anti-religião e no anticristianismo a péssima instrução burguesa, política, suplantadora, anti-social e sectária. Ela cumpre sua função diluviana e reabsorvente, embora pestilenta, que os brãmanes chamavam de a Bahou do Caos, a Porca dos Mistérios, a Gastromame dos detritos e dos excrementos da erudição. Trata-se do símbolo que foi reivindicado pelos troianos, e depois deles pelos romanos, na Gcns Jtáia, planejando, assim, diretamente, o caráter que teria a civilização selvagem que fazia oposição aos templos: primeiro como lobo devorador, e a seguir como porca exegética.
E è esta raça que o Profeta e São Pedro descrevem: Ep. 2 Pd 2, 22: "Deste modo, sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito; a porca lavada, ao espojadouro de lama". Pode-se notar neste II, 22, o propósito de oposição ao Verbo apostasiado e das XXII Potências da Palavra Divina, assim renegada e novamente perdida.
Mas o Apóstolo não se limita aí, na Ep. 1 Pd 4, 17: "Porque já é tempo que se comece o julgamento pela casa de Deus; e, se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus?". Trata-se aqui das divisões da Igreja em igrejas rivais, da religião em cultos hostis, do Catolicismo em etnias cainitas; em resumo, do Estado Social Cristão em nacionalidades fratricidas. Aqui está a instrução renunciada, que é examinada depois pelo clero. Continua o Apóstolo, Ep. 2 Pd 2, 17: "Estes são fontes sem água, nuvens levadas pela força do vento, para os quais a escuridão das trevas eternamente se reserva".
Ep. 2 Pd 2, 18: "Porque, falando coisas mui arrogantes de vaidades, engodam com as concupiscêncías da carne e com dissoluções aqueles que se estavam afastando dos que andam em erro".
Ep. 2 Pd 2, 19: "Prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos escravos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo".
Existe aqui a advertência que vem esclarecer as regras e as profundas penumbras reservadas aos povos vendados que permitem ser guiados por estes homens cegos da instrução.
Ep. 2 Pd 2, 21: "Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado". Da mesma forma, o Senhor disse a Judas: "Mais lhe havia valido não ter nascido".
Nesse mau humanismo para a Humanidade, existe toda uma diferença entre a regressão e o progresso; o instinto e a inteligência; o pequeno galho selvagem e o enxerto; o pior Paganismo e o Cristianismo, a anarquia por agnosia e o Princípio Divino da razão e da consciência humana.
Consultando novamente o Apóstolo sobre esse tema: Ep. 2 Pd 2, 11: "enquanto os anjos, sendo maiores em força e poder, não pronunciam contra eles juízo blasfemo diante do Senhor".
Ep. 2 Pd 2, 12: "Mas aqueles, semelhantes a animais sem raciocínio, nasceram para ser presa dos homens que os fazem morrer (os conquistadores e as invasões militares). Atacam com suas blasfêmias aquilo que ignoram (agnosia), e morrerão em conseqüência dos enfrentamentos revolucionários em que se envolvem (anarquia). Receberão a recompensa que merecem por sua iniqüidade".
E esse humanista anticristão realmente um desumanizado; de mente vazia; está castrado do Espírito Santo e sadio de vida e de seu verdadeiro critério: vida celestial, vida terrestre, vida social, vida individual, em todos os graus dessas hierarquias.
Foi esse humanista que, em nome da filosofia, lançou Pitágoras, novo Hércules, às chamas. Foi ele que lançou ao rio Ebro a cabeça sangrenta de Orfeu, novo Abel. Foi ele, enfim, que, depois de haver sacrificado os Profetas sucessores dos ALHIM de Moisés, substituiu a lei social de Deus pela sua própria lei política.
Entre nós, o gênero de Humanismo do qual tratamos foi severamente qualificado por Voltaire como "raça de macacos e de papagaios'.". Era expressar de forma egípcia uma mentalidade de imitação. Pelas leis secretas da assimilação psíquica, pode-se chegar até a possessão infernal, crisíaca, e decair da suposta Filosofia para a Filomania, da tolice racional individual para um delírio racional coletivo, montado pelo espírito dos Demônios antropófagos que os vedas chamam de Rakshasas.
Os brâmanes, depois dos antigos patriarcas devido a observações e experiências, atribuem como morada desses demônios alguns desertos tórridos dos quais precisam um lugar geográfico, correspondente ao seu estado psíquico. É a Gühanna, dos Vedas, o Gihen ou Gihenan, da Bíblia, e complementam: "No deserto dos Shuman, ponto de partida das trombas, dos tufões e dos hábitos mortais do meio-dia". O império destruído do Dahomey havia estado sob esta influência.
Como todos os mistérios, aquele é desvelado no Barith-Ha-Kadoshah: Ha-Bashorah, Ha-Kadoshah, de São Lucas, 8, 27. Observai estes números lunares e mensais: Lu 8, 27-31:
8:27 - "E, quando desceu para a terra, saiu-lhe ao encontro, vindo da cidade, um homem que, desde muito tempo, estava possesso de demônios e não andava vestido nem habitava em qualquer casa, mas nos sepulcros."
8:28 - "E, quando viu a Jesus, prostrou-se diante dele, exclamando e dizendo com alta voz: Que tenho eu contigo Jesus, filho do Deus Altíssimo? Peço-te que não me atormentes." (O Helião de Melquisedec.)
8:29 - "Porque tinha ordenado ao espírito imundo que saísse daquele homem; pois já havia muito tempo que o arrebatava. E guardavam-no preso com grilhões e cadeias; mas, quebrando as prisões era impelido pelos demônios para os desertos."
8:30 - "E perguntou-lhe Jesus, dizendo: Qual é o teu nome? E ele disse: Legião; porque tinham entrado nele muitos demônios."
8:31 - "E rogavam-lhe que os não mandasse para o abismo."
Aqui, como em todas as partes, resplandece a humanidade celestial de Jesus, a do divino modelo, da divina imagem de IHOH, sobre o tipo no qual foi criado o homem no mundo divino, no Aïn-Shoph do Verbo: Aïn, o Anterior, como disse Moisés.
O Verbo Criador e Encarnado satisfaz aos demônios. Graças à sua piedade, passarão da mais terrível prova, a do Fogo, para uma mais doce, a da Água.
8:32 - "E andava pastando ali no monte uma manada de muitos porcos; e rogaram-lhe que lhes concedesse entrar neles; e concedeu-lho."
8:33 - "E, tendo saído os demônios do homem, entraram nos porcos, e a manada precipitou-se de um despenhadeiro no lago e afogou-se."
Quantas coisas podíamos dizer sobre o que foi dito! Em toda a Sabedoria Ancestral, a água é o veículo do espírito, e o espírito que anima tem como correspondência zoomórfica uma pomba aérea e aquosa e o espírito do animal impuro, uma porca. E assim que o nome do Bautista é o da pomba que se pode ler no Arqueômetro na conjunção das letras trígono da Terra dos Viventes, debaixo da linha de horizonte do Triângulo das Águas Vivas.
Esse hierograma é IO unido à letra solar N. E o Ioni cosmogônico dos Vedas e o IO-NaH de Moisés. iOaN, Juan.
Para que possam subir um grau na existência do mundo, que é invisível somente aos olhos semicegos da carne, esses Demônios sabiam que precisavam da graça de Jesus, e a possibilidade de repelir, sobre corpos impuros, o fogo subetéreo que os consumia. Sabiam também que, depois desse sacrifício à Divina Substância, precisavam da água lustrai que somente a divina presença do Senhor vivificava.
E como eram almas de homens, que de algum modo foram infernalizadas pelos seus crimes, sofriam: a piedade divina os perdoou porque eles lhe suplicaram. Ela perdoará da mesma forma o ladrão à direita na cruz.
Mesmo que os filósofos que fabricam Deus e o Universo segundo a sua imagem, em geral não admitem a graça, a piedade e tudo o que de perto ou de longe tem mais a ver com o coração que com o cérebro. Seu ideal subjetivo é uma espécie de impassibilidade desdenhosa das paixões e até do sentimento, já que, passível, voltamos a encontrá-lo também na Psicologia chamada animal e, no fundo, analítica do homem. Esquecem que atrás da passividade que implica o termo paixão existe uma energia mãe, ativa, que expressa o termo afeto, o fogo cujo pensamento é a claridade; mas é surpreendente quando nos encontramos com a abstração em lugar da vida.
Eles teriam deixado morrer ao possesso em supremo ataque de epilepsia, de catalepsia ou de paralisia, porque seus sentidos internos, e com mais razão os sentidos íntimos, estavam fechados; não teriam visto, entendido nem compreendido nada.
Seja o Verbo Criador, Encarnado ou Ressuscitado é a existência da vida eterna e esta vida, em toda a sinergia da sabedoria divina, em toda a energia do divino amor; a existência da vida soberana com seu dom real da graça. Suas Leis diretas não são abstratas, são viventes; são seres criados, existente e subsistentes.
Elas afetam, no Universo visível ou fisiológico, muitos aspectos de equivalência. Um dos últimos é mecânico e de aparente fatalidade. Mas esses decretos viventes da divina liberdade não são nem mais, nem menos que o antigo Fatum, que o Ananké, que o ateísmo, injustamente encarregadas pela Escola Iônica, por Hesíodo e por Homero, do governo dos deuses que são nossos anjos (às vezes nossos demônios), e da ordem universal invisível aos nossos olhos terrestres.
Esse suposto Fatum é, no fundo, um dom do Verbo: Phao, Fa-ri, um dom de graça real outorgado pela Existência Divina ao nada ou ao caos. É um Habeas corpus universal; e a chamada Ananké é, de fato, a providência, a previsão, a provisão dessa mesma graça soberana. Mais ainda, essa carta constitucional da existência divina é livre e aceita eternamente em sua mesma substância, pelos mesmos seres arcangelicais, e esses seres são a palavra vivente do Verbo, como as letras de seu alfabeto psíquico: A-Th.
É por essa razão que São João, lido na língua das XXII letras, em siríaco, ou em hebraico, diz: "O Princípio é o Verbo, e o Verbo é o ATh dos ALHIM"; o que significa que os ALHIM são o Verbo como na ontologia andrônica das funções ou faculdades do ROuaH ao NePheSh, e as do NePheSh ao NiShema.
Tudo isso é lido novamente com objetividade sobre o Arqueômetro. Procuremos nele, por exemplo, os três hierogramas da ontologia humana. Veremos imediatamente todas as suas correspondências no duplo Universo, começando pela divina Trindade, sua héxada e seu centro solar, aquele do Lumen de lumine, ou de qualquer Sol ou coração astral de qualquer coração solar que seja.
TEOGONIA ANDROGONIA Essência: IHoH
Existência: IPHo-ISho
Substância: ROuaH NiShAMaH hebreu HaMCnISHIN vattan e védico NePheSh hebreu ShaPhaN vattan e védico
ROuaH hebreu HaOuR vattan e védico

Nisso, corno sempre, temos que descartar as letras de pronúncia vulgar (comum). As que permanecem aqui são, como vimos anteriormente, comuns à Androgonia e à Teogonia.
Os dois primeiros hierogramas se apoiam na central solar N. Esta, pela Luz invisível e visível, prepara o Nó, opera a naturalização: NaT. - O .
Temos que assinalar também que NiShAMaH, tal como está escrito, tem como equivalente o número 396. Reflete, pois, ShOPh-Ya, na soma de seus números dados pelas letras de IPhO e de IShO. O controle do hebraico pelo vattan e o védico dá HaM-SHIM, pois não temos que considerar a transformação da M em N, de acordo com as regras da tabela eufónica do Ramayana; apenas uma questão de pronúncia que, por outro lado, não tem uma importância especial.
O duplo hierograma HAM e SHIN tem por número 45, de uma parte, e 360, da outra. Sua soma é o número 405 = 45 x 9. Quarenta e cinco é o número de Adão. Trezentos e sessenta é o número do espírito que preside à harmonia do tempo sem limites, o Ga-Na hebraico do Na-Ga védico. 360 = 45 x 8; 8 = H que governa Câncer, a Porta do Homem. É o H de Heva. 360 = 9 x 40 e 40 = M. Veremos, ao descrever a reforma de Krishna, a função desta última letra.
Todos esses fatos que o Arqueômetro torna experimentais, revelando suas Leis, lançam uma luz celestial no Mistério que expressa o grau da vida supereterna que somente é dada pela divina sabedoria da Santíssima Trindade.
SHIN, em todas as línguas do Oriente central e do Extremo Oriente, tais como tibetano, japonês e chinês, expressam o espírito enquanto ser vivente e existente na substância dos Céus fluidos e não astrais. Esses Céus fluidos são o Universo invisível. A atração universal vem por eles do ROuaH-ALHIM. Ela involuciona a massa evolutiva ou atração central de cada astro. Ela contém a tríplice soberania - lógica, harmônica e orgânica - de suas relações entre eles, quer dizer, das Leis que os regulam em conjunto.
Voltando agora ao termo hebraico que tem, por equivalente subordinante, o número 396 da sabedoria divina, não é indiferente ver que os Céus fluidos escritos assim: SheMAH-Im, dão também o número 396. E essa forma de escrever esse nome corresponde ao céu dos Céus, aquele do espírito puro, do ShIN de IShO, ou céu divino supra-etéreo. Esse céu, por estar sujeito ao ROuaH-HaOuR dos ALHIM, governa toda a enarmonia vista por São João, todo o cromatismo, toda a diatonia das Potências, das Forças orgânicas, que lhe são submetidas, e da astralidade, suporte ponderável destas forças. Dissemos ponderável, pois existem outros suportes ascendendo do céu astral ao céu fluido.
A observação e a experiência armada, como estão hoje em dia, não tardarão em descobrir que, em seus modos diretos, a energia se auto-sustenta de modo em modo, até os fundamentos que os englobam em sua universalidade, ascendendo do Individual para o Universal, da astralidade para o Éter e ainda mais para cima. De sorte que, nisso, como em tudo, temos que retornar â Essência absoluta, que constitui toda a existência relativa por sua Potência de existência e de substância que, dita de outra forma, é o suporte.
É isso precisamente que, de acordo com São João, disse-nos Moisés desde as suas primeiras palavras: "BRA-ShITh, o Princípio Hexadino, o suporte vivente da Héxada, o Criador dos Seis, da Sexta fenomênica, BRA criou os ALHIM, ATh-Ha-ShaMa-Im, Alma dos Céus fluidos e Ath-A-ReTs, alma da unidade e da universalidade gravitante". Pois A = 1, e ReTs significa: gravitar, correr em círculo; em sânscrito: StaR: estrela, astro, astralidade.
Agora, então, qual o Princípio do hexágono inscrito, e depois do círculo, se não for o trígono? Resulta disso e do que precede que os ALHIM estão para a Trindade como reflexão para a incidência; que são a alma lógica, harmônica e orgânica da dualidade do céu fluido e do céu gravitante; que são, enfim, a Realidade, a substância do primeiro e do último, até mesmo se a matéria, que parece servir de apoio à substância, recaísse no Caos primordial, no Tohij - amorfia - e no Bohu - inanidade nebulosa, inorgania.
Não podemos nos esquecer que os ALHIM operam de acordo com o ROuaH, o AH-OuRa do primeiro Zoroastro.
Não poderíamos provar que o Verbo definido pelo nome de Princípio Criador da divina héxada, o inspirador de Moisés, é o mesmo que Jesus. Como sempre, não ficaremos satisfeitos somente com a tradição de uma única Universidade.
O nome dado pela infanta egípcia a Moisés engloba, como vimos, o nome do Jesus M-OUSHI, ISHO. Se os rabinos não puderam encontrá-lo na escrita habitual do nome de Moisés, MOShE, é porque eles ignoravam a separação da Chave de 5,36 dada por Daniel em várias palavras cujo significado precisava ser ocultado. Em hebraico, porém, essa Chave é dada em outro hierograma: MOUShI-Wo, o Libertador. Moisés foi realmente o libertador, não tanto dos judeus, mas da ortodoxia patriarcal, na qual impôs o Selo divino em nome de Jesus.
O Talmud e a Qabbalah chamam o Inspirador celestial de Moisés com o nome de Moetatron, mas isso não é mais do que um véu do nome verdadeiro. A pronúncia realmente foi alterada, afetando as interpretações dos povos árabes e judeus no som do "e", em certas posições da letra "a"; como em Alhim pronunciado Elohim; porém, escrito desta forma: MAeTATRON = 316 = ISHO. Os rabinos têm procurado em vão por toda a parte a etimologia de Matatron; está no sânscrito MATA, Matesis. TRON, Tràna, salvador e salvação.
A correspondência dos termos com os números sobreviveu à divisão das línguas. Por exemplo: M = 40, pronunciado MA, significa a água em vattan, em védico e em muitas outras línguas orientais. No extremo Ocidente, entre os incas, ATL = 40, raiz do termo Atlante, também significa água. Essa chave, que explica somente uma das correspondências sagradas da palavra arqueomeinca, pode ser aplicada em todos .os Livros Sagrados, inclusive em todas as mitologias. Isso prova o que dissemos em nossas notas sobre a CaBaLaH dos patriarcas e de Nosso Senhor Jesus Cristo, seu inspirador. Nisso, os judeus foram apenas intermediários, mas às vezes de uma forma involuntária e inconsciente, com exceção dos seus Profetas.
As dificuldades que envolvem o sentido do termo Matatron, tão nebuloso aos que ignoram essas correspondências, surgem também em outro nome, Shadaï que tem dado canseira e tirado a paciência de muitos Rabinos; porque existem duas escritas deste nome, que é lido deste modo: ShADAI = 316 é o Verbo, o ShVa-DHA em vattan, o Swadha em védico e IShO, Jesus.37
Por outro lado, incluindo os Cabalim dos alfabetos que chamamos de "lunares", entre outros, os Koranitas esotéricos dizem, conforme o livro litúrgico chamado Maksurâ, na folha 40: "Chama-se Maetatron ao chefe que vê Deus cara a cara; é chamado igualmente de IeShOua". A figura bíblica de IShO sob essa relação teóptica é Josué olhando para o Sol.
Esperamos que todas essas provas sejam conclusivas em relação à identidade do Verbo e de Jesus, por meio de todos os desmembramentos da proto-síntese patriarcal. Estamos longe de ter esgotado todas as provas que podíamos apresentar, mas como precisamos encerrar, fecharemos a precedente com uma só prova que não será a menos extraordinária.
O nome do Pai proclama o Filho, a divina Essência e a divina Existência. IHOH, que significa "Eu a Vida" e "Eu Sou", tem por número 26. Esse número misterioso, tomando as letras pelo seu valor numérico, dará CO em vattan e em védico, e depois, em sânscrito, CV, CaVi, o criador pelo seu Verbo, Deus Poeta. No primeiro trígono arqueométrico, aquele do Verbo e de Jesus, essa poesia divina é lida como PhOSh-Ya, e, dirigindo-nos pelo védico e o sânscrito ao grupo chamado semítico, porém anterior a Moisés e à PhOSh-Ya de que já falamos em outra parte, vemos que essas antigas línguas têm o mesmo sentido da manifestação solar, da Cosmo-Fania do Ya, da Suprema Beleza Criadora, e tem seu radiante esplendor nas mesmas letras do Nicod bilo ShOPh.
Será que é necessário prolongar ainda essa verificação ascendente das evidências hierárquicas da verdade divina? A Santa Essência inacessível de IHOH nos responderá novamente por meio da palavra de seu Verbo. Mas a interrogaremos piedosamente, porque a razão suprema não tem medo de nossa razão; pois o Princípio Divino demanda nossa verificação, enquanto o Verbo criador, como quando tinha a nossa carne, permitiu a São Tomás verificar as feridas de suas costas e de suas mãos.
O que existe por trás dessa manifestação da Existência Divina, atrás desta poesia de seu Verbo, atrás da mesma sabedoria de que a Cosmo-Fania é o Esplendor criador? Qual é o seu fundamento, o seu motivo, o seu motor, no mesmo centro da energia absoluta do Pai?
É o desdobramento do pensamento sobre si mesmo? É o Me... da Escola Védica Lunar, substituída por Krishna pela solar do Verbo, 3100 ou 3200 anos antes da Encarnação de Nosso Senhor?
A resposta é a seguinte: 26 é a soma dos números de IHOH, que nos dá o Ca-Vi dos vedas: "Brahma-Cavi", dizem os Livros Sagrados da época de Krishna. Agora, então, não existe qualquer correspondência numérica de extração entre esses dois lermos justapostos, e a que existe inegavelmente entre Ca Vi e IHOH, 26, vem evidentemente da proto-síntese patriarcal, que a Escola Ariana herdou sem conservar o primeiro Princípio.
Avançando um pouco mais. O radical de 26, seu íntimo é 13. Então, em etmsco, 13 é IG; em védico e em sânscrito decimal, esse mesmo número é lido AG, 1 e 3. Desta raiz nasceu a IGnis, AGni, AGiosh. A inversão dá GA e GI; GA é, em hebraico, o Esplendor; em védico, a Potência orgânica de AGni, e também sua penetração universal. "Nosso Deus é um Fogo devorador."
Esse fogo da Divina Essência, que pode ser às vezes terrível, não é menos do que o fundamento da Vida; seu Coração é o Amor Criador, o Amor Conservador, o Amor Renovador e Salvador, Absoluto, Eterno, Infinito. É o ShVa-DHA vattan, o Swadha védico e sânscrito, o DatU-ShO do primeiro Zoroastro, 2800 anos antes de Nosso Senhor.
É o sacrificador de si mesmo a todos, o Agni dos vedas, nosso AGNUS DEI.







CAPÍTULO TERCEIRO
A Vida
O Cânon Orgânico da Vida da Humanidade e sua Revelação

Os Soudras. - Etimologia do Termo Paganismo. - Go; Go-Y - Kahal e Kahalah. - Triplo Organismo do Kahal. - As Paróquias ou Kahals em Disputa com o Estado Go-Y. - O Imposto do Jejum e seus Recursos. - A Necessidade da Autonomia Cristã. - O Canon Social da Tradição Sagrada. - Legitimidade e Legalidade. - O Canon Social é Positivo ou Místico? Por sue o Sacerdócio não Procurou seu Sentido Positivo. - Tendências da Igreja do Ocidente na Organização Social. - Por que os Estados Gerais Europeus não Podem Estabelecer-se Sobre o Modelo dos Estados Unidos da América. - Conseqüências do Congresso de Westfalia. - Necessidade do Restabelecimento dos Três Poderes Sociais. - A Revolução Européia e o Soberano Pontífice. - A Revolução Francesa e suas Conseqüências Sociais. - Nossos Esforços Junto ao Governo Francês. - As Leis da História Trabalhando nos Fatos.
Seria injusto envolver sob a mesma designação a casta inteira dos Soudras do mundo antigo, a que as nossas Missões chamam a Econômica. Ela é, realmente, a base de todo o Estado social de acordo com a Tradição sagrada, religiosa e ao mesmo tempo científica.
Se referida à Vida divina, corresponde à Substância na Trindade; em sua categoria, dentro da vida social, é a subsistência coletiva. O termo Paganismo não foi aplicado primitivamente a toda a classe econômica; era reservado aos eruditos revolucionários e políticos do terceiro Estado e a seus seguidores, e essa característica verbal data da época conhecida com o nome de Divisão das Línguas, que significa também e principalmente divisão das doutrinas.
Em védico e em sânscrito, pakkana quer dizer burgo de refúgio daqueles fora da casta, burguesia revolucionária. E assim que, quando os jônios junto com os fenícios invadiram a Grécia e a Itália patriarcal, levaram aí seu pakkana, pagos, pagus, de onde provém o termo pagãos, o homem do burgo, o intermediário entre o campo e a cidade, entre a economia provinciana e os outros dois poderes sociais. Mas, ao arrastar para seu filosofísmo e seu politicismo de substituição os burgueses para investir nos dois primeiros poderes e para escravizar toda a economia provinciana do terceiro poder, os eruditos jônicos foram forçados a renovar entre os ortodoxos o pior sentido do pakkana sânscrito.
É por essa razão que os primeiros cristãos deram o nome de Paganismo a todo o Estado mental e governamental do Império greco-romano escravagista.
Os Apóstolos, em sua língua shemática, diziam de outra forma a mesma coisa: Go, Go-y, Göim. Esse termo, traduzido por profanos, perde seu valor de hierograma não só pelo jogo de palavras, mas pelo fato de passar de uma língua shemática para outra que não o é. Go significa, em sânscrito, boi, vaca, rebanho; em hebraico, é todo povo inorgânico ou privado de sua organização direta, em proveito de um Estado político orientado por eruditos parasitas.
Krishna, o fundador do Brahmanismo atual, foi chamado de Go-Pata por ter feito um acordo à custa da proto-síntese, a de ISOua-Ra, com o Proto-Paganismo dos Soudras.
GO é o antinômio do tipo normal: Kahal, Kahalah, Kahalim. O cânon social da Tradição sagrada foi encerrado neste último hierograma; a raiz vattan, védica e sânscrita Ka em conjunto com AL. Ka significa a união do espírito, da alma e do corpo, tanto no indivíduo como na sociedade. AL expressa a forma perfeita da Essência pura, seu continente, seu organismo integral, a beleza do Verdadeiro, etc. Kahal expressa, nessas línguas, mais claramente que no hebraico, o padrão social dos patriarcas, adotado por Moisés como antes o havia feito Manu.
Eclésia, Igreja, no entanto, Estado social celestial e terrestre, e a sociedade divina e humana, vem do termo hebraico Ha-Kahalah, como esse das línguas sagradas daqui para cima. Temos tratado profundamente dessas questões há muito tempo, porém atualmente não deixa de ter interesse voltar sobre nossas Missões. Desde 1876, e mais tarde, em 1882, demos provas reais das chaves históricas dos problemas religiosos, universitários, sociais e, em conseqüência, políticos, os quais atormentam a França e a Europa. Nós confiamos esses trabalhos à consciência de nossos contemporâneos, e com maior confiança ainda à comprovação dos acontecimentos pelo tempo. Isso já é bastante para que possamos voltar sobre nossos passos a propósito das palavras: Kahal e Igreja.
Kahal é a paróquia, a municipalidade modelo, os fiéis presididos pelos seus sacerdotes presbiterianos. A pressão secular da razão mental e governamental GO-Y faz passar este tipo de Estado orgânico ao estado místico e é sobre este fato tão importante que voltaremos a falar.
O organismo da paróquia ou do Kahal, quando está de acordo ao mesmo tempo com o cânon científico e teológico, é triordinal, Kahal ou paróquia é o primeiro agrupamento dos pais, das mães, das famílias, hierarquizadas em três ordens.
Kahalah ou Igreja, em um sentido mais geral, é a federação provinciana das paróquias presididas pelo episcopado ou bispo.
A seguir, temos outro grau federal, o das províncias e dos bispados presididos peio Primaz. Finalmente, temos a universalidade terrestre, na qual o grau superior é presidido pelo soberano pontífice.
A Humanidade não teria necessidade de outra organização, se os homens fossem dignos dela: é o socialismo científico e religioso, e qualquer outro é um erro de idealistas ou uma política de eruditos parasitas.

Consultar o Arqueômetro, seu Padrão, sua Aritmologia e sua Música.
Voltemos à molécula orgânica, a paróquia. Nas condições do cânon patriarcal, da unidade e da universalidade da Tradição sagrada, a paróquia tem um organismo tríplice.
Consideremos uma disputa com um Estado social e governamental Go-y, com suas razões que ensinam e suas razões de Estado pagas.
Entre as atribuições do primeiro poder social do qual fazem parte os sacerdotes, bem como os pais e as mães de família, encontram-se o ensino, cujo caráter é o de administrar a educação, e a instrução com predomínio da primeira, por razões que nós já expusemos suficientemente.
Nenhum estado Go-y, por mais adiantado que seja, poderá impedir que os pais e as mães de família se dediquem a essa função quando for escolhida livremente por eles. Veremos no momento certo os recursos inesgotáveis com os quais eles podem contar no fim do cânon social.
Entre as atribuições de Segunda Ordem está o Conselho Jurídico dos Árbitros. Nenhum estado Go-y, qualquer que seja, poderá impedir que a paróquia passe da Magistratura do Governo político recorrendo a esse Tribunal de Árbitros para regulamentar suas próprias diferenças. O resultado disso é uma enorme economia e sem escândalo público.
São Paulo não nos deixa nenhuma dúvida sobre o valor teológico de tudo o que foi apresentado anteriormente; e isso é teológico apenas porque formula exatamente a verdade científica da sociologia. Entre as prerrogativas da Terceira Ordem paroquial, a que representa a economia da paróquia, encontra-se a apelação ao Imposto do Jejum, tal como se praticava nos primeiros séculos. O ano eclesiástico conta em torno de 60 dias que nos são demandados para praticar o jejum. Hoje em dia, esse jejum é místico, interessa apenas ao indivíduo e não possui nenhuma utilidade prática para o bem da comunidade. Porém, se nos remontássemos aos tempos em que ele tinha uma utilidade social, vejamos o que poderia resultar disso em nossos dias.
Basta dizer que o Imposto do Jejum era reivindicado como necessário pela terceira Ordem, puramente laica, sendo considerado obrigatório para as três Ordens, com exceção dos indigentes.
Supondo que, do mais rico ao mais pobre, o custo da nutrição diária esteja na relação de 30 a 3 francos por dia, a tradição fixa o dízimo: 3 francos para os primeiros e 30 centavos para o segundo, dando uma média de 1,65 francos.
Supondo ainda que na França existam apenas 20 milhões de católicos que queiram ou possam observar os cerca de 60 dias de jejum que comporta o ano litúrgico, um cálculo simples nos fará verificar a colossal soma que este imposto pode render, que não custa nada a ninguém, desde que é uma quantia irrisória sobre um supérfluo. E, depois de dez anos, essa soma qual seria?
A Igreja da França, então, somente com isso, poderia deixar de ser um feudo do Estado Go-y para conquistar sua autonomia econômica, que não só asseguraria sua independência e sua dignidade mas o cumprimento de sua organização cristã e da promessa de Nosso Senhor Jesus Cristo. Estritamente laica em relação à sua ordem econômica, poderia colocar-se também no resguardo da fiscalização dos pagãos.
O dízimo proveniente apenas do imposto sobre o jejum seria mais do que suficiente para assegurar-se contra mendicância de qualquer lixo dos Seminários, dos Liceus e da Cúria, cuja cupidez eterniza entre nós o Estado mental e governamental pagão.
E quando essa raça Go-y, depois de ter maculado tudo, tiver estragado tudo, seu lado Eclesiástico poderá sempre fazer a sua reconstrução, sem exigir qualquer coisa do governo dos vadios, deixando-os tranqüilos em seus cantos. Poderá ainda pagar seu exército, sua marinha, suas delegacias e sua própria polícia para assegurar essa tranqüilidade em caso de necessidade.
A autonomia cristã não tem necessidade de qualquer pessoa, porém o Universo dela precisa. É devido a essa autonomia mental e social que dissemos vinte anos atrás: "Não somos nem conservadores, nem destruidores, mas aliados ao Criador". Esta aliança é em nome do Evangelho, em hebraico, Há-Barith, Ha Kadoshah, o que significa a Santa aliança, a Santa Palavra dada.
Depois de ter descrito o organismo cristão, escutemos o que nos disse sobre este assunto de capital importância o Apóstolo dos Gentios,* em sua língua shemálica, para não perder nem uma vírgula de seu pensamento.
Rogamos ao leitor comparar o que vem a seguir com as traduções em idiomas não shemáticos, pois verá, assim, por que apelamos para isso, em caso de necessidade, destas últimas, ao hebreu ou ao siríaco. Sabemos que o Concilio de Trento deu à vulgata uma preeminência que não tinha antes. Isto foi feito com o objetivo de manter os católicos na escorregadia rampa da interpretação livre, cujo procedimento sem princípios nem leis científicas estava à mercê de uma filosofia individualizada sob o nome de Protestantismo.
Porém, não esqueceremos jamais, e ainda o recordamos há pouco, referindo-nos a uns anos atrás, em que o papa Nicolau I encorajou o emérito erudito religioso Gionozzo Manetti a traduzir a Bíblia em três colunas, em três versões, uma das quais seria direto do hebraico; o mesmo encorajamento foi dado em relação ao Novo Testamento. O papado, então, praticou a exegese antes do surgimento do Protestantismo e apenas não se manteve nesse caminho por medo das conseqüências anarquistas.
Agora, os tempos mudaram e a liberdade de expressão não infunde mais medo a ninguém. Pelo contrário, é percebida em qualquer lugar como o escudo mental mais seguro contra a anarquia mental e governamental do Estado Go-y.
Por outro lado, como laico, nós mantivemos sempre sobre o livre terreno dos Altos Estudos, tais como eles são, mesmo que não sejam muito bem compreendidos, mas pelo menos em nossos dias são praticados de um extremo a outro da Europa. Por isso, em todas as questões vitais, e entre todas na Sociologia, comparamos sempre a Igreja cristã com a mosaica, e esta com a Patriarcal, a tradução dos livros teológicos em línguas não shemáticas com o hebraico ou com as outras línguas de XXII letras, e estas com o sânscrito, o vedas e o vattan. As versões hebraicas que utilizamos são datadas: Londres, 1828 e 1886.
Eis o cânon social da Sagrada Tradição na qual São Dionísio, o Areopagita, chamava os santos oráculos teológicos, dito de outra forma: o Evangelho.
"Da mesma forma que o BWâL, o Sol, o Senhor da casa, o Marido, é o RASh, o Chefe da AïShaH, a Lua, a Senhora, a Esposa, da mesma forma o MeShÏaH é o chefe de Ha-Kahalah, o estado social, e o MOShIWo, o libertador, Ha-GO, da gentüidade". Epístola aos Efésios, 5, 23; em hebraico: AGaRTha AL APhSIM. - H. CG.
Assim, o Messias, pelo fato de ser o rei do Estado social, é o libertador, o salvador do Estado político. Ele o liberta de sua mentalidade pelo Espírito Santo, de sua governabilidade pelo Evangelho, de sua lei de morte pela lei da vida, de sua legalidade mortal pela sua legitimidade eterna.
Destacamos estas duas condições: a legitimidade e a legalidade. A primeira não pertence mais que unicamente ao Estado social, a segunda ao Estado político. A legalidade política é sempre ilegítima, quando não é legitimada pelo Estado social. Essa legalidade é a arvorezinha selvagem suscetível ao enxerto, sob a condição de que o enxerto crie raízes, e que a pequena árvore não regresse a sua natureza selvagem. Neste caso, pode ser considerada apenas como madeira morta, boa para o fogo. A legalidade é o Eu humano, unicamente a vontade humana, elevada a um princípio metafísico para a posse e a manutenção do governo político pagão. A legitimidade é a verbalização do Princípio vivo no Estado social, sua manifestação por meio das leis eternas vivas da lógica, de harmonia e de organização.
Não sabemos se devemos entender o cânon social dos textos teológicos no sentido místico ou no sentido positivo.
De um extremo ao outro da Tradição sagrada, desde os primeiros patriarcas até os Apóstolos, o mesmo Cânon considera a dúplice Sociologia do Universo visível e do Universo invisível. Seu sentido é positivo em relação ã organização do Estado social terrestre, em perfeita correspondência com a realidade dos outros dois: o divino e o intermediário celestial. Mas esse sentido é místico e ao mesmo tempo prático. É místico em relação à ciência e à arte dos mesmos Mistérios abertos.
Falta dizer que neste mundo Ha-Kahalah, o Estado social, devia estar organicamente constituído para que o MeShIaH tenha a função de MOShIWo com relação a Ha-GO, o Estado político; se não for assim, Ha-GO, pela sua natureza selvagem, escravizará toda a Kahalah mística não constituída e organizada praticamente. Por quê? Porque os pastores do MeShlaH, em vez de manifestar somente seu reino, ficarão à mercê de Ha-GO, com o qual o Apóstolo não concorda que seja chefe direto: GO-y.
E, por que os pastores estariam à mercê do Estado mental e governamental dos Go-ïm? Pela falta de fiéis socialmente organizados. Estes últimos teriam sido individualmente Kahalim por direito, e politicamente são Go-ïm de fato. Mais ainda, eles são Go-ïm, mentalmente cegos à Sociologia sagrada, surdos ao seu Cânon, pagãos parasitários que competem com o mesmo Estado político Go-Y. Ouvimos São Paulo em seu Oráculo teológico definindo o verdadeiro Socialismo. Vamos agora escutar os sacerdotes teólogos que elaboraram o Catecismo. Será que eles conservaram e registraram fielmente o Cânon e a Tradição sagrada? Leiamos:
"A Igreja é o Estado social dos fiéis sob a direção dos pastores de Jesus Cristo." Não se podiam expressar melhor, uma vez que não temos que recorrer aos textos teológicos para que o Cânon social revele sua lei orgânica.
Quem impediu ao Sacerdócio procurar o sentido positivo de sua fórmula para passar da Palavra à Ação, do Princípio para a Finalidade, do espírito para a vida, esta vida de cada dia que a oração do Meshiah chama de Pão nosso de cada dia, não só dos indivíduos mas das sociedades? Essa pergunta pode receber somente uma única resposta verdadeira. O obstáculo, o impedimento, não vem propriamente do sacerdócio. Ele provém, em primeiro lugar, de todos os Estados mentais e governamentais Go-y, da seqüência de assuntos do Paganismo desde o Acordo de Constantino I; a seguir do Renascimento do Neopaganismo, de sua razão mental e governamental no humanismo moderno desde o século XIV, e, principalmente, desde o Acordo de Francisco I. Poderíamos apresentar muitas provas disso. As mais importantes são desenvolvidas em nossas Missões e principalmente na Missão dos Franceses; mas, sem voltar ao ano 313, ponto de partida da solda e da amálgama dos Go-ïm pagãos e dos Kahalim evangélicos, é impossível dominar cientificamente a História do Cristianismo e da cristandade. Então, o espírito de confusão faz com que se atribuam ao Cristianismo, pelos não-crentes, o que é a ação do Paganismo, e leva ao mesmo tempo os crentes a defender este último em vez do primeiro. Todo o possível renascimento do Cristianismo foi atrelado por nós há trinta anos ao Paganismo, tendo por chave esse simples discernimento.
Porém, desde que foi liberada da pressão do Império bizantino, a Igreja do Ocidente, freqüentemente de acordo com a Igreja do Oriente, tende à organização direta dos seus governados e ao cumprimento de sua lei de vida: Concílios em três Ordens; Franco-Maçonaria arquitetônica triordinal; Cavalheirismo de três graus; Estados comunais ou paroquiais. Estados provinciais, gerais e, mais tarde, continentais de três Ordens: Zollverein, ou melhor Economia européia; união das Hansas, desde Novorogod até Burdeos; Consulado do mar, desde a Espanha até a Palestina, etc.
Esses fatos não deixam dúvidas de que o Mistério do Cânon social tenha sido o objeto de uma revolução teológica extraída diretamente do Evangelho, seja em hebraico, seja em língua siríaca, antes, durante e depois das Cruzadas. Estão de acordo com o período apostólico e continuam, por sua vez, com o ensinamento iniciático e a realização positiva.
Nesta verdade, está o caminho da vida, e se o Humanismo não tivesse ao mesmo tempo desmentalizado e desumanizado toda a direção laica, se não sacerdotal, vejamos o que teria acontecido e o que deveria ser feito dentro da eficácia social do Evangelho.
A Unidade continental esboçada tão admiravelmente se haveria cumprido por si mesma. A fórmula orgânica seria encarnada nos Estados Gerais europeus. Cabe dizer que esses Estados Gerais não incluem os Estados Unidos da América que nos pregam o Go-ïsmo anticristão e antieuropeu.
Os Estados Unidos não são ainda mais que o grau econômico da Kahalah do Meshiah. Mas, a que distância está de realizar-se esse grau! Toda a política desse grande país está à mercê e à custa dos monopólios industriais e de outros, como já demonstramos na Missão dos Franceses.
Se a Europa, o que lhe seria impossível, inclusive com sacrifício de revoluções e guerras sem fim, começasse a imitar os Estados Unidos, como ela imita desde séculos os sistemas políticos pagãos ou o sistema inglês, poderia escrever sobre o Cabo de Finisterre: Continente à venda. Os trustes americanos não precisariam aqui de intelectuais parasitas em sua folha de pagamento, de negociantes desonestos, de políticos corruptos e de matutos. Toda a economia continental e colonial passaria por ela. Sendo rebocado por esses trustes, o conjunto de povos não pareceria mais do que um pequeno Bertrand atrás de um enorme Robert Macaire. Não vemos em nosso antigo continente suas velhas raças, suas velhas e regias nações sacerdotais - ricas de uma história deslumbrante que se perde na noite dos séculos - abdicar elas mesmas em proveito desses novos atlantes de anteontem e de seu Moloch industrial.
Mas é chegada a hora de avisar, e para isso temos que começar a refletir sobre os fatos e elaborar as leis.
A Europa atual sofre as conseqüências de sua semi-apostasia. Tem abandonado a lei social do Meshiah ao ignorar o alcance de seus Estados Gerais que sua própria vida, melhor ainda, que a reflexão havia inspirado. Esse abandono e sua atual constituição pagã não são obras dos militares, mas dos humanistas. Isso foi mostrado em 1648 na redação do Congresso de Westfália, o que sua cegueira e sua vaidade chamaram de Código das Nações. Esse código representa a diplomacia e a guerra permanente, substituindo as antigas relações sociais entre os povos, o controle da Igreja que ensina e a arbitragem imperial sobre a política internacional dos Estados.
Os nossos dois cardeais, Richelieu e Mazarin, o primeiro, que inspirou esta obra; o segundo, que a realizou, eram humanistas concordatários.
Foi assim que reconstituíram, estendendo-o para toda a Europa, o circo romano das nações. Reabriram o Ciclo dos antagonismos universais, religiosos, políticos e econômicos que desmembraram 5 mil anos atrás o Estado social dos patriarcas. Nestas arenas planetárias, estados, nações, raças, continentes estão à mercê de animais selvagens e de seus domadores, de gladiadores e de suas vítimas. Mas, tomada entre a América e Ásia, a direção européia hoje em dia está sendo conduzida por nós ao seu Princípio de coesão. Sob pena de morte, precisa mudar seu sistema de antagonismos de acordo com a lei de Nosso Senhor Jesus Cristo. Como? Restabelecendo seus três Poderes sociais e assegurando seu funcionamento de acordo com as bases que indicamos em nossas Missões.
O primeiro poder social: o Ensinamento: federação, aliança e não a união das Igrejas; Federação das Universidades em nome da promessa evangélica. Sua representação legítima está na Assembléia de Arbitragem dos Primazes, dos grandes Mestres universitários, dos Ministros da instrução pública, presidida pelo soberano pontífice ou por um Representante seu.
O segundo poder social: o Jurídico; sua base é dada por todos os tratados políticos existentes. Sua representação provém da Assembléia
de Arbitragem dos Soberanos ou Chefes de Estado Cristãos, assistidos por seus Ministros da Justiça, de Assuntos Exteriores, da Guerra e da Marinha.
O terceiro poder social: o Econômico: sua base é dada pelos Tratados de Comércio e de Comunicações Marinhas e Terrestres. Sua representação natural é a Assembléia de Arbitragem dos Ministros das Finanças, da Indústria, do Comércio, da Agricultura, da Marinha Mercantil e das Colônias de cada país.
É assim que a Europa pode passar do Estado Go-y para o Estado social da Kahalah messiânica. O Meshiah pode tornar-se ao mesmo tempo o Moshiwo, o Libertador e o Salvador dos Estados políticos europeus, socializando-os nele.
Essa programação entrará mais cedo ou mais tarde no cérebro de um pontífice, depois na cabeça coroada de um Imperador; desta forma esse pontífice se tornará o maior de todos, e esse Imperador ultrapassará a fama de Constantino, Carlos-Magno ou Napoleão.
A maior revolução que vitimou como nunca grande quantidade de pessoas tanto da Europa como em toda a Terra foi a Constituição anti-social da qual acabamos de mostrar o remédio. A situação em que ela deixou o chefe de todo o episcopado cristão, o Sumo pontífice, que representa, em Jesus, a unidade européia, tem sido mostrada detalhadamente por nós na Missão dos Soberanos*
Resumindo numa palavra: Presidência de honra do Corpo Diplomático; dito de outra forma: Enterro político de primeira classe. Todos os conceitos políticos da França dessa época (1648) têm um caráter semipagão, ineficaz, também concordatário, e decorativamente mundano, mas com tendência mediócrata e centro-esquerda entre o papado, o Império e o Protestantismo. Não podia ser de outra forma, tendo o Humanismo passado o gênio de nossa nação da vida para a morte, da criação para a imitação pagã, em Filosofia, em Arte, em Política, em anti-sociologia, etc.
Os católicos franceses deviam recordar sua própria História antes de reprovar o atual papado em sua inércia e mutismo perante o seu governo pagão. Quem reduziu a Cúria romana a este papel de "bela adormecida" na floresta e de "Muda de Portici"? A Política do Humanismo concordatário e galicano, dirigida pelos dois Cardeais.** Que podia fazer diante disso o Sumo pontífice? O que ele tem feito foi sob pena de perder totalmente qualquer controle sobre os dirigentes da Europa e de ver afastarem-se os únicos pontos de contato que lhe restavam com ela, isto é: essa presidência honorária do Corpo Diplomático e suas conseqüências. Nunciaturas junto aos governos, embaixadas perante a Santa Sé.38
Para que o papado possa fazer outra coisa de tal forma que não perca sua ascendência entre os dirigentes europeus, como o patriarca de Constantinopla pressionado pelos Osmanlies, é preciso que a Constituição européia seja modificada.
E para que esta modificação aconteça, e deve acontecer, para os próprios interesses dos Estados e de seus governos, é necessário, sobretudo, que o Canon social do Meshiah seja promulgado pelos sacerdotes em suas Igrejas e observado pelos seus fiéis.
A segunda revolução levantada pelo Paganismo é devida ao trabalho dos Humanistas, não somente dos anticoncordatários, mas dos renegados. É menos importante que a precedente, já que não interessa somente a uma nação continental, que indiretamente está ao alcance de todas as outras. É a Revolução Francesa.
Temos dissecado tanto quanto possível essa Revolução39 e verificado que ela é uma reação pagã anti-social. Tudo o que foi aproveitável dela provém diretamente dos cadernos sociais redigidos pelos Estados Gerais, dito de outra forma, pelo Estado social francês. Uma conseqüência fatal direta foi o desprezo pela tradição nacional, que em primeiro lugar distorceu seu funcionamento, e logo a seguir suprimiu toda a organização dos Estados Gerais, provinciais e comunais, em vez de retificá-los de acordo com os padrões da Sociologia.
Esse trabalho dos Humanistas pagãos não poderia deixar de ser anti-social, de acordo com os seus modelos. Quase matou toda a França quando matou a Igreja francesa, bem como sua sociedade de fiéis, o Estado social francês e a expropriação dos seus sacerdotes para convertê-los em escravos políticos.
Mas todo ataque deste gênero tem suas conseqüências irrefutáveis, e hoje em dia o Juízo final faz ressoar suas trombetas sobre os fatos. Falta o verdadeiro socialismo, científico e ao mesmo tempo teológico; todo o trabalho da revolução pagã, regularizado imperialmente por Napoleão I e convertido por ele em complacente, está em liquidação legal, está falido. Essa inevitável bancarrota legislativa é o Humanismo pagão, seja este radical ou concordatário, não é de forma alguma a falência da ciência e menos ainda da religião.
Relatamos na Missão dos Franceses todos os nossos esforços em face do governo republicano a partir da publicação de nossas primeiras Missões. Tanto quanto nos foi possível, avisamo-nos e o esclarecemos. Apelamos em nome de sua preservação, bem como a iodo o País, para a conclusão de suas leis sobre os sindicatos profissionais: a renovação dos Estados Gerais.
Nós reivindicamos mudanças primeiro em toda ordem econômica profissional porque ela é a base, a substância das outras; porque sabemos que a riqueza pública está atacada em suas origens, ameaçada de ruína, de liquidação devido ao socialismo anti-social.
Fizemos essa campanha com alegria, considerando que era o nosso dever, e para tal descuidamos momentaneamente até de outros serviços assumidos com a cristandade, e que nos ocupam hoje em dia com exclusividade.
A França está destinada a morrer? Não queremos admitir isso. Não obstante, as leis da História estão trabalhando sobre os fatos, e seu relatório é aterrador. Pode esse país não ser aquela figueira estéril e maldita do Evangelho. A Judéia era, em outros tempos, como ela; com suas terras férteis nutria seu povo, como não poderia alimentá-lo hoje em dia. Quem pois teria ressecado a vida dessa terra e do seu subsolo?
O Pai vingava o Filho! Do quê? Da apostasia dos eruditos judeus que o haviam crucificado? Nada disso. Esses humanistas da Babilônia, esses Kahalim da teologia de Esdras, esses pontífices, esses sacerdotes, esses fariseus, esses escribas, esses doutores da lei, esses saduceus ateus, esse sanedrim inteiro, não eram apóstatas. Eram negadores sim, tão cegos quanto ferozes. Porém renegados, não! Eles não queriam crucificar o Deus Vivo no Verbo de sua vida
Apesar do testamento profético dos patriarcas, de Moisés, de Elias, de Eliseu, de todos os Nabim, apesar dos comentários e previsões dos acontecimentos feitos por Daniel, apesar da humilhação a que foi submetido o humanismo complacente sob todos os Impérios que, desde a data do cativeiro, reduzira o pontificado e toda a direção política de sua nação, eles não entendiam, eles não sabiam.
O soberano pontífice chamado Jesus os restabeleceu do cativeiro, e não perceberam que esse era o mesmo Jesus que mandaram chicotear, flagelar e crucificar, era o Modelo eterno, a Essência, a Existência, a Substância do soberano Pontificado, o Meshiah e o Moshiwo de sua Kahalah tornada Go-y sob o Goïsmo universal.
Se esse povo foi dispersado aos quatro ventos, se sua Terra foi esterilizada pelo fogo central, se a tentativa de Juliano, o Apóstata, para dar-lhe uma cidade fez surgir fogo da terra, e que esse mesmo fogo assola ainda esse mesmo solo, como resposta antecipada de todas as tentativas deste gênero: qual é então o castigo reservado para os povos, não só negadores mas também apóstatas, no comando desses povos, da economia que os sustenta e do próprio solo que os nutre?
As sociedades da Terra não estão sozinhas, as sociedades celestes as contemplam desde o seio do Invisível; seu Rei dos Reis teve por bem não querer usar mais do que o seu direito de graça; quando se atinge o Filho e o Espírito Santo, o Pai não escuta mais que sua cólera, e seu coração é um Fogo devorador: Ca-Vi, IGnis, o Fogo de amor, o Fogo divino que devora tudo o que lhe é contrário, tudo o que tende a manchar a Essência, a Existência e a Substância da vida e de toda a vida, de um extremo ao outro do duplo Universo.
Poderíamos dizer que judaizamos porque vasculhamos as Escrituras por meio de todas as línguas sagradas da Terra? Isso faria sorrir aqueles que pela primeira vez leram nossos escritos sem prestar muita atenção, mas com certeza mudariam se tivessem o incômodo de ler-nos novamente.
Hoje em dia, os humanistas complacentes, mesmo que no seu devido tempo fossem alertados, reclamam com muita razão de ser queimados politicamente pelos Kahals judeus e pela sua aliança. Não poderia ser de outra forma, e vinte anos atrás lhes dissemos o porquê.
Esse mínimo de organização que está por trás do Kahal, que possui a mesma lei da Caridade social no âmbito nacional, o mesmo da raça, foi o bastante para que os judeus emergissem coesamente, à medida que a cristandade ficava estagnada de forma geral, sob a influência do Paganismo, que não possuía esse mínimo.
Isso significa que o cetro foi retirado de Shilo para ser devolvido a Judá? Os judeus têm ampla liberdade de acreditar nisso, porém os Profetas não mentem. Somente significa que neste caso especial e aguardando que se torne cristã, a graça divina permite à sociedade de Judá não o cetro que será para sempre de Shilo, mas uma pequena compensação; o malhete demolidor da Franco-Maçonaria, ou o martelo do Leiloeiro.
II
A Vida Divina e a Revelação dos Mistérios

A Revelação dos Mistérios da Trindade. - O Encontro de São Cirilo. - A Escolha Iniciatica. - São Paulo e a Legalidade. - As Correspondências Litúrgicas. - Natividade. - O Dia das Almas. - O Verbo Encarnado Resumiu Toda a Tradição. - O Selo de Deus. - A Forma de Mi. - MIHAeL e a MIHeLA. - Os Mistérios do Duplo Universo. - A Ascensão; Pentecostes. - A Comunhão das Almas. - A Ação do Espírito Santo.
O ARKA METRA. - Lembrando a Proto-Síntese. - A Obra de Krishna. - Seu Naturalismo. - As Castas. - Prudência Política da Inglaterra. - Fundação da Universidade de Calcutá. - Leão XIII e as Igrejas do Oriente. - Cristianização das Índias. - Soldagem entre o Sistema de Krishna e a Proto-Síntese. - Zoroastro e Moisés. - O Estado do Homem Reintegrado.
Fora do Cânon social, os outros Mistérios podem ser igualmente o objeto de uma Revelação teológica? E esta teria, em algum momento, seu lugar como a precedente? O Evangelho é igualmente formal nesse ponto. Atrás dele, a história da Igreja pós-apostólica, a dos primeiros sacerdotes, testemunha no mesmo sentido. Quase todos os evangelhos de São João, bem como os de São Paulo, devem ser consultados simultaneamente com as Epístolas de São Pedro.
A Kahalah do Meshiah, depois da ascensão para o céu desse Rei da Glória, SheMa dos SheMaIM, permaneceu marcada com sua ordenação triordinal para continuar, Nele, a tríplice Revelação superior dos Mistérios do Pai, do Filho e do Espírito Santo; dito de outra forma: da Essência, da Existência e da Substância divina; somente um Deus único: essencial, existencial e substancial.
Essa revelação triordinal dos Mistérios aparece novamente alguns anos depois nos acordos de Constantino I, em São Clemente de Alexandria, em São Cirilo e no seguidor por excelência da obra de São Paulo, Santo Agostinho.
"Existem duas ordens de Mistérios que não revelamos nem aos pagãos, nem aos catecúmenos. Se falarmos daqueles em frente destes, não o faremos mais que com palavras encobertas", disse São Cirilo. Realmente, a razão mental e governamental dos Go-ïm estava espreitando por meio de todos os Filósofos, e não era conveniente dizer abertamente de que forma a Cidade de Deus devia e poderia substituir a Cidade do diabo, como, por meio de sua Kahalah, o MeShÏaH, atuando como
MOShIWo, poderia liberar os escravos governados pelo Estado político greco-romano, convidando-os a participar do Esiado social divino.
Além dessa prudente e sábia razão, existem outras razões iniciáticas que se encontram de um extremo ao outro da Tradição sagrada. Não devemos confundir, mas, pelo contrário, selecionar uma a uma as três raças mentais da Igreja; sem isso, não será feito mais do que uma burguesia de Kahal com tendências para a demagogia. E as três raças têm como característica a diferença entre elas, não segundo o Espírito de domínio, mas de acordo com o da vida, o espírito da dedicação e do sacrifício à coletividade. "Aquele que for maior entre vocês será vosso servidor." (São Mateus, 23, 11.)
A razão da catequização se envolve também na dos pagãos. Ela se movimenta em função de interesses das razões externas, que podemos resumir numa única palavra: Legalidade.
As outras duas raças se movimentam somente por razões internas, que podem ser resumidas em uma única palavra: Legitimidade. Existe um abismo entre esses dois tipos, e é preciso toda uma iniciação evangélica da vida para passar de uma à outra; do espírito de dever por temor ao Espírito do sacrifício por amor.
São Paulo é brilhante quando revela esses Mistérios da Ontologia Espiritual, seja quando se dirige aos Kahalim judeus, ou quando inicia a Kahalah cristã.
Com sua franqueza e sua sagacidade de águia, o Apóstolo não teme em dizer que inclusive a lei religiosa, a Tora, que ordena o dever, não foi feita no fundo, mas para os malandros ou para os ignorantes que são tentados a infringi-la. Enquanto que a lei puramente dos direitos civis, não só foi feita para os malandros, mas freqüentemente eles mesmos a elaboram.
Cada um dos três graus, então, respondem a um desenvolvimento normal da vida, de acordo com as idades que marcam suas fases iniciáticas no Deus-Vivo e no duplo Universo, aquele do qual a humanidade é o laço e o anfíbio.
A correlação do tríplice Estado social deste duplo Universo está muito bem identificada na correspondência da Kahalah terrestre com as outras duas, que são bem identificadas na Liturgia e até em seu ano de incidência, para não testemunhar uma extraordinária Revelação teológica. Não existe uma festa principal ou secundária dentro do ano sagrado à qual não seja dado o seu justo valor, na qual a realidade positiva de seu Mistério se cumpra nas três Kahalahs, ou Igrejas, de acordo com as Leis eternas do Verbo. Não usaremos como exemplos mais que a primeira e as últimas das Grandes Festas do ano litúrgico: o Natal e o Dia das Almas.
O Natal marca a renovação universal. É o momento em que o Sol sobe novamente na eclíptica. Porém, ele não faz mais que cumprir uma lei conservadora, uma função orgânica, e esta não é física, mas é, sobretudo, verbal na vida e nele. E seu cumprimento não considera o Estado social dos corpos terresires e sua Igreja humana militante, porque provém das Potências divinas do Verbo, de seu Estado social divino e da Igreja triunfante. Esta última é uma indicação de Moisés, como o relatamos no livro Mission des Juifs (Missão dos Judeus), porém o próprio Moisés não fez mais que repetir a Tradição dos patriarcas, e estes a proto-síntese da qual nos fala São João.
O Dia das Almas é a última e a maior festa do ano sagrado, sendo igualmente uma realidade no Estado social psíquico intermediário e no divino. É a época em que as almas se elevam desde a Terra em direção ao eixo magnético do Universo: Olimpo de Orfeu, Al-Borj do primeiro Zoroastro, Meru dos Vedas. Os hierogramas zend e pehlvi indicam por que Pólo procede a esta inefável ascensão, à que corresponde uma descida e uma recepção proporcionais dos patriarcas e dos santos: Pitris brâmanes, Rkhis de Manu, Arquis dos vedas, Shings e Tis das Escolas patriarcais do Extremo Oriente. Naquelas Escolas que esses Mistérios ainda são praticados pelas primeiras Ordens, os próprios animais, os psicomantes, sentem sua realidade, e em volta dos templos os cachorros uivam durante toda a noite dos Pitris.
O Verbo Encarnado tem resumido, devolvendo à verdade e à sua pureza inicial, toda a Tradição sagrada que ele havia revelado como Verbo Criador à consciência e à ciência dos patriarcas. Cópia! Dizem os Go-ïm . Fatos e Leis eternas do duplo Universo, nós respondemos após exaustivas verificações: unidade e universalidade da religião do Verbo, Criador, Encarnado, Ressuscitado e Ascendido sobre o Trono de Glória e à direita do Pai.
Os Go-ïm dos altos estudos dizem e fazem em vão, o que eles chamam de ciência das Religiões Comparadas não é mais do que um inventário de avaliação de leilões, a vestimenta dos mercadores de hábitos usados, um armazém de antigüidades, uma estatística de ossadas áridas do Vale de Josafat. Não é uma ciência no termo sagrado, leal e objetivo da palavra. Para que exista uma ciência, é necessário que as leis representem os fatos e que o princípio expressado nas leis seja determinado pelos fatos.
Agora, então, de que forma a mentalidade Go-y poderia conhecer os fatos religiosos e.com maior razão suas Leis e seus Princípios? Para conhecer os fatos dos Mistérios, temos que experimentá-los, e o trabalho dos eruditos se parece com essa experiência, como o sepulcro branqueado e o pó que contêm parecem-se com a alma e o espírito que anteriormente vivificaram esse pó.
O Verbo Encarnado não tem cumprido com a Tora de Moisés e a dos patriarcas anteriores porque vinha da sua que como Verbo Criador havia dado ao duplo Universo. É por esse motivo que assume a função central como Meshiah da Kahalah, com a finalidade de assumir a função de Moshiwo de acordo com a Ha-Go, por meio desse organismo. É por esse motivo, como dissemos, que seu primeiro círculo orgânico, o dos seus Malakim, anjos ou apóstolos, leva o número zodiacal 12. Pela mesma razão que seu segundo círculo, aquele dos seus afiliados, que serão todos chamados ao episcopado, leva o número decánico 72 que multiplicado pelo número extenso 5, dará, mais tarde, 360.
Milo solar!, repetem os Go-ïm , os apóstatas fetichistas do zoo-morfismo e da célula autógena desde Haeckel. Duvidamos muito que estes filósofos neojônios alcancem alguma vez as honras do mito solar. Seria preciso para isso que elevassem suas lamparinas até a função do Sol social do duplo Universo. Então, seria a noite por excelência, a Erebe de Orfeu, a Horeb de Moisés, o Caos, o Tohu-Wa-Bohu completo, intelectual, moral e físico, político, social e econômico.
O Verbo Encarnado aplicou sobre sua organização o Selo do Deus Vivo, que, segundo dizem os Vedas, é solar, "porque o Deus Vivente ilumina o Universo" (Atharva-Veda, VI, 128, 3).
Os Quabbalim místicos, de acordo com as Esdras, dizem que o Selo do Deus-Vivente é AMaTh; mas sem que o Zohar possa explicar cientificamente a positividade, a realidade deste Mistério, nem o valor aritmológico (1.440) deste termo.
Pois bem, este número, como já o apontamos, é o hierarca sono-métrico do modo musical de Mi.
Os primeiros patriarcas sob o reino celestial de Jesus-Rei, ISOua-Ra, e por trás deles a síntese cristã, atribuem esse número ao modo musicai de Mi, aquele do Arcanjo solar cujo nome é MIHAeL e resume sua função. Os Qabbalim procuram esse nome misticamente e na metafísica, pelo método que cada um conhece; a Cabalah evangélica o encontra mais simplesmente, porém exatamente, no nome invertido das potências do Verbo, o ALHIM de Moisés. Essa inversão - MIHLA - diz: Milícia celeste, da qual MIHAeL representa a função central.
Em sânscrito, MI expressa tudo que atravessa e abrange, irradia e circunda, penetra e compreende. LA é o hierograma de Indra, o céu fluido, o Etéreo que Moisés opõe como continente ou céu continental ao seu conteúdo gravitacional, astral: A-ReTs. Esta última palavra significa, como dissemos em outra parte, a unidade gravitante, a A-sTRalidade, que foi traduzida como Terra. Como em sânscrito, A significa a unidade, o hebraico ReTs quer dizer tudo o que tende a gravitar. A função orgânica central representada por MIHAeL atrai e impulsiona, dirige e equilibra todas as outras funções angelicais. Ela mantém a medida comum, proporcional à justiça e à exatidão de seus homólogos e de todas as suas relações circunscritas em todos os graus hierárquicos do duplo Universo.
Esse duplo Universo é claramente distinguido tanto por Moisés como por todos os patriarcas anteriores. SheM é o céu divino, aquele do Verbo em suã glória, o da "palavra perdida", porém encontrada novamente nEle e por Ele. No céu da glória estão os Céus fluidos: SheMaIM, aqueles das forças sujeitas às Potências das Palavras, aos ALHIM do Verbo e à sua MIHeLA. Enfim, a A-ReTs, a astralidade gravitante e sua evolução na dupla involução precedente.
Estes Mistérios, ao mesmo tempo científicos e teológicos, demonstram-se pela observação e pelas experiências da ciência arqueométrica dos primeiros patriarcas; e esta ciência está contida no Evangelho. É necessário, pois, que ela não seja somente conhecida, mas também levada ao seu verdadeiro ponto por Nosso Senhor Jesus Cristo. Teria sido comunicada por ele a São João, depois aos 12, mais tarde aos 72 e finalmente aos 360 depois da Ressurreição, e a perfeita inteligência que ela envolve teria sido dada depois da Ascensão. Temos razões para acreditar também, que a nova redação da Qabbalah judia feita por Simeão-Ben-Jokai teria recebido parte dessa Revelação, porém não sua marhesis arqueométrica.
A Ascensão nos leva a Pentecostes e à Revelação teológica de um dos grandes Mistérios do Filho e do Espírito Santo.
A Ascensão é a subida do Meshiah eterno até o ápice do Triplo Kahalah ou Igreja, sobre o Trono e sob a coroa da glória, SheMa dos SheMa-IM, dos quais Jesus é o SheMaM.
Porém, a substância específica, a espécie do homem caído da substância divina, sobe em forma humana com o corpo glorioso, luminoso e a alma de vida do Verbo Encarnado e Ressuscitado, Jesus. Pois, tem-se reintegrado nele a Espécie no Reino; o caminho, a verdade, a vida eterna, que é real e assim está positivamente aberta pela Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo, tanto embaixo como acima do Duplo Universo. Antes da Redenção das vidas de humanos, não havia possibilidade de subir além do céu dos Limbos, céu das Águas Vivas, Seios de Brahma e de Abraão. A porta inferior do Reino (aquela do Anjo Gabriel), chamada pela Tradição dos Templos com outros nomes, estava de tal forma lotada de almas que mesmo as mais puras e sagradas não conseguiam ultrapassá-la. Pela sua Ascensão, Nosso Senhor veio esvaziá-la e reabri-la em termos biológicos e, ao mesmo tempo, inverteu toda a trajetória da Queda.
Em contrapartida, a Ascensão atuou como um movimento de redemoinho, na Substância divina, de cima para baixo, desde a Stasis zenital, chamada Porta de Deus, até sua homóloga, o Nadir, chamada Porta dos Homens, passando pelo Centro radiante do Duplo Universo e da Mihela dos Alhim.
É o lançamento zenital do Espírito Santo, pelo Pai e o Filho Homem e Deus, Homem-Deus reunidos para sempre.
Esse redemoinho da Substância divina, tendo por veículo o Etern et Omnia pervadens Éter, biologizou-se definitivamente no Ha-OU do Deus Vivo, a alma de vida dos Apóstolos, das santas mulheres, dos discípulos e de sua psicologia fisiológica
Neste mesmo redemoinho, esta mesma descida do Espírito Santo acompanha, mesmo que em menor grau, a subida de toda a vida santificada, quer dizer, de todas as almas boas e dignas da divina Humanidade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Essa experiência, esse mistério em Nosso Senhor e em seus Apóstolos, pode acontecer também para cada um de nós, nas condições requeridas do amor e da dor, isto é, da própria vida interna. Todo ser que ama com intensidade suficiente outro, que por sua vez o ama com a mesma intensidade e ascende para Deus, comove com isso, pela sua dor sem limites, a Essência, a Existência, a Substância da Divindade e o duplo Estado social celestial. Então, pode sentir essa comunhão das almas em Deus, supondo que tenha apelado a Ele, homem igual a nós. Verbo de nossa espécie e rei de nosso reino, apoiando-se sobre o critério supremo da vida. Vita erat lux hominum, dizia São João quando falava sobre a proto-síntese dos patriarcas. Supondo também que não se duvide do Deus Vivo, que não se admita a morte, que se apele por ela como Jó e que não se deixe pervertir sorrateiramente por Satanás, pelo anjo negro da Morte, na memória, no passado, em vez de erguer-se em direção ao Onipresente exigindo-lhe Sua presença real.
Nisso, como nas outras coisas, o Verbo Encarnado não faz exceções para si próprio.
Ele cumpriu sua própria lei de Amor, e esta lei é a vontade do Pai, e se chama a Vida Eterna.
O Cristianismo como um todo é sustentado na Ressurreição, na Ascensão e no Pentecostes.
É assim que os Apóstolos têm recebido pelo próprio Deus a suprema vivificação de todo seu ser afetivo além da sua parte intelectual ou reflexiva. O Espírito Santo é chamado tanto pelos árabes como por Moisés de ROuaH-ALHIM; sua ação reflexa acontece de acordo com a inversão proporcional de seu nome: HáOuR, ou Luz das Luzes; Ha-OR disse Moisés; Ahoura disse o primeiro Zoroastro; Ahaur dizem os Vedas; e o sânscrito confirma também em nome de toda a Tradição Patriarcal: Ahar e As-OuRa, a Aurora Eterna, e aquele que possui e dá a vida celestial nesta Luz.
Tudo o que precede não é mais que um pequeno extrato fragmentado de nosso trabalho, das aplicações de nosso Arqueômetro. As pessoas que o viram tiveram conhecimentos experimentais sobre a inversão de ROua-H em Ha-OuR e a ondulação luminosa que resulta disso, em concordância com as mais modernas descobertas científicas.
O Arqueômetro vem de dois termos (védicos e sânscritos) ARKA-METRA.
ARKA significa o Sol, emblema central do Selo Divino. Para que ninguém erre e caia no antigo sabeísmo ou, pior ainda, no moderno, essas línguas patriarcais informam também tudo o que seus guardiões possam ter esquecido.
AR é o círculo armado com seus raios, a Roda Radiante da Palavra divina.
KA lembra a Matesis primordial que une o espírito, a alma e o corpo da verdade, demonstrando, assim, na observação das experiências, a unidade de sua universalidade no Duplo Universo e em seu tríplice Estado social.
ARK significa a Potência da manifestação, da existência, sua celebração pela palavra, sua solenização. A inversão destes termos, KRA, KAR, K.RI, significa completar uma obra, manifestar uma lei, governar, isto é, conservar uma criação pela sua continuidade, render uma homenagem ilustrando-a, render glória pela adoração, caracteres estes que são função da Segunda Pessoa da Trindade com respeito à Primeira. Em latim se diz creare, no dialeto celto-irlandês se diz Kara-Im.
ARKA vai ainda mais longe como revelação dos mistérios do Filho pela palavra, enquanto é o Verbo Criador. É a própria palavra cantada com número e ritmo. É o Hino dos Hinos, a poesia do Verbo.
MATRA é a medida padrão por excelência, a do Princípio; é o Barasheth dos Templos do Egito, o Bérazet do primeiro Zoroastro, o BaRatA do Bharata divino.
MATRA, medida padrão, está viva no Deus-Verbo como em todos os seus pensamentos criadores. É ela que se manifesta em todas as coisas da unidade, pela universalidade de suas proporções internas, a substância em função das equivalências orgânicas distribuídas em todos os graus. O que precede indica seus atributos; porém, são colocados também nos mesmos termos aos pés da Mãe divina, da energia feminina de Deus que ela representa.
MAETRA é também o sinal métrico do grau psíquico universal; Athma, Amath e Matha, são o Amor feminino, a bondade maternal de Deus para com todos os seres e todas as coisas; em uma única palavra, a caridade universal em sua fonte, abrangente e abrasante nas chamas das três Kahalahs, as três Igrejas no IO-GA e o IHO-Va do Verbo.
Experimentamos em outro lugar, com todo o rigor de uma demonstração matemática, que a função criadora, conservadora e salvadora do Verbo foi o descobrimento supremo, a coroação de todas as hierarquias das ciências naturais, humanas, divinas, na proto-síntese dos patriarcas invocada por São João no cabeçalho de seu Evangelho.
Indicamos em nossas notas sobre a Cabala cristã e universal, e voltamos a referir-nos aqui novamente com a profundidade da ciência da Tradição, as misteriosas litanias que o Santo nome de Jesus tem registrado acerca deste mesmo fato: JeSU, Rei dos patriarcas. O caráter
histórico deste fato é atestado sobre toda a Terra, na Europa, na Ásia, na África, no Oriente, no Extremo Oriente, nos Peles-Vermelhas da América, entre aqueles que retornaram dos Iles e até no meio dos índios Caraíbas. Nós temos disso mil provas contra uma.
Limitando-nos aqui somente com as Universidades existentes. pegamos como testemunha uma das mais notáveis de todas no que diz respeito a sua documentação; a Erahmânica chamada Agharta.
Foi Krishna que, doze séculos antes do Verbo Encarnado, ocultou, em sua deutosíntese complacente, esta proto-síntese do Verbo Criador lembrada pelo evangelho de São João; a do ciclo de IShVa-Ra e de OShI-RI.
Em tempos passados, registramos nas notas de nossa obra Jeanne d'Arc victoríeuse (Joana d'Axc vitoriosa) a composição arqueométrica da Universidade Bramânica, que reproduzia em si mesma a Universidade Patriarcal antediluviana.
Lá, como tudo o que concerne à mesma correspondência universal restabelecida por Nosso Senhor Jesus Cristo, não é mais possível dizer Mito solar, uma vez que esta Universidade ainda existe, mesmo que dobrando-se sob o peso dos séculos e dos ciclos.
Krishna, funcionando como Brahma, colocou-se à frente de seu Sacro Colégio, o Vyasa, o Compilador, o novo Revelador, o Abreviador; em uma palavra dos Esdras dos Vedas, que eram cinco, de acordo com a fórmula: "Pantcha-Vedam Eka-Sastra" - "Cinco Vedas dos quais somente um é arma". Para enfrentar a subversão que desmembrava tudo, doutrina, língua, sociedade, Krishna teve que dar à sua Obra um caráter complacente com o Naturalismo transcendente dos Palis prakritas. É assim que na manipulação dos Vedas, incluindo o quinto, fez com que partisse da letra Medo Mar das Águas Vivas, do ponto virtual da Embriogenia, da Matriz cósmica, do óvulo metafísico, e nele da proto-célula imaginária, de onde procede a continuação da evolução, que não é somente terrestre, mas que é a fisiologia do Universo dinâmico e astral. É o monismo transcendental que foi adotado pelas Universidades caldéias e egípcias; pois bem, essa Mônada não é outra coisa senão um Fetiche filosófico; é o mesmo fetichismo ao qual retornam forçosamente todas as culturas científicas separadas do Divino.
Mas se o naturalismo era contido no trabalho de Krishna, estava aí em seu grau, excluindo-se toda a metafísica, na Matesis primordial que o Grão-Mestre hindu tinha ao alcance de seus olhos. O Universo visível, desde o teatro de uma fisiologia, mostrava-se fortemente sujei-lo a um processo de evolução universal, governado pelas espécies inter-astrais; porém, essa submissão não era relativa senão às suas origens planetárias, e não ao seu Princípio. E este mesmo Universo estava contido inteiramente no outro, o invisível.
Basta ler sob a nossa Luz evangélica o sastra separado dos Vedas por Krishna, que se tornou o Manava-Dharma-Sastra, para ficar convencido desse fato e para ver que a Doutrina sagrada do Ancião do Ciclo está nele resumida nos primeiros versículos, deixando a continuação em cena somente na segunda parte, base da concordância com o Naturalismo.
Os homens da raça mental de Krishna, com efeito, são incapazes de destruir a Tradição sagrada, inclusive invertendo-a sob a pressão de uma concordância imposta por uma burguesia sectarista e suplantadora. Eles permaneceram fiéis a ela, inclusive até sob aparências contrárias, a que são, ou se acreditam, serem forçados por uma razão de Estado ou de raça. É o caso de Krishna e de sua obra.
Temos que fazer justiça ao verificar que se conservou até os nossos dias, apesar de todas as invasões estrangeiras, apesar de todas as revoluções internas, o centro sacerdotal do antigo Império universal dos patriarcas e a hierarquia individual das raças.
No cume destas, seu sistema tem mantido até o presente, a nossa, a Ária Bramânica pura e a suprema ordenação de sua ontologia correspondente à primeira Ordem da Kahalah.
Nós não somos a favor do regime das castas no que concerne â Europa. Vemos nelas o abuso da triordenação, da tríplice eleição patriarcal e evangélica. Não apenas é anticientífico, como também anti-religioso e anti-social, fazer um quadro comum desses fatos. Se nunca foi justificado o regime das castas, a presença desse problema das raças em nenhum lugar é tão complicado quanto na Índia, desde o Himalaia até o Ceilão.
Agitar esse edifício é como esmagar todas essas raças ao mesmo tempo, sem benefício para ninguém; um único proveito seria talvez uma invasão futura da massa mongólica, que disputaria o território com os árabes, após haver estado temporariamente aliada a eles, compartilhando seu mesmo ódio alimentado pelo mercantilismo americano, num mesmo massacre que faz retroceder a Europa antes de submergi-la.
A Inglaterra há mais de um século tem procedido com uma prudência política envolta de sabedoria, evitando agitar o antigo edifício de Krishna, contentando-se em abrigar-se nele. O organismo inglês deve sua força ao aspecto mais intelectual do que físico, mais psíquico do que material, para uma eausa completamente diferente do que parece; embora em um grau ainda muito fraco, está mais longe dos modelos pagãos greco-latinos que os Estados políticos continentais, e todo o grau de sua força reside nisso. Esse mesmo fato não se sustenta em um sistema representativo, mas em suas bases sociais, que foram as nossas e que organizaram a Inglaterra por meio de nossa invasão normanda. Estas bases sociais são quase um Kahalah, e o Estado político não é mais do que uma instrumentalidade deste Estado social. Na colonização, a terceira raça mental tem o predomínio anglo-saxão; a econômica desfila na frente, a segunda, a da dedicação, o Estado-Maior militar, de predomínio celto-normando, não faz nada além de segui-la, para proteger a obra de vida criada pelo precedente, mesmo que às expensas mais ou menos vultosas da vida dos colonizados. Mas a primeira raça, a espiritual e a intelectual, com predomínio igualmente celto-normando, a da religião unida à ciência, a da primeira dedicação à comunidade, não permanece mais inativa.
É assim que vemos os universitários da Igreja anglicana, que não podem ser confundidos com os protestantes, dar na colonização das Índias um exemplo que é para ser guardado.
A fundação da Academia de Calcutá é este exemplo: e, depois de ter-se aberto a esta nobre e elevada fraternidade dos espíritos, tornou-se a fechar para o Brahmanismo, sendo a causa da intervenção menos esclarecida das Ordens protestantes. Hoje em dia, as mesmas Ordens deixam o campo livre, ou pelo menos sem escombros, para a Companhia de Jesus, que teve muita prudência na China desde suas primeiras Missões, dirigem para uma fraternidade espiritual e intelectual das Direções, porém foram atravessados por impulsos menos graduados.
No que concerne às Índias, não será feito nada útil para a Europa e a Humanidade até que se estabeleça uma fraternidade social seguida de uma aliança religiosa, entre o ensino religioso e o universitário de uma parte, e do Sacro Colégio brahmânico da outra. Em suas relações com as Igrejas orientais, Leão XIII tem mostrado do que é capaz frente às questões européias, se tivesse tido na Europa o campo tão livre como no Oriente, em lugar do desempenho eclipsado que lhe impôs a Constituição diplomática de 1648.
Todas as instruções do soberano pontífice referentes às Igrejas do Oriente são dignas do período apostólico e daqueles dos primeiros padres da Igreja. O respeito dos costumes, da lei e da fé de cada Igreja, até nas formas tradicionais de sua liturgia e de sua língua sagrada, está promulgado nelas de uma forma admirável, emocionante para toda inteligência que domina a fundo seu Cristianismo e a história da cristandade.
Esta direção pontífice se resume em duas palavras: substituir com o espírito de caridade o espírito de dominação, ajudar os pastores, não lhes tomar seu rebanho, reintegrá-los à unidade espiritual, sem atentar contra sua posição histórica e os seus direitos étnicos na universalidade.
Em relação ao Sacro Colégio Bramânico, o mesmo espírito se impõe, se não no mesmo grau, ao menos no grau da preparação evangélica, por uma aliança universitária. Esse mesmo Colégio Bramânico foi
uma das Uitiversidades do Verbo Criador, da proto-síntese de Jesus, Rei dos patriarcas, e de seu Cristianismo primordial. Na base de todos os seus livros sagrados se encontra esta verdade, este fato; e sua lealdade, longe de eclipsá-lo, tem deixado subsistir os irredutíveis testemunhos disso.
Tratarei de dizer o que precedeu aos brâmanes de alto grau - Bagwandas e inclusive os Richis - e vereis, ó, nossos queridos e veneráveis missionários, abrirem seus lábios fechados para sempre para vocês.
Eles finalmente compreenderão que não contribuíram para a revolução de seu Estado social, a tendência da guerra de influências, a morte de tudo o que foi sua vida, entendendo sua língua sagrada, a língua européia dos patriarcas, mãe de todas as nossas e de suas inteligências.
A cristianização das Índias se tomou fácil, procedendo a partir da cabeça e do corpo étnico instrutor. É desejável que se opere desta forma, e isso por caridade cristã, porque, caso contrário, cada conversão faz uma vítima quando atua fora da casta. O corpo de ensino não pode ser convencido, mas poderá ser reabilitado cientificamente elaborando seus próprios textos, no começo da Tradição sagrada, e então se tornará fácil, fazendo-se ordenar pelas Igrejas orientais, transformando-se na primeira Ordem da Igreja universal, uma Ordem que ensina, ao mesmo tempo, a matéria religiosa e a universitária, a cristã e a católica, tendo sua própria liturgia, e, como língua litúrgica, o sânscrito.
A Ele corresponderá, na unidade e a universalidade cristã, reformar o Sistema de Krishna, renovando o de IShVa-Ra, a síntese do verbo Criador, logo, Encarnado, de acordo com sua promessa patriarcal. Ressuscita como Rei da Glória e, finalmente, reconstitui de século em século o Estado social terrestre calcado no modelo celestial do qual é o Rei pontífice.
E assim serão consumadas a unidade e a universalidade cíclicas de toda a Tradição sagrada, e a soberania ariana, a de Shilo de Moisés e dos Shelatas de Manu. Em relação aos tempos antediluvianos e a sua continuação, essa soberania ariana foi mostrada por Moisés com sua precisão habitual. Ele a registra sob o nome de Ghi-Bor, uma das Igrejas arianas que mais tarde se torna iraniana, e, com o nome de Nephal, o Colégio Ariano que existe ainda hoje no Nepal. E é isso que nos ocupa neste momento.
Voltemos à solda que liga o Sistema de Krishna com a proto-síntese. Desde o início do Manava-Dharma Sastra, desde as primeiras Slokas ou versículos que representam a segunda Pessoa da Trindade, o ser existente por si mesmo é interrogado no Universo divino por meio de Manu, o Noah de Moisés, pelos Rishis supracósmicos, aqueles do Pólo Norte celestial. Manu lhes responde e lhes mostra esse ser existente por si mesmo, deixando o Universo divino para ser engolido no Mar das Águas Vivas, desaparecendo lá e cumprindo, assim, com a criação do Universo visível, com o nome de Brah-MA, ou Bra-Shith de Moisés.
É desta transição que depende o retorno do Brahmanismo ao Isvarismo, e, para uma conseqüência inevitável, por convicção chega ao Cristianismo do Verbo integral. Krishna, de acordo com a ciência e a Arte da Palavra Sagrada, usou cada palavra, cada letra sânscrita, de acordo com suas relações, com as XXII letras do vattan. A palavra que expressa o ser existente por si mesmo é: S Wa-Ya-M-Bouva, SWa YaMBü, aquele que existe. As duas primeiras sílabas invertidas e lidas em vattan dizem: I-ShVa, e o número dessa palavra é 316, e significa Jesus Verbo Criador.
Vimos em outro lugar a referência aos outros Vedas por meio de ShVa-DHA, e, de acordo com nosso método evangélico (o das primeiras linhas de São João), ao testemunho dos Nepalim arianos, temos acrescentado o de seus irmãos patriarcais, os Ghiborim iranianos. É por isso que depois de ter arqueometrizado a obra de Krishna, verificamos, com esse instrumento de precisão, a obra do primeiro Zoroastro, e no Avesta voltamos a encontrar ShWa-DHA, em vattan, e Swâda, em védico, sob o nome de Datou-Sho, o doador de si próprio. Tornamos a encontrar esse nome também nas previsões sobre o Salvador pelo mesmo Profeta: Sous-IOSh. Por último, em Moisés, herdeiro dos patriarcas, o ShWa-DHA provém de SbADAI, significando, literalmente, Deus Autodoador, e, como este termo não tem suas raízes na língua hebraica, repetimos que é surpreendente que os qabbalim e os rabinos talmudistas fiquem discutindo esse tema desde Simeón-Ben-Jokaí até hoje.
Essas correspondências que não podem ser obra do acaso são uma das provas da proto-síntese e de sua atuação a partir das deutosínteses, que se iniciaram na época de Krishna, continuando sem interrupção por meio dos abramânicos, Moisés, Orfeu e Pitágoras, até a Encarnação do Verbo Redentor, Nosso Senhor Jesus Cristo.
"E o Verbo se fez carne e tem habitado; e nos deu a todos, a todos aqueles que acreditam em seu Nome, em sua SheMa, o poder de transformar-nos em Filhos de Deus", em uma humanidade revertida para a imagem do Mundo da Glória.
Essa é a informação, esse é o ponto de vista dos Altos Estudos que o Cristianismo confirma, dando a evidência da verdade e devolvendo todas as coisas para a sua perspectiva real e não ilusória.
Esse pode ser o Estado do homem reintegrado na biologia divina. É o Estado teológico completo, sobrevivente na unidade enarmônica e trina de Deus, vida etema, em sua Matesis viva e em todas as virtudes vitais desconhecidas de quem ignora as potências e as possibilidades inerentes a esse tríplice Estado.
Tudo é ali vivificado e é por isso que o intelecto e a palavra escrita nos livros de teologia, e principalmente no Novo Testamento, estão hermeticamente selados por sete vezes ao intelecto natimorto,
o dos filósofos, o dos metafísicos subjetivos e dialéticos, ao intelecto natimorto das inteligências que retornaram de seus sentidos externos físicos e fisiológicos.
Todos os sentidos têm seu grau de vida latente ou existente; os sentidos externos têm o menor: o animal antropóide do Eu; os sentidos internos têm a animação do humano: o andrógino do indivíduo sociável; os sentidos íntimos têm a animação, a personalidade objetivamente impessoal: a androtesta de Nosso Senhor Jesus Cristo, o social da Biologia do duplo Universo, e seu centro na própria vida.
Ninguém nunca possuiu este último sentido por completo, senão seria Deus em seu Verbo, a Essência em seu Princípio de Existência ou de humanidade divina. É por essa razão que a qualidade que significa este termo é a espécie divina dos homens andróginos biologizados em Deus, acoplando neles a pessoa humana à segunda Pessoa divina: a imagem vivificada da revitalizante do Deus-vivo: Jesus.
Conclusão
Reservas do Cristianismo Opostas ao Paganismo. - Ausência de Diretrizes na Europa Atual. - Paganismo e Democracia. - Os Humanistas. - A Soberania do Povo É Possível? - Lembrando as Missões. - Nossas Previsões. - A Salvaguarda.
Neste livro e naqueles que publicamos anteriormente, contrapomos ao Paganismo algumas das reservas do Cristianismo.
1° A lei social da qual é o único detentor e que somente ele pode realizar;
2º A aplicação dessa lei, primeiro numa única nação, como a França, a continuação na Europa inteira, com acesso dos representantes de todos os cultos, como o temos indicado em nosso Centenário de 89.
3° A soberania universitária cristã, que poderá estender-se a todas as Universidades da Terra, seus três graus de ensino e de Iniciação, sobre a base dos mistérios da Santíssima Trindade.

Essas reservas e sua aplicação à mentalidade européia são as únicas capazes de opor-se aos desastrosos resultados que o Paganismo, por meio dos gregos e dos romanos, impôs a toda a Terra.
Efetivamente, mostramos a mentalidade pagã comandando em todas as Universidades européias e coroada em todas as cátedras dos estudos secundários e superiores sem contrapartida real, pelo fato de que a catequização era julgada insuficiente ainda na época dos Apóstolos e pelos primeiros Sacerdotes, o que é muito pior em nossos dias.
E assim, na Europa atual, não existem no comando sacerdotes ou dirigentes que portem as identificações de sua Ordem e dos seus graus Iniciáticos. As três raças espirituais estão misturadas sem poder destacar-se umas das outras, neste caos pagão: possuir o Estado político sem renovar o Estado social. A época atual apresenta, porém, algo notável: essas três direções estão esgotadas, no fim de suas forças, no fim de suas doutrinas, enfrentando as conseqüências: a baixa anarquia, filha da anarquia das camadas superiores. Socialismo anti-social de todas as formas possíveis. Entre os romanos pagãos, o protótipo desse movimento foi chamado também de guerra social.
O Paganismo, com efeito, deixa espalhar por todas as partes o seu escravismo, que é adornado com um toque de sua mediocridade burguesa decorada com o nome de democracia. Essa distinção entre riqueza e pobreza é a mais bestial de todas as classificações humanas.
Estaríamos deliberadamente seguros com os pagãos pobres contra os ricos, se eles pudessem engolir a verdadeira democracia, a única que é possível, a do Evangelho; porém, entra novamente em cena a polêmica questão entre o sectarismo econômico e a mão-de-obra e as outras derivações, solidárias com a mesma Ordem a ser reconstituída. Se fosse planejado assim, a chamada "classe operária", a mais elevada para meu espírito e coração, porque é a menos humanista e a mais humana, teria feito regulamentar todas as questões pela via da arbitragem com as outras faculdades da economia pública. Isso acontece na Inglaterra porque se defronta com uma terceira Ordem: uma burguesia; uma segunda Ordem; uma aristocracia; e uma primeira Ordem: a religiosa e universitária, que são ainda regulares e quase conformes com o cânon social. Mas, sobre o continente, o problema se complica devido aos humanistas da terceira subordem de Estado, que também repete os termos do Abade Sièyes em nome do Terceiro: O que sei? Nada! O que devo ser? Tudo!
A terceira subordem não tem em vista outra coisa além de alcançar o poder por meio do trampolim das questões sociais, e inevitavelmente responderá com balas de chumbo aos eleitores aos quais tinha prometido mundos e fundos e a Lua, quando estes sem-emprego lhe exigem um simples pão de munição. No entanto, continuará a intitular-se democracia, invocando a soberania do povo. É possível esta última? Perfeitamente, se se entende este santo termo. O povo, como era entendido por toda a França antes de ficar enlouquecido pelos humanistas: não um rastro de poeira atômica de sufrágio universal, mas uma aglomeração do corpo orgânico de todas as faculdades produtoras da nação.
O Estado político é soberano somente com a condição de ter seus três poderes definidos: o Deliberativo, o Judicial e o Executivo. Assim, o povo é soberano quando aglomerado em Estado social; ele possui também seu organismo de soberania, seus três Poderes - o de instrução, o jurídico e o econômico - únicos que realmente o instalam sobre a Terra com sua vida harmônica c orgânica, e que fica à imagem viva do Deus Vivo.
Este e todos os desenvolvimentos que comportam um tema como esse foram expostos em nossas obras Missões. Com elas, inauguramos a biologia e as terapias sociais, baseadas em observações e experiências clínicas da história sobre as leis de série e de harmonia resultantes não só da ciência natural, Antropologia, mas da Andrologia, ciência humana subordinada à Cosmologia visível e invisível, física e hiperfísica, ciência e sabedoria divinas.
Foi assim que pudemos destacar sucessivamente o tríplice ponto de vista do Estado mental, político e social da Humanidade: Mission des Juifs (Missão dos Judeus); da Europa: Mission des Souverains (Missão dos Soberanos); da França: Mission des Français (Missão dos Franceses); prever exatamente pelo próprio curso dos fatos e de suas leis evolutivas, seu sentido de acontecer fatalmente; apontar com uma precisão que até agora só era possível às ciências físicas exatas, como essas leis de série podiam e podem ser conjuradas livremente para retornar à lei da harmonia.
Nestas condições anormais a todo processo subjetivo, a todo sistema pessoal, tivemos pouco trabalho e o mérito de anunciar:
1° Aos judeus, com cerca de dez anos de antecipação, o anti-semitismo na França. Mostramo-lhes as várias formas de sua salvação, não na perda de outras ligações de reações previsíveis, porém na lei social e universal do Verbo Criador, enraizada novamente para toda a humanidade pelo Nosso Senhor Jesus Cristo, Verbo Encarnado.

2° Aos humanistas franceses, com vinte anos de antecipação, a soberania dos judeus sobre eles não como cristãos, mas, pelo contrário, como eruditos pagãos, Goïm, no Kahalim. Mostramo-lhes essa temível força dessa pequena Companhia de Judá, graças a essa mesma lei observada em suas Kahals ou Paróquias e na Santa aliança destas. Conjuramos não somente a Companhia de Jesus, mas os Clérigos e mestres instrutores de todas as seitas, a levar em consideração mais do que nunca essa experiência histórica, esse mínimo organismo laico, sem o qual a Igreja, a sociedade dos fiéis, não é mais do que um nome, e o Estado social popular, uma ficção. Pois Moisés tem relançado esse tipo por meio de todas as civilizações anti-sociais ou derivadas de tais para servi-las de She-Ma, de signo regulador, ao mesmo tempo andrológico e cosmológico.

3° Na França também, à tríplice raça de nossos eruditos clássicos, Irmãos Átridas, do tipo de Marco Aurélio, de Constantino, de Juliano, o Apóstata, mostramo-lhes a falência de sua razão instrutiva pagã e de sua razão de Estado social comum ao Estado anti-social, os resultados passados, presentes e futuros de seu tríplice Paganismo mental e governamental: fora isso, desde a sua obra internacional mestra, o Tratado de Westfália, até as suas conseqüências, o de Frankfurt; dentro deste, a revolução chamada "francesa" até a sua continuação presente e futura, assim definida: Suprema guerra civil destas mesmas raças, sobre as ruínas dos três poderes sociais do Estado social escravizado pelo Estado político desde 17 de junho de 1789; com a falência econômica de repercussão mundial universal, e, para completar a série de sucessos das burguesias pagas, os homens latinos responsáveis, a guerra social sob o nome de Socialismo e invasão do estrangeiro e depois dos bárbaros anticristãos.

4º Às Potências contratantes européias, a sorte de sua iniciadora pagã, França, sua decomposição, sua decadência e sua ruína, graças ao mesmo espírito de imitação e de morte, o espírito pagão.

Temos mostrado a anarquia de cima, mãe da de baixo; a todos lhes provamos o suficiente, que a Constituição continental de suas relações naturais, tal como se comporta desde mais de dois séculos e meio, encarnando o mesmo espírito de anarquia e de morte, e que a supremacia da Europa morrerá depois de ter envenenado, até a raiva, os outros continentes que se vingarão dela, esmagando-a.
Por mais de vinte anos, auscultamos as sociedades asiáticas, africanas e americanas da mesma forma que as nossas, até o fundo da tríplice vida, quando previmos, a partir de 1880, em nossas Missões e até no prefácio de Joana d'Are, o pontapé das raças jovens, depois sua caminhada para a frente, o despertar do Islã e a instrução dos Estados Unidos. Acrescentamos ainda que a guerra industrial e comercial, em conjunto com a guerra justiceira, mesmo que seja predatória, assinala a vitória aos continentes que possuem matérias-primas e massas humanas suscetíveis à fé e à disciplina.
É por isso que, por parte das potências européias, é considerado um crime contra a Europa sustentar e atiçar países como Japão, China e Turquia, enquanto se deveria ajudar a Rússia, que é a nossa muralha continental, em suas necessidades, não só de manutenção bem como de expansão para a Ásia, para toda a Eslávia dos Bálcãs, para opor aos turcos um escudo federal.
Essas previsões resultantes da observação dos fatos e de suas leis, essas pragas em via de cumprir-se, não as teríamos desvendado se não fossem debeláveis. Teríamos deixado a fatalidade seguir seu curso surdo e velado no aspecto inaudível e invisível; pois, então, que bem faria despertar de sua falsa segurança aos condenados à morte, que continuam com seu sonho de liberdade!
Porém, a ciência e a sabedoria divina não esclarecem se não é para salvar. Seu Sol de dupla face, que enfrenta o duplo Universo, não mostra o caminho, a verdade, porque elas são também a vida. A lei da vida da andrologia é a que nossas Missões têm chamado de social. Estatutos dos governados, cânone orgânico da humanidade, desde sua molécula paroquial ou comunal até seu organismo provincial, depois o nacional, a continuação, o continental e finalmente o mundial.
Temos despejado essa verdade de primeira ordem, da dupla trilha dos fatos, que mostram a história universal.
Na primeira, a Pagã, não se encontra em nenhuma parte essa lei, tanto observada como formulada. Os ensinamentos do Paganismo provenientes do Grande Mestre universitário e político acerca do que foi a cristandade são mudas sobre este ponto de capital importância. E isso é a verdade, não só do Paganismo mediterrâneo, mas de toda a sua antecedência asiática que remonta a mais de cinco mil anos.
Mais ainda, e por uma conseqüência rigorosa, em lugar da lei social, do estatuto dos governados, do cânon orgânico da humanidade, temos a escravidão não só militar mas também a doméstica.
Ao final, como a razão governamental é sempre o resultado da mentalidade do ensino, a vontade de seu entendimento, a este fato inegável corresponde este outro que não é menos: nenhum filósofo, nenhum poeta pagão protestou alguma vez contra essa escravidão, contra o servilismo da Economia popular ao sistema parasitário dos eruditos governantes.
Mostramos todas as conseqüências dessa regressão da andrologia à antropologia, do espírito de vida ao espírito de morte, do homem a alguma coisa pior que um animal, da aliança divina à infernal.
Por outro lado, na outra trilha histórica que não se remonta tão somente a cinco mil anos, mas à primeira Unidade andrológica, ao primeiro Estado social universal e ao primeiro dos pontífices Meshiah-im, fizemos ver essa lei social, esse estatuto e esse cânon revelados desde o seio da dupla cosmologia em nome do único e verdadeiro Verbo, Razão suprema do Universo visível, Palavra Criadora do Invisível, ciência do Uno e Sabedoria do Outro:
Glória a Ele

Apêndice I
Os Ciclos Milenares

Os Ciclos de mil anos são cromáticos e se entrelaçam entre eles em períodos similares ou oitavas de quinhentos anos. Sua harmonia ou triplicidade se efetua durante três milênios, estendidos em períodos de seiscentos anos.
É assim que de Pitágoras a Hiérocles se estende um milênio, e o Paganismo mediterrâneo tem vivido arrastando em sua morte, depois de tê-las aniquilado, a maior parte das divisões étnicas do antigo Império patriarcal, ele mesmo em decadência um milênio antes que Pitágoras.
Esse milênio se divide em dois períodos de quinhentos anos. De Pitágoras a Júlio César, quinhentos anos, a apoteose de Nemrod foi renovada. Todo o Paganismo oriental ancestral está completamente refletido e agravado no Ocidente. É então que o Verbo adorado pelos patriarcas se encarna e torna a erguer-se em si próprio, sobre toda a humanidade, toda a sua tradição, toda a sua revelação passada ou futura.
Cinco séculos depois, continuando sua obra desde o topo de seu trono do invisível, tem tirado a apoteose dos césares, cedido a Deus o que pertence a Deus: o Princípio, a lei, a razão ensinante e social da humanidade. Desde então, a cabeça dos césares é curvada por Ele sob a potência espiritual dos Apóstolos, representados pela ressurreição de um patriarca Universal e de tantos patriarcas quanto de Igrejas étnicas.
É nesse ponto que aparece Hiérocles. Cinco séculos depois dele, todas as etnias aniquiladas pela Roma pagã são ressuscitadas com a bênção dos patriarcas de Jesus Cristo, e sua vivificação se encaminha para o cumprimento de sua civilização, de seu Estado social, de sua promessa do reino de Deus, assim na Terra como no céu. A França encabeça as nações que revivem o sopro evangélico.
Cinco séculos depois, o Antiverbo, o grande adversário, faz surgir o espírito pagão de seu Inferno: o renascimento humanista pagão.
Cinco séculos ainda e a unidade social de toda a Europa está aniquilada a tal ponto que todo esse continente fica posteriormente à mercê da Ásia e da América.
Apêndice II
Influência do Paganismo sobre a Revolução Francesa. Demonologia de Charles de Sécondat

Quando Charles de Sécondat, barão de Breda e de Montesquieu, procurava o Espirito das Leis, no Templo de Gnide, e não no Evangelho, entregava-se inconscientemente, porém com responsabilidade, a uma verdadeira Demonologia.
Daí essas "ventriloquias" clássicas com as piores sociedades do outro mundo: Solilóquio de Lisimaca, Diálogo de Sila e de Eucrates, e depois todo o Sabá reunido: Grandeza e Decadência dos Romanos. Mais espíritos gregos e latinos dos que precisavam para "giroscopear" da direita para a esquerda a cabeça de um legista "gascão" ou seu escritório. Porém, os velhos demônios do meio-dia tinham um médium de primeira ordem nesse majestoso "bordelés" pouco catequizado pelos reverendos padres. Além disso, eram estes Mentores que fizeram que se passassem ao seu Telêmaco esses deploráveis conhecimentos. Devido a essa demonomania que nos chegava da Santa Sé e da Minerva, todos os chamuscados embaixo da crosta terrestre coziam com fogo de enxofre alguma coisa que não cheirava bem. Esse guisado de arras-ta-couros, de coturnos e alpargatas poderia chamar-se "A Revanche dos Gentios", assim chamados porque representam tudo o que existe de mais baixo, de mais vilão.
Um vapor de perdição saía das frestas do Abismo, onde a neve e o gelo tutelares da Idade Média se fundiam até sua ebulição. Isso era o que se considerava como primavera.
Assim como os pivetes dos Campos Elíseos assaltam as vitórias de ramos de violetas, assaltam a Rosa Ia Rose embaixo de todos os olhares. Porém, ela era artificial, cheia de ungüentos, de ervas de feiticeiro, de beladona de "belenho". Ela enlouquecia grandes e pequenos, mestres e alunos. Como outros tantos papagaios e "chovas" que tivessem comido sobre seus puleiros, muitos grãos de adormecideira, o clero e a instrução vaticinavam o passado de Atenas, profetizavam o "rococó" romano.
Os fantasmas com Toga, os lêmures com "enemidas", divulgavam-se nos livros em plena luz do dia; e, à meia-noite, também, seus demônios em todos os teatros. A corte e as vilas faziam deles suas "coqueluches".
Hermes, o dos pés ligeiros, escrevia o "Mercúrio Galante",Vênus dançava o minueto com o Rei Sol; ela punha a coroa sobre a cabeça de Luís XV, cutucando-o às escondidas com seu lindo pezinho. Cupido
preparava suas serenatas a todas as Chloris com cestinha; Netuno ondulava os cabelos das mais bonitas para cobri-los "na fragata"; Flora flertava com todos os jovens abades; Pomona oferecia a forte maçã aos velhos canonigos, que deixavam nela até seu último dente.
Os diabos colocavam pimenta na fonte de Castália. O Hipocrene sucumbia à histeria, às abelhas do Himete, à taràntula. Todo tinteiro tinha seu Narciso ou seu sapo e freqüentemente os dois juntos, como hoje em dia. A serpente Píton saía docemente de seu negro habitai e soprava em dátilos e espondeus o delirium tremetis das orgias dos espíritos à espera das orgias de sangue. Silene e Sancho cantavam juntos as Fábulas de La FontaineF e as Odes de Safo. Seus burros abriam a era da fraternidade universal. Faziam um barulho infernal no mundo; rivalizando em estrondos e incongruências.
Baco e Dom Quixote, rio acima, rio abaixo, embarcavam em ziguezague para a ilha da Utopia. Leiam sobre a tilha do navio de Argos, Ciro e do abade Terrasson.
Pégaso e Rocinante davam coices nas cruzes das encruzilhadas, de onde Panteu reinstalava a Príapo, enquanto no canto do bosque aguardava a bacanal antropófaga e os viajantes na sela de Posta, no caminho de Varennes.
Diana, com seus cornos de prata, arco de ébano e aljava de cristal, iluminava com sua esbelta nudez as noites do Parque dos Cervos; as ninfas de pés ligeiros atiravam ao longe seus lebréus. Eco gritava! As flechas voavam e a deusa fazia entoar a "tocata de caça" de todos os maridos. Assim era o prelúdio do rompimento do matrimônio cristão, a união livre, o feminismo sem ovários.
A Hidra de Lerna, debochando de Hércules e Dejanira, que eram de mármore, voltava a fazer em todas as piscinas de Le Notre massas de horríveis progenituras. Estas, sentindo a chegada de sua hora, corriam para todos os riachos de Paris. Por último, a velha Loba dos bosques de Bondi, da anciã Roma, amamentava excitada a um sem-número de lobinhos, mostrando sua língua para as licantropias próximas, fazendo ranger os dentes para o estalar dos ossos dos santos de todos os relicários, depois da Igreja da França e do Estado social francês.
Que um médium descobrisse sua fórmula política e o Paganismo se instalaria sem Orfeu, os sete sábios e Pitágoras. Montesquieu foi São Tomás de Aquino com casacão, saiotes curtos e sapatos de fivela, cobre-punhos na camisa em ponto de Inglaterra, espada com ferrolho de um lado, escritório embandeirado do outro. O Santo tinha passado um concordato com a filosofia menos pior dos gentios; o barão passou aos gentios sem concordato.
É assim que os demônios "exultavam". Sua Companhia de Judas puxava o tapete dos educandos da Companhia de Jesus, jansenistas, alguns oratorianos, numerosos monges, todos os curas zelosos dos mitrados, dos cardeais como Dubois, dos bispos como o de Autun, da juventude de espada e túnica, de todo o gratinado do Gradus ad Parnassum, todo o Estado-Maiordo De Viris illustribus, em "cuchufleta" de Mardi-Gras.
Enquanto os arrogantes surravam à patrulha do Cristianismo, os simples capitães de aventuras enrolavam os bobos de capuz e os burgueses e os vestiam de carnaval romano.
Todos os professores de lógica faziam desacreditar seus Jourdain, senhor, senhora e a família, até o último e interessante pequenino. O senhor provinha de Numitor, a senhora encarnava Lucrécia, flertando com os moços do armazém com uma faca de cozinha na mão. O interessante pequenino último não era batizado, falava latim, chamava-se Brutus e batia no seu tambor esperando o de Santerre.
Os monarcas, arruinados, jogavam a "catilina"; os senhores Domingos tomavam sua última medida de pano para vestir-se no estilo Menenius Agrippa. A estátua do comendador esboçada, com sua perna de pedra dando o passo fatal do Rubicom.
Tartufo postado na porta meditava a lei dos suspeitos. Insuflava o fogo das cozinheiras para a confecção dos jacobinos e dos tecedores. O Misantropo delirava com Burrhus, Filinto Sêneca, segurando a lira Oronte Nero. Vadius ruminava "o Amigo dos Homens", Trissotin, "o Pai Duchêne". Todos os Diafoirus sem clientes se trocavam em Pompilius, com a seringa em viste. A corte e a vila não queriam morrer por suas pílulas, aguardavam dialogando o dia de glória, com o bisturi sobre as mais altas cabeças das dormideiras de seu jardim farmacêutico.































Com isso devia sair de seus níveis o Esculápio do Humanismo, o grande "sangrador" da Filantropia, o excelente doutor Guilhotina.
Dedicado aos pedantes com tabaqueira, as mulheres sábias ficavam bravas com as graças das duquesas e seu enxame de mequetrefes janotas. Tinham sua icterícia e, vestindo-se de musas, atemorizavam de dia os jovens clérigos, pois à noite todos os gatos são pardos no "Jardim das raízes gregas".
Mas o que parece não era nada ao lado do advogado Patelin. Ele declarava guerra a toda a sociedade francesa em nome dos De Cujus do fórum, da agora e inclusive do Parlamentarismo inglês, ao que tratava como um moinho de palavras.
O tricómio em batalha, a cauda com poeira de enxofre, erguida horizontalmente, brandindo o espírito das leis. Seus olhos de lobo cintilavam, seus clientes "chasqueavam", sua voz uivava. Colocava o diabo no corpo da Basoca e da Sorbona, da qual se formava a garganta secular. Apelava a isso a Mascarinha contra os hotéis, a Cartouche e a Mandrin contra os castelos, aos direitos do cidadão contra a Cidade, do homem contra a Humanidade, do summum Jus na summa Injuria contra todas as causas das que sua bolsa plana não estava carregada...
Apêndice III
Shema da chave dáctil de 5, E = 10, Y
2, B

OS 5 LIVROS SAGRADOS
ORIENTE ÁRIO EXTREMO ORIENTE MONGOL PANCHAVEDAM ZEND-AVESTA KINGS l. Rig-Veda
2. Yadjour-Veda
3. Sâma-Veda
4. Atharva-Veda
5. Manava-Dharma l. Vendidad Sadé
2. Izeshné
3. Vispered
4. Yeshté-Sadé
5. Siroz 1. Y-King
2. Chou-King
3. Chi-King
4. Li-King
5. YO-King (Krishna,
século 30 a.C.) (1º Zoroastro,
século 30 a.C.) (Fo-Hi,
século 30 a.C.)
ÁFRICA SEMITA CALDEU SEMITA PENTATEUCO Mesmo método de acordo com Joséphe depois do estudo do historiador Berosio. 1. Gênesis
2. Êxodo
3. Levítico
4. Números
5. Deuteronônimo (Moisés,
século 16 a.C.)
AS 5 FACULDADES DIVINAS

ORIENTE ÁRIO EXTREMO ORIENTE ADI-BOUDDHA, BOUDDHESWARA
Os 5 D'jaras PRADJNA
Os 5 Boddhisativas SIOU-TO
Os 5 graus da sabedoria 1. Vairotchana
2. Akchobya
3. Ratnasambhava
4. Armitabha
5. Amoghasidda 1. Samantabhadra
2. Vadjrapani
3. Ratnapani
4. Padmapani
5. Vishvapani l. Tsin
2. Gi
3. Ré
4. Tsi
5. Sin

OS 5 GRAUS SACERDOTAIS
ÁFRICA O SACERDÓCIO EGÍPCIO
Os 5 graus dos Sacerdotes egípcios 1. O Aede: Lira, Livros de Hermes (ThoTÏh)
2. O Horóscopo: Relógio, Palma, Livros de Hermes
3. O Hirogramado: Penas, Livros de Hermes
4. O Estolista: Cotovelo, Vaso, Livros de Hermes
5. O Profeta: Selo Divino, Livros de Hermes
EUROPA, OCIDENTE, NORTE E NOROESTE O SACERDÓCIO DRUÍDICO
Os 5 graus dos Druidas Bretães e Gauleses:
Drotts, Ases, Varaighes e Eslavos 1. Vazios 1. Análogos
2. Serónidas 2. -
3. Bardos 3. -
4. Eubagos 4. -
5. Causídicos 5. -










Notas referentes à Tradição Cabalística

Meu querido amigoM
Tenho um grande prazer em responder a vossa excelente carta. Não tenho nada que acrescentar a vosso notável livro sobre a Cabala judaica. Pode ser classificado entre os de primeira linha pela eminente e merecida apreciação feita pelo saudoso Sr. Frank, do Instituto, o homem mais capacitado a tecer um juízo sobre esse tema.
Vossa obra completa a dele, não somente quanto à erudição mas também na bibliografia e na exegese dessa tradição especial, e, mais uma vez, crio este livro definitivo. Mas, sabendo meu respeito pela tradição e, ao mesmo tempo, minha necessidade de universalidade e de verificação por todos os processos dos métodos atuais, conhecendo, além do mais, o resultado dos meus trabalhos, não deveis temer que eu venha a ampliar o tema, e, ao contrário quereis pedi-lo.



























Não aceitei até agora devido ao benefício que pode trazer ao inventárioo dos livros sobre a Cabala judaica, apesar do seu interesse.
Porém, uma vez feito o inventário, as minhas pesquisas pessoais encaminharam-se para a universalidade anterior, de onde procedem esses documentos arqueológicos, desde o começo, bem como as leis que puderam provocar esses feitos do espírito humano.
Para os judeus, a Cabala provém dos caldeus, elaborada por Daniel e Esdras.
Entre os israelitas anteriores à dispersão das dez tribos não judias, a Cabala provinha dos egípcios, composta por Moisés.

Zodíaco chamado de DENDERAH (A figura da direita representa a Natureza)
1. Leão 4. Escorpião 7.Aquário 10. Touro
2. Virgem 5. Sagitário 8. Peixes 11. Gêmeos
3. Libra 6. Capricórnio 9. Aries 12. Câncer


Tanto para os caldeus como para os egípcios, a Cabala formava parte do que todas as Universidades metropolitanas chamavam de Sabedoria, isto é, a síntese das Ciências e das artes reintegradas ao seu Princípio comum. Esse Princípio era a Palavra do Verbo.
Um precioso testemunho da antigüidade patriarcal pré-mosaica confirma essa sabedoria perdida ou transformada aproximadamente 3.000 anos antes de Nosso Senhor Jesus Cristo. Esse testemunho é Jó, e a antigüidade desse livro é autologicamente confirmada pela posição das constelações que ele menciona: "Que foi da Sabedoria, onde, pois, está?", disse esse Santo patriarca.
Em Moisés, a perda da unidade anterior e o desmembramento da sabedoria patriarcal são indicados com o nome de divisão da línguas e época de Nimroud. Essa época caldéia corresponde à época de Jó.
Outro testemunho da antigüidade patriarcal é o Brahmanismo. Ele conservou todas as tradições do passado, superpostas com os diferentes acontecimentos geológicos da Terra. Todos os que o estudaram do ponto de vista moderno ficaram surpreendidos pela riqueza de seus documentos e a impossibilidade de uma classificação mais satisfatória, tanto do ponto de vista cronológico como do científico. Suas divisões em seitas bramânicas, vishnavistas, sivaistas, por não falar mais daquelas, contribuíram da mesma forma para essa confusão.
Não é menos certo que os brámanes do Nepal remontam ao começo da época do Kaly-Youg," à ruptura da antiga universalidade e à unidade primordial de ensino.
Essa síntese primitiva levava, muito antes do nome de Brahma, o de Isvha-Ra, Jesus Rei: Jesus Rex Patriarcarum, contam as nossas letanias.
É a essa síntese primordial que São João faz alusão no início de seu Evangelho; porém, os brámanes estão longe de duvidar que seu Isoua-Ra seja nosso Jesus, Rei do Universo, como Verbo Criador e Princípio da Palavra Humana. Sem isso, seriam todos cristãos.
O esquecimento da Sabedoria Patriarcal de Isvha-Ra data da época de Krishna, o fundador do Brahmanismo e de sua Trimurti. Aí também existe concordância entre os brámanes, Jó e Moisés, tanto quanto aos fatos como à época.
Desde esse tempo babélico, nenhum povo, nenhuma Universidade, tem possuído mais do que restos de pequenos fragmentos da velha Universidade dos Conhecimentos divinos, humanos e naturais, reduzidos a seu princípio: o Verbo Jesus. Santo Agostinho define como Religio Vera essa síntese Primordial do Verbo.
A Cabala dos Rabinos, relativamente de redação recente, era conhecida do começo ao fim pelos adeptos judeus, em suas fontes escritas
ou orais, no primeiro século de nossa era. Certamente não havia segredos para um homem de valor da ciência de Gamaliel. Porém, não os havia também para seu primeiro e proeminente discípulo, São Paulo, que se tornou o apóstolo do Cristo Ressuscitado.
Vejamos agora o que diz São Paulo na sua Primeira Epístola aos Corintios, capítulo 2, versículos 6-8:
"Predicamos a sabedoria aos perfeitos, não a sabedoria deste mundo, nem dos principais deste mundo, que se destroem;
Mas, predicamos a sabedoria de Deus, encerrada em seus Mistérios; sabedoria que havia permanecido oculta, que Deus, antes de todos os séculos, havia predestinado e preparado para a nossa glória;
Que nenhum dos primeiros deste mundo a tem conhecido; pois se a tivessem conhecido, nunca teriam crucificado ao Senhor da Glória."
Essas palavras são pesadas em quilates como o ouro e os diamantes, e não existe uma só dentre elas que não seja infinitamente precisa e preciosa. Elas proclamam a insuficiência da Cabala judaica. Antes de tudo, verifiquemos a origem do termo Cabala: ele tem dois sentidos de acordo com a forma em que é escrito, conforme os judeus. Se o escrevemos com Q, isto é, adotando a vigésima letra do alfabeto assírio, a que corresponde ao número 100, ou com a letra C, a décima primeira letra do mesmo alfabeto, que corresponde ao número 20.
No primeiro caso, o nome significa transmissão, tradição, e a coisa fica assim indecisa, pois, tanto vale o transmissor quanto a transmissão; tanto vale o traditivo quanto vale a tradição.
Acreditamos que os judeus nos transmitiram bastante fielmente o que receberam de seus sábios em sua escrita caldéia original, e que foi refundido nos livros anteriores por Esdras, guiado pelo Grande Mestre Daniel, da Universidade dos magos de Caldéia. Mas do ponto de vista científico, isso não amplia muito a questão, que foi recuando no tempo por meio do levantamento dos documentos assírios, e assim subseqüentemente até chegar à fonte primordial.
No segundo caso, Ca-Ba-Lá, significa a potência das XXII letras, CaBa, já que C = 20 e B = 2.
Mas, então, a questão é resolvida exatamente, pois se trata do caráter científico determinado pelos antigos patriarcas ancestrais para os alfabetos de vinte e duas letras numerais.
Temos que considerar esses alfabetos como um monopólio das raças chamadas semitas? Talvez seja realmente um monopólio, ou muito pelo contrário.
Segundo as minhas pesquisas sobre os antigos alfabetos da Ca-ba-Lá, de XXII letras, o mais oculto, o mais secreto, que me serviu de protótipo não tão-somente para todos os outros do mesmo gênero mas também aos signos védicos e às letras sânscritas, trata-se do alfabeto ário. É aquele alfabeto que fui feliz em transmitir e que obtive de eminentes bramanes, os quais nunca, nem em sonho, exigiram-me guardar segredo dele.
DESCRIPTION BRAHMANIQUE (Descrição Brabmâniea)
GRAND CERCLE (Grande Círculo).
XII Voyelles simples et doubles a l'usage unique du vattan
(XII Vogais simples e duplas segundo serem usadas unicamente no vattan).
PETIT CERCLE (Pequeno círculo).
VII Voyelles mystiques dans les VII Datus des Mystéres
(VII Vogais místicas nos VII Datus dos Mistérios).

RETANGLES (Retângulos).
XXII Lettres de l'Alphabet magíque de l'Ecriture Cachée
(XXII Letras do alfabeto mágico das escrituras Ocultas).

L'Ensamble est basé sur le Ordre étabili dans le Cieux visibles par lê Sublimes CREATEUR SWAYAMBUHU LETRE DIVIN. Exitant par LUI MÊME
(O conjunto está baseado sobre a Ordem estabelecida nos Ciclos visíveis pelo sublime CRIADOR SWAYAMBUHU. O SER DIVINO Existente por SI MESMO).
Lês XII Voyelles correspondant aux XII signes zodiacaux
(As XII vogais correspondentes aos XII signos zodiacais).
Lês VII datus aux VII Planétes
(Os VII Dats dos VII Planetas).

Lês XXII Lettres aux XXII Arcanes des Mystéres de tout Procede Celeste et du CHAR DE BBRAHMA
(As XXII letras dos XXII Arcanos dos Mistérios de todo processo celeste e do CARRO DE BRAHMA).
Français (Francês). Adamique (Adâmico)

































Esse alfabeto se distingue dos outros chamados semitas porque suas letras são morfológicas, isto é parlantesp exatamente pelas suas formas, o que o transforma num alfabeto absolutamente único. Mais ainda, um estudo cuidadoso me levou a descobrir que as mesmas letras são o protótipo dos signos zodiacais e planetários, o que é também de máxima importância.
Os bramanes chamam a esse alfabeto de vattan; e parece que se remonta à primeira raça humana, pois, pelas suas cinco formas matrizes, rigorosamente geométricas, confirma ele mesmo: Adão, Eva e Adamah.
Moisés parece apontá-lo no versículo 19 do capítulo II de seu Sepher Barashit. Mais ainda, esse alfabeto se escreve de baixo para cima, e suas letras se agrupam de tal maneira que formam imagens morfológicas parlantes. Os pandits apagam esses caracteres do quadro-negro quando a lição dos seus gurus termina. Escrevem-no também da esquerda para a direita, como em sânscrito e, portanto, da forma européia.

L'ALPHABET SANSCRIT (ALFABETO SÂNSCRITO)
voyelles (vogais) - Consonnes (Consoantes) - Gutturales (guturais) -
Palatales (palatais) - Cèrébrales (cerebrais) - Dentales (dentais) - Labiales (labiais) - Semi-voyelles (Semivogais) - Sifflantes (sibilantes) -
Áspirées (aspiradas) - Doubles (duplas) - Ciffrés (cifradas) - Signes
derives (Sinais diversos) - Apostrophe (apóstrofe)



Por todas as razões precedentes, esse alfabeto protótipo de todos os Kaba-Lim pertence à raça ária. Não podemos continuar a denominar com o nome de semitas os alfabetos desse gênero, pois não são o monopólio das raças que se denomina assim, com razão ou erradamente.
E possível, e deve-se, chamar esses alfabetos de esquemáticos. Agora, bem, o esquema não significa somente signos da palavra, mas também signos da glória. É esse o duplo sentido que temos que prestar atenção, quando lemos alguma passagem das sagradas escrituras, como, por exemplo, algumas de São Paulo mencionadas anteriormente.
Esses alfabetos existem também em outras línguas, como o eslavo; assim, por exemplo, a etimologia do termo eslavo é slovo e slava, que significam palavra e glória.
Esses sentidos nos conduzem a significados muito altos. O sânscrito costuma corroborar essa elevação. Sama, que encontramos também nas línguas de origem celta, significa similar, identidade, proporcionalidade, equivalência, etc.
Mais adiante, veremos algumas aplicações desses significados antigos. Por enquanto, continuamos com o que segue;
O termo Cabala, tal como o compreendemos, significa o Alfabeto das XXII Potências, ou a Potência das XXII letras desse alfabeto. Esse tipo de alfabeto tem um protótipo ário ou jafético, que pode ser designado, certamente por direito, com o nome de Alfabeto da Palavra ou da Glória.
Palavra e Glória! Por que estes dois termos estão relacionados em duas línguas antigas tão distantes uma da outra como o eslavo e o caldeu? Isso é sustentado por uma constituição primordial do espírito humano, em um Princípio comum ao mesmo tempo científico e religioso: o Verbo, a Palavra cosmológica e seus equivalentes.
Jesus, em sua última oração tão misteriosa, lança nisso, como em tudo, uma luz esclarecedora sobre o mistério histórico que nos ocupa agora:
"Oh Pai! coroa-me com a glória que tive antes de que este mundo fosse!"
O Verbo Encarnado faz alusão, com isso, à Sua Obra, à Sua Criação direta como Verbo Criador.
Criação designada com o nome de Mundo divino e eterno da Glória, protótipo do mundo astral e temporal, criado pelos Alahim sobre este modelo incorruptível.
Que o Princípio Criador seja o Verbo, a antigüidade não possui sobre este ponto mais que uma voz unânime. Falar e criar são, aqui, o sinônimo de todas as línguas.
Entre os brâmanes, os documentos anteriores ao culto de Brahma apresentam a ISOu-ra, Jesus Rei, como Verbo Criador.
Entre os egípcios, os livros de Hermes Trismegisto dizem a mesma coisa, e OShI-Ri é Jesus Rei, lido da direita para a esquerda.
Entre os trácios, Orfeu, iniciado nos Mistérios do Egito pela mesma época que Moisés, escreveu um livro intitulado "O Verbo Divino". Enquanto para Moisés, o Princípio é o motivo da primeira frase de seu Sepher. Não se trata da Essência de Deus, IHOH, que é nomeado somente no sétimo dia, mas de seu Verbo Criador da héxada divina: BaRa-Shith, em que Bara significa falar e criar; Shith, significa a héxada. Em sânscrito, temos o mesmo significado para BaRa-Shith.
Este termo, BaRa-Shith, tem dado lugar a polêmicas e inúmeras discussões. São João não defende o termo como Moisés desde o começo de seu Evangelho, e escreve em Siríaco, língua cabalística de XXII letras: "O Princípio é o Verbo. Jesus tinha dito: 'Eu sou o Princípio'".
O sentido exato é fixado assim por Jesus, que confirma toda a universalidade pré-mosaica anterior. O que precede explica por que as Universidades verdadeiramente antigas consideraram o Verbo Criador como a incidência, da qual a palavra humana é o reflexo exato, quando o processo alfabético se encaixa perfeitamente no planisfério do Cosmos.
O processo alfabético, junto com todos os seus equivalentes, representa, então, o Mundo Eterno da Glória; e o processo cósmico representa o mundo dos Céus astrais.
E por isso que o Rei Profeta, eco de toda a antigüidade patriarcal, disse: "CÉli enarrant Dei Gloriam", ou, em francês: "O mundo astral reflete o mundo da Glória divina." O Universo invisível fala por meio do Universo visível.
Permanecem assim dois casos a serem resolvidos: primeiro, o processo cósmico das escolas antigas; segundo, o dos alfabetos correspondentes.
Para o primeiro ponto, III Formas matrizes: O centro, o rádio ou diâmetro e o círculo; XII signos involutivos; VII signos evolutivos.
Em ambos os casos: III + XII + VII = XXII = CaBa, pronunciando-se: C = 20, B = 2, dando um total de 22, C, Q, F, D.
Os alfabetos das 22 letras correspondiam, pois, a um Zodíaco solar ou solar-lunar, montado a partir de um setenário mais evoluído. Eram os alfabetos esquemáticos.
Os outros, de acordo com o mesmo método, provinham das 24 letras, dos horários dos precedentes, de 28 letras seus lunares; por 30, seus mensais solar-lunares; por 36, seus decânicos, etc. Sobre os alfabetos das 22 letras, a regia, a emissiva da ida, a remissiva da volta, era o I, o Y e o J, e colocada sobre o primeiro triângulo eqüilátero inscrito, devia formar antologicamente, com as outras duas, o nome do Verbo e o de Jesus, IshVa-(Ra), OshI-(Ri).
Pelo contrário, todos os povos que têm adotado o Cisma Naturalista e Lunar escolhem a letra M como Regia, que governa o segundo trígono elemental.
ALFABETO DE XXII LETRAS (VER O LIVRO II)

ARITMOLOGIEDES XXII LETTRES (Aritmologia das XXII Letras)
Les III Lettres extraides (As III Letras extraídas) - La gamme des, VII (A
gama das VII) - Lê Mode des XII (O Modo dos XII) - Divinité
(Divindade) - Déîté (Deidade) - Vie absotue (Vida absoluta) - Indivisible
Vie (Vida Indivisível) - Symetric mono-asique (Simetria Mono-Ásica) -
Symetria Deuto-asique (Simetria Deuto-Ásica) - Axé (Eixo) - Pour la
construcción de la Sphère (Para a construção da Esfera).
Todo o sistema védico, e depois o brahmânico, tem sido regulado posteriormente por Krishna dessa forma, a partir do Kaly-Youg. Essa é a chave do Livro das Guerras de IEVE, guerra da letra Regia I ou Y contra a ursupadora M.
Tendes visto, meu querido amigo, as moderníssimas provas, fruto da simples observação e da experiência científica, pelas quais a mais antiga tradição foi ao mesmo tempo restabelecida e verificada por mim. Portanto, não falarei mais do que o estritamente necessário para o esclarecimento do fato histórico da Cabala.
Conforme os patriarcas que os têm precedido, os brâmanes têm dividido as línguas humanas em dois grandes grupos: (1º) Devanagáricas, são as línguas da cidade celestial ou da civilização reintegrada ao seu Princípio Cosmológico divino; (2º) Prácritas, são as línguas das civilizações selvagens ou anárquicas. O sânscrito é uma língua devanagárica de quarenta e nove letras; o veda, igualmente, com suas oitenta letras e signos, derivados do ponto do AUM, ou seja, da letra M.
Essas duas imagens são cabalísticas em seu sistema particular, no qual a letra M é o ponto de partida e de retorno. Porém, têm sido, desde sua origem e continuando até os nossos dias, articuladas sobre uma fatia do templo de vinte e duas letras, da qual a letra Regia primeira é o I.
Todas as retificações se tornam possíveis e fáceis graças a esta chave, no triunfo e maior glória de Jesus, verbo de IEVE, dito de outra forma, da síntese primordial dos primeiros patriarcas.
Os atuais brâmanes conferem a seu alfabeto de vinte e duas letras uma virtude mágica; porém esses termos não possuem para nós mais do que uma conotação de superstição e ignorância.
Superstição, decadência e superestação de elementos arqueológicos e de fórmulas mais ou menos alteradas, porém, com um estudo mais profundo se poderia, como neste caso, relacionar uma experiência ou um ensinamento anterior de forma científica e consciente e não de forma metafísica ou mística. Esse ensinamento primordial foi motivado principalmente pela maior ou menor ignorância dos fatos, das leis e dos princípios.
Por outra parte, a Escola lunar vedo-brahmânica não é a única na qual a ciência com sua síntese solar, a religião do Verbo, tem degenerado em Magia. Basta que se explore um pouco a universalidade terrestre a partir da época babélica para ver uma crescente decadência, atribuída cada vez mais à influência envolta de um caráter de superstição e magia, que exercem cada vez mais os alfabetos antigos.
Da Caldéia até a Tessália, da Escitia até a Escandinávia, dos Kouas de Fo-Hi e dos Musnads da antiga Arábia aos Runas dos Varaighes, podemos observar a mesma degeneração.
A verdade, nisso como no todo, é infinitamente mais maravilhosa que o erro, e conheceis, querido amigo, esta admirável verdade.



Zodíac de la Parole (Zodíaco da Palavra) - Alphahet solaire
de XXII lettres (Alfabeto solar das XXII letras) - Planetarisme
de la Parole (Planetarismo da Palavra) - Septenaire des lettres
(Septenário das letras) - Dodecade des lettres (Dodécada das letras) -
Musique (Música) - Adamique et Nombres (Adâmico e Números) -
Sanscrit devangari (Sânscrito devanagárico ) - Astral (Astral) -
Français (Francês) - Nombres d'Ordre (Números de Ordem) -
Rayon (Rádio) - Longer de la circeonfèrence (Comprimento da
circunferência) - Diametre (Diâmetro) - Points centraux (Pontos
centrais) - Ciconference (Circunferência).

Por último, como nada se perde na humanidade terrestre, da mesma forma que no Cosmos inteiro, o que tem acontecido ainda é testemunho da antiga universalidade da que nos fala Santo Agostinho, em suas Retrações.
Os brâmanes cabalizam com os oitenta signos védicos, com as quarenta e nove letras do sânscrito devanagárico, com as dezenove vogais, semivogais e ditongos, isto é, toda a mistura de Krishna, acrescentada por ele ao alfabeto vattan ou adâmico.
Os árabes, os persas e os soubbas cabalizam com seus alfabetos lunares de vinte e oito letras e os marroquinos com seu Koreish.
Os tártaros manchus cabalizam com seu alfabeto mensal de trinta letras. As mesmas observações podem ser feitas entre os tibetanos e os chineses, etc, as mesmas reservas podem ser feitas quanto às alterações da ciência antiga dos equivalentes cosmológicos da palavra.
Resta saber em que ordem devem ser dispostos funcionalmente esses XXII equivalentes sobre o Planisfério do Cosmos.
Querido amigo, tendes sob os olhos o modelo de acordo com aquele que foi legalmente depositado sob o nome de Arqueômetro.
Vos sabeis que as chaves deste instrumento de precisão, para serem usadas em elevados estudos, têm sido dadas pelo Evangelho, por certas palavras precisas ditas por Jesus e comparadas com as de São Paulo e São João.
Todas as Universidades religiosas, asiáticas e africanas, abastecidas pelos alfabetos cosmológicos, solares, solar-lunares, horários lunares, mensais, etc, servem-se de suas letras de forma cabalística.
Trata-se da ciência pura, da poesia interpretando a ciência ou da inspiração divina, todos os livros antigos, escritos em línguas devanagáricas e não prácritas, que não podem ser compreendidas se não fosse a Cabala dessas línguas.
Porém, aquelas devem ser reintegradas às XXII equivalentes esquemáticas, e estas, às suas posições cosmológicas exatas.
A Cabala dos Judeus está, pois, motivada por toda a constituição anterior do espírito humano; porém, ela tem necessidade de ser arqueométrica, isto é, medida por um princípio regulador, controlada sobre o instrumento de precisão do Verbo e de sua síntese primordial.
Não sei, querido amigo, se estas páginas respondem a vossa afetuosa espera. Não pude mais do que resumir capítulos inteiros em algumas linhas.
Rogo-vos, pois, desculpar as imperfeições e olhar o que precede como um testemunho da minha boa vontade e da minha velha amizade.

LIVRO II
Descrição e Estudo do Arqueômetro
CAPÍTULO PRIMEIRO
Os Amigos de Saint-Yves
A morte surpreendeu o marquês de Saint-Yves d'Alveydre de modo inesperado. Seu considerável trabalho estava em plena via de execução, porém ainda não estava terminado; algumas partes estavam totalmente escritas, prontas para serem imprimidas, porém outras, pelo contrário, estavam somente esboçadas.
Uma multidão de documentos e uma quantidade razoável de clichês fotográficos e tipográficos deveriam ser colocadas em ordem. Era possível permitir a perda de tantos anos de trabalhos e pesquisas, parando a execução e impedindo de vir à luz o trabalho do Mestre, apesar de todas as dificuldades que poderiam surgir?
Esse foi o problema que se apresentou à família do marquês de Saint-Yves, e ainda nos falta dizer como foi resolvido esse problema, que, em nossa opinião, foi solucionado de forma tão esclarecedora como justa.
A condessa Keller e o conde Alexandre Keller, herdeiros do marquês de Saint-Yves, encarregaram um amigo e discípulo do marquês, o doutor Gerard Encausse (Papus), de tomar as providências necessárias para a publicação do Arqueômetro.
O doutor Encausse estava impedido de iniciar um trabalho de tamanha envergadura.
Então, apelou para todos os que Saint-Yves havia permitido que estudassem alguns pontos de seu trabalho. A continuação, foi criada legalmente a sociedade "Os amigos de Saint-Yves", como sociedade civil de publicações e conferências, por um dos amigos mais queridos do marquês, Monsieur Duvignau de Lanneau, e esta sociedade estabeleceu o grupo dos colaboradores que se encarregariam de aprimorar, organizar e editar o trabalho do Mestre.
Monsieur Lebreton, o dedicado secretário de Saint-Yves, fez uma classificação preliminar dos documentos e se colocou como um sensível elo entre o Mestre morto e seus discípulos vivos.
Monsieur Jemain, que havia sido um eficiente colaborador do Mestre quando este estava vivo, especialmente em toda a sua adaptação musical, quis encarregar-se de tudo o que concernia àquela adaptação.
Monsieur Gougy, arquiteto diplomado, que estava trabalhando para o Governo e que tinha trabalhado com o Professor em algumas adaptações para a arquitetura, deu-nos um resumo brilhante dos seus trabalhos e colocou à nossa disposição todos os clichês necessários.
Nosso amigo, o doutor A. Chauvet, de Nantes (Saïr), que havia trabalhado particularmente com o Mestre, foi de uma ajuda considerável na publicação deste trabalho. Dedicou numerosos meses do seu trabalho para organizar e colocar em ordem a obra Verdadeira Sabedoria; deve-se a ele ainda a organização da obra Hermenêutica Sânscrita e grande quantidade de documentos igualmente importantes.
Monsieur Batilliat, um escritor de grande talento, era na parte literária o colaborador preferido do marquês de Saint-Yves e todos os amigos do Mestre lhe dedicavam um profundo reconhecimento.
Ao lado desse grupo, composto de uma falange da qual cada indivíduo queria passar despercebido, tornar-se anônimo, para integrar-se e fazer parte do grupo geral "dos amigos de Saint-Yves", outros amigos pessoais do marquês conservaram dele uma elevada idéia e preservaram piedosamente o culto de sua memória. Mencionaremos entre os mais íntimos o conde Léonce de Larmandie, depois nosso amigo Sédir, a seguir F. Ch. Barlet, que foi um dos primeiros e calorosos defensores do Mestre e que escreveu sobre ele um notável opúsculo, contendo, no entanto, alguns erros relativos ao Arqueômetro, provenientes da falta de documentos positivos.
Como todos os Mestres, o marquês de Saint-Yves teve discípulos, primeiro, admiradores e que, logo depois, o insultaram ou traíram. A melhor coisa que podemos fazer é não mencionar seus nomes, certos de que o Mestre os esqueceria e perdoaria. Sua obra permanece e ela, por si só, é o bastante para colocar os invejosos no seu devido lugar.
Os amigos de Saint-Yves se esforçaram para trazer à luz não só o Arqueômetro como também algumas adaptações feitas anteriormente. Assinalaremos principalmente a Théogonie des Patriarches (Teogonia dos patriarcas), adaptação das chaves arqueométricas para uma nova tradução dos primeiros capítulos da Gênese e do primeiro capítulo do Evangelho de São João. Essa edição de grande luxo foi depositada na casa editora Dorbon-Ainé, Boulevard Haussmann 19, Paris.
Devemos, de passagem, agradecer, em nome de todos os admiradores do Mestre, ao erudito e artista Dorbon-Ainé pela dedicação que apresentou quando assumiu a publicação de O Arqueômetro.
Os amigos de Saint-Yves reeditaram também os Mystères du Progrès (Mistérios do Progresso) com os três capítulos sobre o nascimento, os sexos e o amor, e a morte; a Mission de Linde (Missão da Índia), obra que trata sobre a Índia, seus mistérios e o Mahatma, revelações prodigiosas e totalmente desconhecidas na Europa.
Por último, tem estabelecido uma tabela alfabética da Mission des Juifs (Missão dos Judeus), que se havia tornado indispensável.
Tudo isso, os amigos de Saint-Yves o fizeram sem procurar qualquer interesse material, em memória primeiro do ilustre Mestre desaparecido, e em agradecimento à continuação para seus herdeiros, que dedicaram todos os seus esforços para ajudar os discípulos a trazer à luz o Arqueômetro e suas múltiplas adaptações.


CAPÍTULO SEGUNDO
Explicações Preliminares

É importante, antes de abordar o estudo do Arqueômetro, estabelecer claramente o caráter peculiar desta descoberta. O Arqueômetro é um conjunto de equipamentos de construção de uma casa completamente edificada. Antes de construir uma casa, estuda-se cada setor do corpo da construção, utilizando as ferramentas de trabalho mais apropriadas para cada área, assim o pedreiro leva sua colher, seu prumo, etc, o arquiteto, sua régua e seu compasso, e assim sucessivamente para cada corpo da construção.
O Arqueômetro é um aparelho que tem a qualidade particular de ser usado com várias finalidades. Assim, pode ser útil em todas as modalidades das artes; ser ao mesmo tempo a chave da balança sonométrica do músico, pode determinar as cores necessárias ao pintor, ou ser a chave dos padrões construtivos do arquiteto.
É indispensável estabelecer a diferença fundamental que faz com que este aparelho sintético funcione como um simples instrumento e não como uma adaptação feita para muitos usos. Ele não serve numa casa completamente construída, mas certamente poderão ser construídas muitas casas com ele, conforme as regras harmônicas da natureza. Não é um prêmio para a preguiça, muito pelo contrário, é um convite para o trabalho; com o Arqueômetro pode ser ampliada e esclarecida a originalidade do artista, dando-lhe uma sólida base científica. É um aparelho que possui qualidades especiais que resumiremos da melhor forma possível:


O ARQUEÔMETRO
Adamique = Adâmico
Nombres = Números
Français = Francês
Syríaque = Siríaco
Assyríen = Assírio
Samaritain = Samaritano
Kaldeen = Caldeu
Soubba = Soubba
Árabe = Árabe


1°: É o mesmo para todas as Artes;
2°: Reintegra todas as Artes numa síntese comum e, ao mesmo tempo dá a chave das adaptações religiosas e científicas da Antigüidade;
3º: Reintegra todas as medidas às unidades métricas atuais: o metro e o círculo; mil milímetros e 360°.

I
O Arqueômetro é um equipamento comum a todas as artes; o pintor determina com ele as cores compostas, que são combinações das três cores primitivas: o amarelo, o vermelho e o azul, que se localizam em torno do círculo de 360°, de tal forma que a cor branca teoricamente sempre é constituída por duas cores opostas em 180°. É possível, pois, determinar, graças ao Arqueômetro, pelo menos uma escala de 360 matizes de cores, tendo cada um seu número e não um nome de fantasia. Esse número permite determinar não só cada um desses matizes, mas também a composição de cada uma dessas tintas, em relação às cores primitivas.
O músico encontra no Arqueômetro as relações das notas com as cores, com as formas, com as letras e, mais ainda, as escalas sonométricas que reintegram as duas séries: a série verbal e a série física, inversamente proporcionais ao padrão corrente do metro, com a nota Ré bemol, igual a 100.000 ou a um metro; esta cifra de 100.000 representa a multiplicação de 625 por 160. (Para os detalhes e as adaptações, ver mais adiante o estudo do padrão arqueométrico.)
O arquiteto encontra no Arqueômetro a chave do Cânon universal, que permite a construção das formas, segundo um nome. uma idéia ou uma cor determinada; estabelecendo-se, assim, estreitas relações entre a altura e a largura de um edifício, de uma parte, e entre sua adaptação industrial, religiosa ou estética, de outra parte.
Mas o que mais surpreenderá aos artistas contemporâneos é a adaptação do Arqueômetro à literatura. As relações das letras e das cores, como foi percebido intuitivamente por Rimbaud e seus imitadores, são cientificamente determinadas pelo Arqueômetro; mais ainda, esse instrumento determina as relações entre as palavras, as idéias, as cores e as formas.
Se esse instrumento é útil aos criadores das novas adaptações, reveste-se de um caráter todo especial em relação ao estudo das ciências da Antigüidade. O pesquisador das coisas ocultas e o historiador são colocados ao alcance de um instrumento usado nas antigas iniciações e em todas as suas adaptações na arte e nas descobertas científicas. De agora em diante, são necessárias algumas palavras de esclarecimento.
Os ancestrais tomaram realmente como uma chave geral de adaptação o céu e sua constituição. De forma que, embora todos os arquivos terrestres viessem a desaparecer, era sempre possível reconstituí-los com o instrumento que formava a base de todas as artes e de todas as ciências, traçando em um papiro ou sobre uma tábua de madeira a constituição do céu. E por isso que o conhecimento da antiga astrologia é indispensável aos verdadeiros pesquisadores, como também ao historiador digno desse nome. O céu foi dividido pelos ancestrais em doze grandes divisões, cada uma delas correspondia a um astro: estes, por sua vez, tinham domicílios positivos ou negativos, quer dizer, diurnos ou noturnos, em cada uma dessas casas. Se lembrarmos, na antiga astrologia, cada signo do Zodíaco tinha uma letra, a mesma coisa para cada planeta, de tal forma que o céu era constituído por um verdadeiro alfabeto em movimento, no qual as letras planetárias se apresentavam em frente a cada uma das letras fixas zodiacais; eles inscreveram no céu nomes que encontraremos novamente em todas as grandes religiões. Ichwa-ra ou Jesus Rei, Mariah ou Mayah, Maha-maia ou a Virgem das grandes águas celestes; possuem seus nomes inscritos com letras de fogo no céu desde a constituição dos primeiros elementos terrestres. A mesma coisa acontece com os nomes de Pho, de Shiva, de Brahma, etc.
Temos que insistir aqui, mostrando o duplo caráter do Arqueômetro. É um instrumento que deverá renovar toda a arte moderna por meio das mãos e do gênio dos artistas por uma parte, e, por outra, é o testemunho e a chave de todas as ciências da Antigüidade, das quais as ciências ocultas são apenas uma pequena deformação. Os ocultistas geralmente consideram o Arqueômetro somente sob este último ponto de vista, e os comentários que geralmente são feitos sobre este admirável instrumento de adaptação, até a presente data, são infantis; eles são aplicados quase exclusivamente a este último aspecto. Então, a Astrologia nos dá as chaves das ciências da Antigüidade e será um dos grandes méritos de Saint-Yves d'Alveydre ter restabelecido as relações entre as cartas, as cores e os planetas; porém, esse instrumento continuará sendo uma evocação dos cemitérios intelectuais, se o seu autor não tivesse feito dele uma forma de síntese e de regeneração de toda a intelectualidade futura.
II
Esse instrumento é o mesmo para todas as artes; estabelece a síntese delas, determina suas relações. O mesmo círculo de 360° nos dá, entre elas: (1°) uma escala dupla de números; (2°) as relações das cores e das formas; das notas musicais; das letras dos antigos alfabetos sagrados. Como acabamos de ver acima, sintetiza estas chaves artísticas com os dados da Antigüidade. Graças ao Arqueômetro, o céu sai do seu silêncio para pronunciar nomes, e estes nomes são aqueles contidos em todas as revelações religiosas de todos os tempos, da mesma forma como os revelamos no momento certo. Saint-Yves d'Alveydre consagrou grande parte de seu trabalho a esse estudo das adaptações religiosas, que não podemos mais do que pressenti-las aqui.
III
Visualizando as lâminas e figuras coloridas do Arqueômetro, tudo está inscrito em um círculo de 360°, divididos em triângulos com 12 seções de 30° cada uma. Serão notadas então duas escalas de números: uma de 0º a 360°, e a outra de 360° a 0º. Encontraremos ao longo do livro numerosos modelos de adaptação; estes modelos forçosamente são incompletos, mesmo que forneçam informações valiosas, pois, se um autor é competente numa determinada arte, é compreensível que possua uma prodigiosa capacidade cerebral que a domine completamente, isso não quer dizer que seja igualmente competente em todas as artes e em todas as ciências conhecidas. Acrescentamos ainda que, quando a família herdeira do marquês de Saint-Yves, a condessa Keller e o conde Alexandre Keller, concederam a grande honra de escolher o doutor Encausse para que viessem à luz a publicação do Arqueômetro, o trabalho de Saint-Yves estava longe de estar terminado. Foram muitos meses de pesquisas, de dedicação e trabalhos delicados; sendo necessário reunir todos os colaboradores do brilhante autor para poder terminar esta obra. Ficou comprovado o grande conhecimento e, especialmente, a capacidade musical de Saint-Yves, sendo esta a sua arte predileta. Será vista também a relevante importância que apresentam as informações e os dados relativos à arquitetura. Cada uma dessas matérias foi revisada por um dos colaboradores especializados, cujo nome está na lista dos amigos de Saint-Yves.





CAPÍTULO TERCEIRO
A Palavra e os Alfabetos -
O Planisfério Arqueométrico -
O Arqueômetro Cosmológico



1. A Palavra e os Alfabetos. - 2. A Palavra Teantropológica. - 3. A Palavra Andrológica e Cosmológica. - 4. A Palavra Teandrológica. - 5. O Selo do Verbo. - 6. Seu Rastro na Tríplice Igreja Evangélica Mosaica, Patriarcal. - 7. Conseqüências de sua Ressurreição.
O Arqueômetro Cosmológico
REGULADOR, MEDIADOR E COMPOSITOR UNIVERSAL
Interessa a metrologia e a combinação exala das idéias cosmológicas e de seus meios de expressão, como: Formas, Números, Cores, Sons, e também suas relações correspondentes, e, em conseqüência, as artes e os ofícios que as usam.
O PLANISFÉRIO ARQUEOMÉTRICO
É um instrumento orgânico, harmônico e simétrico que se fundamenta na combinação de numerosas áreas de círculos, raios e polígonos concêntricos suscetíveis de evoluir em torno de um ponto
central comum.
Essas áreas são:
1º: Um círculo duplo de 360° em cada um gira em sentido contrário, de tal forma que, dando a cada grau dois números, seu total será sempre 360 e que sua inversão dextrogira ou levogira permita uma metrologia fácil nos dois sentidos:

2º: Uma zona dodecagonal fixa chamada "Zodíaco das Letras Modais". Esta zona é dividida em 12 partes iguais de 30° cada uma, subdivisíveis em minutos e segundos. Cada um dos doze-avos dessa zona contém, no interior, sua letra morfológica e o número dessa letra aparece em um escudo, que possui como fundo uma cor especial que lhe corresponde exatamente;

Total: 22 letras morfológicas, 22 cifras aritmológicas, correspondentes a cada uma daquelas e às 22 cores;
3º: Uma zona móvel chamada "Planetário das Letras". Essa zona é formada por 12 ângulos de 4 triângulos eqüiláteros que se intersectam regularmente. Cada um dos 12 ângulos é tangente a um dos escudos da zona anterior e é identificado por uma letra morfológica, uma cifra aritmétrica própria dessa letra, a cor do escudo do qual é tangente, um pentagrama musical e uma nota musical;
Total: 12 ângulos, 12 letras, 12 números, 12 cores, 12 notas musicais;
4º: Uma zona zodiacal astral fixa, com os 12 signos provenientes das 12 letras zodiacais. Cada signo apresenta em seu escudo uma cor de sua correspondência com as zonas acima;

5º: Uma zona planetária astral móvel, com seus 12 signos diatônicos astrais e todas as suas correspondências, aparecendo cada um em seu próprio domicílio tanto diurnos como noturnos e figurando a cor da letra planetária de onde deriva sua morfologia.

Total: 12 signos planetários, dos quais 5 são repetidos = 7, e 12 cores;
6º: Uma zona de 12 ângulos de 4 triângulos eqüiláteros, que se intersectam regularmente, sob o triângulo gerador e metrológico correspondentes por seus ângulos, ao signo da Virgem, ao signo de Capricórnio e ao signo do Touro. Cada ângulo possui as cores do signo que lhe corresponde.
Total: 12 Cores, 12 ângulos, 4 triângulos, dos quais um é o gerador de dois hexágonos, de dois pares de triângulos eqüiláteros tangentes; um destes pares é a solsticial com seus ângulos Norte-Sul, o outro; é o equinocial, com seus ângulos Leste-Oeste; todos os ângulos de cada par se distanciam entre si pelo comprimento do raio de seu círculo tangente;
7º: Um círculo central que contém um pentagrama musical, uma nota no centro comum, uma letra morfológica sobre essa nota, 12 raios brancos que formam 6 diâmetros brancos, que passam pelo centro, um no sentido Norte-Sul, o outro no sentido Leste-Oeste, e todos estão sobre o círculo a 30° um do outro.
O planisfério orgânico e harmônico tem seus Pólos e seu Equador de correspondência, seu ano, suas estações, sua simetria esquerda-direita de organização e de harmonia: diretas ou interferenciais. Ele é falante, exatamente no sentido da palavra, devido a todos os seus elementos concordantes e todas as suas combinações.
A análise de sua síntese e as leis que presidem a sua composição serão dadas depois de expor sua descrição detalhada.
Descrição Detalhada
CORRESPONDÊNCIAS VERTICAIS DESCENDENTESD ZENIT (NORTE)
345
1º) Graus 15
360
2º) Solstício de inverno, dezembro-janeiro.
3º) Início do tempo e do ano positivo.
4º) Escudo amarelo simples. 120.
5º) Letra que representa o triângulo eqüilátero.
6º) 80, Número dessa letra.
7º) ângulo amarelo do triângulo eqüilátero da Terra. 120.
8º) Letra que representa o triângulo eqüilátero com a prumada do eixo do mundo.
9º) 300, número dessa letra.
10º) A nota Si
11º) Capricórnio e suas correspondências.
12º) Saturno e suas correspondências.
13º) O raio branco que aponta o ângulo amarelo. 120.
14º) A nota Mi e a letra do Sol.

CORRESPONDÊNCIAS VERTICAIS ASCENDENTES
NADIR (SUL)
165
1º) Graus: 195
360
2º) Solstício da estiagem, junho-julho.
3º) Retorno do tempo e do ano negativo.
| Azul 60
4º) Escudo violeta: | Vermelho 60
| 120
5º) Letra: uma hélice sobre uma vertical.
6º) 8, número dessa letra.
| Azul 60
7º) Ângulo violeta do triângulo eqüilátero da água: | Vermelho 60
| 120
8º) Letra: um círculo e seu diâmetro representando o duplo hemisfério.
9º) 2, número deste duplo hemiciclo.
10º) A nota Lá.
11º) Câncer e suas correspondências.
12º) A Lua e suas correspondências.
| Azul 60
13º) O raio branco que aponta o ângulo violeta: | Vermelho 60
| 120
14º) A nota Mi e a letra do Sol.


CORRESPONDÊNCIAS HORIZONTAIS E EQUATORIAIS
DE OESTE PARA LESTE
OESTE

75
1º) Graus 285
360
2º) Equinócio do outono, setembro-outubro.
3º) Tensão equatorial negativa,
| Azul 90
4º) Escudo verde: | Amarelo 30
| 120
5º) Letra: fiel da balança.
6º) 30, número dessa letra.
| Azul 90 |
7º) Ângulo verde: | Amarelo 30 | do triângulo eqüilátero do Ar.
| 120 |
8º) A letra que representa o ponto inicial que gera uma curva.
9º) 2, número dessa letra.
10º) A nota Fa.
11º) A balança e suas correspondências.
12º) Vênus noturno1 e suas correspondências.
| Azul 90
13º) O raio branco que aponta para o ângulo verde: | Amarelo 30
| 120
14º) A nota Mi e a letra do Sol.


CORRESPONDÊNCIAS HORIZONTAIS E EQUATORIAIS
DE LESTE PARA OESTE
LESTE

255
1º) Graus 105
360
2º) Equinócio da primavera, março-abril.
3º) Tensão equatorial positiva.
| Vermelho 90
4º) Escudo laranja: | Amarelo 30
| 120
5º) Letra: círculo interceptado por duas curvas em forma de chifres de Carneiro.
6º) 5, número dessa letra.
| Amarelo 90 |
7º) Ângulo laranja: | Vermelho 30 | do triângulo eqüilátero do Fogo.
| 120 |
8º) A letra helicoidal com ângulo atravessado.
9º) 20, número dessa letra.
10º) A nota Ré.
11º) O Carneiro e suas correspondências.
12º) Marte noturno1 e suas correspondências.
| Vermelho 90
13º) O raio branco que aponta para o ângulo laranja: | Amarelo 30
| 120
14º) A nota Mi e a letra do Sol.


CORRESPONDÊNCIAS NORTE-LESTE 30° NORTE
NORTE-LESTE
315
1º) Graus 45
360
2º) Inverno, janeiro-fevereiro.
| Amarelo 90
3º) Escudo laranja: | Vermelho 30
| 120
4º) Letra: duas linhas retas em cruz.
5º) 100, número dessa letra.
| Amarelo 90 |
6º) Ângulo laranja: | Vermelho 30 | do triângulo do Ar.
| 120 |
7º) Letra: triângulo com prumada sem apoio de 30°.
8º) 300, número dessa letra.
9º) A nota Si.
10º) Aquário e suas correspondências.
11º) Saturno diurno e suas correspondências.
| Amarelo 90
6º) Ângulo laranja: | Vermelho 30
| 120
13º) O raio branco que aponta para este ângulo.
14º) A nota Mi e a letra do Sol.

CORRESPONDÊNCIAS SUL-OESTE (30º SUL)
SUL-OESTE
135
1º) Graus 225
360
2º) Estiagem, julho-agosto.
|Vermelho 30 |
3º) Escudo índigo: | Azul 90 | do triângulo de Fogo.
| 120 |
4º) Letra: um arco de círculo de 180°.
5º) 9, número dessa letra.
| Vermelho 30
6º) Ângulo índigo: | Azul 90
| 120
7º) Letra: um arco de círculo de 180° e seu ponto central.
8º) 50, número dessa letra.
9º) A nota Lá.
10º) O signo de Leão e suas correspondências.
11º) O Sol e suas correspondências.
| Vermelho 30
12º) O ângulo índigo: | Azul 90
| 120
13º) O raio branco que aponta para este ângulo.
14º) A nota central Mi e a letra do Sol.

CORRESPONDÊNCIAS OBLÍQUAS NORTE-OESTE
60° SOBRE O EQUADOR
A 30° DO NORTE

15
1º) Graus 145
360
2º) Outono, novembro-dezembro.
| Amarelo 90 |
3º) Escudo verde: | Azul 30 | do triângulo de Fogo.
| 120 |
4º) Letra: um arco e um ponto.
5º) 70, número dessa letra.
| Amarelo 90
6º) O ângulo verde: | Azul 30
| 120
7º) Letra: o ponto gerando uma curva angulada sobre uma linha reta horizontal.
8º) 4, número dessa letra e derivado dela.
9º) A nota Dó.
10º) Sagitário e suas correspondências (Flecha do arco daqui para cima.)
11º) Júpiter diurno e suas correspondências (signos derivados da 7ª Letra).
| Amarelo 90
12º) O ângulo verde: | Azul 30
| 120
| Amarelo 90
13º) O raio branco que aponta para o ângulo verde: | Azul 30
| 120
14º) A nota Mi e a letra do Sol.

CORRESPONDÊNCIAS SUL-LESTE
60° SOB O EQUADOR
195
1º) Graus 165
360
2º) Primavera, maio-junho.
| Vermelho 90
6º) Ângulo infravermelho: | Azul 30
| 120
4º) Letra: ponto circular que gera uma vertical angulada.
5º) 7, número dessa letra e derivado dela.
|Vermelho 90 |
6º) Ângulo infravermelho: | Azul 30 | do triângulo do Ar.
| 120 |
7º) Letra helicoidal inclinada, de cabo longo.
8º) 90, número dessa letra.
9º) A nota Sol.
10º) Gêmeos e suas correspondências.
11º) Mercúrio noturno1 e suas correspondências.
|Vermelho 90
12º) Ângulo infravermelho: | Azul 30
| 120
13º) O raio branco que aponta para este ângulo.
14º) A nota Mi e a letra do Sol.

CORRESPONDÊNCIAS OBLÍQUAS NORTE-OESTE
30° SOBRE O EQUADOR
A 60° DO NORTE

45
1º) Graus 315
360
2º) Outono, outubro-novembro.
| Azul 60
3º) Escudo verde: | Amarelo 60
| 120
4º) Letra: o ponto no centro da linha reta.
5º) 40, número dessa letra.
| Azul 60 |
6º) Ângulo verde: | Amarelo 60 | do triângulo da Água.
| 120 |
7º) Letra helicoidal com ângulo de cabo curto.
8º) 20, número dessa letra.
9º) A nota Ré.
10º) Escorpião e suas correspondências.
11º) Marte diurno11 e suas correspondências.
| Azul 60
12º) O ângulo verde: | Amarelo 60
| 120
| Azul 60
13º) O raio branco aponta para o ângulo verde: | Amarelo 60
| 120
14º) A nota Mi e a letra do Sol.


CORRESPONDÊNCIAS OBLÍQUAS SUL-LESTE
30° SOB O EQUADOR
A 120° DO NORTE

225
1º) Graus 135
360
2º) Primavera, abril-maio.
3º) Escudo vermelho, 120.
4º) Letra: círculo que gera uma curva.
5º) 6, número dessa letra e derivado de sua forma.
6º) Ângulo vermelho, 120, do triângulo da Terra.
7º) Letra: o ponto gerando uma curva.
8º) 3, número dessa letra.
9º) A nota Fá.
10º) Touro e suas correspondências.
11º) Vênus diurno1 e suas correspondências.
12º) O ângulo vermelho 120.
13º) O raio branco que aponta para o ângulo vermelho 120.
14º) A nota Mi e a letra do Sol.


CORRESPONDÊNCIAS NORTE-LESTE
60º NORTE
285
1º) Graus 75
360
2º) Inverno, fevereiro-março.
| Amarelo 60
3º) Escudo laranja: | Vermelho 60
| 120
4º) Letra: ponto circular que gera uma linha reta pela sua circunferência.
5º) 200, número dessa letra.
| Amarelo 60
6º) Ângulo laranja: | Vermelho 60
| 120
7º) Ponto circular que gera uma curva angulada sobre uma linha reta.
8º) 4, número dessa letra.
9º) A nota Dó.
10º) Peixes e suas correspondências.
11º) Júpiter noturno e suas correspondências.
| Amarelo 60
12º) Escudo laranja: | Vermelho 60
| 120
13º) O raio branco que aponta para este ângulo.
14º) A nota Mi e a letra Sol.


CORRESPONDÊNCIAS SUL-OESTE
60º SUL
1º) Graus
2º) Estiagem, agosto-setembro.
3º) Escudo azul 120.
4º) Letra: dois pontos circulares que geram duas curvas articuladas sobre um semicírculo.
5º) 10, número dessa letra.
6º) Angulo azul 120 do triângulo da Terra.
7º) Letra helicoidal inclinado, de cabo longo.
8º) 90, número dessa letra.
9º) A nota Sol.
10º) Signo de Virgem e suas correspondências.
11º) Mercúrio diurno1 e suas correspondências.
12º) Ângulo azul 120.
13º) O raio branco que aponta para este ângulo.
14º) A nota Mi e a letra do Sol.






Revelador e Regulador
dos Altos Estudos


Descrição Detalhada
O Arqueômetro e a Arquitécnica

O Arqueômetro é o instrumento de precisão das elevadas ciências e das artes correspondentes, seu relacionador cosmométrico, seu padrão cosmológico, seu regulador e seu revelador homológico.
Ele as reintegra ao seu princípio único e universal, à sua concordância mútua e à sua síntese sinárquica.
Essa síntese, que não é outra senão a gênese do princípio, é o próprio Verbo, e ela autografa seu próprio nome sobre o primeiro triângulo do Arqueômetro: SOPh-Yá, Sabedoria de Deus.
Mas para tomar claras todas as possíveis aplicações do Arqueômetro, como revelador e como regulador experimental dessa gênese e dessa síntese, seria necessário elaborar um sem-número de desenvolvimentos.
Teríamos que inventariar toda a nomenclatura da quádrupla hierarquia das substâncias, dos fatos, e, em conseqüência, das ciências e das artes divinas, angelicais, humanas e naturais.
Teríamos também que indicar, entrando na universalidade das conseqüências, todas as equivalências e todas as correspondências dessas hierarquias.
Nós chegaremos ao mesmo fim demonstrativo por uma via mais rápida, aquela da experiência sobre toda a sua verdade científica e, em conseqüência, em toda a lealdade de consciência que deveríamos exigir de nós mesmos em um assunto tão grave.
Esse fato é a arte; porém a arte considerada como palavra criadora e consciente da própria ciência, e não como manifestação individualista da anarquia, da fantasia, da moda ou da imitação.
É por essa razão que concentramos as aplicações do Arqueômetro na arte que é suscetível de produzir a mais direta expressão da ciência reintegrada ao seu princípio, sobre a arte que sintetiza todas as ciências em arte, todas as artes, todos os ofícios e indústrias, em uma palavra, toda a hierarquia do trabalho humano.
Esta arte é a Arquitetura.
Sendo o edifício religioso a obra mestra da Arquitécnica, ela resume o Princípio da lei e do fato social; assim, nós teremos que aplicar o Arqueômetro para a ciência das religiões.
Podendo ser exigido para erguer catedrais cristãs, pagodasP de brâmanes, budistas ou chineses, os templos ghebres ou as mesquitas muçulmanas, o arquiteto verá no regulador arqueométrico a posição exata de cada uma dessas religiões dentro do contexto religião, sendo que este termo é empregado significando a síntese científica e de sabedoria no sentido antigo da palavra.
O Arqueômetro provará experimentalmente que é o revelador e ao mesmo tempo o regulador dos Altos Estudos, o revelador da Revelação prevista no início do século XIX pelo conde de Maistre.
Como o Arqueômetro tem por princípio a palavra, o arquiteto utilizará em primeiro lugar a dupla zona Letras, e esta, de uma só vez, lhe dará todas as equivalências dos números sonométricos, das cores, das notas, dos modos musicais e, em conseqüência, morfológicos.
Terá somente que passar do Mundo da Glória ao mundo dos Céus astrais para ter as concordâncias cosmológicas que resultam das suas precedentes angelicais e divinas.
Coroas de 360 graus ou de 36 decanatos
O termo 36, em letras decimais sânscritas, escreve-se GO, que significa, em vedo, o mesmo céu. O termo 360, em letras numerais adâmicas, escreve-se ShaS, que significa a potência sexagenal 6 x 6; aquela que, de fato, corresponde à medida do círculo pelo hexágono.
Veremos, mais adiante, a importância dessa relação com o mesmo princípio. Ele tem, como característica, a Trindade que determina sua instrumentalidade direta na sexualidade: 3... 6; determinando o trígono eqüilátero, a estrela hexagonal.
Esse duplo transportador circular utilizado em sentido inverso, em relação aos graus, tem uma considerável função prática de controle, da qual os fatos testemunharão mais tarde, principalmente em relação às cores, os equivalentes luminosos das palavras: raios e cores.
A Palavra
Recorrendo à memória, lembraremos aqui que o Evangelho de São João, quando lido em siríaco, aramaico, dizia: "O Princípio é a Palavra, o Verbo". Na Grécia patriarcal, ou melhor, na Eslávia dos Bálcãs, Orfeu, segundo as tradições levantadas pelos sacerdotes da Igreja, tinha deixado entre seus numerosos livros canônicos uma obra intitulada A Palavra ou o Verbo Sagrado. Da mesma forma, na Itália patriarcal, a dos Etruscos.








Tablature cosmologique des XXII Lettres (Tabelas cosmológicas das XXII letras) - Diatonic de L'Hexade (Diatomia da Héxada) - Alphabet vattan
et nombres (Alfabeto vattan e números) - Sanscrit devanagari (Sânscrito
devanagárico) - Alphabet astral (Alfabeto astral) - Lettres latines (Letras
latinas) - Longeur de la circonference (Comprimento da circunferência) -
Rayon (Raio) - Diamètre (Diâmetro)


Arithmologie des XXII lettres (Aritmologia das XXII leras) - Constructives
(Construtivas) - Evolutives (Evolutivas) - Involatives (Involutivas) -
L'Etre Indivisível (O Ser Indivisível) - L'Etre Absolut (O Ser Absoluto) -
Longeur de la circonference (Comprimento da circunferência)



Points centraux (Pontos centrais) - Loi de L (lei de ). Cosmologie solaire
Des XXII lettres (Cosmologia solar das XXII letras) - Rayon (Raio) -
Diamètre (Diâmetro)



É preciso somente pesquisar um pouco da Antigüidade em todas as partes do mundo para encontrar pistas concretas da importância da palavra humana, considerada como reflexo do Verbo Divino.
Sem dúvida, da Índia ã China, da Eslávia e da Escandinávia para a velha América, da Síria e da Caldéia ao Egito, a erudição não pode alcançar mais do que os desperdícios supersticiosos e mágicos da ancestral ciência dessa Palavra primordial e de seus alfabetos.
Mas essas mesmas relíquias são as testemunhas desta ciência perdida.
A Igreja síria atribui aos seus alfabetos ancestrais de XXII letras um valor litúrgico, dota cada letra de uma função divina, uma significação hierática.
Essa Universidade religiosa está por isso mais próxima da verdadeira ciência ancestral do que as interpretações mágicas da Antigüidade de decadência, acessíveis aos estudiosos.
Os Alfabetos
Entre os antigos alfabetos anteriores às civilizações anarquistas greco-latinas, classificamos aqueles de 22 letras numerais como equivalente típicos da palavra.
Nós os chamaremos de solares ou solar-lunares, entendendo-se que esses nomes astrais não são mais os signos de correspondência entre o Mundo da Glória e o mundo astral.
E devido ao esquecimento dessa diferença, tomando o efeito pela causa, as conseqüências pelos princípios, que algumas das antigas Universidades caíram no culto das Potências astrais, Anjos e Demônios; no sabeísmo, e inclusive no fetichismo, mais de um século atrás, Depois se precipitou no mais baixo e grosseiro dos materialismos astronômicos.
Classificamos como lunares os alfabetos de 28 letras, como horários zodiacais os de 24 letras, como mensais zodiacais aqueles de 30 letras, como decânicos os de 36 letras, etc, sempre com as ressalvas precedentes e referindo todos esses números aos alfabetos de XXII letras como padrão.
O alfabeto dos primeiros patriarcas é aquele que usamos no Arqueômetro pelas seguintes razões:
É morfológico, quer dizer, mais que geométrico; e, para suas formas rígidas ou flexíveis moldáveis de acordo com a nossa vontade, pode projetar o objeto que define, ou define com ele a sua forma, de acordo com regras que não precisam ser expostas aqui.
Os signos zodiacais e planetários derivam dele, assim como também a construção da esfera ou do planisfério que contém esses signos.
Em conseqüência, a função e o lugar cosmológico de cada letra são determinados por sua semelhança de forma com os signos astrais, cuja posição é determinada astronomicamente.
Como resultado disso, a colocação das letras dessa forma independe da mão humana, assim como sua posição, seus agrupamentos binários, ternários, etc, e todas as suas relações entre elas, em resumo, são autológicas e não antropológicas. Nós acrescentamos ali, sobre o Arqueômetro, os alfabetos siríaco, assírio (chamado de hebraico), samaritano e caldeu. todo eles solares, solar-lunares, de XXII letras equivalentes tanto literal como numéricas.
De modo que, quando a semelhança da letra arqueométrica e do signo zodiacal correspondente deixa a simples vista alguma indecisão, esta será dissipada pela letra análoga dos outros alfabetos e, principalmente, do alfabeto samaritano.
Alfabeto Morfológico dos
Primeiros Patriarcas


Apresentamos agora os grafismos do alfabeto dos primeiros patriarcas usado sobre os escudos circulares e sobre os ângulos dos trígonos do Arqueômetro.
A descrição neles contida não é nossa, provém dos brâmanes.
Os brâmanes fazem um grande mistério com este alfabeto, e este certamente é o protótipo ariano de todos os alfabetos deste gênero, chamados semíticos, e que poderiam ser chamados com mais propriedade de esquemáticos.
O excepcional é que ele é morfológico, é o protótipo das letras védicas e sânscritas, e que certamente é da família da Universidade Brahmânica, tão antiga quanto as Universidades primordiais dos primeiros patriarcas.
O alfabeto se deriva de um ponto, de uma linha, da circunferência, do triângulo eqüilátero e do quadrado; e, mesmo que os brâmanes o chamem de vattan, ele se firma por si mesmo como: "Adão, Eva e Adama", por suas cinco formas, mães da morfologia:





Os signos astrais, zodiacais e planetários derivam, sem dúvida, desse alfabeto, assim como também a maior parte das letras e das cifras mais ou menos alteradas que recebemos de uma fonte pura comum, por diversos rios mais ou menos barrentos.
O resultado disto, repetimos propositalmente que cada letra tem o seu lugar determinado pelo signo zodiacal ou planetário que se deriva dela, a palavra arqueométrica é autológica bem como todos os seus equivalentes.
Esse alfabeto esquemático foi examinado por Moisés no versículo 19, capítulo II de seu Sepher Berashith.
Os termos magia e arcano, usados pelos brâmanes em sua descrição acima, acordam forçosamente no espírito científico cristão dos sinônimos:
Superstição e Ignorância
Superstição: decadência ou superestação de elementos arqueológicos e de fórmulas mais ou menos alteradas, mas que um estudo mais profundo pode às vezes, como é o caso agora, relacionar com um ensinamento prévio, científico e consciente, e não metafísico nem místico.
Ignorância: mais ou menos grande dos fatos, das leis e dos princípios que constituíram este ensinamento primordial. Nunca a magia nem os arcanos têm solicitado mais das inteligências submetidas à vertigem de todo o desconhecido e de todos os abismos que nas épocas de incredulidade, de anarquia e de decadência da Índia, do Egito, da Caldéia, da Pérsia, do Império grego ou do Império romano; e isso, pela mesma necessidade de fé, de princípio e de relevância.
Mas o que salvará a cristandade européia é a retidão, a lealdade que a ciência impõe à consciência e, reciprocamente, trata-se da religião, da arte ou da vida.
A descrição brahmânica anterior revela um tempo de decadência: do Império universal dos patriarcas, que começou na época do Kali-Youg, cerca de quatro mil anos antes da era cristã.
É por isso que tomamos na contramão uma indicação tão precisa, mas também tão inexata, encerrada nessa descrição. Ela afeta as concordâncias zodiacais e planetárias, as vogais acrescentadas, ou melhor, seu conjunto de vogais e de ditongos acrescentados.
Porém essa masorahm, quase pré-histórica, não tinha nada a ver com a origem, mas com o solfejo dos hinos.
Entretanto, o alfabeto das 22 letras, que substituímos por esses signos de solfejo, encerra nele todas as vogais que comportam sua série orgânica e sua numeração cosmológica solar e lunar-solar.






Zodiac de la parole (Zodíaco da palavra) - Alphabet solaire des XXII lettres
(Alfabeto solar das XXII letras) - Planetarisme de la parole (Planetarismo
da palavra) - Septenaire des lettres (Septenário das letras) - Dodecade des
lettres (Dodécada das letras) - Musique (Música) - Adamique et Nombres
(Adâmico e Números) - Sanscrit devanagari (Sânscrito devanagárico) -
Astral (Astral) - Français (Francês) - Nombres d'ordre (Números de
ordem) - Rayon (Raio) - Longeur de la circonference (Longitude da
circunferência) - Diamètre (Diâmetro) - Points centraux (Pontos centrais)
" Circonference (Circunferência)

O número XXII, em letras adâmicas, escreve-se Ka-Ba. Se acrescentamos a esse nome a letra Lá, que significa Potência, obtemos, assim, a Potência das XXII letras.
Essa é a famosa Cabala antiga, da qual os judeus mantiveram somente a superstição babilônica, a decadente, a estéril, a mágica, a Qábalah.
A ciência das XXII Letras, pelo contrário, é uma verdadeira ciência, com todo o rigor e com toda a lealdade deste termo. É a ciência da palavra cosmológica solar, criadora e fecunda até o infinito, como será visto mais adiante.
São Paulo manifesta uma aparente insinuação na "Primeira Epístola aos Coríntios", capítulo I, versículos 7, 8, 9.
São João fala ainda com mais firmeza, no início de seu evangelho, referindo-se ao primeiro termo da Gênese de Moisés: O Princípio.a
Devemos acrescentar ainda que, desde o Yodhisthir, o ponto de partida e de retorno da série cosmológica das letras tem sido transposto, pela Universidade vedo-brahmânica, da letra Y, primeira letra do triângulo de Jesus, para a letra M, primeira letra do triângulo de Maria, da substância chamada Terra de Imanência para a substância chamada das Águas Vivas ou da Emanação.
ALFABETO LUNAR: SIGNOS VÉDICOS DERIVADOS DO PONTO DO AUM
Depois de ter-nos aprofundado durante muitos anos nos ensinamentos orais dos mais sábios pontífices, também rejeitamos a transposição da letra Y para a letra M, baseando-nos em nosso estudo pessoal de seus mistérios e em indicações muito precisas contidas nos Evangelhos e nas Epístolas.
Construção do Arqueômetro em Forma de Duplo Transportador
Semicircular, com Todos os Equivalentes da Palavra,
Correspondentes às Letras Sânscritas e Adâmicas.
Vemos, a seguir, como utilizamos as XXII letras na construção do Arqueômetro. Sobre essas XXII, III dão os centros de cada semicírculo, o diâmetro e a circunferência apresentadas no duplo semicírculo.
No Evangelho encontramos esta chave: "Eu sou o Alef e o Thau", que foi traduzido em grego: "O Alfa e o Ômega".
Essa tradução nos fez passar do mistério do real para o misticismo, sendo a língua grega um idioma soudras, prácrito ou selvagem, e não uma língua arqueométrica.
Nas escrituras assírias, chamadas hebraicas, a letra A se compõe de uma barra transversal e de dois pontos . / .
Nas escrituras morfológicas adâmicas, a barra indica o raio ou o diâmetro, e, por si só, é a letra A; nas mesmas escrituras, os dois pontos indicam um centro desdobrado e a letra S; as letras Th indicam uma circunferência desdobrada em dois semicírculos invertidos, dessa forma:

É por essa razão que, considerando o Alef como duplo diâmetro, seus dois pontos como centros e o Thau como duplo semicírculo, alteramos estas três letras morfológicas na construção da figura que recebe o nome de Zodíaco da Palavra, em forma de duplo transportador.

É a serpente de bronze de Moisés, da qual há alusões no Evangelho. É o caduceu órfico.
Essas três letras adâmicas, A, S, Th, as duas letras assírias, A, Th, significam então a Tríplice Potência divina que constitui o Universo Tipo; o círculo significa o infinito; o centro significa o absoluto; o raio ou diâmetro significam sua manifestação, sua colocação em relação.
Assim, sobre as XXII letras, III se referem à potência constitutiva. As XIX restantes se referem às potências distributivas da harmonia e da organização universal.
Das últimas XIX letras, XII são involutivas e VII são evolutivas, no Mundo da Glória ou do Verbo, e, conseqüentemente, nos Céus astrais. Dito de outra forma, XII letras são zodiacais e VII são planetárias, ou melhor ainda, VI planetárias evolucionam em torno de uma letra solar, que os judeus e gregos ignoravam.
Fica, então, por saber qual o ponto de partida e de retorno da evolução e da involução.
Para esclarecer esse ponto, é suficiente somar as cifras de XIX que dará 1+9=10. Dessa forma, 10 é o equivalente à letra Y, a primeira letra do nome IEVE e de Jesus Verbo: IShO, YPhO.
A seguir, o desenho de nossa construção do Arqueômetro em forma de duplo transportador articulado.
É de notar-se, na parte inferior da figura, a antiga relação entre 7 e 22 = 3,1428571, que se aproxima ao número É, transmitido por Euclides, mas empírico e incerto.
A partir da letra Y, I ou J, de 30° em 30°, a coroa zodiacal da palavra compõe-se das letras: L, M, W, Ph, K, R, E, O, Z, E, T.
As homologias dessas letras, a 180° de distância, quer dizer, nas duas extremidades do diâmetro, são: YR, LHa ou LHe, MÔ, WZ, PhE, K.T, e inversamente RY, EL, OM, ZWou, EPh, TaK.















O resultado disso são duas héxadas de nomes autológicos, nomes radicais ou raízes monossilábicas. IR, Ira, significa em sânscrito palavra, a Divindade da Palavra.
Lá ou Le significam o Rei dos Ciclos, o Mestre de Swarga ou Paraíso; Indra é um do doze Adityas, e também o Mestre interior, a alma, a consciência.
MO, raiz de MÔX e de MÔXA, significa redenção, salvação, liberação das amarras do corpo e das misérias da vida.
WZ, ou também OUZ, encontra-se novamente sob a forma US e significa, na linguagem Veda, o ardor e o brilho luminoso.
PhE, Pa, significa a potência que governa.
KT. A letra K significa a alma; a letra Ta significa a ambrosia, a essência imoral.








Inversão

RY ou RâJ, ser rei, reinar.
El, Al. conter (hebraico). Salvação, glorificação, exaltação.
ÔM, o AÛM.
ZWou, SWa, Bens.
EPh (hebraico). Que cobre e protege, garantia, segurança.
TaK (hebreu), suportar, sustentar; (caldeu), sede, trono.

Para ir acostumando pouco a pouco o arquiteto à leitura desses signos e de seus equivalentes, tomaremos do Zodíaco do Verbo as letras indicadas pelos ângulos dos dois primeiros trígonos, o de Jesus e o de Maria.
Limitamo-nos às letras homólogas, aquelas cujas cores reconstituem o raio branco e que, em conseqüência, formam pares, combinações binárias, das quais cada elemento está situado a 180° de distância um do outro.
A utilidade da coroa dos graus se verificará assim, ao mesmo tempo que o autologia da coroa zodiacal das letras.
Motivamos acima nossa seleção da letra I, Y ou J como pontos de partida e de retorno das séries harmônicas e orgânicas da palavra e de seus equivalentes.
Os equivalentes de I são o raio azul emissivo e remissivo, o número 10, a sonometria e as formas harmônicas que resultam dela, o signo da Virgem, a sabedoria ou a Rainha dos Céus dos anciãos patriarcas, Mercúrio trismegisto aos pés da Virgem, o Rafael trismegisto dos anciãos patriarcas, o Bouddah vedo-brahmânico, etc.
A homóloga dessa letra é R, da qual o leitor encontrará por si mesmo as correspondências sobre o Arqueômetro. Essa combinação binária dará um nome arqueométrico radical, uma raiz monossilábica autológica.
Assim, somente temos que abrir um dicionário sânscrito; adotar uma língua, por exemplo a devanagárica, línguas da Cidade ou da Civilização divina, porque ela tem sido articulada sobre uma língua arqueométrica do templo, a adâmica, da qual escolhemos o alfabeto.
O Verbo vai ainda nos dizer, ele mesmo, se tivemos razão contra os nossos amigos brâmanes ao tomar como ponto de partida da Palavra Criadora a letra I, e não a letra M.
IR, IRâ, significa, em sânscrito, "Palavra, a Divindade da Palavra".
A resposta é divinamente concludente. Sem deixar a base do trígono de Jesus, nós nos reportaremos para a letra O, da qual seus equivalentes são:
O vermelho, as línguas de fogo do Espírito Sagrado; a pomba vermelha; o número 6, gerador sonométrico do acorde perfeito menor que
chamamos de orgânico interno, gerador por igual dos modos de beleza resultantes dessa corda, o signo de Touro, o sinal de Vênus celestial e da Ionah. A combinação binária é dada, a 180° de distância, sobre a base invertida de triângulo de Maria, pela letra M, primeira desse nome e desse triângulo.
Deixaremos o leitor encontrar por si próprio os equivalentes da letra M, e assim abriremos o dicionário sânscrito.
ÔM, ou AÛM dos brâmanes, o AVAM dos Coranistas esotéricos, o AM, o Ave Maria dos primeiros patriarcas e dos cristãos de hoje em dia.
Meditando, com o Arqueômetro na mão, a recombinação do raio branco pelas cores complementares, ou melhor, as homólogas, O e M, e considerando as homólogas dos outros equivalente dessas duas letras, os orientais saberão cientificamente as origens de seu AÛM. Saberão por que esse nome, pronunciado sagrada exatamente na hora certa, arremessa sua vida na outra vida, aquela do triângulo das Águas viventes, em direção à fonte central, enearmônica, da Luz.
Tomaremos agora a letra Ph ou P, aquela da Porta de Deus e dos Anjos. Seus equivalentes são: o raio fotogênico amarelo, o Natal da Glória, dos Céus astrais e do Verbo Encarnado, o número 80, sua sonometria musical, a morfologia de beleza gerada por esta sonometria, Capricórnio e seu anjo, Saturno e seu anjo, etc.
Sua homologia é E ou H, o raio violeta, o número 8, a nota Lá, a sonometria musical e morfológica de 8, a porta inferior do Reino, a porta supraterrestre do homem, a descida e a volta das almas na geração terrestre e na regeneração celeste, o trono do Anjo Gabriel, o anjo da Anunciação e da Ave Maria, o Anjo do signo de Câncer e da Lua.
Sobre a vertical dos solstícios do Mundo da Glória e do mundo astral, o raio branco se reconstitui no centro arqueométrico pela combinação Norte-Sul do amarelo e do violeta. Esta cópula do casal de letras PhE e Pa-H.
Abrindo o dicionário sânscrito, Pa-H significa "a Potência que governa a vida orgânica". Vimos que esta Potência toma posse desse governo universal, quando passa da letra triangular P, ?, para a letra triangular que forma uma bissetriz que aparece no eixo do mundo: ?, Sh.
Essas respostas diretas são incontestáveis, não deixam nada a desejar. Porém, como a razão divina não se preocupa com a razão humana, que quer possuí-la inteiramente na plenitude de sua admiração e de sua adoração, vamos interrogar, então, cada um desses termos binários pelas suas inversões.
YR dará RY; RY, em sânscrito dará RâJ, que significa ser Rei, reinar. Assim, juntando os dois sentidos, o direto e o invertido, obtemos então; o Verbo, o Deus da Palavra, o Rei do Reino eterno.
ÔM dará MÔ em sânscrito, MÔx, MÔxa, que significa "a Redenção, a libertação das amarras do corpo e das misérias da existência física."
Unindo o dois sentidos, o AUM, significa: "a dilatação de alma na vida de adoração o impregna das águas vivas da vida celestial e lhe dá o sabor antecipado da salvação, da redenção, da libertação das amarras do corpo e das misérias da existência física".
PaH ou PhE dará, em hebraico, EPh, a providência que garante, protege e abriga em segurança.
Unindo o dois sentidos, temos: a potência que governa a vida, a protege, a abriga e lhe dá segurança quando essa vida se reintegra nela.
Depois de ter orientado o leitor como deve interrogar o Arqueômetro, sobre a estrela dos solstícios do Verbo nessas letras homólogas, nós nos limitaremos, no que se relaciona à estrela equinocial dos ângulos, a fazer a mesma experiência sobre a linha do horizonte.
Situamo-nos, então, entre os dois ângulos I e M dos trígonos de Jesus e de Maria. Encontraremos aí a letra L, sobre o trígono do Éter divino. Seus equivalentes são o verde-azulado, o número 30, sua sonometria musical e morfológica, o Arcanjo São Miguel, a porta horizontal e ocidental dos Anjos, dos ALaHIM encarregados de dar toda a vida mental, amante ou corporal, seus alimentos e seus elementos, o Equinócio do Outono, o signo da Balança e do juízo, Vênus noturno, etc.
A homologia, no ponto de partida do trígono de Fogo, é a letra E ou H, e tem por equivalente o Cordeiro de Deus, Agnus Dei, o Agni dos vedo-brâmanes, o cordeiro pascal dos judeus, o Amor divino até o sacrifício absoluto do próprio Eu, a Páscoa, a Crucificação do Verbo Encarnado e sua Ressurreição no terceiro dia, a cor vermelho-laranja do sangue, o equinócio da primavera, o número 5, sua sonometria musical e morfológica, o signo do Carneiro e do Cordeiro, Marte noturno ou o Centurião, o Sol sobre o seu trono, etc.
A recombinação do raio branco, entre o verde-azul e o laranja-vermelho, das letras LaH ou LH ou também Le.
O dicionário sânscrito responde: o Rei dos Céus, o Mestre de Swarga, o Senhor do Paraíso, um dos doze Adityas, que o chama Indra, que nós aceitamos como sobrenome de Jesus, e não de outra forma.
Acrescentemos, passando pela teobiologia até a ontobiologia do homem: o Mestre interior da alma, a consciência.
Invertendo, o hebraico dará: EL, AL, significando: a Salvação, a Exaltação, a Glorificação. Juntando os dois sentidos:
"O Mestre interior da alma, o Senhor da consciência humana, pregado na cruz para a sua salvação, exaltado e glorificado na sua primeira glória como Verbo, é o Senhor e Rei do Paraíso."






Coroa Planetária da Palavra
A mesma prova experimental, realizada para a coroa planetária da palavra, daria outras respostas igualmente maravilhosas.
Nós nos limitaremos agora aos exemplos que precedem e que estão de acordo com a lei da homologia e as regras de suas combinações binárias para a leitura dos "Mentras arqueométricos"N nesta ordem.

Para dar mais certeza ainda acerca da exatidão autológica do Arqueômetro, tomaremos, sobre cada ângulo dos trígonos de Jesus e de Maria, a combinação binária da letra zodiacal e da planetária do ângulo, e depois a sua inversão.
Não utilizaremos mais a língua sânscrita e dos dicionários em uso para provar mais uma vez a referência ariana do Arqueômetro nas antigas Universidades patriarcais.
No ponto inicial do trígono de Jesus, as duas letras Ya e Tsa dão o termo YA ÇA, que significa emissão da glória e do esplendor.
ÇI é a inversão do termo anterior e significa remissão, repouso, sonho.
Existe, então, para o ângulo do ponto inicial e de retorno das letras, uma perfeita concordância desta combinação binária com aquela que caracterizamos como homológica.
Ph e Sh são duas letras do ângulo Norte, que coincidem em Capricórnio e em Saturno, no ponto do Natal, em nosso 24 de dezembro, à meia-noite, momento em que o Sol começa a subir sobre a Eclíptica, para gerar o ano-novo. Portanto, em sânscrito, PoeSha significa o mês de dezembro-janeiro, confirmando absolutamente tudo o que dissemos sobre a autologia arqueométrica.
Pa quer dizer Potência; Pâ quer dizer Salvador.
Sha significa Paraíso.
SaP é a inversão das letras anteriores, e significa adorar.
Unindo o sentido do Mundo Astronômico ao Mundo da Glória, obtemos: No ponto de partida do primeiro mês astronômico, revela-se a adoração, a Potência do Salvador, o Rei do Paraíso.
Depois de ter visto a interpretação arqueométrica das letras do ângulo correspondente ao Pai, e as do ângulo correspondente ao Filho, interrogaremos o ângulo que corresponde à terceira pessoa da Trindade fundamental.
OG da OGA, que significa a potência que une e reúne, a força que fecunda e multiplica. Em latim, Augere, aumentar.
GO, inversão do precedente, significa (em veddo) o que tende à união, tudo o que é bom. Mas é pelo menos singular no que diz respeito ao seu sentido astronômico do mês de dezembro-janeiro, o termo GO significa também, em sânscrito, o sentido astronômico zodiacal do signo correspondente à letra O: Touro, Boi.
MaKa é um termo formado pelas duas letras zodíaco-planetário do ângulo do trígono inicial de Maria, significa Sacrifício; MaGa, significa felicidade e sacrifício.
KaMa significa o amor, o desejo, a vontade da qual o amor é o princípio.
RD, situado no segundo ângulo do trígono do Maria, forma o nome RaD, que significa dar, concordar.
DR, DaRa, significa o que comporta, o que contém e possui. Porém aqui, um sentido astronômico é dado por DRu que significa o que flui, liquefaz-se e se funde, ou corre rápido na água, concordando com o signo de Peixes.
HB, no ângulo sul do triângulo de Maria, dará o termo HEBE, que verte para dar de beber aos deuses, na mitologia órfica derivada da vedo-bramânica.
Em sânscrito, esse nome se decompõe em Ka, que significa Água etérea ou Ar vaporoso, e Ba que significa uma, o que concorda astronomicamente com Câncer, signo de água e com a correspondência da marcha da Lua e do estado de todos os fluidos e líquido sublunares.
BH, inversão do termo anterior, dará BaHu, o BoHu hebraico, mistura fluida de onde sai BaHuKa, que significa cisterna, que concorda também com o sentido astronômico do signo.
LETRAS MORFOLÓGICAS E ARITMOLÓGICAS
Chamamos zodíaco-solares os alfabetos orgânicos de XXII letras, tais como o siríaco litúrgico, o assírio dos judeus, o samaritano, etc. Escolhemos este gênero de alfabeto porque é cientificamente regular como processus de letras e de números correspondentes, ao que se podem reduzir todo alfabeto empírico ou vulgar. E, nesse tipo alfabético, escolhemos o mais antigo, o adâmico, desconhecido na Europa, mas conservado pelos brâmanes com o nome de vattan. Nós o adotamos porque ele é exato, não somente como processus de letras e de números, mas também como processus de formas.
É um alfabeto morfológico, ou parlante exatamente por suas formas que são geradas de um ponto, da linha, do ângulo, do círculo e do quadrado:

As ciências e as artes relativas à aplicação das formas para os usos da Arquitetura, Estatuária e Ornamentação de todo Gênero encontrarão nestas letras, remetidas por mim a seu ponto exato de correspondência sobre o cosmômetro pantográfico, uma morfologia parlante.
Em Arquitetura tão-somente, este novo gênero, este estilo parlante, é derivado da correspondência com as cores do pantógrafo.
Esse estilo consiste na utilização do ferro ou de qualquer outro metal e do vidro colorido, utilizando-se o ferro não só como armação mas também como engaste parlante dos muros de vidro colorido, como o ouro, a platina e a prata servem de engaste às pedras preciosas.
Veremos mais adiante por que, do alfabeto de XXII letras, extraímos três letras: aaa, A, para o número 1, , S, para o número 60, ?
Th, para o número 400, quer dizer, o Raio Gerador, os Pontos e o Sinal de união das zonas.
Restam XIX letras, XII modais e VII diatônicas. Elaborando a tabela das correspondências morfológicas, resultou no seguinte: (1º) entre as XII modais e os XII signos zodiacais, entre as VII Diatônicas e os VII signos planetários.
A comparação mostra que esses signos astrais são derivados dessas letras, e somente este fato se refere a uma época universitária dos patriarcas anterior ao Paganismo, ao Sabeísmo, ao Antropomorfismo e ao Zoomorfismo; É por essa razão que chamamos zodíaco-solares a esses alfabetos de XXII letras e zodíaco-lunares aos alfabetos de XXVIII, XXIX e XXX letras, como o Musnad e o Coreïsh.
Aritmologia dos Alfabetos Cosmológicos Solares
Sendo as XXII letras aritmológicas, tivemos que reconstituir sua aritmologia de acordo com seu ponto de partida e de retorno, com seu módulo emissivo que, sendo a letra Y, é o número 10, com o número 6 como módulo menor. Pelo contrário, no sistema lunar vedo-brahmânico, sendo o ponto de partida e de retorno a letra M, é o número 40, com o número 8 como módulo menor.
É útil ressaltar ao arquiteto que esta aritmologia restabelece toda uma parte perdida das ciências aritméticas, a dos números qualitativos inversamente proporcionais às cifras quantitativas.
O maior destes números é a unidade e todos os outros são as funcionalidades internas dela.
Além do mais, essa aritmologia qualitativa pode ser demonstrada fisicamente com experiências, seja sobre uma corda sonora, seja sobre as placas vibrantes, de acordo com os números e com as formas equivalente das placas.
Revela-se com isso a qualidade musical dos números, enquanto as cifras revelam a quantidade das vibrações físicas.
Esse conhecimento, do qual deriva a música cosmológica das formas ou morfologia, é indispensável para a arquitetura e todas as artes a que ela preside, passando do artista e de sua obra do estado inconsciente ao estado de ciência e da consciência plena e inteira, quer dizer, de cooperação direta com os princípios metrológicos e morfológicos.
A síntese religiosa ou a sabedoria é dessa forma uma aliança divina real e positiva, tanto na ciência como na arte e na vida, da qual a ciência e a arte são seus instrumentos.
Em resumo, como os números constituem também palavras, o arquiteto notará que aquelas que resultam das principais séries numéricas do alfabeto adâmico poderão ser lidas seguindo a numeração decimal sânscrita. Assim, perceberá facilmente a grande importância destas palavras reveladoras.
Uma vez mais, a vontade humana não faz parte desta autologia que nós dará o critério de certeza utilizado nas mais antigas Universidades patriarcais.



Critério de Certeza
Não se acredita em nada sem convicção, sem o poder da vida que apela no Verbo, mesmo com uma irresistível certeza que coloca uma luz no coração, como um calor sagrado.
O Arqueômetro é o revelador dessa Revelação, dá esta certeza e ele apela a essa força da vida que arrastará o arquiteto a uma aliança e a uma colaboração real com o projeto de sua arte.
É por essa razão que chamo a atenção, com muita gravidade, sobre o que vem a seguir:
Olhando a tabela da aritmologia das XXII letras, encontraremos:
1º) Que as letras que têm a chave do número 10 são Y, I ou J.
2º) Que esse número 10 não é o resultado da soma das interioridades do número 4 + 3 + 2 + 1 = 10, como nos outros sistemas decadentes da Antigüidade, mas da Unidade da Trindade e da interioridade dessa Trindade, assim: 3 + 2 + 1 = 6, que significa: sestilidade.
O número 1 corresponde à incognoscível Unidade de Deus, o número 3 corresponde à sua Trindade constituinte de toda a manifestação, a seu Verbo cognoscível. Jesus disse: "Quem me vê, vê ao Pai".
O número 6, que é do Espírito Santo, representa a própria inferioridade de 3 + 2 + 1 = 6.
Esses três números, 1, 3, 6, igualam-se ao 10, sem ser necessário recorrer ao 4 para obter, com a soma, o número 10.
Tudo o que precede pode ser feito experimentalmente sobre a corda sonora.
Com efeito, 1 representa a corda inteira, 2 representa uma oitava nos dois lados, para a direita e para a esquerda a partir do meio da corda. A dualidade não consiste numa potência de oposição, mas de simetria com a própria unidade.
Três sobre a corda sonora dará a quinta a 2/3, mas cada terço isolado dará também essa quinta à oitava; o número 3 é, então, autônomo em 1, como palavra do número 1.
Quatro, pelo contrário, representa a subsimetria de 2, que é ela mesma a potência simétrica de 1.
Quatro dará os ¾ da quarta, sendo a metade geométrica da oitava, porém cada quarto isolado reproduz a oitava, sendo ela mesma a dupla oitava.
Dessa forma, sendo 2 a potência simétrica da unidade, 4 é a potência subsimétrica, ou interferencial. Este número, então, não é autônomo nem diretamente parlante, não mais em Sonometria que em Morfologia, como veremos mais adiante.
Em 6, interioridade de 3, o respaldo de sua potência simétrica, que então resulta 3, como 2 é respaldo de 1 na simetria interna.
Em 6, tudo responde com a maior segurança sobre a corda sonora; tudo ali é verbal e autônomo, como em 3, e que essa palavra, que corresponde, em morfologia, ao hexágono, dará a onda sonora, seu acorde menor perfeito, que nós chamamos orgânico interno, com propulsão de 2 quintos nos agudos, quer dizer, uma dupla promulgação do verbal 3.

ARITHMOLOGIE DES XXII LETTRES (ARITMOLOGIA DAS XII
LETRAS) - Les III Lettres extraides (As III Letras extraídas) - La game
des VII (O alcance das VII) - Le Mode des XII (O Modo das XII) -
Divinite (Divindade) - Déîté (Deidade) - Vie absolue (Vida absoluta) -
Indivisible Vie (Vida indivisível) - Symetric mono-asique (Simetria mono-
ásica) - Symetric deuto-asique (Simetria deuto-ásica) - Axe (Eixo) - Pour
la constructcion de la Sphère (Para a construção da Esfera)

Nas poucas palavras anteriores, todos os sistemas vedo-bramânicos, egípcios, caldeus da decadente Antigüidade e, com mais razão, dos lixos pitagóricos desta Antigüidade são remetidos ao seu lugar secundário, no único sistema que é a expressão do Principio.
Um, três, seis, Pai, Filho e Espírito Santo.
Mas, sendo a ciência una e indivisível, o que é cientificamente verdadeiro no Mundo da Glória não pode ser falso no mundo dos Céus e dos fatos físicos, quaisquer que sejam esses fatos.
A sonometria acaba de demonstrar-nos, e as placas vibrantes dos laboratórios de física nos provarão uma vez mais, quando chegar o tempo de mostrar por outras experiências a equivalência da Morfologia e da Aritmologia.
Limitando-nos à palavra, devemos lembrar que:
Sobre as XXII letras, do total: 3 são constitutivas, 7 são evolutivas, 12 são involutivas.
Os números das 3 letras constitutivas são: 1 + 60 + 400 = 461.
Sobre o centro da tabela aritmológica, podemos verificar na numeração decimal sânscrita que 4,6 e I dão o termo De VA: a divindade.
As 7 letras evolutivas darão o número 469 que, em sânscrito, 4, 6, 9, dão o termo DeVaTa. Esse termo, em qualquer dicionário, é traduzido por condicionalidade divina, que significa as Leis dadas pela Divindade, leis harmônicas e orgânicas de evolução; e os senhores e guardiões funcionais dessas leis são os juizes, anjos da Luz, os ALAHIM, os Devas.
Os 12 números involutivos dão 565. Este número, 565, é o nome de Eva, a vida absoluta.
Se somamos a sua evolução para reduzi-la ao seu ponto de partida e de retorno, voltamos ao 4 + 6 + 9 = 19; 1 + 9 = 10; 10 = I, Y, J.
Essa letra, situada antes do término da involução que não deve somar, dará o nome IEVE: Eu, a vida absoluta. Eu sou a vida absoluta. É o criterium (critério) da "zarza ardente".z
Portanto, todas as revelações que precedem são autológicas tanto pelos números como pelas letras; não são, pois, palavras de homem, mas palavras do Verbo, diretamente por meio de fatos experimentais.
Resumamos esses fatos que são verdadeiras maravilhas, por não dizer divinos, que seria o termo mais apropriado.
Os números das III letras constituintes nos revelam a Divindade.
Os números das XII letras involutivas nos revelam a Vida absoluta.
Os números das VII letras evolutivas nos revelam a Condicionalidade divina, o dom da vida e as condições deste dom divino.
Por fim, tendo sido produzidos uma vez no Mundo da Glória, o Universo e a universalidade das existências e dos destinos, mundo que é o tipo dos Céus astrais, então somente, por meio da Criação, todas as Potências angelicais involutivas se unem ao Criador e na letra I, número 10, letra do Consubstantialem Patri comum ao Pai e ao Filho, para pronunciar o nome do Pai da vida, manifestado por seu Verbo.
O que precede diz autologicamente que a vida produz o organismo, quem a manifesta, e não ao contrário. Ela é a organizadora de acordo com as condicionalidades específicas dos seres e dos meios significativos.
Esse nome YEVE, que é pronunciado também de muitas formas, de acordo com os tempos da adoração, acaba sendo autológico: Eu sou a vida absoluta; como se não pertencesse mais que a Deus só pronunciá-lo no coração do homem que o reza.
O Verbo encarnado diz:
"Eu sou a Via, a Verdade, a Vida."
A via responde pela letra Sh do nome de Jesus, no ponto do Natal Eterno e temporal do início de Capricórnio, chamado a porta ou a via dos Anjos, da mesma forma que o signo homológico, o de Câncer, que é chamado de porta ou a via dos Homens, guardada pelo Anjo da Anunciação, Gabriel.
A verdade responde pela letra Y e ao signo de Virgem, consagrado à Sabedoria divina considerada como Rainha do céu, identificando a Maria ascensionada.
A vida responde pela terceira letra do nome de Jesus, a letra O, assimilada à morada diurna de Vênus-Urania, para a Yonah dos patriarcas, à pomba vermelha e às línguas de fogo do Espírito Santo.
A vida é, então, a última palavra, a suprema destas três palavras de Jesus.
Com efeito, no ápice de todas as ciências, e na ciência como em todas as coisas, o homem não acredita em nada, ele somente verifica; no topo de todas as experiências fenomênicas, o espírito humano é chamado a verificar um fato universal, inegável, que é ao mesmo tempo um inexplicável milagre universal: a vida constantemente renovada como o ano cósmico e o ano terrestre.
Esse fato tem como condições de evidências físicas a organização cósmica e sua permanência cíclica, cuja conservação é uma criação contínua incessante.
Desta forma, não existe organização sem harmonia, e, se a primeira significa vida, a segunda significa: Verbo ou Palavra.
A soma dos números literais da palavra, de acordo com as séries orgânicas e harmônicas das letras cosmológicas, acaba por dizer-nos, autologicamente, a palavra suprema de Jesus, seu termo supremo: "Eu sou a Vida".
É o critério religioso no qual se faz a incidência divina na reflexão humana e, em conseqüência, na vida social inteira, baseando-se tudo, ciência, arte e organização, no Deus Vivo e no seu princípio de ação e de manifestação, o Verbo.
Portanto, a Universidade Bramânica tem como termo sagrado a monograma de nossa Ave Maria; AVaM, AOuM.
Se a letra I do nome do Jesus corresponde à eterna sabedoria, a letra M não corresponde mais que para a receptividade dessa sabedoria no homem cósmico, o Adão arqueométrico.
Essa Potência receptiva. Virgem marcial no signo da Água, era chamada Minerva ou Palas entre os pagãos.
A letra M, nos ensinamentos secretos dos brâmanes, é uma vogai interna improferível, porém, que pode ser escutada no âmago do ser, como o barulho do mar em uma concha de caracol, se, fechando hermeticamente a boca, os narizes e as orelhas, se exerce, sem respirar um impulso vital da glândula pineal. O critério brahmânico não é, então, cardíaco e biológico, mas cerebral e fisiológico, e responde bem ao triângulo lunar da Água, o da emanação embriogênica e das origens orgânicas, enquanto o triângulo da Terra viva, da realidade suprema, é o da imanação no princípio vital, cardíaco, direto e absoluto: Amor-Vida.
Existe, no meio das duas letras, I e M, a diferença de Y para o M, do vital que articula o verbal ao mental mudo que se desdobra sobre si mesmo, até na contemplação mais tranqüila.
Não são usados entre os brâmanes os nomes de Jesus ou de Eva, e aqueles entre os seus chefes que conheci não previram certamente que seu alfabeto morfológico mais secreto me serviria para glorificar e comprovar, assim, por meio de inegáveis experiências, a vida absoluta e seu Verbo Jesus.
Porém, eu poderia provar-lhes, inclusive mostrando-lhes sobre as pedras preciosas do racional de seu soberano pontífice, sobre o peito de seu Brahma que porta a mitra de sete coroas, que o nome IEVE está também escrito lá, sem que haja nenhuma dúvida disso. Este fato se remonta ao tempo do culto de IShVa-Ra, Jesus Rei, Verbo de IEVE, e, em conseqüência, bem antes do Kali-Youg e do Brahmanismo.
Eu completarei o que precede explicando o termo Princípio, Barashith, que é tão simples e tão pouco conhecido, apesar das discussões que tem gerado, desde milhares de anos.
Moisés condensou a Tradição dos antigos patriarcas dizendo: "Barashith, Bara, ALaHIM"; o Princípio criou os Anjos; ATh, ha, SaMaIM, wa ATh, ha, AReTz, alfabeto vivente, harmonioso e organismo dos Céus da glória e do céu gravitacional.
Santo Agostinho disse: "Todos os Céus estão ante Deus como uma Terra única", e com efeito, A-Retz significa a unidade do que corre ou gravita.
Barashith é termo único, Bara, repetido em um verbo idêntico, como faz Moisés quando trata de um mistério importante.
ShITh é um afixo numerai que significa hexádico, em sânscrito; Shath é seis; Shathkona, é o hexágono; Bara significa criador pela Palavra.
Esse nome, na mitologia hindu, é o nome do primeiro legislador da Índia, que lhe deu o título de Baravarsha ou Baraversh, o Continente do Verbo.
O nome de IEVE = 10 + 5 + 6 + 5 = 26; este número tem duas letras adâmicas, KV. Portanto, KaVi em sânscrito significa: o Criador pela Palavra, o Poeta Deus.
O termo poeta é tomado aqui no sentido antigo, que não é aquele que faz versos para divertir o público, o único que as civilizações selvagens podem entender em sua profanação dos dons de Deus.
Esse mesmo número 26, reduzido para sua raiz de simetria que é 13, é traduzido em duas cartas adâmicas: IG, e, de acordo com o sistema decimal, AG.
Em sânscrito ele é Agni, o Fogo divino. Moisés diz: "Nosso Deus é um Fogo devorador". O que precede já lança muita claridade no princípio de termo. Jesus dá a ele a luz inteira, dizendo: "Eu sou o Princípio, o Barashith".
Seu discípulo muito querido, São João, começa seu Evangelho em aramaico sírio: "O Princípio é o Verbo e o Verbo é o ATh do ALaHIM".
Confirma e comenta deste modo para Moisés, e um pouco mais distante, lembra a aproximação de certeza dizendo: "A vida era a luz dos homens". Deste modo, a raiz numérica, ou melhor, o filho sem igual, o íntimo assimétrico, do nome de IEVE é KaVi, o Verbo Criativo, Agni, o Fogo divino, aquele da vida absoluta, o amor em uma palavra, o Fogo do Sacrifício de si, sacerdote e vítima universais, Criador e Conservador, Redentor e Salvador.
Tal é o Barashith, o professor e o Sr. do trabalho dos 6 dias.
Essa obra não é dirigida pelo AlaHIM, regime e não sujeita do verbo Bara. O nome do Pai não é pronunciado a não ser quando a organicidade e a harmonicidade vivas são desdobradas, em ato, no Mundo Eterno da glória no mundo temporal dos ciclos astrais, saído da nebulosa amorfa do caos.
No ser absoluto, o Princípio está para o ato assim como o relâmpago está para o raio, e o amor para o dom de si.
Não existe abstração em Deus, tudo nEle é vivo, presente e indivisível. É o Princípio e o ato.
Só os inconscientes, os filósofos que renunciam à aproximação da vida, ao Princípio gerador, para a castração mental do Cogito ergo sum, conseguiram um Deus ã imagem de sua impotência, separando o princípio da ação, ou melhor, confundindo o Princípio divino e a origem que se diz natural.
Se o Princípio universal não fosse o realizador e a realidade primordial do Mundo Eterno da Glória, se a realização estivesse sujeita a uma potência secundária como o tempo, este princípio estaria morto e não teria capacidade de renovar qualquer vida, bem como nenhuma vida se manifestaria jamais.
Assim, o milagre da vida universal é uma ação do Princípio vivente, seu fato é tão inegável como seria inexplicável sem a presença de Deus.
Pode ser perguntado por que o nome de IEVE é pronunciado no sétimo dia. O número 7 sobre a corda sonora é sempre um número de repouso.
O número 6 dá o acorde perfeito chamado de menor, e o que eu chamo de orgânico interno, mais dois quintos nas duas oitavas seguintes.
Apontamos aqui numerosas razões experimentais que mostram por que a ação do Principio criador, seja teogônica na glória, seja cosmogônica nos Céus astrais, está regulada pela héxada.
O repouso deste está em seu centro ou no centro do hexágono. Deus colocou seu trono no Sol, disse o Profeta falando do Sol da Glória, do centro de sua héxada e de sua dupla héxada.
Em tudo o que precede, não se falou nada que não fosse a expressão de uma ação experimental arqueométrica, que é o caráter leal da ciência, e não de uma petulante e vã metafísica.
O caminho da ciência, que é o caminho da verdade, é ao mesmo tempo o caminho da humildade do espírito humano que permite falar com a lei no fato, o Princípio na lei.
É o Lavabo inter justos manus (Lavarei minhas mãos entre os justos), e, para ser justo ante os fatos universais que são os sinais do Verbo, basta ser exato em sua verificação.
A ciência disse com Jesus: Fiat volontas tuas (Que se faça a tua vontade), ante o autor dos fatos submetidos a suas experiências.
O filósofo, o inconsciente mental, sempre diz, como o suposto mago cabalista, Fiat volontas meas, e o resultado disso não dá em nada.
Comparados com aqueles da ciência, os resultados sociais da arte neste século são de uma lamentável pobreza quando não de uma perversidade e de uma perversão repugnante.
No topo de todas as artes, a arquitécnica está no rastro da esterilidade, no reboque de todas as épocas fecundas, sem ser capaz de gerar nenhum estilo nem qualquer gênero.
A razão de sua impotência é a mesma que aquela em relação aos filósofos, aos metafísicos, aos juristas e os advogados, aos eruditos, aos macacos e aos papagaios greco-latinos pagãos. É a inconsciência, a ausência de princípio científico e experimental demonstrável corretamente.
Em presença da anarquia que reina atualmente em todas as coisas, graças a essa raça mental, acredita-se poder dizer: "Falência da ciência".
Não, a ciência nunca entra em falência, porque ela é a consciência, um reflexo exato da incidência do Verbo.
Essa luz dupla é o instrumental da vida como a instrução o é da educação, ou deveria sê-lo.
Mas falência de uma raça mental, sim; falência da fantasia e da anarquia individual: a falência dos estudos secundários greco-latinos, neopagãos e de uma instrução sem educação.








Definição

Planisfério das harmonicidades e das organicidades universais, instrumento sintético e analítico de precisão, de concordância geral e específica para uso das altas ciências e das artes e dos ofícios que dependem dele.
É experimental em seu conjunto e em suas partes constituintes. Estas são suscetíveis de evoluir mecanicamente em torno do centro comum.
Em resumo, são homólogas entre elas e formam os equivalente da Palavra, que é, ela mesma, o Princípio pelo qual o Arqueômetro é uma realidade demonstrável.
O ARQUEÔMETRO. Adamique (Adâmico) - Nombres (Números) -
Français (Francês) - Syriaque (Siríaco) - Assyrien (Assírio) - Samaritain
(Samaritano) - Kaldeen (Caldeu) - Soubba (Soubba) - Arabe (Árabe)
Essa palavra arqueométrica consiste nos alfabetos antigos que, num estudo apurado, me fizeram nomeá-los de: "Cosmológicos, solares e luni-solares".
Estão compostos de XXII letras, das quais cada uma tem um número especial de 1 a 10, e depois de 10 a 400 (10, 20, 30,40, 50,60,70, 80, 90, 100, 200, 300, 400), Esses alfabetos são: os lunares, que escolhemos como instrumentais dos solares e que não têm nenhum valor se não estiverem relacionados com estes últimos.
Descrição Sumária
da Circunferência ao Centro


COROA DE 360 GRAUS. TRANSPORTADOR NUMÉRICO DIFERENCIAL
As duas primeiras circunferências estão divididas em 360 graus e se movimentam num sentido contrário; elas dão por adição sempre o número 360 em qualquer grau. Essa homologia permite um duplo controle de todas as posições das outras partes que o compõem.
Essas duas circunferências formam um transportador numérico diferencial.
COROA ZODIACAL DA PALAVRA
A segunda zona foi colorida de laranja-rosa. É o Zodíaco da Palavra.
Possui XII letras, cada uma dentro de um escudo, a 30° de intervalo uma da outra, e ainda aparece o número que a Tradição atribui a cada letra. Mais ainda, cada escudo possui uma cor ou um raio luminoso especial.
A homologia dessas cores forma pares de oposição a 180°, reconstituindo o duplo raio branco, ou diâmetro, que aparece no pequeno círculo central.
COROA PLANETÁRIA DA PALAVRA
A terceira zona, que possui um fundo azulado, é o Planetarismo da Palavra.
Compõe-se de quatro triângulos eqüiláteros, que dividem o Planisfério em doze panes iguais.
Dois destes triângulos, homólogos segundo a vertical, por seus ângulos norte e sul, formam a estrela do hexágono que os ancestrais atribuíam à metrologia do círculo. Sendo o lado hexágono igual ao raio.
É a estrela dos solstícios do Verbo, a barashiitha ou palavra sexenal das antigas cosmogonias. Os quatro triângulos geram entre eles, devido a um novo corte, três quadrados interferenciais nos quais os lados também são iguais ao raio.
Nos ângulos destes quatro trígonos existem letras, cada uma tem seu número e uma cor específica e, mais ainda, uma cor interferencial gerada por sobreposição ao ângulo de cada quadrado.
TRIÂNGULO DO VERBO JESUS
Terra dos Vivos
O triângulo fundamental, equivalente morfológico do número 3, divide a circunferência em 3 partes iguais de 120° cada uma. Equilibra a figura e fixa seu Norte ou o Zênite no seu ápice.
Seu nome é escrito por si mesmo, pela identidade de suas 3 letras zodiacais com os signos astrais correspondentes, dos quais eles são os protótipos. Esta mesma identidade se completa também com outros alfabetos solares que não estão dentro dos escudos.
Esse nome é Y-Pho, Verbo de Deus, e o termo Pho quer dizer, ao mesmo tempo, palavra, voz, som e luz.
Mas ao tomar o comando dos círculos astrais, o mesmo trígono fundamental afeta, no seu ápice, a letra planetária que forma um pequeno triângulo eqüilátero cuja bissetriz representa o eixo Norte-Sul dos pólos celestes, cujo único lugar de equilíbrio é exatamente aquele. Seu nome, então, é Y-Sho: JeShU.
TRIÂNGULO DE MARIA
O Mar das Águas Vivas
O trígono homólogo do precedente tem seu ápice no Sul. Lê-se MaRiaH, seguindo as regras da tabela harmônica o eufônico do Ramayana, de Valmiki, em relação à letra R, que provém de Ri.
A estrela hexagonal que forma com a precedente divide a circunferência em 6 partes iguais de 60° cada uma.
ESTRELA SOLSTICIAL DO VERBO
Esses dois primeiros triângulos em estrela hexagonal são a Barashitha cosmogônica, a Palavra criadora sexenal, o Princípio hexagonal dos seis dias genesíacos.i
A antiga Tradição chama o primeiro trígono de "Terra Divina" e o segundo de "Água Vivente".

TRIÂNGULO DO ÉTER
O terceiro triângulo tem seu ápice no Oeste (Ocidente). É lido: LaKaZa, o Éter, a Potência do Éter.
TRIÂNGULO DO FOGO DIVINO
O quarto triângulo tem seu ápice no Leste (Oriente). É lido: HOuT, o Fogo divino.
ESTRELA DOS EQUINÓCIOS DO VERBO De seus Anjos ou AlaHIM:
Os trígonos terceiro e quarto, juntos, formam a estrela dos equinócios do Verbo. Lê-se em conjunto: Centro A, no Oeste (Ocidente) Lá, depois Leste (Oriente) H, ALaH, pronome que significa "Aquele".
Os árabes dobram a letra L pelo seu Lam-Alif, pronunciando este nome ALLaH. Essa mesma estrela hexagonal dos equinócios do Verbo, que é relativa às duas primeiras letras da estrela solsticial, é lida: ALaH-IM, e forma com ela a estrela dodecagonal do Verbo, dividindo o círculo em doze partes de 30° cada uma.
COROA MUSICAL COSMOLÓGICA
Às três zonas ou coroas anteriores sucede uma coroa musical composta por uma dupla héxada diatônica, na qual cada nota corresponde a uma cor, a um número e a uma letra do mesmo grau ou decanato das zonas ou coroas acima.
Cada acorde, consoante ou dissonante, formado pelos pares homólogos destas notas a 180° uma da outra, tem sempre como mediatriz no centro solar do Arqueômetro, a nota central Mi.
Esse sistema musical define-se como diatônico, como enarmônico, como cromático transpositor pelos números específicos das letras e particularmente dos Princípios, aqueles das três letras: Y, Pho, Verbo de Deus, nome zodiacal do triângulo fundamental.
Esses números são: 10, 80, 6. Que resultam:
" Pela soma: 10 + 80 + 6 = 96
" Pela adição dos dois módulos: 10 + 6=16
" Pela multiplicação dos dois módulos: 10 x 6 = 60
A sonometria do Arqueômetro está, pois, montada sobre estes números da Trindade Mãe.
Os outros números, junto com estes, constituem uma aritmologia qualitativa que preside, ao mesmo tempo, os Ciclos ou revoluções harmônicas dos astros e a sonometria propriamente dita.
O Arqueômetro apresenta sete modos diatônicos.O A nota fundamental emissiva é Sol, que correspondente à letra Y e à cor azul.
Mas depois de definido o círculo por meio dos quatro triângulos eqüiláteros, sua oitava sozinha fala planetariamente, e a nota mais grave passa e ser "Si", terça maior da nota "Sol" original.
A Antigüidade histórica perdeu completamente a noção precisa do "Sol" fundamental, da Lira da Virgem. Conservou, mais ou menos claramente, a noção do "Si" fundamental que, do ápice para a base do Arqueômetro, dá o acorde da sétima "Si-Lá", dividido em duas quartas unidas pela nota do centro solar da figura: Mi.
"Si-Mi-Lá", lê-se sobre o Arqueômetro: ShNaH, ou ANO, e por oposição Sul-Norte: Na-Hash, a Serpente.
Medindo-se por terças unidas e não por quartas, esse acorde "Si-Ré-Fa-Lá" é interferência! ou enearmônico direto do diatônico equivalente musical do eixo interferencial ou diametral Norte-Sul.
A sonometria dos números 10, 80,6 resulta, sobre a corda fundamental de "Sol", a gama arqueométrica de 22 intervalos.
Da mesma forma que os números das letras formam uma aritmologia qualitativa, experimental pelo som, também determinam uma morfologia qualitativa, identicamente experimental, por seus intervalos harmônicos sobre a corda em repouso ou em vibração.
O resultado disso é um alfabeto arqueométrico morfológico de 22 formas.


COROA ZODIACAL ASTRAL
A coroa zodiacal astral está sobre uma zona colorida de laranja-rosa, com doze escudos que trazem os signos tradicionais do Zodíaco. O termo Zodíaco é do sânscrito: Kya-Devasou Kaya-Devas, a Rota dos Anjos.
COROA PLANETÁRIA ASTRAL
É a zona dos planetas diatônicos de dupla héxada, assinalados com seus signos tradicionais em suas posições diurnas e noturnas, com o Sol no centro, representado pela nota Mi.
Esses signos astrais, zodiacais, planetários e solares são derivados das letras morfológicas usadas sobre os escudos e sobre os ângulos dos 4 trígonos inscritos.
De sorte que estas mesmas letras estão situadas no Arqueômetro de acordo com seus valores e não arbitrariamente; assim, falam autologicamente, sem que a vontade humana possa introduzir alguma fantasia, por mínima que seja, nessa palavra direta, que respeita as leis.
Essa palavra pode ser traduzida nas línguas mais antigas, chamadas. em sânscrito, de "línguas da cidade ou da civilização divina: devanagárica", em oposição às outras línguas não arqueométricas, chamadas de prácritas ou das civilizações selvagens.
COROA DODECAGONAL DE RAIOS CÔMICOS CIRCUNSOLARES
Depois dessas seis zonas ou coroas, apresenta-se uma reprodução luminosa do Mundo da Glória, como uma dupla estrela hexagonal na qual domina o trígono luminoso, azul, amarelo e vermelho, correspondente à Trindade-princípio e às três letras do nome dessa Trindade: I-PhO, Verbo de Deus; I-ShO, JeShU.
COROA DOS RAIOS BRANCOS
Essa reprodução do Mundo da Glória envolve a última zona pintada com a cor índigo, o pentagrama musical de 5 linhas, onde se entrecruzam os 6 diâmetros ou 12 raios brancos da homologia das cores complementares.
CENTRO SOLAR
E finalmente a nota Mi, que aparece no Sol central e que forma com o semicírculo que está sobreposto a este a letra Na, da mesma forma que o raio branco horizontal forma a letra morfológica A.
Resumo da Descrição Sumária DUPLA COROA DOS 360 GRAUS:
O TEMPO SEM LIMITES, A ETERNIDADE
A zona dos graus ou transportador homológico diferencial corresponde em hermenêutica à Eternidade ou ao tempo sem limites. A reprodução homológica do número 360 por adição a cada grau é a demonstração experimental da onipresença de Deus.
O número 3 representa o Verbo, 6 representa o Espírito Santo, o zero (0) é o nada por si mesmo; porém, quando precede alguma dessas duas cifras, o nada se torna o todo, o que quer dizer, o Universo definido: 360.
MUNDO ETERNO DA GLÓRIA
Da zona da coroa de graus até aquela das notas musicais, temos quatro intervalos hierárquicos constituindo o que a Tradição chama de "A Glória", a criação incorruptível do Verbo, seu Reino Eterno e aquele de suas Potências imortais.
MUNDO TEMPORAL DOS CICLOS ASTRAIS
As duas zonas ou coroas seguintes representam o céu sideral, o temporal, em seu tipo de harmonia e de organização peculiar, determinada pelo protótipo ou arquétipo anterior.
CAPÍTULO QUARTO
Os Triângulos Celestes
A Astronomia dos Templos Iniciáticos
da Antigüidade



Primeiros Elementos Necessários para Saber e Entender
a Construção e as Relações do Arqueômetro


Quando o homem sai do estado de torpor intelectual causado pela ignorância ou a escravidão, ele olha ao redor procurando perceber o "Porquê" e o "Como" de tudo que o rodeia.
A natureza em seus múltiplos aspectos, seu ser interior, sua identidade própria e a origem de suas aspirações, como o amor, o ódio, depois os acidentes por que passa todo ser vivente sobre a Terra: as doenças, a morte, os sofrimentos morais e as relações entre os seres humanos, tudo isso surpreende o Pensador que exige uma solução mais ou menos satisfatória.
Todos os filósofos, todos os divulgadores de sistemas religiosos e, agora, a maioria das sociedades eruditas têm dado soluções a esses diversos problemas.
No presente trabalho, prelúdio de qualquer estudo mais profundo do ocultismo, vamos rever as respostas dadas para alguns dos problemas expostos pela ciência atual e examinaremos logo a seguir as soluções dadas pelos antigos templos de iniciação. Finalmente, procuraremos encontrar quais as possíveis relações, entre as duas fórmulas propostas.
A primeira coisa que surpreende o espírito humano é a natureza com suas diversas manifestações: o amanhecer e pôr-do-sol e da Lua, as estrelas que brilham na noite, além das diversas estações, as tempestades, o arco-íris, o crescimento dos vegetais, a reprodução dos animais e sua utilização pelo homem, tudo isso exige longas e sérias meditações.
A seguir vamos expor que, mesmo contra certos positivistas do mundo profano, supomos que toda a instrução dos primeiros pensadores terrestres teria sido feita não por raciocínios infantis, mas certamente sob a influência direta dos Seres invisíveis dos diversos planos. É a revelação direta que está no início de todas as ciências, e as experiências acontecem mais tarde para negar em princípio as afirmações das entidades superiores que se reservam de retornar mais tarde; daí o ditado: "Um pouco de ciência nos afasta de Deus, muita ciência nos reintegra a Ele". Porém, não devemos nos antecipar.



Zodiaque (Zodíaco) - Préccession des Equinoxes (Precessão dos
Equinócios) - Aphélic (Afelio) - Pherielie (Periclio) - Solei (Sol) -
Bélier (Aries) - taureau (Touro) - Gemeaux (Gêmeos) - Cancer
(Câncer) - Lion (Leão) - Vierge (Virgem) - Balance (Libra) -
Escorpio (Escorpião) - Sagitaire (Sagitário) - Capricorne (Capricórnio)
" Verscau (Aquário) - Poissons (Peixes)




A ciência atual nos ensina que somos os habitantes de um planeta que se chama Terra; este planeta gravita com outros planetas em torno de um astro chamado Sol, que envia o calor e a vida tanto para a Terra como aos outros planetas de seu sistema. Esses planetas são, partindo do Sol; Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno (que eram conhecidos também pelos antigos), Urano e Netuno, estes últimos acrescidos ao Sistema Solar pelos sábios modernos.
Cada um destes planetas pode ter, por sua vez, astros menores do que eles, que giram ao seu redor. Esses astros são chamados satélites. A Terra tem um satélite, a Lua; Marte tem vários deles, Júpiter também, e Saturo está rodeado por uma verdadeira nuvem de pequenos satélites, que forma um verdadeiro anel em seu redor. Podem ser encontrados todos os detalhes úteis nos livros elementares de astronomia.
Cada uma das estrelas que vemos no céu, que são as chamadas estrelas fixas, é um Sol com seu cortejo de planetas. Por outro lado. os astros móveis que aparecem acima do horizonte terrestre em certas épocas do ano, que se movimentam no céu indo de um grupo de estrelas para outro e que freqüentemente possuem uma cor particular, são os planetas.
E estudando essas andanças astrais, depois a duração de uma rotação da Terra sobre seu eixo, sobre ela mesma, depois do tempo de duração de uma translação da Terra em tomo do Sol, e finalmente o tempo de translação de um signo para outro e as mudanças no aspecto exterior do seu satélite - a Lua - é que se tomou possível estabelecer uma base para a determinação do tempo e os diversos sistemas de calendários.
O Sol parece percorrer no céu uma certa rota indicada por grupos das estrelas fixas. Essas estrelas são como os limites celestes que envolvem a rota solar. Em um ano terrestre (365 dias e uma fração), o Sol passa, de acordo com o seu aspecto exterior, por todos esses grupos de estrelas que são em número de doze (12) grupos, chamados signos do Zodíaco ou simplesmente Zodíaco. Assim, o Sol percorre um signo do Zodíaco a cada mês.
A Terra gira sobre ela mesma (seu eixo) em 24 horas. Durante essas 24 horas, a metade do globo terrestre permanece iluminada pelo Sol, enquanto a outra metade fica no escuro. Chamamos de dia o tempo durante o qual a Terra é iluminada e noite, o tempo que permanece na escuridão. A duração exata dos dias e das noites difere de acordo com os países terrestres e segundo as estações, porque a Terra está inclinada sobre a eclíptica.
Por outra parte, a Lua gira em torno da Terra em quatro períodos diferentes de sete dias e umas frações; durante esses 28 dias, a Lua muda quatro vezes de aspecto, o que resulta; a Lua Nova, que é o primeiro quarto; a Lua Cheia, o último quarto. Os sete dias necessários para que a Lua passe de um aspecto até o outro marcam uma semana.
O mês lunar é de 28 dias; o mês solar, de um pouco mais de 30 dias, a procura da concordância desses dois gêneros de meses tem dado o surgimento dos diversos sistemas de calendários, entre todos os povos terrestres, sendo que uns consideravam os meses lunares (Peles-vermelhas e pretas), os outros consideravam os meses solares, e outros, ainda, consideravam o tempo verdadeiro resultante da colocação da concordância dos diversos meses.
Nenhum espetáculo podia impressionar mais ao cérebro humano que a aparição das estrelas e dos planetas durante uma bela noite de estio. E, sem dúvida, são poucos os contemporâneos que realmente se dão conta das maravilhas que o céu apresenta! A ciência moderna nos mostra claramente o quanto a nossa pequena Terra é algo desprezível nesta imensidão dos sóis de variados coloridos (existem estrelas vermelhas, verdes ou azuis), ao redor das quais gravitam múltiplos planetas povoados com humanidades. Enviamos a todos estes detalhes dos admiráveis escritos de Camille Flammarion sobre esses polêmicos temas.
Tudo isso é maravilhoso; no entanto, a ciência contemporânea não descreve mais que as esfinges, os aspectos externos, faz a anatomia da natureza, descuidando de sua fisiologia.
Imaginem um sábio que acaba de descobrir um manuscrito em uma linguagem desconhecida, ele o pesa, mede-o, analisa sua composição química e, enfim, conta com cuidado o número de linhas e de caracteres que o compõem, assim teremos uma idéia da forma como a ciência se ocupa da natureza.
O medo das hipóteses fez com que se abusasse das análises de detalhes. Datando desde o Renascimento, a parcela inteira da filosofia, da síntese das ciências, tinha sido rejeitada sem consideração, longe dos estudos chamados sérios, e todas as elevadas especulações científicas se tornaram coisas escondidas, ocultas, e acabaram constituindo-se nas que hoje são chamadas de Ciências Ocultas.
A parte anatômica do estudo dos astros se tornou uma ciência sob o nome de astronomia, enquanto a parte fisiológica tem sido relegada ao menosprezo sob o nome de astrologia.
A seção sintética ou astrosófica tem permanecido quase desconhecida.
O mesmo aconteceu com a Química e a Alquimia; a Física e a Magia; a Teologia e a Teurgia; as Ciências Naturais e a Fisiogonia, os Números e a Matemática oculta.
Quando olhamos pessoas na rua, o que nos interessa não é tanto seu peso, sua roupa, sua cor de pele ou seu caminhar, mas como é sua vida moral, as relações de amizade ou de ódio que podem existir entre eles, suas leis sociais e, finalmente, sua vida intelectual.
Porém, a ciência atual considera os astros como passageiros, os que devem ser ignorados na vida real: são grossas massas materiais reagindo umas contra as outras de acordo com seu volume e seu afastamento.
Pelo contrário, a astrologia ensina que os astros são seres viventes, tão vivos quanto os animais terrestres ou os vegetais, que esses astros ainda possuem amizades e ódios e se influenciam uns aos outros por meio dos fluidos que circulam entre eles. A astrologia povoa o céu dos seres vivos e das forças inteligentes, enquanto a astronomia nos mostra acima de nossas cabeças um imenso cemitério de massas inertes e de forças cegas. Aguardando a união oficial das duas ciências, a séria astronomia e a oculta astrologia, indicaremos os elementos indispensáveis para compreender os livros dos antigos e dos modernos astrólogos.
É necessário estudar três ordens de objetos:
1º) Os planetas;
2º) Os signos do Zodíaco e sua lista das casas planetárias;
3º) As relações desses astros e desses signos com a vida e o destino dos entes que vivem sobre os planetas.
Os PLANETAS
Vimos que os planetas giram em tomo do Sol e que, para a ciência, a ordem desses planetas é a seguinte:
Sol... Mercúrio... Vênus... Terra... Marte... Os asteróides do planeta que explodiu... Júpiter... Saturno...Urano... Netuno.ê
A astrologia, para facilitar seus cálculos, considera a Terra o centro do sistema planetário e classifica os astros da seguinte forma: Netuno... Urano... Saturno... Júpiter... Marte... o Sol... Vênus... Mercúrio... a Lua.
Fala-se por alto, em tudo o que se refere à antiga astrologia, dos dois planetas que unem nosso sistema ao seguinte: Netuno e Urano, se nos atermos aos sete planetas da antigüidade, os quais aconselhamos os nossos leitores a saber a lista de memória: Saturno, Júpiter, Marte, Sol, Vênus, Mercúrio, Lua.
Ao mesmo tempo que se decorará essa lista, será útil desenhar numerosas vezes os signos provenientes da língua adâmica (o watan, Saint-Yves d'Alveydre) atribuídos para cada um dos planetas.
? Saturno ? Vênus
? Júpiter ? Mercúrio
? Marte ? Lua
( Sol
Para compreender bem a forma como os ancestrais conceberam a físiologia dos corpos celestes, é indispensável possuir algumas noções de astronomia. Quando os tratados de astrologia são carentes de conhecimentos astronômicos, tornara-se com freqüência um quebra-cabeça chinês.
Vamos supor que estamos perto das onze horas da manhã em um campo nos arredores de Paris. O que nós veríamos? O céu acima de nossa cabeça e um círculo horizontal que nos limita a visão de tudo ao redor. Esse círculo é o horizonte. O céu que está acima da nossa cabeça representa bem um grande boné invertido, no qual vemos somente algumas nuvens e o Sol que sobe lentamente em direção ao ponto culminante desse boné celeste. Quando o Sol estiver nesse ponto, será exatamente meio-dia no lugar onde nos encontramos.
Vamos imaginar, agora, um grande semicírculo que passará por esse ponto em que se encontra o Sol ao meio-dia, cortando o horizonte à direita e à esquerda, obtemos assim o que se chama de Meridiano.









O horizonte, o círculo horizontal e o Meridiano, círculo ou, melhor dizendo, semicírculo em plano vertical, cortam-se, como nos indica a figura ao lado.
Mas a Terra é uma massa mais ou menos redonda; enquanto uma de suas metades é iluminada pelo Sol ao meio-dia, a metade oposta da Terra está no cone de sombras, ou na noite, e é exatamente meia-noite naquele vértice do cone de sombras, quando for meio-dia no vértice de cone de luz.
Assim, é noite debaixo de nossos pés do outro lado da Terra, quando o Sol do meio-dia brilha acima de nossas cabeças.
A figura a seguir nos dará uma idéia clara desse fato muito importante.
Observemos também os chamados Pontos Cardeais. Quando o Sol está andando no meridiano e você olha para o ponto onde ele se põe no horizonte, esse será o Oeste, nas suas costas temos o Leste, à sua direita temos o Norte e à sua esquerda temos o Sul. Notemos a seguir que essas direções são exatamente opostas duas a duas, e foram adotadas nas cartas geográficas, que geralmente colocam o Norte em nossa frente, como acontece para a meia-noite oposta do meio-dia de acordo com o exemplo anterior.
Os astrólogos estabeleceram todos os horóscopos com o meio-dia na frente do observador. Essa observação é importante e deve ser guardada.
Para orientar-nos nos caminhos terrestres, foram colocadas placas sinalizadoras indicando as distâncias em quilômetros. Como podemos orientar-nos no espaço celeste?
De uma forma muito simples. A abóbada celeste foi dividida como uma quadrícula, cujo espaço entre as linhas é chamado de graus. Assim, metade da abóbada celeste visível compreende seis zonas de 30° cada uma, o que dará 180° para a metade visível e 180° para a outra metade. Resultando, assim, 360° para a esfera inteira.




Os diversos astros percorrem essas rotas celestes com diferentes velocidades. É como sobre a Terra, onde o automóvel, a carreta, o carro de bois, o burro do camponês, que, partindo ao mesmo tempo da cidade, não passam no mesmo momento no marco do primeiro quilômetro em razão de o automóvel ser mais rápido que a carreta ou o carro de bois. Da mesma forma, no céu, existem estrelas mais rápidas e outras mais lentas. Assim, a Terra faz uma volta completa no céu em 24 horas, girando sobre ela mesma. Como existem 12 divisões de 30° cada uma na esfera celeste, a Terra percorrerá 2º por hora. Pelo contrário, de acordo com as aparências visíveis, o Sol percorre um grau em um mês e é necessário um ano para que o Sol faça um giro completo no céu, ou em outras palavras uma volta de 360°.
Assim, uma divisão de 30° representa meia hora de rotação terrestreA e um mês de marcha solar. O leitor sabe, certamente, que é a Terra que gira em um ano em tomo do Sol, porém conservamos a linguagem das aparências, que é útil para a compreensão da astrologia.
A figura a seguir indica as divisões astronômicas do céu de forma clara.
Cada uma dessas divisões de 30° constitui o que os astrólogos chamam de "casa". O céu foi dividido pelos astrólogos em 12 casas, onde se hospedam os signos do Zodíaco, à razão de um por casa, e os planetas.
A divisão das casas astrológicas foi estabelecida de acordo com a marcha do Sol, quer dizer, cada casa de 30° representa um mês do ano. O ano para os astrólogos começa em março, no signo do Carneiro (21 de março a 20 de abril) e lá se situa a casa n° 1; depois vem a casa nº 2 no signo de Touro e assim sucessivamente, segundo a figura que segue.
NOTA IMPORTANTE: Para clareza deste estudo elementar, supomos que as casas e os signos coincidam exatamente, o que acontece somente com as pessoas nascidas no primeiro grau de Carneiro. Conservamos a confusão das casas e dos signos, para facilitar o estudo dos elementos estáticos da astrologia. Mais adiante, faremos as observações necessárias para explicar como a primeira casa muda de signo de acordo com a data de nascimento. Que os astrólogos peritos nesses estudos não protestem desde agora. Essa nota é para explicar-lhes a razão de nosso ensinamento atual.


Hiver: Inverno Automne: Outono
Etés: Verão
Printemps: Primavera Janvier: Janeiro Févriers: Fevereiro Mars: Marco
Avril: Abril
Mai: Maio
Juin: Junho
Juillet: Julho
Aout: Agosto Septembre: Setembro Octobre: Outubro Novembre: Novembro Decembre: Dezembro

Três casas indicam uma estação. Assim, a primavera é indicada pelas casas 1, 2 e 3, chamadas de Carneiro, Touro e Gêmeos, que vão de 21 de março a 20 de junho, época em que começa o verão, indicado pelas casas 4, 5 e 6, chamadas de Câncer, Leão e Virgem nos signos do Zodíaco, que vão de 21 de junho até 22 de setembro. Depois desse dia começa o outono, com as casas 7, 8 e 9 e com os signos Libra, Escorpião e Sagitário, que vão de 23 de setembro até 21 de dezembro. O inverno começa nesta data, com as casas 10, 11 e 12 e os signos de Capricórnio, Aquário e Peixes, que vão de 22 de dezembro até 20 de março, em que volta a iniciar primavera, com a entrada do Sol no signo do Carneiro.
(Notamos imediatamente que o Sol já não entra, neste momento, no signo zodiacal de Carneiro em 21 de março. Entrava nesse signo, quando o Zodíaco foi estabelecido por Ram, há aproximadamente 12.000 anos. Por causa da Precessão dos Equinócios, o Sol entra no signo de Carneiro em 15 de abril até 15 de maio, e volta a passar pela sua posição primitiva a cada 26.000 anos. Esclarecemos isso para evitar que nossos leitores cometam erros astronômicos. Voltemos agora para a astrologia.)
É indispensável que o pesquisador sério decore os nomes dos 12 signos do Zodíaco e o número da casa que cada um representa.
Casas Ascendentes e Descendentes
Como as casas partem do n°. 1 e vão até o n°. 12, a metade destas está localizada na metade norte ou setentrional da esfera celeste: estas são as casas Setentrionais ou Ascendentes. Elas vão desde o Leste na casa 1 até o Oeste na casa 6. As casas 7 a 12 estão situadas na parte Meridional da esfera celeste. Estas são as casas descendentes. Os signos do Zodíaco estão divididos exatamente como as casas, em signos ascendentes ou setentrionais e em signos descendentes ou meridionais.
Os signos ascendentes vão de 1º até 180° e os signos descendentes vão de 180° até 360°.




Os Ângulos
Cada um dos Pontos Cardeais determina um ângulo em que é colocada a casa correspondente. Assim, o Carneiro e a casa 1 estão situados no Oriente (Leste). Dessa forma, determina-se o ângulo oriental ou ascendente. É extremamente importante memorizar esse termo.
A casa 4 e o signo zodiacal de Câncer formam o ângulo setentrional (Norte e Nadir).
A casa 7 e o signo de Balança formam o ângulo ocidental ou o descendente.
A casa 10 e o signo zodiacal de Capricórnio formam o ângulo meridional, o meio-dia ou meio-céu (Zênite). Ver com atenção a figura anterior.
As quatro casas que acabamos de descrever (as casas 1, 4, 7 e 10) são as casas de ângulo ou casas angulares que indicam os quatro Pontos Cardeais.
A casa que segue a uma casa angular recebe o nome de casa sucessora ou fixa. Então as casas fixas são 2, 5, 8 e 11.
Finalmente, a casa que segue a uma casa fixa chama-se cadente ou mutável.
Então, as casas mutáveis são 3, 6, 9 e 12.
A figura seguinte indicará claramente essas divisões:
Os antigos ancestrais ensinavam que o céu tinha uma ação dominante sobre as forças físicas, os seres vivos e os estados da matéria sobre a Terra.

É assim que denominaram de Terra a tudo o que estava no estado sólido; davam o nome de Água a tudo o que estava no estado líquido; chamavam de Ar a tudo que estava no estado gasoso e davam o nome de Fogo a todas as manifestações da força. Existe um erro grosseiro ao acreditar que esses termos determinam a própria Terra, ou a Água terrestre, ou o Ar (o Espírito do vinho), ou o Fogo Filosófico, ele, etc, que serviriam nos casos de necessidade para esclarecer aos Profanos. Esses diversos estados da matéria eram indicados simbolicamente por triângulos: o Fogo por um triângulo com a ponta para cima, porém, que não se cruza no seu ápice; o Ar, por um triângulo com a ponta para baixo e cruzado em seu ápice; a Água com um triângulo com a ponta para baixo e não cruzado em seu vértice; e a Terra com um triângulo com a ponta para cima e cruzado na sua ponta. Eis os hieróglifos desses elementos.



As casas 1, 5 e 9 são ígneas e correspondem ao elemento Fogo. Reunindo o meio de cada uma dessas casas para uma linha reta, inscreve-se o triângulo de Fogo no céu.
As casas 2, 6 e 10 correspondem ao elemento Terra e eles formam no céu o triângulo da Terra dos Vivos.
As casas 3, 7 e 11 formam o triângulo do Ar.
As casas 4, 8 e 12 formam o triângulo da Água ou das Grandes Águas Celestiais.
Os triângulos da Terra e da Água cortam-se formando um Hexagrama ou a Estrela de Salomão.
A mesma coisa acontece com os triângulos do Fogo e do Ar.
É conveniente estudar, para esse propósito, as figuras precedentes.
Influências Planetárias, os Asteróides, Urano e Netuno
Os planetas, de acordo com os astrólogos, exercem uns sobre os outros uma enorme influência.
A Terra sofre esta influência por parte de seus vizinhos, e essa influência manifesta-se conforme dois fatores principais: o volume e a aproximação dos planetas. Tanto é assim que a Lua, simples satélite, porém um astro muito próximo da Terra, tem uma influência positiva e real sobre os acontecimentos terrestres, enquanto os numerosos asteróides situados entre Marte e Júpiter não interessam para qualquer cálculo astrológico.
A influência planetária, falando astrologicamente, não provém na realidade do mesmo planeta, mas de uma zona de influência que é representada pela distância entre este planeta e seu vizinho mais próximo. Os asteróides dividem, então, sua influência entre Marte e Júpiter, e não é necessário considerá-los de uma forma especial.
Agora darei um conselho completamente pessoal, sobre o qual me responsabilizo plenamente. Considero um erro lamentável que os astrólogos contemporâneos tenham introduzido em seus cálculos a influência de Netuno e de Urano, pois os dois planetas estão situados além de Saturno. Explicamos essa afirmação a seguir.
Júpiter tem o volume 1.300 vezes maior que o da Terra, e dista 155 milhões de léguas da Terra. Sua influência é evidente. Urano tem um volume 75 vezes o da Terra e dista 673 milhões de léguas desta. Netuno, que é 86 vezes mais volumoso que a Terra, dista 1.073 milhões de léguas desta. Na minha opinião, esses dois planetas e outros que possam ser descobertos mais tarde são intermediários entre nosso Sistema
Solar e o Sistema Solar mais próximo. O sentido de sua rotação assim o indica, principalmente, para aqueles que sabem observar.a
Devem-se relacionar as influências de Urano e de Netuno contra a influência de Saturno, que é 864 vezes maior que o tamanho da Terra e está a uma distância de 268 milhões de léguas daqui.DD
De qualquer maneira, se os astrólogos contemporâneos querem mostrar que se preocupam e prestam grande atenção às descobertas astronômicas, seria necessário que considerassem mais a existência dos asteróides que circulam entre Marte e Júpiter, ou por outro lado esquecer as fracas influências dos distantes planetas Netuno e Urano, condicionando seus cálculos às esferas de Saturno.
E por essa razão que tomamos em conta esses dois planetas neste alfabeto astrológico.
Os Planetas
Nós acabamos de ver as casas e os signos fixos do Zodíaco. Cada uma dessas casas possui, para o astrólogo, um Senhor (Domicílio), um Governador (que governa a casa) sob a forma de um dos sete planetas. Cada um dos planetas, exceto o Sol e a Lua, tem dois domicílios: um positivo ou diurno, e um negativo ou noturno.
A Lua tem seu único domicílio na casa 4, que corresponde a Câncer; o Sol tem seu único domicílio na casa 5, que corresponde a Leão.
Mercúrio tem seu domicilio diurno ou positivo na casa 3, que corresponde a Gêmeos e seu domicílio negativo ou noturno na casa 6, que corresponde a Virgem.
Vênus tem seu domicílio diurno ou positivo na casa 2, que corresponde a Touro; e seu domicílio negativo ou noturno na casa 7, que corresponde a Libra.
Marte tem seu domicílio diurno ou positivo na casa 1, que corresponde a Áries; e seu domicílio negativo ou noturno na casa 8, que corresponde a Escorpião.
Júpiter tem seu domicílio diurno ou positivo na casa 3, que corresponde a Peixes; e seu domicílio negativo ou noturno na casa 10, que corresponde a Capricórnio.
Um amigo de Saint-Yves


Triângulo do Verbo, de Jesus
Trígono da Terra do Princípio e da
Imanência Nele


Tem seu Ápice no Solstício de Inverno, Natalício,
Ponto de Partida do Ano Astronômico


O TRIÂNGULO DE JESUS OU DA TERRA DOS VIVOS

Os três caracteres da língua adâmica
I SH O

Significado das Letras
Y, I, J - 10


Essa letra é a primeira da Terra dos Vivos. Governa o trígono solsticial norte, o do Verbo e da imanência dos vivos Nele. É a regra do sistema arqueométrico dos antigos patriarcas e de seus alfabetos solares e solar-lunares. Ela chama o Verbo de Ia, Yo.
Corresponde à Sabedoria de Deus, à Rainha do céu dos antigos patriarcas e das Litanias de Maria Elevada aos Céus.
É a primeira letra dos nomes do Pai e do Filho. Estes são significativos nela. Sua nota é Sol fundamenta), sobre a qual montamos toda a sonometria e todo o sistema musical do Arqueômetro.
Seu número é 10, sua cor é o azul; seu signo zodiacal é Virgem; seu planeta é Mercúrio; seu Arcanjo é Rafael Trismegisto, chamado também Hamaliel pelos caldeus.
E no ano litúrgico corresponde à época da Assunção, de 15 a 21 de agosto.
As Letras Zodiacais Uma a Uma
Y, I, J - 10

Ya - A Potência divina manifestando-se.
A ação de Deus por meio de seu Verbo Hebraico
" A afirmação divina -
" A potência de união, doação, glorificação,
emissão de ida, remissão do retorno Sânscrito
I - O impulso da oração e da adoração -
Yaj - O santo sacrifício, a ação de sacrificar-se -
ijYa - O Mestre Espiritual -

P, PH - 80
Esta letra completa o ângulo do Solstício norte da Terra dos Vivos Imortais. Sua forma de triângulo eqüilátero indica que governa o trígono do Verbo. Corresponde à potência de Deus em ação por meio do seu Verbo.
Seu número é 80, sua cor é o amarelo puro, seu Arcanjo é Hamaël, seu signo zodiacal é Capricórnio; Porta de Deus na Cidade celeste; seu planeta é Saturno noturno; sua nota musical é Si natural, quando se divide a corda do Sol em 100, e Si bemol, quando se divide essa corda em 96, número total das letras zodiacais do primeiro trígono.
O Si bemol se refere ao amor divino. No ano litúrgico, essa letra corresponde ao Natal, nosso 24 de dezembro; quer dizer, ao ponto em que o Sol renova o ano, voltando a subir sobre a eclíptica.
Entenda-se bem, de uma vez por todas, que, sobre o Arqueômetro, o ano astral e os signos astrais são somente uma conseqüência do ano típico e eterno do Verbo e do Mundo da Glória.
P, PH - 80
HPa - A Potência que reina e governa Sânscrito
Pha - A manifestação do Verbo por meio de seus
equivalentes, luz, som, etc Hebraico
APa - O indivisível Sânscrito
APh - A Potência que envolve o turbilhão universal,
que prende o espírito, apaixona a alma e
seqüestra a vida dos seres Hebraico e Egípcio

O, V - 6
Essa letra é a terceira da Terra dos Vivos, do Nome do Verbo e do nome de Jesus; da mesma forma que o I pertence à Sabedoria do Pai, o Ph e o Sh ao Filho, o O ao Espírito Santo.
Essa letra é a terceira do nome de IHOH, também a terceira dos nomes de Jesus Verbo, IShO, IPhO, e a segunda letra dos nomes do Espírito Santo, ROuaH-ALaHIM.
O fato precedente responde a um mistério do "Credo" de Santo Atanásio. Porém, limitamo-nos a expor a autologia do Arqueômetro.
Essa letra é conjuntiva ou conjugai em todas as línguas solares, da mesma forma que seu número 6, que as antigas Escolas chamavam o casamenteiro. Da mesma maneira, sua cor vermelha é experimentalmente conjuntiva do azul e do amarelo.
Trataremos destas experiências nas páginas dedicadas à Cromologia Arqueométrica.
É curioso assinalar que a simples inspiração sempre atribuiu a cor azul à túnica da Santa Virgem Ascensionada, e a cor branca e amarela à do Menino Jesus; finalmente o vermelho às sete línguas de fogo do Espírito Santo e à pomba jônica, a da união conjugai dos sexos no amor psíquico e no Deus Vivo.
O Fá é a nota, a corda e o modo dessa letra. Seu signo zodiacal é Touro, cujo Anjo é Asmodel; seu planeta é Vênus diurno, cujo Anjo é Haniel, a inteligência Hagiel, o espírito Nogael. No ano litúrgico, corresponderia ao período da Assunção e de Pentecostes, se este ano pudesse ser regulado sobre as entradas do Sol nos signos.
O, V - 6
O - A sensibilidade divina, a luz invisível
para os olhos da carne, o som
inaudível para os ouvidos do
corpo, o úmido radical
insensível para o tato carnal.
A causa de toda sensibilidade,
de toda a vista, de toda a
audição e de todos os gostas
psíquicos e em conseqüências
carnais Hebraico e Egípcio
Va - A Potência conjuntiva e conjugal -
" O alento, a Potência animadora Sânscrito


A Letra Planetária de Jesus
Sh - 300

Essa letra é a planetária da Ph zodiacal. E especial no nome de Jesus como a primeira no nome do Verbo. Ambas são um trígono, o que indica que se referem à Trindade e ao triângulo fundamental e que devem ocupar a posição onde as deixamos classificar-se elas mesmas autologicamente.
Porém, além de sua congênere zodiacal, a planetária traz uma bissetriz que determina o prumo do eixo Norte-Sul do mundo. Pois representa a ação definida, cujo zodiacal é a Potência; seu número é 300.
Os números das letras arqueométricas contém tantos mistérios importantes que precisariam de vários livros só para descrevê-los. Para que se possa entender, por exemplo, e no que concerne só a astronomia, tomemos as duas letras do Verbo e de Jesus: Ph = 80, Sh = 300. Total = 380.
O ano físico da Terra atualmente é contado pelo tempo médio, 365 dias, 6 horas, 9 minutos e 10,7 segundos. Trata-se aqui do ano sideral do Sol. O trópico, mais curto, é de 365 d. 5h. 48 m. 47 seg.
O Arqueômetro nos provará que o ano de 365 d. 25/100 era perfeitamente conhecido da Universidade Patriarcal adâmica e antediluviana, a qual atribuímos nossas letras morfológicas.
Seja, por exemplo, um Ciclo de 19 anos muito usado desde a mais alta Antigüidade. Nós o adotamos aqui porque concorda com as 19 letras que temos utilizado: 12 como zodiacais e 7 como planetárias.
Em 19 anos, o ano de 365,25 d. dá 6.939,75 d. Portanto, 14 anos harmônicos de 360 d. resulta em mais 5 de 380:
360 x 14 = 5.040
380 x 5 = 1.900
19 anos 6.940 dias

A pequena diferença entre 6.939,75 d. e 6.940 d. acusaria talvez a diminuição do ano solar antevista por Bailly. Ao mesmo tempo, permitiria aos astrônomos determinar a data do ano antediluviano sobre o qual foi construído o Arqueômetro, nas posições em que lhe apresentamos, assim:
Arqueômetro: 6.940 = 365 d. 6 h. 18 m. 51,34 seg.
19
O ano sideral atual é de 365 d. 6 h. 9 m. 10,7 seg.; dito de outra forma, nosso ano seria mais curto em 9 m. 41,27 seg. Porém, no ano solar anomalístico, o tempo usado pelo Sol, partindo do perigeu para retornar a ele, é calculado pelos astrônomos modernos em 365 d. 6 h. 13 m. 34,09 seg. Se nossos cálculos são exatos, a diferença seria, então, de 4 m. 57,25 seg. Existem muitas outras coisas para meditar ainda sobre o número 380, quer dizer, Ph = 80 + Sh = 300.
Multiplicando esses dois números, um pelo outro, obtemos o ciclo harmônico de 24.000 anos de todas as antigas Universidades asiáticas. Esse ciclo consideraria, pois, não só a precessão dos equinócios medida musicalmente mas também uma relação de Saturno em conjunção com o Sol no 15° de Capricórnio, relação cósmica da qual não encontramos traços na astronomia moderna.
Existiam outros números diferentes dos números harmônicos utilizados na medida do Grande Ano. Por exemplo, o Van das antigas Universidades tártaras, 180; multiplica-se esse número pelo quadrado de 12, igual a 144; a operação dará 25.920, uma das cifras obtidas pelos modernos astrônomos; a outra é 26.000.
Falta dizer a razão que nos levou a determinar como ponto de partida do ano o Natal e o Solstício do Inverno e a colocar os planetas nos 15° de suas casas diurnas ou noturnas.
O calendário mais antigo dos gregos, que certamente provém da Ásia trazido pelos fenícios, coloca os pontos cardeais do céu no 15° das constelações.
O Solstício do Inverno no 15° de Capricórnio, o Solstício do Verão no 15° de Câncer, o Equinócio de Primavera no meio do Carneiro, o Equinócio do Outono no meio da Balança. (Achilles Tatius, cap. XXIII, Eudoxio, Hiparco, etc.)...
Os antigos suecos davam início ao seu ano solar no Solstício do Inverno, e igualmente os chineses. Para os indianos, o início do ano coincide com a festa de Krishna.
Assim, o Sol no 15° de Capricórnio não respondia ao início do ano astronômico, somente a partir de 1.353 anos antes de Nosso Senhor. Não é admissível que o Arqueômetro tenha sido inventado nesta época em que se encontra, pelo contrário, toda a ciência e todos os dados arqueométricos transtornados por todas as partes. Se este instrumento, mais que humano, da síntese das organicidades e das harmonicidades universais ligadas ao Verbo Criador tinha sido revelado alguma vez aos homens em sua integridade, temos que girar a Roda do Grande Ano pelo menos uma vez.
Se o fixamos em 24.000 anos, temos que contar: 24.000 + 1.353 = 25.353 a.C, ou 28.606 hoje em dia.
Se o fixamos em 25.920 anos, temos que contar: 25.920 + 1.353 = 27.273 a.C, ou 30.526 hoje em dia.
Por último, se o fixamos em 26.000 anos, temos que contar 26.000 + 1.353 = 27.353 a.C, ou 30.606 hoje em dia.
Voltando para a letra Sh, que corresponde à Potência Regia do Filho. Sua cor é o raio fotogênico, aquele do Fiat Lux, o amarelo; seu signo noturno: Capricórnio; seu planeta: Saturno; seu Anjo: Zafkiel; sua inteligência: Agiel; seu espírito: Sabbathiel, sua nota, sua corda e seu modo é Si bemol.
O ano litúrgico corresponde à natividade, e o astronômico, a 2.4-25 de dezembro.
SH - 300
Sha - O Repouso Eterno, o Paraíso Sânscrito
haS - O Ser Existente e Presente -
haC - A potência que outorga e concorda -


As Letras Zodiacais Duas a Duas
IPh - A manifestação perfeita da graça e da
Beleza Hebraico e Árabe
PM - A palavra de Deus Hebraico
" A boca de Deus Árabe
PhO - O alento da boca e, em conseqüência, a voz
e a palavra Sânscrito e Hebraico
" A luz, Phos: a voz, Phonê Grego
Pa Va - A purificação das almas Sânscrito
OPh - A manifestação gloriosa Árabe
" A visão divina Grego
Va Pa - O princípio específico de espécies e gérmens,
a ação de semear e de gerar Sânscrito
" Vapuna: Deus gerado de Deus Sânscrito
VaJ - A reintegração na via divina, prestar homenagem
à potência e à glória Védico
YO - O movimento remissivo da luz vital Hebraico
YaO - A potência divina desta remissão Hebraico
VaYa - O movimento de retorno Sânscrito


A Letra Planetária com as Zodiacais
Duas a Duas

Iça - O Mestre Supremo, o soberano Sobrenatural Sânscrito
YaC - A glória soberana Sânscrito
ISh - O pensamento vivente com ação viva Hebraico
Si - A Terra dos Vivos Védico
" Substância pura, aquela da imanação e da imanência
em Deus Védico
ShO - O homem em Deus Etíope
" A semelhança do princípio Hebraico
Su - O engendrado que reina, o bem, a bondade,
o belo, viventes Sânscrito
OSh - O homem divino Egípcio
" A difusão dos raios luminosos Árabe


As Letras Zodiacais Três a Três
Y-PhO - O Verbo de Deus, Deus-Verbo Sânscrito
PhO-Y - -
OPM - A Glória de Deus Sânscrito
YOuPa - O troféu divino, a cruz, o poste onde se amarra
a vítima Sânscrito

A Letra Planetária com as Zodiacais Três a Três
Y-ShO - O Deus Homem, o Deus Salvador, o Deus da
Humanidade, Jesus Hebraico
Pacu - A cabra macho emissária, a cabra macho do
Açwameda, a vítima, a alma universal dando-se
em sacrifício Védico e Sânscrito
ICWa - O Senhor Sânscrito
ShOu-Y- O Homem Deus Etíope
SWaJa - O Filho Sânscrito
ÇIVa - O bem-aventurado, o libertador final Sânscrito
OShi - O Homem Deus Egípcio
VIÇ-Wa - O Universo Sânscrito
SaVYa - O Norte, a orientação da adoração dos arianos:
frente ao Oriente (Leste), a esquerda ao Norte Sânscrito

A Letra Planetária com as Zodiacais
Quatro a Quatro

SOPhYa - A sabedoria de Deus Hebraico e Grego
YOShePH - A esfera luminosa de Deus; o Livro da Luz,
o Livro mostrado a Moisés na montanha, o Livro
mencionado por Mahoma que declara não ter
conhecido seus Mistérios. O nome de Joseph
é derivado deste hierograma Hebraico
UPaSe - A submissão ao Deus da homenagem da
adoração e do serviço divino Sânscrito

Referências arqueométricas das festas católicas e das datas astronômicas.


Triângulo de Maria
Trígono das Águas Vivas, da Origem
e da Emanação Temporal dos Seres


Tem sua Ponta no Solstício do Verão
Significado das Letras
M, MA, ME - 40

Essa letra, a primeira do trígono solsticial sul, é a das Águas Vivas, é a reguladora dos sistemas alfabético-lunarizados e, em conseqüência, desarqueometrizados. Não responde mais ao Ya, ao Yo que governa o Verbo; mas ao Me, ao Mi, que se desdobra sobre si mesmo.
Também não correspondem ao princípio divino nem à biologia divina, de onde toda a vida emana para a eternidade; mas a origem natural e a fisiologia embriogênica do mundo, de onde toda a existência emana temporariamente.


Os sistemas vedo-bramânicos e todos os que derivam deles foram calibrados sobre essa letra. Já não responde à Sabedoria de Deus, para quem todo pensamento é um ser vivo; mas à mentalidade humana, para a qual toda concepção é abstrata. É a Palas do sistema órfico, a Minerva, o Manu feminino do sistema Etrusco.
Seu número é 40, sua cor é verde-mar, seu signo zodiacal é o Escorpião, sua constelação complementar é o Dragão das Águas Celestes. Seu Anjo é Zarakiel.
Seu planeta é Marte diurno, cujo Anjo é duplo: Kamael, o amor físico da espécie que preside a geração, e Samael, que preside a mortalidade que resulta dela. Grafiel é sua inteligência, Modiniel é seu espírito planetário.
Sua nota é Ré.
No ano litúrgico, corresponde à época de Todos os Santos e à celebração das Almas Desencarnadas; no ano astral, a 21 de outubro.
As Letras Zodiacais Individuais
M, MA, ME - 40

Ma - O Tempo, a Medida, o Mar, a Luz refletida, a
Reflexão, a Morte, a Água Sânscrito
Má - A Negação Sânscrito
" Medir, distribuir, dar, formar, produzir, ressonar,
reter Sânscrito
Ma - A Água, Tudo, o Nada Árabe
" A Potência embriogênica, o desenvolvimento
no tempo e no espaço. Essa mesma letra expressa
também a possibilidade, a interrogação Hebraico
aM - Adorar, sair de si próprio; amata, o Tempo, a
Enfermidade, a Morte concebida como uma Mutação;
amati, o Tempo, o Ano, a Aparência, o exterior das
coisas, a Parte de Fora Sânscrito
" A Potência receptiva, plástica e formadora, a
origem temporal, antítese do Princípio eterno Hebraico
" A Maternidade, a Matriz, a Potência
da Emanação Árabe
R, Ra, Ré - 200
Essa letra é a segunda do triângulo das Águas Vivas. Seu número é 200; sua cor é laranja, composta por metade de amarelo e metade de vermelho; seu signo zodiacal é Peixes; seu Anjo é Borhiel; seu planeta é Júpiter noturno, cujo Anjo é Zadykiel; a inteligência, Sophiel; o espírito planetário, Zadekiel, segundo os caldeus e os cabalistas judeus.
Sua nota é Ut,
No ano litúrgico, corresponde à purificação e às cinzas; no ano astral, a 21 de fevereiro.
Ra - O Desejo, o Movimento, a Rapidez, o Fogo,
o Calor, desde que fluídico e liquidificador Sânscrito
" O movimento próprio, a irradiação
visível Egípcio e Hebraico
" A Visibilidade e a Visão Egípcio e Hebraico
aRa - Rapidez, raio, roda Sânscrito
aR - O movimento retilíneo, a força, o vigor,
a impulsão, o ardor gerador Árabe


H, Ha, He - 8
Essa letra é a terceira do trígono das Águas Vivas. Ocupa a parte inferior dessas Águas, no Solstício Sul, onde termina o ano quente e começa o ano frio nas antigas cosmogonias. Seu número é 8, sua cor é a violeta, seu signo zodiacal é Câncer, seu Anjo é Mouziel; seu planeta é, no Mundo da Glória, a letra B; no mundo astral, a Lua, cujo anjo é Gabriel; a inteligência, Elimiel; o Espírito planetário, Lemanael, de acordo com os caldeus e os cabalistas judeus.
Câncer era chamado nos antigos Mistérios da Porta dos Homens. Sua nota é Lá.
Corresponde, no ano litúrgico, ao Dia de Corpus, e, no ano astral, a 21 de junho.
Ha - A Água Viva, o céu, o Paraíso, a Morte que
conduz a Ele, a geração que encama, em oposição
à morte que desencarna Sânscrito
" A aspiração vital, o esforço humano em seu meio,
a existência temporal Hebraico
aHi - A serpente, emblema do tempo Sânscrito
" As nuvens sublunares...................................................Védico
aH - A semelhança na espécie, a identidade, a
fraternidade, o parentesco, o lar Hebraico

A Letra Planetária B
Sozinha e Combinada com as Zodiacais


Ba'á - Luz refletida, bondade (generosidade) Sânscrito
B'a - O mundo planetário e sua luz Sânscrito
Ba - O Meio, o Lugar, a Locomoção, as Coisas
Temporais, a Origem, a Duração, a Extensão Hebraico
" O movimento reflexo. Árabe
B'u - A Terra, como meio e lugar de evolução
temporal. Como verbo: Existir em um lugar e
em uma condicionalidade Sânscrito
aB - O ter como colorário do ser, a paternidade,
a frutificação, a germinação, a vegetação Hebraico
" A Água, o Mar Sânscrito
AaB - A água como elemento orgânico Persa
BaHu - O fundo de grande quantidade de água, a
Multiplicidade Sânscrito
BaRH - Voltar a dizer, novamente, criar pela palavra Sânscrito
B'RáMi - Substancionar, sustentar, alimentar Sânscrito


As Letras Zodiacais Duas a Duas
MáRa - A Morte, o Amor Sânscrito
O termo amor aqui significa a atração cósmica e, portanto, fatal, dos sexos, na unidade banal da espécie. Esse amor não tem como objetivo a felicidade dos indivíduos, mas a reprodução corporal, e, em conseqüência, a mortalidade nos reinos vegetal, animal e humano.
aMRa - A Imortalidade, o Amor Sânscrito
O amor significa aqui a atração divina e, portanto, providencial, das almas bissexuais por meio dos corpos. Essa Potência não leva em conta só a felicidade dos indivíduos pela sua livre escolha mútua. Ela os libera das fatalidades hereditárias da espécie. E por essa razão que Moisés diz: "Você abandonará seu pai e sua mãe para seguir a sua mulher e não serão dois, mas um só ente orgânico". E pois da suprema individualidade e da autonomia, do homem e da mulher, que se trata aqui, e, em conseqüência, de sua imortalidade no mesmo Deus Vivo.
MaRa - Mutação, o transporte fugitivo dos sentidos
Externos Hebraico
RaMa - A Graça, a Voluptuosidade, os Arrebatamentos
constantes (Êxtase) Sânscrito
" A Exaltação, a Efervescência, o Sublime, toda criação divina, todo ato admirável gerado pelo amor Sânscrito
RaHa - O Mistério Hebraico
" A rarefação aérea Hebraico
HaRa - A Potência que arrebata Sânscrito
Hérê - A arrebatadora aérea. Juno Grego
MaHa - O sacrifício, a oblação, a grandeza do amor Sânscrito
" A purificação Hebraico
HaM - O ardor gerador carnal, a paixão, a raiva, o fogo,
o calor e seu movimento transitório Hebraico

As Letras Zodiacais
Três a Três

HaRMya - O que contém: órgão, víscera, casa, palácio, a
cidade celeste Sânscrito
HaRMa - A obra, o sortilégio envolto nos seus efeitos Védico
HerM-es - O mesmo sentido. O condutor das almas
ascendentes descendentes Grego
RaHaM - Eletricidade em movimento, o trovão, o raio Hebraico
MaRH - O mar Etrusco
MaRyâ-H - A Pureza, a Virtude, a Virgindade Sânscrito


A Letra Planetária com as Zodiacais
Quatro a Quatro

BRâHMa - Uma das três Potências Trimurti embriogênica dos brâmanes. O Substanciador, o Sustentador Sânscrito
MaHaBaRa - A grande criação pela palavra. Seu resultado, a ação, a poesia divina Sânscrito
ABRaHaM - É a potência que permite o segundo nascimento, aquele da Graça: aB-RaMa, o Pai da Graça; Ba-RaMa, na Grécia. Ibrahim é o mesmo nome, que o do Pai dos crentes, entre os orientais. Eles não o aplicam somente ao Abraham da Bíblia, mas a todo patriarca ou fundador de um determinado Estado social, pela mesma fé Sânscrito, Hebraica, Persa, Árabe, etc.

Abraham é, como Brahma, o patriarca dos Limbos e do Nirvana, quer dizer, do triângulo embrionário das Águas Vivas. Os brâmanes dizem "estender-se em Brahma", por outro lado, os hebreus dizem "adormecer no peito de Abraão", quer dizer, retornar aos Limbos. Talvez devamos acrescentar que, de acordo com o Evangelho, Abraão não morreu, o que confirma o significado arqueométrico e cosmológico deste patriarca androgônico.

Triângulo dos Santos Anjos
Trígono do Éter

Tem sua Ponta no Equinócio do Outono
e no Signo da Balança


Significado das Letras
L - 30

Essa letra é a primeira do trígono do Equinócio do Oeste ou do Outono, a dos anjos e do Éter. Preside o que os antigos Mistérios dos patriarcas chamaram de o Tribunal dos Anjos.
Ela cruza pelo meio o espaço compreendido entre as letras M e o I. Daqui deriva o nome que o primeiro Zoroastro dá a essa Potência celeste: Mitra. Tra provém do Sânscrito Tri, que significa cruzar. O sentido do nome dessa Potência é, então, o que cruza o M e o I: MI-Tra. Todos os cultos derivados das sobras mais ou menos alteradas da antiga Sabedoria contêm, entre seus arcanos, o do Juízo do Tribunal dos Anjos: Egito, Caldéia, etc.
Ressuscitando a Tradição Órfica, Esquilo tinha feito sobre este juízo sua tragédia intitulada: A Pesagem das Almas.
O número desta letra é 30, sua cor é verde esmeralda; seu signo zodiacal é a Balança; seu planeta, Vênus noturno, a misericórdia velada: seu Arcanjo, Mikael; sua nota, Fá sustenido. No Ano litúrgico, corresponde à época dos Santos Arcanjos e Anjos.


As Letras Zodiacais Uma a Uma
L - 30
L - A Potência executiva, a que corta, resolve, dissolve
e liquida Sânscrito
Lâ - A Potência que recompensa ou castiga Sânscrito
Lá - A ação sem fim e o fim da ação, a potência que reenvia ao Ser ou ao
Nada Hebraico
aL - A Potência que contém e retém, adorna e despoja Sânscrito
aL - A Potência que eleva o entendimento, O, Aquele, o
pronome divino tomado pelo Nome-Deus Árabe
âLa - A grandeza do espaço etéreo, sua Potência
angelical constituída Sânscrito

K - 100
K - Todo objeto móvel, material ou espiritual, corpo ou
alma, sobre o qual exercem ação, o ar ou o éter Sânscrito
" A Potência repulsiva (que repele) Hebraico
aK - O movimento em espiral Sânscrito
" A Potência que arranca Hebraico

Za - 7
Ça - A ventura Sânscrito
" O raio luminoso Hebraico
aÇa - O elemento elementar Sânscrito
aZZ - A ordenação Etíope
" A iniciação Árabe

As Letras Zodiacais Duas a Duas
KâCa - O Translúcido, o Cristal Sânscrito
KaZ - A Translação Hebraico
" A transfiliação e a atadura do tecido Árabe
ÇaK - Poder Árabe
KaLa - O desprendimento das aparências, o quadro
Comum Sânscrito
KaL - A. rapidez, o impalpável Hebraico
LaX - A visibilidade, a sinalização, o signo dos seres Sânscrito
LaG - A imponderabilidade -
LaKa - A face, a frente que assinala a alma -
ZaK - A difusão no tempo ou no espaço, a fluência e o
que flui Hebraico

As Letras Zodiacais Três a Três
KoeÇaLa - A prosperidade, a boa sorte Sânscrito
ÇaKaLa - A diálise, a desintegração do corpo físico, transfluir
forma orgânica Hebraico
L-âKâÇâ - A Potência do Éter Sânscrito
Lá-KS - O primeiro termo significa trono, o segundo,
Delegação Hebraico

Os antigos sacerdotes chamavam o Éter: o carro ou o trono de Deus. O termo delegação da Soberania convém ao pronome, tenente do nome; ao Éter, ligação entre o Mundo da Glória e as forças do mundo astral; â Potência viva do Éter, cujo Arcanjo São Miguel, Chefe dos Anjos, indica também uma delegação, a do Verbo: MIchaEL, reflexo de Deus.


Triângulo do Cordeiro
ou do Carneiro

Trígono do Fogo Revitalizador
Tem seu Início no Equinócio
da Primavera e no Signo do Carneiro

Significado das Letras
HE - 5
Essa letra, a primeira do trígono oriental da primavera - a dos Anjos, como sua homóloga, mas dos Anjos do Fogo Criador -, é uma letra divina - como as letras I, Ph, Sh e O.
É característica ao nome do Pai, e, por sua analogia, a que responde ao signo de Câncer, entra também na composição do nome do Espírito Santo, ROuaH-ALa-HIM.
Esse signo: o H suave é acrescentado à maior parte dos hierogramas importantes para torná-los efetivos ou correspondentes do Mundo físico da Glória.
Porém, é inútil desvendar mais esse Mistério. Essa letra é uma animadora vital. Seu número é 5, sua cor é laranja-vermelho, seu signo é o Carneiro ou Cordeiro, trono do Sol, seu Planeta é Marte noturno ou o Centurião.
Seu Anjo é Kamael. O Ré sustenido é sua nota, sua corda e seu modo. No ano litúrgico, corresponde à época de Páscoa.

AS LETRAS ZODIACAIS UMA A UMA
HE - 5
He - O sopro vital, expiração de Deus, aspiração do homem.
O Ser Supremo. A união psíquica dos sexos.
A voluptuosidade divina. O estremecimento celeste.
O Fogo vital Sânscrito


W, OU - 70
W,Ou - A potência latente da profundidade e de toda a interioridade
não manifesta, como o som grave indefinido,
o fogo que incuba, etc Védico


T - 9
Ta - O Néctar ou a Ambrosia, a Matriz (Útero) Celeste
da Vida Sânscrito e Védico
TaT - A Essência Suprema, a realidade absoluta, a inteligência, o espírito, em sua realidade imortal Sânscrito
aT - O movimento perpétuo, o incansável -
Titá - O Fogo, o Amor, o Tempo -

As Letras Zodiacais Duas a Duas
HOu - Oferecer o sacrifício divino Sânscrito
HOuH - Revelar, manifestar o que estava oculto Hebraico

As Letras Zodiacais Três a Três
HOT - O Fogo, o Calor Céltico
HOuDOu - O Carneiro, o trono do Sol Sânscrito


CAPÍTULO QUINTO
O Arqueômetro
e a Tradição Oriental


Arqueometria das Letras do Alfabeto
Sânscrito, em suas Relações com as XXII
Letras Adâmicas e sua Distribuição em:
III. CONSTRUTIVAS.
VI. EVOLUTIVAS.
I. CENTRAIS.
XII. INVOLUTIVAS.
I. A. - Expressa, em védico e em sânscrito, tendência ativa, direção e objetivo definido.
Representa, no Aum, Vishnu, o Penetrador. Esse fato indica uma antiga referência arqueométrica, sendo o valor morfológico do A adâmico o Raio, que implica todas as idéias e todos os fatos relativos ao Raio na hierarquia de todas as ciências. A aplicação dessa letra ao Aum é anterior, como o próprio hierograma, para a Trimurti ou a Trindade Brahma-Shiva-Vishnu. Notemos que a letra A atribuída a Vishnu lhe confere o primeiro lugar na Tríade brahmânica. Porém, sua pronúncia, A + U = O, o que refere o Aum ao 3º ângulo do primeiro trígono do Arqueômetro, que se apóia sobre o primeiro ângulo do segundo trígono, o de MaRiA. Voltaremos mais tarde a esse termo tão importante, que é, em hermenêutica verbal, o companheiro, não exatamente igual, do IHOH arqueométrico.
Como em grego, A, em sânscrito e em vedo, significa unidade e universalidade. E também aumentativo e exclusivo, magnificante e admirativo. Seu valor primordial está em Axa, círculo, girante, roda radiante, carro. De onde Axara, o Invisível e o Absoluto. Unida à I ou à J, expressa em AIA o primeiro Ser, em Aja, o "cabra macho" (Bode) como chefe do rebanho. Em AY, movimento diretor, ir. Em AyA, a finalidade obtida, a do Princípio em movimento, o sucesso, a boa fortuna.
Unida à letra solar Na, expressa a marcha solar de um solstício a outro.
Como exclusivo, em ADITI, significa a natureza indivisível.
Como aumentativo, em ADD, significa a união íntima.
Como primeira abertura e primeira emissão direta do aparelho vocal, significa a irradiação da palavra: AH, que ele emite. Pelas mesmas causas, como primeira
Voyelles (Vogais) Consonnes (Consoantes) gutturales (guturais) palatales (palatais) cerébrales (cerebrais) dental (dentais) labial (labiais) semi-voyelles (semivogais) sifflantes (sibilantes) aspirées (aspiradas) dobros (duplas) Chiffres (Cifras) Sígnes Derives (Sinais Diversos) apóstrophe (apóstrofe)
abertura do equivalente luminoso da palavra, expressa, em AHA, o Dia. A expressa em ADI a principalidade e o Princípio, a preeminência e o primordial.
A idéia primitiva de irradiação também se encontra novamente em AYU, rapidez, marcha sustentada, movimento durável e duração.
II. BA. - Significa base, como termo de profundidade, vaso, receptividade localizada e circunscrita, lugar e meio condicionais de existência, lugar e meio de embriogenia, corpo, habitáculo, possessão; ter, como auxiliar orgânico o ser. De onde BA, Estrela e Constelação, BU, Terra. Esses nomes não se aplicam a estes objetos, mas os consideram lugares e meios de existência embriogênica. É por isso que essa letra foi dedicada pelos grandes sábios patriarcais Templários a BAR-UM, o espírito das águas protoplasmáticas solarizadas. É por esta razão que continua a ser dedicado, no sistema védico e sânscrito, a Varuna, mesmo que a mudança do B em V apague essa correspondência.
Restabelecida, como foi dito, a referência arqueométrica é evidente e traz o sinal da síntese primordial do Verbo. Efetivamente, sobre o Arqueômetro, a letra planetária Ba ocupa a parte inferior, o fundo, o Sul do trígono das Águas Vivas psíquicas e não o Norte, como no sistema lunar vedo-bramânico.
III. GA. - Significa movimento agregativo, orgânico, resultante não da matéria, mas do número que a transforma em substância específica, regulando-a. GA expressa toda harmonia em movimento, desde a dos Céus até a de vocês, até a das forças específicas e dos átomos constituídos em corpo ou em forma. A mesma letra raiz pinta todo corpo coletivo dotado de harmonia e de organicidade, uma sociedade hierarquizada por leis, um exército astral ou humano, etc.
Esses sentidos estão em GA, em GANA, em GANI. GA é dedicada a GANEÇA cuja ortografia adâmica é GAN-IShA. É por isso que os fundadores das línguas védicas e sânscritas deram a GANEÇA o sobrenome de ISh-VA, que mais tarde foi invertido por ShIVA.
O fato que acabamos de trazer à luz demonstra uma antiqüíssima referência da letra GA ao primeiro trígono, o do Solstício Norte, antes de sua inversão para o Solstício Sul pela Universidade Vedo-Bramânica. GAN-IShA significa o Senhor da Harmonia e do Organismo Universal, GA, relacionados ao centro solar dos dois mundos, o Visível e o Invisível, pela letra central Na.
Podemos ver sobre o Arqueômetro que GA é a planetária divina da zodiacal O, último termo do primeiro trígono, o do Verbo-Jesus, I-PhO, I-Sho.
GA foi dedicada também a GANDHARVA, sobrenome védico de AG-NI. AG de AG-NI = 1 e 3 em 13, metade ou oitava de 26, sendo este último a soma das letras numerais do nome IHOH; 26 = 20, cujo equivalente é a letra Ka, mais 6 cujo equivalente é a letra O. Em adâmico KO, em védico e em sânscrito, KaVi, que significa o Deus Criador pela sua Palavra ou pelo seu Verbo.
KaVi, o poeta divino, é um dos sobrenomes de Brahma. Este último fato não tem referência arqueométrica possível no que concerne a Brahma. Com efeito, Brahma




Ether (Éter) Feu éthérée (Fogo etéreo) Air éthérée (Ar etéreo) Eau éthérée (Água etérea) Terre éthérée ( Terra etérea)

tem como equivalente aritmológico 248, cujo radical por oitavas é 31; porém, o mesmo número 248 não contém nem o 26, nem o 13, em nenhuma de suas progressões. Acontece de uma forma completamente diferente com as relações do AG-ni e do KaVi, de 13 e de 26 com IHOH, e somente com Ele. E neste caso, a arqueometria do Verbo desvenda a origem das referências que o vedo e o sânscrito não encerram no sistema de bramânico.
A Oitava, a simetria interna, a metade virtual de 26, é, então, 13, de onde encontramos novamente a orgânica GA, seja em 1 e 3, onde 13 = AG, seja em 10 + 3 = IG.
Os dois hierogramas AG, IG unidos à letra solar N, formam AG-NI, IGN-ISh. Em ambos os casos, o sentido é: 1°) em védico, o Fogo orgânico central de Deus; 2º) em etrusco, o Fogo orgânico central do Senhor. Esse Fogo, natureza interna de Deus, atuando em seu Verbo, é o Amor Divino, o Amor Criador. Nosso Deus é um Fogo devorador, disse Moisés. Antes dele, o primeiro Zoroastro havia reivindicado esse Fogo do primeiro trígono, em oposição à água do segundo trígono enraizado pela Universidade Vedo-Bramânica.
Nisso, como no resto, o Arqueômetro do Verbo é, então, o revelador científico de seus Mistérios. Dele sai a luz que ilumina até a mais insondável escuridão de todas as substâncias, incluindo-se as do espírito humano. Acaba por mostrar-nos a inegável relação do sistema Vedo-Bramânico à religião primordial e eterna do Verbo Criador e do Verbo Encarnado.
Na mitologia indiana, GANDHARVA e os GANDHARVAS são os números harmônicos, os equivalentes aritmológicos das letras, das Potências e dos anjos da Palavra do Verbo.
Presidem a GaNa celeste, no organismo universal do Céus fluidos ou divinos e dos Céus astrais ou físicos, nas harmonias essenciais ou formais que regulam as Substâncias, as Forças e a Constituição dos corpos fluidos ou ponderáveis, supra-etéreos, intra-etéreos ou subetéreos.
A Música dos sons e dos perfumes é uma das correspondências atmosféricas destes equivalentes. Daí o uso dessas duas línguas, dessas duas músicas, da acústica e da olfativa, em todos os cultos da religião universal do Verbo, por meio de suas formas ortodoxas e de todas as suas deformações devidas aos Cismas. O termo Ortodoxo significa, em Arqueometria, exato em ciência, em religião, conforme com a sabedoria que une a ciência e a religião com uma síntese indissolúvel.
O GA-Na celestial da Universidade Vedo-Bramânica deriva dos
antigos patriarcas. Esse é o mesmo GAN de Moisés, o GAN-BIHEDEN. Era antes dele o GANA-AYODANA dos arianos da proto-síntese. Este termo expressa a Tsiôn Celeste ou Paradisíaca, a Cidade Divina dos Tesouros Divinos e Humanos, o Estado social celeste, com sua correspondência terrestre sobre iodos os astros; é a Igreja triunfante e a Igreja militante unidas em uma Yoga, em uma Yova. Indissolúveis, por todas as suas correspondências no Princípio Uno e Universal do Arqueômetro. Este Princípio é o Verbo, sua ação é a Palavra.

No Nadir da GANA, sua antípode das trevas é, em védico e em sânscrito, a GAHANA, ou Cidade Anárquica, inorgânica e inarmônica, a civilização infernal dos maus espíritos, tanto neste mundo como no Outro.
Esta cidade infernal cuja especificação passada pelos patriarcas aos Vedo-brâmanes é a Gehenne de Moisés.
IV.Da. - Expressa a divisibilidade distributiva, divisão e doação, compartição e distribuição, difusão e dispensação, providência e preservação substancial dos seres.
Essa raiz se encontra novamente no termo sagrado Sha-DA-Y, que passou do adâmico para o védico. O ShaDI e o ShaDE de Moisés provêm da mesma fonte e possuem a mesma raiz.
Apontamos que esse termo escrito em Adâmico quer dizer ShADAI; a soma dos números se iguala à das letras do nome Sagrado de Jesus, IShO,316.
ShADA-I significa a Providência de Deus; Deus doando-se a si mesmo. O mesmo hierograma se encontra novamente na Cosmogonia do primeiro Zoroastro; DA-TU-ShO, o doador de si mesmo; Deus dando-se em sacrifício na criação, na conservação e na redenção dos seres.
Dayê e Dê expressam, em védico e em sânscrito, a vigilância divina do amor, seu carinho clarividente, sua piedade ativa, sua para-visão ou providência, sua Luz, sua caridade.
Passando da Teogonia para a Androgonia, o mesmo termo-raiz conserva esses componentes de providência humana, que constitui a família e a sociedade. Os dicionários hebraicos estão longe de ter conservado a hierarquia dos sentidos divinos e humanos, como no védico e no sânscrito. É por isso que se torna muito difícil seguir pelas suas interpretações o pensamento arqueométrico dos inspirados no Verbo, desde os patriarcas pré-mosaicos, como Jó, até o fundador de Israel, Moisés; em suma, até os Profetas e a Barith Ha Kadoshah, dito de outra forma, nosso santo Evangelho, em hebraico.
É assim que DA não tem mais que um valor de pronome demonstrativo, e DAD, mama (peito), ou seio.
Entre os antigos vedo-brâmanes, DA teria sido dedicada ao espírito cosmogônico que sustenta o Arco do Sagitário. Aqui, o Selo do Arqueômetro do Verbo e da proto-síntese dos patriarcas manifesta-se mais intensamente sobre a impressão vedo-sânscrita da letra Da que sobre a das três precedentes A, Ba, Ga. Conseguimos relacionar legitimamente estas últimas ã sua verdadeira posição arqueométrica: uma, a A, ao Raio; a segunda, Ba, ao ângulo solsticial Sul do trígono das Águas Vivas; a terceira, Ga, ao ângulo de Fogo do primeiro trígono, o da Terra viva, a Terra divina e no Astral do Verbo-Jesus. Da localiza-se em seu lugar arqueométrico em Da-Nu. Ela, então, encontra-se sobre o planisfério da glória, a planetária cuja letra zodiacal é a U adâmica, protótipo e Potência angelical verbal do Sagitário astral. E este arco é o U de Da-Nu. A relação deste hierograma com DaNa, o protograma ariano do He-den, prova mais uma vez com que fidelidade Moisés adotou a tradição da Igreja Patriarcal, por meio de todas as Universidades Templárias de seu tempo, para voltar a colocá-la no ponto de ortodoxia, sobre a esfera do Princípio: SphaR BRA-ShITh. Não é indiferente dizer que SPhaR não significa Livro, e sim Rolo, e Rolo no sentido de círculo. SwaR, em sânscrito, significa a esfera ou o planisfério celeste, Mais ainda, SphaR, cujo equivalente aritmológico é 340, que expressado em números dá 300 + 40 = SheMa, significa, ao mesmo tempo, signo arqueométrico, céu da palavra ou da glória e mesmo Deus em sua autografia e em sua Autologia.
V. È. - E, È, Ê, He. E simples menos usado em védico e em sânscrito que sob sua dupla forma E, de onde é Dwi-Yoni de A + I. Este fato comprova uma elongação em face da língua arqueométrica primordial.
Ê significa chamada e vocação.
Há apresenta em védico e sânscrito numerosas interpretações arqueométricas: causa, como Potência geradora de efeitos, e, a esse título: céu, Terra Divina ou Paraíso, o ser, e a substância direta do ser.
A esses sentidos teogônicos podemos acrescentar os androgônicos seguintes: o amor vital, essencial, a união sexual das vidas, sem o contato dos corpos, a criação sem procriação, a felicidade. Esses sentidos descem um pouco de grau em grau, até o carnal, porém nele o psíquico e o biológico predominam sobre o fisiológico.
HaY toma do Y o significado do movimento apaixonado, de estrondoso prazer, de render honrarias, de entusiasmo retumbante.
HO, em HoVa, expressa sacrifício e oblação de amor (repressão do amor).
HI diz para atirar-se fora de si em direção ao outro, demonstrar sua virtude, sua potência, e todos esses sentidos vêm ao mesmo tempo dos arqueométricos de He e de Y.
HU expressou o amor extático e o sacrifício à Divindade.
Ê, unida ao sufixo Ka, em ÊKA, quer dizer a imparidade, e a causa desse fato, a Unidade examinada sob um certo aspecto, o Uno, ele mesmo em relação ao outro, Auya. Aqui se reconhece a fonte de uma das idéias fundamentais do Platão. Esse fato denota uma antiqüíssima referência arqueométrica. Os Mestres das Universidades bramânicas e budistas poderão perceber facilmente sobre o Arqueômetro, acompanhando a breve demonstração que segue:
A + D, 1 + 4 = 5 = E; K - 20; EK = 25. Aqui trata-se do 5, que é o valor numérico da letra E, fazendo a função de unidade, seja nela mesma, seja em 25. Nas antigas Universidades Patriarcais, cujas sínteses de PhO-HI trazem ainda a marca arqueométrica, 5 e sua numeração significam a Potência extensa da Unidade. 5 era o expansor tipo, correspondente ao calor radiante.
Vinte e cinco era o dilatador, 50 o grande expansor, 55 o grande dilatador interferencial. Esses significados, que permanecem sem bases científicas no antigo Oriente pós-diluviano, recuperam todo seu valor primordial ao serem controlados com a pedra de toque do segundo critério, quer dizer, da observação e da experimentação ocidentais. Em Sonometria, desde o duplo ponto de vista dos números parlantes e das cifras inversamente proporcionais das vibrações que eles causam nos corpos fluidos ou ponderáveis; o significado de 25 é: 25/24 para a Aritmologia parlante e musical, e 24/25 para a aritmétrica funcional das vibrações. Todo som bequadro marcado, seja simplesmente, seja por multiplicação harmônica do número 25 fazendo a função da unidade sonora, dará a seu sustenido na corda o número 24. Da mesma forma ocorre para todo som bemol: dará a seu bequadro nas mesmas condições aritmológicas.
Como a música dos números regula a harmonia sucessiva ou simultânea do duplo Universo, desde o seu conjunto até os menores detalhes, será compreendido facilmente depois do que acabamos de comentar, porque os patriarcas, grandes Mestres da proto-síntese do Verbo, concordaram que Ê + Ka ou a 25 tem um significado funcional todo especial para esse número, tomado em função da Unidade.
Agora, se examinarmos sobre o Arqueômetro a posição da letra zodiacal Ê, no ponto do Equinócio de outono (vernal), e sua planetária Ka, será visto que as duas juntas têm por equivalentes o termo EKa e o número 25. Assim, encontra-se marcado pelo próprio Verbo e explicado o mistério do calor vital e irradiante no duplo Universo divino e físico. Eis a causa deste calor, que o triângulo de Fogo se encontra confirmado por três letras zodiacais, HOuT, que, em védico, significam o Fogo Huta, e também HOuT e HOuD, o Carneiro e o Cordeiro.
D, marcado com um ponto em cima, equivale a um T limítrofe do Th e do Z. Assim, esse triângulo da substância ígnea é autológico como todos os outros. No mundo astral, EKA, 25, é março no Carneiro; porém, é também a Yoga ou o YoVa do Sol sobre seu Trono.
Retornaremos sobre esses significados ao falar do Senhor Central, do Verbo solar, do Lumen de lumine, a propósito da Páscoa e da Crucificação do Cordeiro de Deus, do AG-NI do IHOH.
Não abandonaremos a letra Ê, sem dizer que AÊ-Lá significa o Filho, o Enviado de ILâ, a Palavra Santa, a substância pura da Terra Santa de Deus.
ELa-Ka expressa também o Carneiro, sob uma concepção diferente de HOuT e de HOuD.
EVa quer dizer, em zenda, concordância interior para a vontade de Deus; o mesmo significado se dá em sânscrito, em AEVa e em ÊvaM, que expressam a idéia Assim Seja, como o termo Aum, proveniente de OM, cuja pronúncia secreta comporta duas vezes a letra que nos ocupa, HOMOH. Damos suas letras, porém não indicamos como têm de ser articuladas, para que esse Amém dos patriarcas dê ao religioso puro, mesmo no fundo de sua vida, a resposta biológica da alma universal. Dissemos alma universal, o ATh HaDaM que dependente do ROuaH ALHIM. Pois os nomes do Filho e do Pai têm outras correspondências arqueométricas relativas aos graus supremos dos ATh no ATh do Verbo. É esse grau teogônico aquele que o Nosso Senhor Jesus Cristo considerou, quando disse: Eu sou o ATh, o Alef e o Tau.
VI. AÔ. - A 14ª letra no alfabeto sânscrito e a 4ª letra dupla, diptônica ou Dwi-Yôni: A + A + 6 = Â + U. É o Gonna de O ou a Vriddhi de U ou de Û.
A maior parte das palavras em que se encontra AÔ tem, pois, U, Û na sua raiz, enviando novamente à etimologia para U simples ou duplo.
Va, 43ª letra e a 4ª semivogal do alfabeto sânscrito, é a vocalização da vogai U, pronunciada Ou. É um trino labial do sopro orbicular Ou. Existe freqüentemente a conversibilidade desta letra Va na letra Ba. A razão arqueométrica desse fato é que os equivalentes musicais das notas correspondentes a Ou e a Ba estão nas relações sonométricas de 10/8 e de 8/5, quer dizer, da modal externa ou terceira maior e da conjugai interna ou da sexta menor, no que concerne aos números parlantes. As relações específicas dessas duas potências verbais no Mundo Teogônico da Glória seguem a mesma correspondência em Psicogonia e em Psicologia, em todos os graus da hierarquia das ATh. A mesma correspondência prossegue nas relações aritmológicas das forças e das substâncias físicas. No mundo astral, tornamos a encontrá-la novamente entre Vênus e a Lua.
Contrariando os astrônomos modernos, Vênus é uma Lua do Sol, e sua rotação em torno do astro central é semelhante à da Lua em torno da Terra. Faz pouco tempo que se demonstrou que o dia de Vênus é igual ao seu ano. Mais ainda, esse planeta tem sofrido uma mudança, uma transposição com o seu vizinho Mercúrio, mudança de cor, de tamanho, de figura e de curso.
O Arqueômetro manteve sua posição primordial cuja alteração teria acontecido por volta do século XIX antes de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Varron, sempre tão escrupuloso em suas investigações, fazia coincidir esta transposição e essa catástrofe de Vênus com o Dilúvio, marcada com as letras arqueométricas que lhe correspondem: OGyges.
O que precede explica na razão e na palavra absoluta do Verbo os sentidos que seguem. Va se refere a O nos significados sânscritos de potência fluida em movimento, em turbilhão ou cíclica, tal como a corrente atmosférica, vento, sopro que sempre acompanham as forças, o poder, a ação e a manifestação de ROuaH.
Pelo contrário, o termo Va em Vas se refere a Ba, quando significa habitação, e passa do Elemento fluido ao Elemento líquido de Ba. Assim, Varuna escrita por Baruna significa a Água, o Oceano, o que concorda com a posição arqueométrica de Ba e de seu zodiacal no Triângulo da Água.
Pelas mesmas razões, Vax é substituto, em védico, de Ox ou de Oux, boi ou touro, termo que é o equivalente da Potência, alento, e em conseqüência de peito. Vaxas, em irlandês, Ouch.
A zodiacal Va, unida à sua planetária Ga, conserva em sânscrito em Va-Gni e em VaCh, seu sentido arqueométrico verbal, e significa o ser que fala.
Unida à vogai I ou à sua bucal J do primeiro trígono, VâJ significa, em védico, preparar a estrada aos deuses, adornar seu Reino Sagrado, render-lhes homenagens.
Gravitando em tomo do centro solar, Na, a orbicular Va expressa em VaN a onda sonora, o rugido, o estrondo do som constitutivo aritmológico de todas as coisas. É 6 quem multiplica ao 50 e evoca deste modo o 300 de Sh. Como derivado de O, de Ou, e de U, VaN significa, em védico, a oblação total de si, a adoração, o desejo, a oração apaixonada. E a raiz do latim Venerar. Esse sentido absolutamente arqueométrico no que diz respeito à terceira letra do primeiro trígono e suas correspondências astrais não deixa nenhuma dúvida sobre a absoluta pureza original destas últimas, assim como também as relações que expressam entre as faculdades semelhantes da alma humana e das almas universais em seus diferentes graus. Mas quando VaN, em Va-Na, significa, em védico e em sânscrito, habitação, casa, água, como meios orgânicos, bosque, selva, floresta, como habitáculo, a letra Va não se refere mais à letra O como acima, mas à letra B.
Pelo contrário, em Va-Ni, Fogo, têm conjunção dos movimentos específicos das duas vogais que formam a base do primeiro trígono e da central solar Na; da mesma maneira em Va-Ni, mulher, esposa, companhia venerada no Espírito Santo da vida, anjo do lar. Unida à zodiacal Norte do primeiro trígono, Va, em Va-P, expressa a idéia da força gênica em todos os graus da potência geratriz: paternidade, especificação, ensemenciamento.
Unida à central solar Na, essa raiz significa a Divindade, VaPu-Na, quando doadora da vida e das substâncias especificadas de acordo com as espécies, o que é uma das características do Verbo, I-Pho.
VaPu-Na significa também conhecimento, desde que doação do Verbo e de sua ciência, por meio direto da fenomenologia universal e de sua sabedoria, ou nas mesmas vidas. A beleza dessas correspondências, a limpidez luminosa de sua profundidade, não deixa nada a desejar, eles procedem, no mais alto grau. dos nomes do Filho por intermédio do Espírito Santo da vida. Essas correspondências conjugam o modo da verdade, com a sua expressão verbal que é a beleza, fazendo ressonar a letra Sh do Santo Nome I-Sho.
VaPuSh quer dizer, realmente, o belo, o esplendor do verdadeiro, a morfologia do verdadeiro, seu nome gráfico de forma, como equivalente lógico de essência ou de substância. De onde o sentido de manifestação, de encarnação, de admirável corporização, seja esta fluida ou ponderável, de acordo com os meios. Junto com a letra Y, a emissiva e a remissiva do primeiro trígono, Va a envolve harmoniosamente; VaY quer dizer o movimento rítmico, idade, época da vida e, num sentido mais restrito, a juventude, a flor da idade. VaSh em VaÇ e VaÇa, a vontade divina, reguladora do conjunto, de onde a graça que concede a autoridade suprema, o Va ÇI, um dos oito atributos de ShIVa, cuja inversão é ISh-Va.
A correspondência arqueométrica com o primeiro trígono permanece inalterada no que precede, apesar da inversão. Ela comenta desde todos os pontos de vista o método do Verbo Encarnado: Fiat voluntas tua. Este método, em todos os graus da vida, da ciência e da arte, é o único verdadeiro. E quando o homem coloca seu Fiat voluntas mea gera ele mesmo a morte, a mentira e a feiúra. Pois o homem não cria nada, em qualquer ordem que seja, ele não tem valores de Princípios, nem na vida, nem na ciência, nem na arte. Não possui da Vida mais que a existência por reprodução, e o princípio desta existência, como sua finalidade, está somente na vontade do produtor, único que vive por si próprio. Da mesma forma, o espírito humano não é o princípio da ciência nem da arte, mas o seu reflexo. A incidência dessa reflexão, ciência e arte, pertence somente a Deus e à sua vontade, como razão suprema de todas as coisas e como manifestação desta razão: quer dizer, como Verbo e como palavra. Somente Deus é sábio, só Deus é o artista, assim como é o único ser vivo.
O homem só tem poder para tomar conhecimentos da ciência, da arte, da vida, e de assimilá-los por semelhança, quer dizer, por obediência à vontade de Deus em todas as coisas, pela observância das Leis de seu Verbo e de sua Palavra, em qualquer fato (circunstância) que seja.
Por acaso o suposto sábio talvez acredite nas leis dos fatos que observa e experimenta? As leis e os fatos existem antes de qualquer verificação humana.
Por acaso o suposto artista acredita nas leis da harmonia que, de acordo com seus equivalentes, são os componente de todas as artes? Para uma faculdade psicológica de sua vida em correspondência com uma Potência psicogônica do Verbo, o artista sente essas leis como um sonâmbulo inconsciente. Ele não pode dar razão nem de apenas entre elas, nem a fortiori de seus encadeamentos harmônicos na divina razão, que é a única que o constitui.
Em um grau ainda menor, temos que classificar o filósofo na categoria dos postulantes inconscientes. Dissemos postulantes porque o artista é mais vital do que mental e porque, a este título, está mais próximo do Verbo e em fundamento é menos mentiroso que o mental individual que atua por critérios de certeza. O filósofo agita razões pessoais abstratas, sem fundamentos nas leis. O artista remove inconscientemente fatos e leis, dos quais ele não sabe os porquês. Essas duas raças mentais e psíquicas são, pois, profanas e profanadoras por excelência, enquanto dura o sabbat de sua inconsciência, e as raças políticas que eles geram são as piores do que as que podem revolucionar e governar as sociedades humanas. Acontece que sua anarquia diz, em Iodas as coisas: que seja feita a minha vontade.
VaÇiu, que tem a Vontade, o poder, o império.
Vas, habitar, residir, revestir-se, fixar-se: provém de Bas.
Vas, amar, aceitar: deriva de OS.
Vasishtha, que deriva de Vasi, é um epíteto do Fogo e de Agni. É também uma das sete estrelas da Ursa Maior.
Vasu, bem, riqueza, ouro. Agni, o Fogo, o Sol, Raio de Luz.
Shiva, Kuvêra, expressa também os Vasus, classe de divindades védicas. Este termo, Vasu, significa, ora Água, ora Fogo, não oferece estas contradições, a não ser na conversão da letra O para a letra B, e reciprocamente. Significa também árvore em geral. Esse sentido é notável em relação à planetária B do triângulo da Água, e da zodiacal O, do triângulo da Terra.
A potência vegetal tem por força especial o fogo elétrico polarizado, atuando ao mesmo tempo no ar e na terra úmida. Se olhamos e fotografamos uma faísca elétrica, veremos que ela apresenta a forma de uma arvorescência típica, referindo-se tanto ao mundo vegetal como a árvore da circulação sangüínea e a pulmonar dos animais superiores.
Reparemos que, no antigo chinês, os signos que se referem às letras arqueométricas que se correspondem com Câncer e a Lua englobam, pelos seus significados, as da arborescência e da árvore.
Vasudâ quer dizer Terra.
Vasuprâna significa Agni, o Fogo, como Princípio do 8 Vasus.
Vasula, um Deus em geral.
Vasusthali, a Cidade de Kuvêra.
VaS-Ta, Cabra Macho, Bode.
VaS-Tu (Védico): Vila, bens, riqueza, possessões, propriedades, natureza, caráteres.
Vah, levar, portar, transportar, pegar, arrebatar.
VaHa, tudo que comporta e leva; os veículos. Wog (escandinavo): Way (inglês); Vehia (etrusco); Via (latim).
Vahui, Agni: Fogo.
Vâ, soprar como o vento.
Vâc, falar, cantar; palavra, idioma, linguagem, discurso; a Palavra Santa (védico): Sarawasti; o Hino (latim): vox.
Vâja, oração final do sacrifício: o acordo com o sentido, segundo o qual lemos o primeiro triângulo arqueométrico partindo do I, ascendendo ao ângulo do Solstício Norte e com retorno ao I, passando pelo O. Apoiando-se sobre a letra solar central Vá-Na, que expressa a evaporação do Elemento úmido no aéreo flogístico, seja o mar, a vegetação ou os perfumes.
Vàyavi, a religião do vento que vai do Oeste (Ocidente) para o Norte e do Norte para o Oeste, que está de acordo com o movimento arqueométrico das letras O e Y.
VâYu, o vento, o ar dinâmico, o ar vitalizado, o ar vital.
VâShPa, vapor quente.
VâSava, indra.
Vâsú, Vishnu, a Alma do Mundo.
Vâha, touro.
Vi, Oi, água, a região do vento, a atmosfera, o olho.
Vijaya, vitória, sucesso obtido, carro dos deuses que retorna a seu ponto de partida; Yama, Arjuna.
Vijâyê, nascer, tirar sua origem de, dar à luz..
Vigêvaìni, ressuscitar, reviver.
Com a letra solar N, Vinaya, obediência, disciplinas.
Viniyôga, carga, função, ocupação, ofício, participação em qualquer coisa.
Vipavya, purificação.
Vipaçiu, um santo.
Vibava, poder, potência, poder sobrenatural, liberação, final.
Vibâ, luz, esplendor, raio, beleza.
Vibî, isento de medo (temor).
Vibu, excelente, eminente, todo-poderoso, professor. Senhor: Brahma, Vishnu, Shiva.
Viya, o ar que se move, e o que se move no ar.
Vivâha, matrimônio, casamento.
Viç, ir em direção a, começar, um homem em geral. Entrada.
Viçipa, palácio, templo.
Viêçsha, distinção, excelência.
Viçwa, o Universo, o Tudo, nome de certas divindades chamadas: Viçwa-Dêvas (Lituânio): Wisas, Wiwça, Psau, o Fogo devorador, Agni, o Sol, a Lua.
Viçwa-Nâtha, Shiva, o Protetor do Mundo.
" Râj, o Mestre Universal.
" Madâ, uma das sete línguas de Agni.
" Sahâ, -
" Athman, Vishnu, Brahma, a Alma do Mundo.
" Vasu, Védico, a Gandharva deste nome, ou Agni.
Viçw-Èça e Viçw-Èçwara, Shiva, o Senhor de todas as coisas.
ViçuÂ-Sa, a fé, a confiança, a consolação.
Vish, executar, levar a cabo.
Visha, a Mirra.
Vishaya, a sensibilidade, todo objeto da percepção proporcional ao meio natural e à espécie dos seres.
Vishâ, a inteligência atuando na sensibilidade.
Vi-Shêvé, honrar, servir.
Vish-Nu, o Penetrador; Agni, Sourya, um dos Vasus; Vishnu, o Deus que se encarna.
Vih (védico), o viajante.
Vihâ, no céu.
Vi, movimento, progressão, ir, obter, querer, conceber, iluminar.
Vija, origem, causa, verdade, álgebra, semente.
Vijasû, a terra fértil (fecunda), a terra viva.
Vinâ, espécie de alaúde de duas caixas e geralmente de 7 cordas.
Vinâsya-Nârada, inventor da Vinâ.
Vrisha, o signo do touro de Shiva, Vishnu, como princípio reprodutor.
Vê, por Oûy, cobrir, embrulhar, envolver, atado por um nó.
Vêga, movimento rápido do espírito e do sentimento.
Vên, conhecer, abraçar, tomar, entender, compreender, desejar, querer, amar, favorecer, adorar, louvar. Quase todos esses termos são védicos.
Veça, entrada, casa, vestimenta, ornamento, decoração, adorno.
Viac, abranger pela sua extensão.
Vyâna, um dos cinco sopros vitais, o que está expandido por todo o corpo; os outros são: Apâna, Udâna, Prâna, Samâna.
Vyûha, ordem de batalha, disposição, estrutura.
Vyê, cobrir, envolver.
Vyôman, o céu, a atmosfera, templo ou lugar consagrado ao Sol.

VII. Za. - Não existe em sânscrito, mas pertence ao védico, o que prova a vizinhança entre o védico e o vattan ou adâmico, e um alongamento entre este último e o sânscrito.
Za equivale, em antigo eslavo, ao Sz lituano. Expressa o que fende o ar em linha reta, como uma azagaia, em ziguezague como o raio, em galope como o cervo; o cavalo, o cavalheiro. Essa letra foi dedicada aos Azwins, em sânscrito, Açwins, os dois centauros ou cavalheiros védicos, protótipos de Castor e de Póllux órficos. Existe, neste fato, um traço de correspondência arqueométrica de Za em Gêmeos.
As letras correspondentes em sânscrito são: Cha, Chha, Ça, Sa e principalmente Cha, 20ª letra e primeira palatal sânscrita; indica chakra, círculo, roda, disco, órbita, movimento circular conglomerante; mas ainda podemos dizer sem reservas que essa letra tem mais de Ka do que Za.
Chax, falar, dizer, mostrar, fazer ver.
Chaxas, mestre espiritual; sobrenome de Vrihaspati.
Chaxushya, belo, agradável de ver.
Chaxus, olho.
Chan, cantar, emitir um som, reter.
Chal, mover-se.
Chakra, Aède, Bardo que canta em Châkrika.
Chây, contemplar, advertir, notar, honrar, render um culto.
Châraka, viajante, companheiro de estrada, cavalheiro. Em Châla e em Châsha, insinua a cor azul, um pássaro, o martim-pescador.
Chi, juntar, reunir.
Chir, falar.
Chôxa, cantor, belo, agradável.
Chha, 21ª letra e 2ª palatal.
Chha, claro, limpo, movimentado, hesitante.
Chhêka, urbano, civil, cortês.
Ça, Çiva, felicidade, bom presságio.
Çak, poder, energia ativa, energia feminina.
Çak-Ra, poderoso; é um epíteto védico dos Açwins.
Çachi, eloqüência, Esposa de Indra.
Capa, sardento.
Çani, por Shani, Saturno e seu regente.
Çal, correr depressa, vacilar, louvar.
Çala, dardo.
Çalya, javalina, flecha, poste, limite, fronteira.
Çâs, ordenar, reger.
Casa, oração, rogar, hino (védico).
Çila, flecha, dardo, barba de trigo, espiga, batente da porta.
Çiva, feliz, favorável, o falo, (veda); a liberação final, o mercúrio.
Çik, brilhar, falar.
Çil, fazer, adorar, honrar, meditar, visitar, recorrer, viajar, possuir, ser dotado de, versado em, hábil, qualificado, capaz, natural, caráter, disposição, virtude, moralidade, beleza.
Çuxi, vento.
Çûuya. sonoridade, corpo oco e sonoro, o espaço celeste, a vida.
Çôna, o vermelho intenso (escarlate), o vermelho concentrado, o fogo.
Çyán-Anga, o planeta Mercúrio e seu regente.
Çlêsha, união, abraçar, associação.
Çwan, cachorro (dedicado a Mercúrio e a Sírio), (lituano): Szu.
Çwas, soprar, respirar.
Çwasa, sopro, vento, respiração.
Çwi, inflar-se, engordar, aumentar.
Çwitra, o Ar, o Éter.
Sa, 46ª letra e 3ª sibilante. Vento, serpente, conhecimento.
Sakarna, que tem os órgãos da compreensão, que tem Karna consigo.
Sap, seguir, continuar, honrar, adorar, servir.
Salila, gracioso.
Sas, dormir.
Sah, poder, ser capaz.
Em geral, Sa quer dizer conjunto, o que liga e associa.
Sâkam, Com.
Si, amarrar, aderir.
Sî, (védico): a Terra Viva.
Swap, dormir.
Surêçwara, o Senhor dos Deuses, IShva-Ra.
Skanda, o corpo, o recipiente, a orla (margem) do rio, o príncipe, orei.
Skandha, ordem de batalha, rei, príncipe, homem velho e sábio. Em plural: os cinco objetos ou ramificações do conhecimento. Os cinco atributos imateriais da existência, diferente do Eu, os quais são reunidos por ocasião do nascimento. Rûpa, a forma; Vêdanâ, a sensação; Sanjnâ, a idéia; Sanskâra, os conceitos, a concepção; Vijnâna, o conhecimento analítico (Budismo).
Stri, Estrela (védico).
Spaç, fazer, levar a cabo, unir, arrumar, dispor, preparar, abranger.
Syôna, irradiação da luz, Sol radiante, felicidade.
Swa, Som, Sa: seu, ter, bem, (lituano): Saw.
Swaj, abarcar.
Swaja, nascida de si próprio, tirar de si, filho.
Swan (lituano): Zwanu, retumbar, ressonar, adornar harmonicamente.
Swayam, eu mesmo, tu mesmo, ele mesmo, o próprio.
Swayambû, o que existe por si mesmo; Shiva, onde se encontra novamente, Svay; Vishnu, onde não torna a encontrar novamente; Brahma, onde não se torna a encontrar novamente com certeza.
Swar, o céu, o Éter, o Paraíso, a Beleza, o Esplendor.
Swara, o som musical; Saptaswarâs, as sete notas da oitava. Swara significa também vogal.
Swavishaya, Pátria.
Swârâj, Indra.

VIII. E. - É uma forte aspiração, que está no meio entre E e Ch, seja o som vogai fechado ou aberto, agudo ou grave. Essa 8ª letra do alfabeto adâmico pode corresponder à 11ª, à 12, à 15ª, à 16ª e à 47ª letras do alfabeto sânscrito, suposto que ela conserve seu caráter predominante de vogai. Não é, pois, só Dwi-Yôni de A + 1, como a 5ª letra adâmica, mas também Dwi-Yôni das guturais vocalizadas nela. Ela joga, em sua espécie, o papel do O na sua, em relação aritmológica e sonométrica de 8 a 6, como pode-se ler no Arqueômetro. É difícil encontrar em sânscrito a diferença clara dos sentidos destas duas vogais, porém é um pouco mais claro no védico, o que prova mais uma vez que, quanto mais nos aprofundamos no passado, mais nos aproximamos da síntese do Verbo.
Todos os sentidos de unidade específica que se atribuem à 5ª letra adâmica e ao seu número deveriam ser separados da 8ª letra, cujos equivalentes aritmológicos e morfológicos são a ogdoada e o octógono.
A letra em questão significa, ao mesmo tempo, a água e a Lua, o que bastaria para fixar suas antigas referências arqueométricas na linguagem dos Vedas. Sob esta reserva, porém, de que a zodiacal H marca o fundo do trígono das águas, é somente sua planetária. Ba tem como sua correspondente a Lua. Esta última, junto com sua solar central Na, significa, ao mesmo tempo, o movimento transitório e a morte. Junto à primeira letra do trígono do Verbo, quer dizer ao mesmo tempo movimento e som, bem como fadiga.
Em Hayana, o ano é lunar.
Em Ham, é também a expressão do movimento.
Em Hara, é a ação de capturar, de pegar, de arrebatar por separação e por divisão, é a mesma divisão da aritmética, e o conhecimento para ser analisado é um sentido de ação bem notável, que é relativo à posição arqueométrica dessa letra, suas correspondências e o mistério da Porta dos Homens, da Porta das Almas, da Encarnação Astral, da passagem do mundo do Princípio Divino para o mundo das origens naturais.
Hari, quando significa Yavana e a Lua, também contribui para confirmar esse sentido, assim como nas relações complementares do raio amarelo esverdeado para o raio violeta.
Haridwâra é a porta de Vishnu, é também a confirmação do que precede, sendo Vishnu a inversão de Ishva-NOu, a Potência divina que se encarna.
A mesma observação é feita em relação a Haripriya, cujo significado é Terra e o 12ª dia da quinzena lunar.
Haribiy, a serpente Hariman, o tempo.
Hamya, o palácio, Harman, a abertura.
Ha, deixar, partir, abandonar, estar perdido, ser isento de pena (dor), moléstias, perda, duelo.
Hâsas, a Lua.
Hima, a Lua, o frio, a neve, o gelo.
Huta, a oferenda, a vítima (relacionada com o triângulo de Fogo).
Hum, a lembrança, a memória, o consentimento, a interrogação.
Héra, a ilusão produzida por uma potência abaixo.
Héli, o Sol (relacionado com a linha equinocial).
Haema, o frio, a neve.
Hôrâ, saída de um sinal do zodíaco, a hora, 1/24º do dia.
Hwê, chamar, convocar, invocar, todos esses sentidos são védicos. O amarelo e o verde de Hari, mencionados acima, mostram a inversão das correspondências e a inversão da estrela dos Equinócios do Verbo, sem que se tenha tido, ao mesmo tempo, a lógica ou a ciência da inversão dos raios equivalentes.
Esta ruptura das correspondências arqueométricas se remonta muito acima do sistema bramânico e de todas as outras antigas Universidades do Oriente (Leste) e do Extremo Oriente que têm seguido, mais ou menos, o vedo-brahmanismo nessa caminhada.
IX. Ta. -Ta expressa, em védico e em sânscrito, o alimento direto, ambrosíaco, dos entes intra-etéreos e supra-etéreos, o Amri-Ta, protótipo da ambrosia órfica.
É aos entes acima o que a soma-lunar é para os entes subetéreos. Este último não é só o Asclepias Ácida, como se acredita, mas uma Água Lustrai, que se torna receptiva de uma substância celeste à meia-noite do Natal. Essa água é a continuação enterrada de certos rituais, durante um certo número de lunações, com relação aos números musicais do magnetismo terrestre.
Para nós, existe uma relação, uma correspondência entre o soma e o hierograma OM.
Ta, pelo contrário, considera uma substância solar que serve ao mesmo tempo de alimento e de elemento aos entes que habitam o céu fluido. O mistério desta letra se refere ao estado do homem antes da Queda e de sua forma divina de assimilação direta.
Veremos mais adiante as mais antigas tradições tibetanas e kalmoukas desenvolverem de uma forma singularmente clara o que Moisés disse quase hieroglificamente sobre esse assunto.
O Ta sânscrito significa também, a essência da Arvore da Vida. Se examinamos sobre o Arqueômetro a letra Ta, a 9ª, e a letra H, a 8°, veremos que Ta determina a Árvore da Vida, que está localizada ao lado de H, que designa a Árvore da Ciência. Um dos significados sânscritos atribui ao Ta o sentido da medula espinal e, em conseqüência, uma correspondência mais ou menos direta.
O rabo do Leão tem como símbolo a letra Ta; seu semicírculo está articulado de forma que apresenta uma sinuosidade.
A antiga síntese dividia o círculo dinâmico do ano em duas partes: umas, partindo do Natal para chegar ao signo de Câncer, era chamada de ano progressivo calórico; a outra, que ia de Câncer até Capricórnio, era chamada de ano regressivo. Mas um período interino de 30° marcava cada um destes pontos extremos, de Capricórnio para Aquário, e, os pontos homológicos de oposição, de Câncer para Leão. O rabo do Leão foi considerado um signo que articula o ano desdobrando-o de seus dois movimentos cosmodinâmicos.
Nas escrituras sagradas dos chineses, aparecem traços positivos do que precede.
Ta significa força, conservação, proteção, ação de acontecer, de transpassar, de falecer, o que não quer dizer exatamente morrer, mas renascer. Manumissão, virtude, santidade.
TaT é o ser elevado, estar no alto, sofrer a atração celeste em vez da terrestre.
Tala, o Mais Além, o Ultratempo, a Continuação, o Depois.
Tattwa, a essência suprema, a realidade absoluta, a inteligência, o espírito, a alma em correspondência direta com a natureza divina dos seres e das coisas, por seus sentidos internos e não pelos sentidos externos ilusórios.
Tathâ, em conformidade universal, em consentimento, em semelhança harmônica; de onde vem o sentido reprimido de si próprio, ou seja, assim é.
Com a letra central: Tan, desdobrar a sua Potência, realizar, executar, no sentido de uma extensão e de um aumento da vida.
Tan, acreditar, ter fé, render o som do diapasão central.
Tanu, a sutileza orgânica, o corpo, a morfologia imponderável.
Tay, sair de um meio, lançar-se a outro, proteger, salvar.
Tara, atravessar, cruzar.
Taras, rapidez, velocidade, ubiqüidade, o movimento instantâneo.
Tal, fundar, estabelecer.
Tala, o fundo das coisas, a essência, a natureza íntima, a possessão, a pressão das cordas de um alaúde.
Tavisha, o Paraíso, o céu. Em védico, Tavishi, a força.
Tâna, o tom, a tensão, a extensão, a sensibilidade alcançando seu objetivo.
Târa, a penetração dos perfumes, dos sons, de tudo o que é bom, bonito e elevado. O estado radiante, a ação de atravessar. Estrela. Em zenda, Çtâre.
Târaca, quem faz atravessar, que ajuda, que protege, que preserva, o piloto.
Târana, barco.
Tôrisha, o céu, o Paraíso, o Oceano celeste que é atravessado pelos seres liberados do peso astral.
Tishya, feliz, de bom augúrio; de boa sorte, aplica-se ao mês de Poesha, dezembro-janeiro, aquele da ponta do primeiro trígono, e, por aspectos homológicos, ao 8° asterismo lunar que corresponde ao Delta de Câncer.
Tut-Tha, o fogo. É de certa forma também o nome do triângulo de Fogo.
Turîya, a quarta parte, o quarto, a alma universal.
Tulâ, a Balança.
Tush, estar satisfeito, contente, ter muito prazer em, regozijar-se.
Tôsha, satisfação, alegria, gozar.
Traya, a Tríade.
Tri, três.
Trika, reunião de três.
Tridiva, o céu tríplice, o Paraíso.
Trincai, trinta.
Twam, ti, tu (você).
Twâyu, junto com você.
Twith, rezar, orar, ilustrar; luz, brilho, beleza, resplendor, palavra, discurso.

X. I. - I expressa o impulso inicial; junto com a letra A em IA, essa vogai significa a ida e o retorno universal.
I quer dizer também começar, ir, retornar, volver, levantar-se, deitar-se, falando do astro.
Ser o sujeito e objeto, orar (rezar) e ser orado. Em eslavo, I significa Ti. I é a raiz do artigo demonstrativo em escandinavo e em latim, IS.
IK, ir, mover-se. ISH, desejar (querer). Ijya, Mestre espiritual, oferenda, sacrifício, culto.
Iti expressa o consentimento, marcar um encontro: assim, lá estou.
Ityêva, assim.
Idda, particípio passado de Ind; claro, evidente, lúcido, sutil; brilho, luz, esplendor.
Iria, Mestre, Senhor, Sol.
Indu, em védico: o Soma, a Lua.
lndra, de Ind, o Rei dos Céus, o Senhor do Swarga ou Paraíso, o Regente do Oriente (Leste), um do doze Aditivas, uma das suas divisões ou Yôgas do plano da elíptica, o Mestre interior, a alma, a consciência.
Indriya, os cinco sentidos da alma e os órgãos físicos desses sentidos.
Indriyagrâna, o conjunto das sensações, sua sede comum, o Sensorium comum.
Indriyâgni, o Fogo dos sentidos no trabalho dos Mistérios, a energia e a sinergia nos modos sensitivos contidos pelo modo central afetivo, no Sensorium comum.
Ind, acender, iluminar.
Iv, ou Iy, compreender, entender, captar, envolver, em védico.
Iba, elefante.
Ibya, opulência, riqueza, o olíbano.
lyâna, a quem se demanda, em védico.
Irâ, a água dinamizada pelo calor, todo licor espirituoso, a Terra vivificada. A Palavra, a divindade da Palavra.
Irâ-Isho, em Irêça, Vishnu.
Il, ir, lançar, projetar, dormir; em antigo escandinavo: Illu.
Ilâ, em védico: a oferenda sagrada. Terra santa. Terra do recinto sagrado. A vaca mística que representa esta Terra, a Palavra santa, o Hino, a filha de Manu.
Illala, pássaro.
Ivo, como, o mesmo que.
Ish, ir, penetrar, ocupar, conduzir, dirigir, fazer sair, amar, escolher, preferir, estabelecer uma doutrina; em francês: issir.
Ish, em védico: a oferenda.
Isha, o mês Açwina, setembro-outubro.
lshu, flecha.
Ishya, primavera.
lshwa, o Mestre espiritual.
Ipsâmî, de Ap, querer, desejar.
Ipsîta, o desejo.
Ir, pronunciar, emitir, exortar, promulgar, lançar.
Iç, Ish, dominar, ordenar, reinar, poder, concordar.
Iça, Isha, Mestre, Senhor. Çiva em feminino, o cabo do carro.
Içwara, Mestre soberano, Sr., o Senhor. O Senhor Supremo, Deus, Çiva, Kâma, içwarija, o Poder, a Potência, a Soberania.
Ish, recolher as espigas.
Ishma, desejo espiritual, psíquico, Kâma no sentido mais elevado, a regra do desejo.
Ih, esforçar-se para, tender a, desejar (querer), demandar (exigir).
Iha, esforço, tendência, propensão, desejo, prosseguimento.
Yá. - Yá, 40ª letra, 1ª semivogal, união, celebridade, brilho, lustre; ar, vento, Yama em feminino, marcha, carro, meditação piedosa, órgão sexual feminino.
Yaj, sacrificar, oferecer o Santo Sacrifício, oferecer e oferecer-se em sacrifício, inaugurar por um sacrifício, dar, procurar.
Yaji, o que oferece ou que financia um sacrifício.
Yajush, em védico, a oração, o hino, o 3ª veda.
Yama, sagrado, santo, puro, venerável; em grego, Ágios; em Zenda, o Santo Sacrifício.
Yajniya, destinado ao sacrifício.
Yati, asceta, penitente; união, paixão, sentimento.
Yathâ, de modo uniforme.
Yam, conter, dirigir com um freio, com rédeas, manter, conservar, procurar, suportar, sustentar, fazer viver, ir, vir; todos estes sentidos são védicos.
Yama, gêmeo, casal, parceiros, repressão. Deus dos mortos, regente de meio-dia, filho de Sûrya e irmão de Manu; em zenda, Yima. O planeta Saturno. Expressa também a idéia de manter, de conter, de fazer justiça.
Yava, a substância alimentar, os cereais, a cevada, o trigo; em lituano, Jawa; em grego, Zéa. O mesmo termo indica a correspondência da substância alimentar da vida com o Azote.
Yavaja, o Nitro.
Yvapala, a cebola, desde que rica em amoníaco.
Yavasa, a nutrição em védico.
Yaças, Yashas, glória, brilho, esplendor.
Yacascèsha, por Yashasha-Isha, a morte ressuscitadora, a elevação para a glória.
Yâ, ir ao término.
Yâja, a oferenda sagrada dos cereais.
Yâtrâ, a via, a marcha, a procissão sagrada, o exército em marcha, o assalto, a forma de viver, os meios de subsistência.
Yâthâtathya, conformidade, realidade.
Yâthâtmya, natural, de acordo com a alma, caráter específico ou individual.
Yâna, ação de ir; marcha centralizada para uma direção; assalto, veículo universal ou particular, meio de fugir à transmigração.
Yâmagôsha, o galo, em feminino, o Yugo, o repique das horas.
Yami, a noite, a vigília, a região de Yama.
Yâvayê, menosprezar.
Yu, unir, honrar.
Yuga, Atalaje, idades do mundo; existem quatro delas, Krita, Trêta, Dwâpara e Kali Yuga.
Yuj, unir, enganchar, fornecer, dar, subministrar, unir pela Yoga, meditar, refletir.
Yuj, o sábio que contraiu a união divina da Yoga, casal, par, os Açwins.
Yud, combater, guerrear, guerra.
Yuvan, jovem, homem jovem, mulher jovem; em lituano: Jaunas; em latim; juvenis; em inglês; young.
Yûba, o poste sagrado no qual se amarra a vítima; a cruz; em védico: o troféu.
Yûsh, machucar, ferir, matar.
Yôga, união, conjunção, combinação. Laço de ligação das coisas ou das idéias entre elas, a aquisição de um bem, de uma qualidade. Revestimento, meio. Uma Yôga astronômica, 1/27º ou 1/28° do grande círculo, correspondentes a uma Naxatra ou asterismo lunar, serve para calcular a longitude do Sol ou da Lua. A união mística da alma com Deus, o êxtase, a identificação com o ser absoluto, Brahma. O sujeito da Yoga, atribuído a Patanjali, poder sobrenatural adquirido por meios mágicos ou místicos.
Yôgavâhi, azogue (mercúrio).
Yôgin, homem dotado de poderes sobrenaturais.
Yôni, útero, vulva, matriz. Lugar de origem ou de produção. Origem, mina (fonte), água.
XX. CA. - Expressa, em védico e em sânscrito, a capacidade psíquica ou dinâmica, com um movimento duplo de contração e de dilatação: é a inteligência na alma, a alma no coração, o coração no corpo e, em conseqüência, o mesmo corpo. A água na atmosfera, o vento no ar, o fogo na luz, o tempo no espaço, o espaço na potência inteligente que o constitui.
CA é o potencial verbal psicogônico e, por correspondência, psicológico, que encadeia o infinito entre elas. Ele as atrai para centralizá-las e estendê-las, depois de tê-las combinado.
Daí, os sentidos assimiladores de apropriação mútua, de possessão recíproca e de felicidade. Esta letra é dedicada a Brahma, a Vishnu, a Agni, a Kama, a Eros e ao cupido védico. Destas correspondências, guardamos as duas últimas, que são puramente védicas.
Agni é o amor teogônico que passa ao estado psicogônico nas almas universais especificantes e ao psicológico nas almas especificadas. A Escola védica o assimila ao fogo solar, porém, esta confusão está longe de ser exata. O fogo solar é uma concentração do fogo cósmico, e este não é mais que uma força submetida à potência de Agni. A essência de Agni é Ihoh em sua contração de KO, 26, em AG, 13; quer dizer, de seu Verbo Criador para a essência deste Verbo que é o Amor Eterno Onisciente, pois AG é o Fogo espiritual deste Amor divino e eterno e GNI é a sua gnosia, a potência conceptiva e diretamente criadora.
Kama é a correspondência de Agni refletida do primeiro trígono para o segundo. Porém, enquanto Agni não sofre mistura alguma e devora com todos os fogos, inclusive o do inferno, tudo o que não é sua própria pureza, Kama (cuja sede é a alma cósmica universal) pertence ao 2°. trígono, o qual ocupa o primeiro ângulo, e forma uma cadeia, de mistura metade divina e metade astral, com o mundo das origens evolucionando em todos os meios das águas plásticas.
AGNI pertence, pois, à Teogonia, à alma universal, do Mundo da Glória, à Santíssima Trindade constituinte deste mundo divino, pelo Verbo Jesus e nEle.
Kama pertence à cosmogonia, à alma dos Céus astrais, ao segundo trígono instrumental do primeiro, à palavra executiva do Verbo, que depende diretamente do Roah-Alhim, ou do Espírito Santo.
Ka, o ar, o vento, a água, o fogo, a luz, a cabeça, o som, o corpo, a alma, a inteligência, o tempo, o rei, o príncipe; propriedade, riqueza, felicidade, prazer.
Kaxa, cerca, recinto, corda, cintura, objeção, alimentação, emulação, oposição, paridade, semelhança, bosque, floresta, selva, toda planta trepadeira.
Kak, rir, brincar.
Kag, fazer, ir, cobrir.
Kac, amarrar, nó, laço, atadura, nuvem.
Kacâ, brilho, beleza.
Kacca, a borda da água, a ribeira, a margem.
Kaj, ser agitado pelo excesso de gozo, de alegria, de dor ou de exaltação da alma.
Khan, amarrar, brilhar.
Kat, ir, cercar, rodear, envolver, embrulhar, cobrir, chover.
Kata, o que está em ação, em união, o que une com uma curva, um buraco, quadril, garupa, estação, tumba, cerveja, carro fúnebre, multidão, povão.
Kati, quadril, garupas, cintura, cota (de aço), armadura que protege os rins e os quadris.
Katu, violento, arrebatado, invejoso, sabor forte, desagradável.
Kata, nota e som musicais.
Kad, experimentar um sentimento violento.
Kana, pequeno, fraco, débil, ligeiro, parcela, átomo.
Kati, quanto.
Kath, dizer, contar, conversar, mencionar, citar.
Kathâ, história, relato, narração, conversação, exibição, exposição, menção, comemoração.
Kad, chamar, chorar, gemer.
Kadâ, quando?; em lituano, Kadà; em eslavo, Kogda.
Kan, brilhar, ver, ir, dirigir-se para, em direção a, amar, desejar, querer, ter muito prazer; todos esses sentidos são védicos.
Kanyâ, virgem; Virgem, signo do Zodíaco; o brilho, o amor do Ya.
Kati, o incenso.
Kapha, a espuma da água, a linfa do sangue.
Kab, em védico: colorir, pintar, celebrar.
Kam, água, ar, terra e fogo.
Kam, amar, desejar, querer.
Kara, a mão, o raio dos astros, a tromba do elefante, aluguel ou renda alta, o imposto.
Karana, órgão da ação, causa, razão, modo, função.
Karna, a orelha, o timão.
Karma, o ser ativo e a ação, operário.
Karman, a ação, a obra.
Kal, soar, ressonar, medir, contar, numerar.
Kalâ, divisão do tempo, porção, parte, interesse do capital, fluxo menstnial, arte, ofício.
Kali, dissensão, dissidente, discórdia, guerra, o demônio destes males.
Kalpa, formas, corpo, período cosmogônico, árvore simbólica da Swarga ou do Paraíso de Indra.
Kalya, pronto para tudo, que tem todas as suas habilidades espirituais e corporais, de bom presságio, favorável, feliz, a aurora, o amanhecer, etc.
Kall, render um som confuso e surdo.
Kavi, sábio, instruído, poeta, o Sol decorador do mundo; Çukra, institui os Dactyas; Brahma, o poeta supremo.
Kash, pedra de toque.
Kashâya, amarelo.
Kâma, amor, desejo.
Kâya, constituição natural de um objeto animado ou inanimado, montagem, corpo e também o corpo da oferenda.
Kâyastha, a alma suprema, como residente no corpo. Escritor. A casta dos escribas.
Kâra, a coisa feita, a personalidade, o ato, a obra, o aprisionamento, a atadura, a prisão, etc.
Kârttika, o mês em que a Lua está cheia nas plêiades, outubro-novembro.
Kârttikêya, Deus da guerra, filho de Shiva.
Kârya, causa final, finalidade, objetivo.
Kârshaka, lavrador.
Kâla, o tempo; o destino; a morte; Çiva, o destruidor.
Kâla, preto, ação de enegrecer, as vísceras negras, o fígado.
Kâlânala, Kâlâgni, o fogo do fim do mundo.
Kâlya, aurora, discurso agradável.
Kâvâri, a cabeça, o chapéu.
Kâvya, Çukra, significa também, em feminino, a ciência prática; em masculino, um poema de acordo com esta ciência.
Kâvya, Uçanas, filho de Kavi; Richi védico, KOuSh dos tempos primitivo. Em zenda: KavaUc; em persa, Kaus.
Kâç, brilhar, aparecer, parecer.
Kâçi. a Santa Vila de Benares.
Kâçinâtha, o patrono dessa Vila, Shiva.
Kâs, resplandecer.
Ki, em védico, conhecer, ver.
Kinwa, fermento vegetal que determina a fermentação alcoólica, corrupção, vício, pecado.
Kit, ver, conhecer.
Kinnara, gênios, músicos ao serviço de Kuvêra.
Kim, quem, que, porquê.
Kiyat, quanto.
Kil, tornar-se branco, frio.
Kila, certamente, provavelmente.
Kita, duro, sólido.
Kika, pobre, miserável.
Kira, substância alimentícia, vianda.
Kirâka, árvore.
Kit, amarrar, costurar.
Kîla, magro, chamar, poste, lança, agulha, agulhão.
Kiça, nu, Sol, pássaro.
Ku, cantar, celebrar.
Ku, a Terra.
Kuk, tomar, receber.
Kuc, tocar, desenhar, polir, unir, render um som agudo.
Kuça, seio.
Kut, estar curvado, o curvado.
Kuti, árvore, montanha.
Kudi, o corpo que contém a alma.
Kun, falar com qualquer pessoa, ajudar, dar um conselho.
Kutapa, fogo. Sol.
Kup, ser presa de um sentimento violento.
Kubja, convexo.
Kumâra, homem jovem, príncipe herdeiro, cavalheiro, condutor de povos.
Kumba, cântaro, ânfora, transportador da água.
Kur, soar.
Kura, som.
Kul, movimento contido, contar, ser bem-sucedido, ser parentesco ou aliado.
Kula, artista, artesão, rebanho de animais da mesma espécie, família, casa, chão, país habitado; o corpo, morada da alma.
Kulêçwara, Kula-Ishwara, Jesus Rei, chefe da família universal.
Kuva, loto.
Kuç, abranger; Kuça, embriagar, quebrar, descompor.
Kusuma, flor, fruta, fluxo.
Kush, extrair a essência das coisas.
Kushavu, o fogo, o Sol.
Kuh, admirar.
Kuhu, em védico: nova Lua.
Kuj, canto dos pássaros, murmúrio do vento e das árvores.
Kût, arder, aconselhar.
Kûta, casa, teto, ápice, grelha do arado.
Kûd, engraxar.
Kûn, contrair-se, encurvar-se.
Kûpa, cavidade, mastro, árvore ou pedra no meio de um rio.
Kûl, correr, defender.
Kri, fazer, criar, adornar, honrar, manifestar; em irlandês, Caraïm.
Krika, garganta, gogó, laringe, passagem, entrada.
Krish, atrair, adquirir.
Krishna, azul-escuro, índigo, nome de um Deus.
Krri, conhecer, aprender.
Krti (Crit), contar, louvar, celebrar, nomear, chamar, dizer.
Klip, estar em um certo estado, capaz de tornar-se, produzir-se, chegar a, participar em, obter, distribuir, compartilhar; raiz Kalp, Kêt, chamar, convidar.
Kêla, casa, habitação, quarto.
Kefas, em védico, compreensão, conhecimento, ciência.
Kêtu, em védico, forma, aparência, signo, símbolo, estrela, cometa, o No descendente, o rabo do Dragão, o oposto de Râhu.
Kêp, mover-se, ir.
Kel, mover-se, vacilar.
Kerali, Astronomia.
Kêli, Terra.
Kêv, honrar, servir.
Kêça, cabeça, cabelo, cabeceira.
Koka, lobo (Kuk), água (Ka-Oka), sobrenome de Vishnu.
Kêta, curvatura, cabana, outro.
Koti, extremidade, ponta, ápice.
Kôna, ângulo, esquina, arco, ponta, bastão, os planetas Marte e Saturno.
Koça (Kuç), ovos, ouro.
Kôsha, contendo tudo, contendo qualquer coisa, todas as coisas encerradas em um recipiente, tesouro, bainha, matriz, testículo, ovo, cálice.
Koela (Kula), de boa família.
Kna, emitir um som inarticulado.
Kmar, curvado, abovedado.
Kratu, a potência da atuação, a obra cumprida.
Krad, gritar.
Krap, ter piedade.
Kram, adiantar-se, tomar, prender.
Krama, ordem, método, meio.
Kwa, onde?, em que lugar?, em que grau, em que estado.
Ksa, destruição lenta, fim do mundo, brilho, campo, camponês.
Ksana, divisão do tempo. 8/10 de segundo, momento favorável.
Ksattra, homem da casta do estado-maior; em zenda, Ksaihora.
Ksap, lançar.
Ksapâ, a noite.
Xain, sofrer, suportar, a Terra; Xama, paixão, forte tolerante.
Xaya, destruição lenta, ruínas, fim, morte, dano, perda. Habitação; moradia, casa, palácio dos deuses, residência divina; irlandês, Kai, casa.
Xar, fluir, estender-se, perder-se.
Xal, reunir, acumular.
Xâ, em védico: Terra.
Xara, essência, suco, fundente, sal, vidro, cristal.
Xi, habitar, habitação, destruição lenta (curiosas relações que se encontram novamente entre Domus e dano).a
Xêtra, campo, lugar sagrado, figura geométrica, o corpo, a matéria, assunto, país conquistado.
Xétrin, a alma, o espírito.
Xéma, bom, feliz, a liberação final, a salvação.

XXX. Lá. - O sânscrito classifica L, R e V entre as semivogais; L como trino etéreo; R como trino ígneo: e V como trino aéreo.
Lá expressa o elemento imponderável e o ser que nele se movimenta. Em védico e sânscrito, quer dizer: fluido radical, a ligeireza, a sutileza, a translação. Expressa a asa e o elã, a elevação e o lançamento, a submissividade e a elegância. Mas o signo adâmico dessa consoante mostra que ela oscila em um eixo de simetria e equilibra as funções inversamente proporcionais, liberação e liberdade de um lado, relegar e evacuar do outro. Ela liga por solução e desliga por dissolução. A Universidade vedo-brahmânica atribui Lá a Indra, e isso é exato, se entendemos por Indra a Potência verbal Lá, a que preside o éter universal. O verdadeiro nome místico dessa potência, ligada à letra do Espírito Santo de quem depende, é, em adâmico, Houva-Lá, Houva-AEL. É o carro sagrado do Rouah-Alhim. Seu nome direto é o do seu triângulo, o Equinocial Oeste, LâKaZa, Kaza-Ael. Porém, os Grandes Mestres da Universidade vedo-brahmânica estão fora da arqueometria, quando atribuem a Indra a regência do Oriente (Leste), porque então acaba a correspondência com Lá, ou pelo menos é referida à zodiacal He a 180° de distância, quer dizer, ao ponto de homologia ou complementário.
Indra, um dos 12 Adityas, é o rei dos Céus, o Senhor do Swarga ou Paraíso. Nessa mitologia, trata-se de uma força natural personificada. Aditi, a natureza indivisível em seu conjunto, é a Mãe, da qual os 12 Adityas são filhos. Essa natureza harmonizada, de qualquer ponto de vista que se examine, será sempre um produto temporário e físico de uma Potência divina, eterna, que é a Palavra do Verbo. E na reflexão cosmogônica do Verbo teogônico, e a mestria está na incidência e não na reflexão. Essa incidência tem como potência coletiva, criadora e conservadora o Rouah-Alhim. Porém, os Alhim pertencem, ao mesmo tempo, ao ser vivente da Palavra do Verbo, ao Mundo Eterno da Glória e de suas substâncias incorruptíveis, ao mundo temporal dos Céus astrais e das substâncias corruptíveis.
É o bastante, então, que a Indra seja uma Aditya para não ser mais que uma força, a força etérea sujeita à sua correspondente potência, ao seu Alhim, a seu Arcanjo específico. Existe uma confusão na mistagogia vedo-brahmânica e, em conseqüência, na substituição da ordem física na ordem divina, do aparente no real, do fisiológico no biológico.
Essa confusão que nos leva sempre a esta substituição é a característica típica do Panteísmo que tende ao Politeísmo, ao Sabeísmo, à Demonologia astral, à Idolatria e, mais tarde, ao Materialismo puro. Sobre a atribuição da regência do Oriente (Leste), a Indra tende à inversão do primeiro trígono do Zênite até o Nadir, e à exaltação contrária do segundo trígono.
Quer esta inversão tenha sido operada sobre o Arqueômetro mesmo conscientemente, ou quer tenha sido feita inconscientemente e por inspiração de cima para baixo, o resultado é o mesmo.
Essa alteração se remota ao começo do Kali-Youg, quando a dinastia solar Ishva-ra foi apagada (eliminada) em proveito do naturalismo transcendente, o do segundo trígono Mariah.
A essa época correspondem o cisma feminista da Mahra-tas, o matriarcado que substituiu o patriarcado e, mais tarde, a anarquia dos eruditos soudras no mundo inteiro, da Antigüidade até os nossos dias. Foi Krishna quem regularizou pontificialmente essa revolução e lhe impôs um acordo. Mas, por ser qualquer acordo uma demarcação mal realizada entre a autoridade e a opinião reinante, é o que na linguagem dos patriarcas e dos profetas se chama, com justiça, de um adultério sacerdotal. Esses adultérios corrompem a verdade eterna do espírito público e, mortais para as raças puras, geram raças mentais e governamentais bastardas. Não obstante, Krishna fez pontificialmente a melhor coisa que podia ou que as circunstâncias e os costumes com que lidava permitiam. Teria sido um erro não contar com a opinião pública? A nosso entender, sim; o homem religioso não deve transigir com essa filha; e não convertê-la é perverter-se com ela. Seja lá o que for, Brahma foi elevado sobre em trígono de Maria, no lugar de Ishvara. E, mesmo assim, não podemos dizer que o Bramanismo e sua conseqüência, o Abrahanismo, sejam um erro, são apenas uma transposição da verdade. Um e outro mantiveram viva a impressão arqueométrica da proto-síntese patriarcal; um e outro receberam essa impressão e, por meio dela, a potente influência da Palavra primordial, e não saberiam ficar suficientemente agradecidos por isso.
Mas cada ano se refere à sua obra sintética, e a época que nos encontramos é a era da promessa, da verdade integral e da glorificação do Verbo por meio do Universo inteiro. Examinando o que precede, é fácil compreender, observando o Arqueômetro, como Indra, associada a Lá, letra ou Potência verbal do Ocidente (Oeste), pôde mostrar a regência do Oriente (Leste), como Yoga sobre o plano da eclíptica verbal, como o elo da cadeia zodiacal e dodecimal dos Arcanjos ou letras da Palavra.
Sobre a linha dos Equinócios do Verbo, as letras adâmicas H e L se situam por si mesmas: a primeira no Oriente (Leste), a segunda no Ocidente (Oeste), desde que de um lado de H e Carneiro, e do outro lado L e Libra, possuam características semelhantes. Lidas de acordo com o raio ou o diâmetro que as une e que tem como valor verbal as letras A, H e L, dizem ALAH. Os dois trígonos, os equinociais do Éter e do calórico, estão ligados em conjunto por esse termo sagrado: ALAH. Mas esses dois trígonos equinociais não são mais do que uma projeção horizontal, instrumental passiva dos dois trígonos solsticiais da héxada teogônica e cosmogônica.
Para ligar novamente a estrela hexagonal dos Equinócios do Verbo com a dos seus Solstícios, os antigo patriarcas fizeram tocar a primeira letra do trígono de Jesus, a consubstanciai do Pai e do Filho, da Sabedoria Eterna, a regia universal I. E depois, melhor ainda, em subordinação direta, tocaram a primeira letra do trígono de Maria, a soberana reflexiva das Águas Vivas Eternas, a letra M. A Potência da estrela equinocial, seja por inspiração, seja conscientemente, foi então evocada com o seu verdadeiro nome divino ou efetivo, Alhim. Esse nome não é efetivamente um nome, mas o substituto do nome, um pronome. ALAH, significa aquele. Alabim significa, também, aquele, aqueles, ele, eles.
Se procuramos uma prova absoluta, matemática, de que esse hierograma é o substituto do Verbo único, que é o nome ShêMa, e mais ainda ShêMaM, o Nome dos Nomes? Eis a prova.
O Verbo é Y-PhO; e é a consubstanciai do Pai e do Filho e seu equivalente numérico é 10.
PhO significa a boca, o sopro, o órgão do pensamento vivo do Verbo Criativo, e seu equivalente aritmológico é 86.
Alahim de fato tem por equivalente aritmológico esse número 86:
A = 1, L = 30, H = 5, 1 = 10, M = 40; 1 + 30 + 5 + 10 + 40 = 86
Alhim está, pois, sobre o horizonte eterno do duplo Universo divino e astral, na função de substituto, em função da instrumentalidade executiva, pronominal do nome de PhO.
Lendo-se como os europeus, Alhim é Mi-He-Lá, a milícia e os meios, o Estado social angelical, que desde os Céus do Mundo da Glória rege os Céus astrais e tudo que eles contêm: seres e coisas. O príncipe desta principalidade dividida em ordens harmônicas, o chefe destes chefes de ordem, dos quais cada um é uma letra viva do Verbo, tem como hierograma Alah, mas tem que ser atribuído à hexada solsticial do Verbo, e, então se pronuncia por si mesmo MIHEL, que os judeus alteraram transformando a letra da vida, H, em Ka.
Mas, nem Alah, nem MIHEL são os senhores do Swarga. O senhor do Swarga é Sw-ra, em Ishwa-Ra: é Jesus Rei; Alah que é MIHEL, não é nada além do substituto equinocial do Verbo, o príncipe arcangelical da principalidade dos Anjos e de todas as suas ordens celestes, o chefe dos juizes que seguram sobre o Oriente (Leste) a espada do Fogo vivo H, e sobre o Ocidente (Oeste) a balança Lá.
Em todos os templos que derivam da tradição Patriarcal, era em direção ao Ocidente (Oeste) que os Sacerdotes se voltavam para apelar à justiça divina, às suas letras vivas, às suas Potências legais presentes de um extremo ao outro do Éter. Esse Ocidente é o Celeste; e o Terrestre sentirá cada vez mais o terrível juízo devido à fidelidade que o primeiro induz e à apostasia do segundo.
Tudo o que precede nos mostra que existe uma distância entre a Indra mitológica, o Alah e o MIHEL, real, vivo e imortal. Um é o reflexo panteísta por meio da imaginação dos poetas, o outro é a luz deste reflexo no pensamento criativo do Verbo.
Lá, Indra: ação de cortar, de rasgar.
Lâ: Dom oferecido ou recebido.
Li: Solução, liquefação.
Laka: Frente.
Lax: Vigiar, notar, marcar com um signo.
Laxmi: Beleza, esplendor, prosperidade.
Lag: Aderir, ligar-se a.
Lagu: Ligeiro, leve, imponderável.
Laj: Aparecer.
Lad: Mostrar, dar conhecimento, agitar com rapidez.
Lap: Falar.
Lab: Adquirir, obter.
Lay: Ir.
Laya: União, residência, tempo certo, medida igual, fusão, solução, dissolução.
Lam: Querer, desejar, ser exaltado pela alegria.
Lava: Cortar.
Lãs: Brotar, brilhar, abranger.
Lâ: Dar, captar, tomar.
Lapa: Palavra, linguagem.
Lâb: Aquisição, obtenção, ganância, lucro.
Lâsa: Dança.
Li: Igualdade, identidade, dissolução.
Lik: Gravar, fazer uma incisão, desenhar, escrever.
Lika: Ação de escrever, escritura.
Ligu: Coração, espírito.
Lip: Untar, pintar, escrever.
Liç: Ir.
Li: Liquefazer, dissolver, ligar a si, obter, aderir.
Lilâ: Passatempo, voluptuosidade.
Luk: Quem suprime, rejeita.
Lut: Rodar.
Lud: Transtornar, cobrir, aderir a, abraçar.
Lup: Eliminar.
Lub: Desejar em amor; em eslavo: Lûb; em lituano: Lubju.
Lul;. Agitar, aderir-se a, permanecer em.
Luh: Desejar.
Lû: Destruir.
Lûth: Adornar.
Léka: Traço, linha, letra, caráter, Deus, divindade, desenho, missiva.
Lêp: Ir, honrar.
Lêpa: Função.
Lêha: Alimento, comida.
Lêhija: O alimento divino.
Lôk: Ver: em inglês, Look.
Lôka: A vista, a visão, o mundo visível, o Universo, uma divisão do mundo, os homens, a humanidade, o mundo e os mundanos em oposição ao mundo divino.
Lôkapâla: Rei, soberano; os oito guardiões do mundo que sentam nas oito esquinas principais do horizonte: Sûrya, Agni, Sôma, Roudra, Indra, Yama, Varûna, Kuvêra.
Lôc: Ver.
Lota: Presa, signo, choro.
Lôpa: Supressão, desaparecimento.
Loba: Cobiça.
Loma: Pêlo; Lômaça: carneiro, cordeiro, bode.
Lola: Trêmulo, vibrante.
Lôha: Ferro, aço, metal, arma, sangue.

XL. Ma. - Na doutrina dos patriarcas reconstituída e resumida sucintamente por Moisés, com um alfabeto arqueométrico egípcio, no qual os judeus perderam, a letra I ou Y é a regia das XXII letras, o ponto de partida e de retorno sobre o círculo do infinito.
Na Escola Vedo-Bramânica, que fundou a Universidade caldéia assim como a do Irã, a letra regia I ou Y tem sido suplantada pelo M. Assim, no ponto de partida sobre o primeiro trígono, o consubstanciai do Pai e do Filho, a primeira letra do Verbo-Jesus IPhO-IShO foi substituída pela primeira letra do segundo trígono, o M de MaRiE. Até mesmo nos templos nos quais se havia operado essa substituição, essa concessão naturalista, a antiga Ortodoxia não cedeu nem se apagou, somente pouco a pouco.
Os nomes dos dois primeiros trígonos eram perfeitamente conhecidos pelos sacerdotes egípcios, como dos seus colegas de toda a Terra, na aurora (primórdios) do Brahmanismo, de onde provém o Abrahamanismo. No primeiro triângulo se lia: IPhO, IShO, que abreviado era ISh, ou dobrado, IShISh, e aí estava a concessão feita à agressiva intolerância dos eruditos soudras.
No triângulo era lido MER, pois Moisés subordinou a letra M ao Y, a progressão aritmológica de 40 àquela de 10. Não obstante, ele associa freqüentemente essas duas letras para que não se repare muito nesse fato, quando se pretende um aprofundamento maior no significado específico de seus livros.
Quando os judeus perderam totalmente a tradição de Moisés, depois de terem violado sua constituição social e massacrado sucessivamente as duas primeiras castas que ele havia instituído, era impossível o restabelecimento desta tradição graças à ignorância dos judeus, que não tinham mais o recurso de uma verdadeira Universidade metropolitana. Esse recurso tinha sido dado a Esdras por Daniel, Grão-Mestre dos magos da Caldéia.
Esdras recebeu regularmente o grau de escriba, que representava, tanto no sacerdócio caldeu como no egípcio, o equivalente de uma formatura na Escola Politécnica, de onde era recrutado o estado maior naquela época. Na sua hierarquia, Daniel ainda reunia a condição de profeta ou de epopte, quer dizer, Grão-Mestre dos Mistérios, não somente técnicos, mas também práticos.
Para entender o que vem a seguir é necessário mostrar a relação entre o Brahmanismo e o Caldeísmo, pois esses dois termos não significam um povo, mas um corpo sacerdotal sábio.
Os Kashi-Dim eram uma ordem de sacerdotes sábios, especialmente versados em Astronomia, que provinham da cidade de Benares, na qual tinham um nome místico e secreto: Kashi, na linguagem de 22 letras, e Kaçy, em sânscrito.
É inútil mencionar aqui que essa cidade sagrada era uma das principais metrópoles de conhecimentos, para onde todos os governos patriarcais do Oriente e do Extremo Oriente enviavam os filhos das famílias mais proeminentes das duas primeiras castas para serem instruídos.
O patriarca dos chineses de nome Pho-Y, o renovador do Irã que foi o primeiro a adotar o nome de Zoroastro, havia-se formado nesta escola de estado maior, protestando contra o acordo que deu origem ao Brahmanismo e ao culto dos Devas. Da mesma forma, o grupo de Kashi-Dim, que saiu dessa cidade sagrada, separou-se mais ou menos do Brahmanismo; e aqui está, de uma parte a filiação, e da outra a diferença, entre a doutrina de Brahma e a doutrina designada com o nome A-Braham, que, ele mesmo, separara-se dos Kashi-Dim, submergidos pela heterodoxia dos eruditos soudras.
Daniel, então, ajudou Esdras a reconstituir, não a religião, nem o Estado social universal de Moisés, mas um culto e um Estado político judeu, apoiando-se de forma mais ou menos legítima sobre uma transcrição dos cinco (5) vedas Mosaicos. Esdras não pode ser uma garantia desta transcrição, pois um escriba, mesmo tendo um valor teológico, não tem valor teologal e menos ainda um valor político nacional. Mas Daniel tem valor teologal por ter sido inspirado pelo Espírito Santo, quer dizer, como se tivesse verificado com o próprio Deus Vivo as coisas sagradas das quais fala. É por isso que a transcrição do Pantcha-Vedam ou do Pentateuco de Moisés pode ser considerada como exata, se bem que as escrituras e mesmo a língua não são as mesmas, e que o Grande Mestre dos magos da Caldéia tenha reservado certas chaves de interpretação, mesmo dando várias pistas dela. As Escrituras fazem parte dos numerosos alfabetos caldeus de XXII Letras, e nelas a tradição patriarcal foi mantida. Mas esse alfabeto quadrado, muito próximo aos alfabetos cuneiformes, não tem a morfologia científica, mesmo que seja exato em sua progressão de letras e de números correspondentes.
Da mesma maneira, a língua egípcia de Moisés está alterada por monolíteros e bilíteros e por raízes que são consideradas como trilíteros, que representam uma espécie de véu retirado do pensamento de Moisés, que era ocultado de acordo com os métodos egípcios.
Em todas as Escolas patriarcais, as raízes eram monolíteras, quer dizer, simples, ou bilíteras, isto é, geminadas, mas nunca trilíteras. É necessário entender como raízes as consoantes pronunciadas ou vocalizadas, porém, sobretudo as consoantes por si mesmas, pois a pronunciação vocal varia de acordo com a fala humana, enquanto a consoante muda conserva a impressão do Verbo divino. Não obstante, as vogais eram consideradas corretamente como possuindo de forma isolada o valor de raiz e inclusive de palavra. Mas, sem possuir uma Universidade sábia, e da forma que eram pronunciadas pelo vulgo, ofereciam o grande perigo de alterar seu sentido sagrado. E assim que, quanto mais tiveram que ver os antigos patriarcas com os povos bárbaros, mais fechada ficou a manipulação da palavra escrita no uso das consoantes e dos signos.
Pho-Yen, limitando-se ao signo, não pôde ser entendido além de alguns séculos; e seus cinco (5) Vedas, seus cinco (5) livros canônicos, os Kings, continuam sendo ininteligíveis em relação à sua profundidade real, o primeiro King principalmente, o do Ya, chamado de Y-King. A mesma coisa aconteceu com Moisés, embora em escala menor. O mesmo acontece com os cinco (5) Vedas que Moisés havia impulsado tanto como os primeiros cinco (5) livros do primeiro Zoroastro e os 5 Kings chineses. A tradução ou a transcrição feita com apoio e inspiração de Daniel tem sido de acordo com o que precede. Ela suprimiu as vogais para preservar o sentido da Igreja bárbara dos judeus. Mas era necessário vocalizar o texto dos versículos que deviam ser cantados ou recitados nos salmos; deu a Esdras os pontos vocais que eram os Neumas da Universidade Sacerdotal caldéia. Esses Neumas eram utilizados sem consoantes, em pequenas partes dos cânticos dos hinos, na celebração dos mistérios teúrgicos tanto no Egito como na Assíria. E o Colégio Sacerdotal Caldeu possuía ele mesmo esses Neumas da Universidade Vedo-Brahmânica. Em resumo, esta última os havia recebido dos antigos templos patriarcais, citados por Moisés como antediluvianos, sob o nome de NePhaL-IM e GhIBOR-IM. Para que tudo seja condizente na Unidade do Verbo e de sua Palavra primordial, tanto no passado quanto no presente e no futuro, é necessário saber se os Neumas pertencem diretamente à língua sânscrita e a seu alfabeto de 49 letras, a uma língua patriarcal anterior ou a um alfabeto de XXII letras. Somente temos que dar uma olhada sobre a tabela das letras vattans para verificar por cima das XXII letras um zodíaco de Neumas, e na descrição dessa tabela o desempenho desse Zodíaco.
Temos, pois, que recuar até os patriarcas antediluvianos da raça branca do Pólo Norte para saber o uso que estes davam aos pontos vocais e os Neumas utilizados no solfejo dos hinos teúrgicos. Porém, não respondemos de forma alguma sobre a precisão das correspondências dessas vogais e ditongos, tal como são apresentados na transcrição muito exata da tabela do alfabeto vattan. Muitas posições estão aí alteradas devido ao cisma lunar que tem presidido a elaboração das 80 linhas védicas, as quais apresentamos também na tabela; e a chave dessas alterações é exatamente o transportador da realeza verbal desde a letra I até a letra M, do triângulo de Jesus até o de Maria.
A frase, ou melhor, a série de datus sânscritos que sublinham o circulo zodiacal das vogais é seu próprio hino, o hino teúrgico que os vedo-bramânicos do mais alto grau iniciático pronunciam "solos" cantados, dos mistérios mais profundos, e no trabalho que realizam esses mistérios. Ainda bem que não estamos amarrados a eles por qualquer juramento, mas mesmo assim não damos a tradução desse hino, limitando-nos ao que pode ser verificado sobre os fundamentos na religião e na ciência do Verbo Eterno, quer dizer, a sabedoria do Verbo Criador e do Verbo Encarnado.
Se temos guiado, diretamente desde o seio do próprio Deus e em seu espírito, quanto à verificação sagrada ou religiosa, isso não altera em modo algum - muito pelo contrário - o valor científico dos fatos obtidos tomando-se esse termo científico, na concepção mais comum, a mais terra-a-terra, a mais positiva e a mais moderna.
Do que precede, resulta que, como em tudo, em relação aos pontos vogais, como aos 5 Vedas de Moisés e à Tradição patriarcal que eles encerram, foi condensada no máximo para o povo judeu, que nunca entendeu claramente nem a natureza, nem a origem, nem o significado das relíquias que lhes foram dadas para o seu acervo cultural.
Entenda-se bem que, quando dissemos povo judeu, não falamos das duas primeiras castas que mataram, a dos sacerdócios dignos desse nome e, por fim, a dos Alhim, dos juizes, dos profetas e dos santos que viveram nesse, apesar dele.
Resta saber se, apesar de autoridade de Daniel, a perda da linguagem sagrada de Moisés alerta para o crédito que se pode dar aos 5 Livros canônicos transcritos sob o seu nome.
Efetivamente, esses livros trazem rastros de vários estilos de redação e deve ter sido transcrito de diversos idiomas, embora similares. Esclareceremos na hora certa esse ponto importante.
A crítica moderna, que não pode ser confundida de forma nenhuma com a ciência moderna, a crítica filosófica ou literária, tem comentado exaustivamente sobre os cinco livros do Pentateuco. Com procedimentos que distinguem a banal instrução Soudra, carente de toda instrução, bem como de toda mentalidade religiosa, os anarquistas intelectuais fizeram destes livros sagrados e de sua exegese uma confusão total na interpretação neopagã que antecede os estudos secundários do Renascimento.
Nesse caos, Moisés é relegado à obsolescência e transformado num mito nebuloso sem realidade nem certeza alguma. Por outro lado, não restou muito das obras que lhe são atribuídas, que merecem a consideração dos Sganarelle, dos Homais, dos Diafoirus, dos Joseph Prud 'homme' ou de Sr. Jourdain e de seu professor de lógica greco-latina.r
Até os próprios judeus lhes deram esse sabbat do Clericalismo laico, nesta revanche da instrução com a soberania do céu. É lícito dizer que essa mentalidade especial nunca pensa além do estômago, mesmo quando tem a oportunidade de pensar com o cérebro. Sua incongruência é um meio de explorar a anarquia, a vulgaridade e a ignorância dos semi-eruditos que formam a massa média da opinião pública. E essa exploração é muito frutífera desde que conduza a opinião que suplantou aquela da Igreja, das honras, das profissões, das cátedras acadêmicas e o orçamento que lhes refresca. Mas, perguntamo-nos, em nome de que princípio claramente demonstrável permite-se que esses Soudras, em rompimento com o leilão social, possam avaliar o pensamento e as obras dos antigos sacerdócios.
Para julgar tais homens e tais obras, seria necessário que fossem da raça mental e psíquica dos primeiros e que conhecessem os princípios, as leis, os métodos, a forma de pensar e a maneira de escrever que presidiram os segundos.
Se Sancho Pança tivesse pretendido medir o Sinai, os Thabor e o Calvário com a vara com que batia no seu burro, o metro de nossos modernos comerciantes literários e filósofos seria de alguma forma como os seus guarda-chuvas.
Entre as descobertas dos profundos pensadores e ainda mais profundamente barrigudos, existe um cúmulo ao qual me limitarei de comentar no momento.
Na Babilônia, costuraram pessimamente nas costas de Moisés duas rapsódias, duas tradições sem autor conhecido e de origem definida, e de lá porque, como um duplo comando de Arlequim, eles seriam entrelaçados, no Pentateuco, o Jeovismo e o Alhemismo, no jargão do Elohismo.


Essa suposição tem somente um inconveniente, a tagarelice humana em plena anarquia que vira as costas para a ciência do Verbo e da Palavra Sagrada.
Os Alhim, onde Moisés teve o cuidado de subordinar a letra M para a letra I, são os Anjos do Verbo, as letras funcionais do Princípio da Palavra, os equivalentes harmônicos e orgânicos de sua potência criadora. Daniel não se havia enganado, não mais que os ortodoxos egípcios e seus Mestres, e que o Supremo Colégio Assírio que trabalhou sob suas ordens na nova edição do Pentateuco.
Neste trabalho, muitas frases e termos hierogramáticos não eram compreendidos pelo sacerdócio judeu de então. É por isso que a transcrição apresenta freqüentemente termos, construção de frases, frases inteiras que não trazem mais o antigo estilo de Moisés, mas aquele dos Kashidim da Babilônia.
Isso é evidente em numerosos lugares e em particular no primeiro versículo do primeiro livro. Mas esse fato não altera em nada a validade da obra de Moisés.
Os alfabetos de XXII letras herdados dos patriarcas da raça branca eram uma tabela de equivalentes comuns a todos os templos universitários de suas Igrejas. E como esta permanece idêntica em sua dupla progressão de letras e de números, qualquer que seja a forma das letras, pouco importa a variação dos dialetos falados ou escritos, se o esquema é o mesmo.
Pois bem, sempre acontece a mesma coisa entre todos os homens da antiga casta sacerdotal, e Daniel era um destes homens.
Limitar-nos-emos a uma prova entre mil, já que estamos tratando da letra M.
Entre os diferentes sentidos, MA oferece o da Água Essencial, supra-astral, e não somente astral. Esse sentido é ao mesmo tempo um ritual no Egito, na Caldéia, na Índia, na Ásia, no Irã.
Saindo dos continentes africanos, asiáticos, europeus, vamos para um dos remanescentes da Antiga Terra antediluviana, a velha América.
Na língua vattan, que é o Votam em todos os dialetos derivados desse idioma sagrado, por meio de todas as dinastias votânicas, a água se diz: ATL, raiz do termo Atlante.
Que relação existe entre ATL e Ma? Eis como segue: Ma = 40; A = 1 + T = 9 + L = 30, total: 40. Este pequeno exemplo, que poderia ser multiplicado ao infinito, mostra que a palavra como ciência e como arte teve maior consideração dos antigos sacerdotes do que dos modernos professores, e que estes, embora se entronizassem no topo da anarquia da instrução pública européia, não tinham qualidade de julgamento, mas só de irreverência quando decidem falar e escrever a esmo poucas e boas sobre os sábios inspiradores e sobre os livros sagrados da Antigüidade.
Para alcançar elevações semelhantes onde a tagarelice empírica e selvagem apaga-se para deixar lugar ao Verbo, onde a vã pretensão do homem desaparece para deixar lugar a uma reflexão sábia, consciente e respeitosa do pensamento divino, é preciso ter uma mentalidade completamente diferente da filosofia literária dos anarquistas burgueses, pagãos, de Atenas, de Roma, do Renascimento e de sua série de assuntos conhecidos sob o nome de Enciclopédia.
Já os judeus estavam longe do pensamento religioso de seu Mestre, como o têm provado de sobra, porém tanto mais longe estão ainda os modernos discípulos de Juliano, o Apóstata, ou de Marco Aurélio, os simoníacos renegados do Verbo Criador e do Verbo Encarnado.
Aí estão os falsos pastores que conduzem ao abismo e à carnificina, à ruína e à aniquilação tudo o que foi a Cristandade; e os resultados do predomínio governamental que reivindicaram à custa da antiga ordem social os entregarão cada vez mais à cólera divina e à execração de todos os homens de boa vontade, de todos os homens de sacrifício e de disciplina, sacerdotes, soldados, trabalhadores, em todos os graus da hierarquia do trabalho.
Não somente os Livros santos, Pentateuco e Evangelho, que governam a fé na Igreja do Verbo Encarnado, sairão das mãos desses maculadores mais radiantes do que nunca, graças aos humildes métodos da ciência pura, mas também os Livros santos de todos os povos anteriores a Moisés virão a confirmar a unidade primordial do espírito humano no espírito divino, a glorificação profética do Verbo Criador e Redentor, por todos os patriarcas pré-mosaicos.
Entre as numerosas chaves dadas por Daniel a Esdras e à Sinagoga que substituiu os Alhim, os juizes, os profetas instituídos por Moisés ao lado do sacerdócio, temos que mencionar a Kaba-la; em sânscrito, Lâ significa o dom divino; KaBa significa os 22 equivalentes da palavra sagrada do Verbo, Kavi.
Mas também aí o tenebroso entendimento judeu encontrou uma forma de tomar escuramente mítico o que era claramente científico no ensino superior das Universidades metropolitanas. O simples exemplo anterior, citado a propósito da letra M e do termo ATL, prova que a Ka-Ba-Lá era tudo menos judaica, e que essa ciência da palavra reintegrada ao esquema do Verbo era praticada de um extremo a outro do globo, antes que existisse qualquer judeu ou hebreu no mundo.
Aconteceu de forma diferente com a Qábalah dos judeus.
Essa lhes pertence como coisa própria. Ela é uma mistura impura de verdades e erros amalgamados sem ciência e sem método, fundada sobre algum Princípio justamente demonstrável.
A Babilônia era a confluência de toda a intelectualidade proveniente das Universidades rebaixadas do Egito, da Etiópia, da Arábia, da Índia, de Pérsia, do Cáucaso e, por último, da Síria.
Uma pilha informe de superstições politeístas e demoníacas, um abuso, em todos os sentidos, de todas as correspondências arqueométricas invertidas, um estéreo de concepções e de práticas freqüentemente monstruosas se misturavam à pura KaBa-Lá primitiva. No entanto, sente-se entre os farrapos da Qábalah judia e, com o arqueômetro em mãos, há possibilidade de traçar nela exatamente tudo o que provém da KaBa-Lá pura e simples.
Já que estamos tratando aqui da letra M, com a qual as Universidades lunares e concordatárias, com os Soudras anarquistas, fizeram sua regia alfabética a expensas da letra I ou Y, vamos examinar a seguir uma das chaves cabalísticas dadas por Daniel a Esdras.
Essa chave nunca foi compreendida pelos judeus, e São Paulo lhes dá bastantes dicas para entendê-la.
Chama-se o Nicod bilo-soph, o Oetant, o Shemah Hibro, dito de outra forma, o signo condensador. O sentido externo filosófico é este: Nicod, o ponto; bilo, em; soph, o infinito; o que, como ioda definição metafísica, não quer dizer nada ou significa tudo que se queira.

Alfabetos de XXII letras. Hieroglífico - Hierático - Fenício - por PAPUS
Lett. heb. (Letras hebraicas) - Nombres (Números) - Hicrog. (Hicróglifo)
" Corresp. hebraîque (Correspondências Hebraicas) - Ecriture hiératique (Escrita hierática) - Inscriptcion d'Esmounazar. (Inscrição de Esmounazar)
" Pheniciex archaique (Feníeio arcaico)

Voltaire disse: "A metafísica começa quando o que fala não sabe mais o que diz e quando o que escuta não entende absolutamente nada". Existe alguma coisa certa na definição desse mico filosófico e papagaio do Paganismo. Mas Daniel era diferente de um filósofo. Ele profetizou, com a data exata, a encarnação do Verbo, seu martírio, sua crucificação, pelo que os judeus não o perdoam. Mais ainda, deu aos fundadores de sua sinagoga um ensinamento secreto, o meio científico de reconhecer, sem poder enganar-se, o Verbo Criador no Verbo Encarnado: Ipho em Isho. Nicod significa não o ponto, mas a Iod, o Ya-Soph que deve ser escrito ShOPh.
Não se trata, pois, do ponto no infinito, quer dizer no indefinido, mas a posição arqueométrica das letras Y, Sh, Ph e O, ou seja, as letras do trígono fundamental, o do Verbo. Mais ainda, O, não é o ShemaH Hibor de Sh e de Ph somente. É o signo condensador universal, a letra comum ao Pai IhOh, ao Filho IphO, IshO e ao Espírito Santo ROah-Alhim.
A indicação de Daniel verificada sobre o Arqueômetro traz a pronúncia exata do nome do primeiro triângulo: Ipho, Verbo; Isho, Jesus.
Isso não é tudo, SheMa = 340, e significa, ao mesmo tempo, signo, céu, glória; em uma palavra, o mundo teogônico criado diretamente pelo Verbo.
Um destes equivalentes é SPhR: 60 + 80 + 200 = 340 = ShM.
SPhR quer dizer círculo dos signos, planisfério da SheMa, Livro direto do Verbo, seu Selo na Palavra Sagrada, pois o termo Livro em SPhR não quer dizer rolo, no sentido vulgar, mas expressa a função do círculo no seu sentido científico. Pois bem, o Nicod não é de forma alguma o seu ponto central, sendo a letra I a Rainha Virgem zodiacal. Se tomamos a letra I como ponto central, que é a letra N, todo o SheMa divino é deslocado, e o nome de IHOH deixa de ser pronunciado por seu conjunto, quer dizer, de ser manifestado exatamente por seu Verbo Criador.
Podemos perceber experimentalmente do que precede sobre nossa tabela aritmológica das 22 letras e sobre o Arqueômetro montado com seus quatro triângulos eqüiláteros. A definição do circulo era feita nas Universidades Patriarcais pelo trígono equilátero inscrito que responde ao Solstício Norte, depois por reflexão no trígono do Solstício Sul. Resultava disso a estrela hexagonal, a Bra-shith ou palavra criadora da héxada divina. O círculo era assim definido ou verbalizado, não pelo seu diâmetro, mas pela relação real entre o círculo e os trígonos regulares definidores.
A distância de um dos ângulos da estrela hexagonal ao ângulo próximo é o raio do círculo. Essa definição pelo raio e pelo hexágono é uma das chaves da ciência antiga e que hoje falta à ciência moderna e à correspondência entre todas as ciências.
No que diz respeito à luz, o sistema metrológico de Newton, baseado no diâmetro, não é mais que um sistema parcial, puramente analítico, que concorda somente com os fatos de aparência ou de decomposição prismática. A recente descoberta dos outros fatos prova a insuficiência do newtonismo e mesmo o fato da ondulação, afogando-o da emissão, deixa os sábios atuais desorientados e sem pontos de referências, mais perto dos raios vermelhos de Shemah-Hibor e principalmente além do violeta.
A ondulação, que é a própria realidade, precisa de outra metrologia, diferente da emissão diametral, que não é mais que uma conseqüência dela.
Isso é o que Daniel indica no que precede para todas as ciências divinas, cósmicas, humanas, universais ou simplesmente planetárias.
Isso não é tudo; além do SheMa, está o SheMaM, e este tem por seu equivalente numérico não o 340, mas 380, e significa o signo Supremo, aquele de ângulo norte no céu da glória do Verbo e de sua Palavra.
Podemos perceber, no topo desse ângulo arqueométrico, o Solstício Norte da Trindade princípio, as duas letras Ph e Sh, uma zodiacal, a outra, planetária. Em uma o trígono equilátero simples, na outra, o trígono equilátero armado com uma bissetriz, que significa o eixo do mundo, o centro de seu governo unicamente no Filho, como Verbo Criador e como Deus Salvador. Ph = 80, Sh = 300, unindo-se às duas teremos 380, e são o SheMaH, o signo supremo, o signo do ângulo ou da pedra angular.
Esse é o SheMaM-Lá-Ha ROSh, como signo supremo do Verbo Rei e as letras são bem pronunciadas sobre seu Arqueômetro, onde a palavra criadora fala por si mesma.
É um fato justamente demonstrável e exatamente experimental, e este fato, lei do próprio princípio, não é palavra do homem, quer dizer, mais ou menos filosófica, uma mentira, mas uma palavra de Deus, fonte única de toda a verdade.
Resta demonstrar, nos mais profundos Mistérios da Escola Vedo-Bramânica, as evidências que acabamos de mostrar dos profundos segredos transmitidos por Daniel a Esdras e a sua Sinagoga.
As diferenças provenientes dos diversos pontos de partida - Ya - para a Escola Patriarcal à qual pertence Moisés e M para a Escola Vedo-Bramânica - que enxertou sobre o sistema primordial - não fazem mais do que ressaltar melhor a antiga unidade desta.
O dia do Yom-Kipour nos servirá como demonstração. O termo Yom não é uma palavra de tagarelice filosófica, mas de um discípulo do Verbo, usada por Moisés de acordo com a tradição e a ciência patriarcal de seus Mestres egípcios. As letras Ya e M são unidas pelo signo condensador O, cujo valor numérico é 56, número sabático, como múltiplo de 28, porém sua pronúncia sagrada era Y-HOM.
É o dia dos dias, e sua festa responde ao décimo quinto grau do signo de Virgem, equivalente cósmico da potência verbal Ya, da sabedoria divina. Rainha dos Céus fluidos e astrais.
Nesse dia, no maior segredo, o nome do Pai era pronunciado pelos pontífices patriarcais, nos templos, pelo pai e pela mãe de família nos lares patriarcais.
Essa pronúncia completamente particular glorificava o ponto de partida arqueométrico do duplo universo, fazendo retornar o nome do Pai sobre si mesmo, em sua letra ou potência consubstanciai ou física. Esse nome que o leitor religioso deve ler apenas quando estiver orando, e que o não-religioso devia tremer não só de ler, mas de contemplar, é o IHOHI.
Entramos agora no mais profundo dos mistérios vedo-bramânicos.
O mesmo dia, ou o seu correspondente, é chamado o YHOM do AUM completo.
O soberano pontífice carrega com ele a jóia sagrada de ouro e de pedras preciosas que portava Moisés e que servia para acender o fogo do altar de acordo com os ritos.
Esse dia sagrado se chama AHO ou MHISh e sobre a jóia existe em caracteres adâmicos o termo AHaMIOH, Eu sou IHOH.
A inversão deste termo é IHOMaHa, IHO, o Grande.
Assim, as escrituras secretas do Manava-Dharma-Sastra nos revelam como a filiação do Vedo-Brahmanismo está ligada à Ortodoxia da proto-síntese patriarcal.
Temos muitas outras provas para apresentar sobre isso, porém esta é a mais importante e aquelas virão em seu lugar.
No início do Manava-Dharma-Sastra, o redator indicou da forma antiga a relação do sistema lunar bramânico com o solar-lunar de Ish va-Ra. A inversão da estrela dos Solstícios do Verbo, que leva para o Norte o Solstício das Águas Vivas e para o Sul o da Terra Viva, corresponde à inversão do nome do Jesus, ISHO, pronunciando-se como ISIOUA ou IShVa, de acordo com os dialetos e os ritos.
Antes de Brahma, é Schoua-Y Am-B'Uvi, e escrito dessa forma significa: 1º) o Ser existente por si mesmo; 2°) Swaya, o filho de Deus. AMBU, a água. Bu, nascer, existir, de onde a Terra, a Terra sagrada do Mundo da Glória, a substância divina da imanência e da imanação dos seres. VI, amar essencialmente, criar, dar à luz. Enfim, BO ou VI, o hierograma da Terra dos Vivos, como AMBU é o da Água Viva; e entenda-se bem que não se trata aqui dos elementos cósmicos, nem do desenrolamento do caos pelos Alhim, mas unicamente das substâncias divinas do Universo divino, do qual o Verbo é o criador.
AM e BOuVI são as letras que poderiam dar sentido ainda mais profundo se fosse necessário; são atributos de Schoua-Y, que ele mesmo é a inversão de IShVa; IShVa-Y-AM; onde IShVa atua ao mesmo tempo em Ya e em Me. E esse mistério o que nos lembra o primeiro Zoroastro quando diz, ou melhor, quando AHOURA-MAZDH, quer dizer, o ROuaH lhe responde que já revelou sua lei a YM, o chefe da Humanidade, o YMVR dos antigos escandinavos, o YM dos ALHYM e do MYHeLa.
Todos esses sentidos são explicados de uma forma absolutamente racional e científica sobre o Arqueômetro. Podem ser vistos transportados da arte verbal à arte gráfica sobre a antiga figura de Ishva-Ra, que reproduzimos por outro lado arqueometrizada. Neste hieróglifo, a posição primordial da estrela dos Solstícios do Verbo é observada exatamente. O Verbo Criador é representado sobre um fundo de terra e de céu, ou de terra celeste. Está sentado sobre uma pantera cujas listras pardas e amarelas são o símbolo de muitas coisas e entre outras da re-fração luminosa. As listras amarelas representam a substância fotogênica; as pardas, chamadas hoje em dia de Frauenhaufer, representam a resistência e a absorção dos meios, a transformação da luz em calorias latentes.
Sob o Verbo e sob a pantera estende-se o mar das Águas Vivas, no qual a figura monocéfala de KaVi se projeta e se reflete. A posição do corpo de Jesus, Verbo Criador, desde a cabeça até os pés, desde os ombros até os braços, das mãos e dos dedos, é completamente simbólica, ou melhor, hieroglificamente falante. O mesmo acontece com o conjunto e os detalhes desse notável gráfico. O tridente representa a Triloka, o governo dos três mundos. Está dirigido para a esquerda e seu Arqueômetro para a letra Me. Porém, o tridente é o SHIN vattan invertido, e na sua inclinação em direção ao Me lemos: SheMa. Tal é o hieróglifo ou a inversão da héxada, do primeiro trígono no segundo, do culto de Ishva-Ra no de Brahma, de magnífico significado. É por essa razão que nós comparamos de propósito essa palavra gráfica, com as palavras verbais do Manava-Dharma-Sastra.
Lendo atentamente as primeiras Slokas desse admirável Livro sagrado, veremos que a inversão de IShVa é SVa-Y, que é o Rex Patriarcharum (Rei dos patriarcas), o Senhor dos archis e dos richis manávicos, e que Brahma não é mais do que sua sombra inerte, engolida pelas Águas Vivas do tempo sem limites YM. E se abrimos Moisés veremos nele que essas Águas vivas plásticas são o meio principal e não somente original do qual toda a hierarquia das almas universais ou específicas saíram. O ponto de conversão entre o ato do princípio eterno e a execução da origem temporária pelos ALHIM está no centro arqueométrico da letra Na, eco da letra Ma. Esse nó coletivo e umbilical entre os dois Universos, teogônico e cósmico, é a mesma fonte da potência passiva que chamamos NaTUReza. Esse nome, composto de forma admirável, deriva das escolas mais antigas. NaT significa nó (laço). OuR significa a luz viva, porém ainda não é o Lumen de lumine. É a primeira correspondência da luz inacessível. É a ação reflexa do ROuH-ALHIM nas Águas Vivas. É, em uma palavra, o ato reflexo do Espírito Santo instrumental do Verbo.
Enfim, o nó vital que une o mundo teogônico ao cosmogônico: NaT é composto pela letra central solar Na e por sua zodiacal solar-lunar Ta.
A correspondência de Ta é em Leão zodiacal; representada também por um tigre ou uma pantera nas escrituras zoomórficas dos antigos egípcios do Extremo Oriente, das raças astrais e finalmente dos volanidas atlantes da antiga América.
A Natureza é, portanto, considerada o ponto local da incidência teogônica do Verbo e de seu reflexo na palavra cosmogônica.
Essa potência de conexão conversível, da qual a Luz é o veículo, tem dois aspectos inversamente proporcionais e correspondentes. Um desses aspectos, o Divino, corresponde ao ATh-ALHIM de Moisés e de São João; o outro ao Ath-Ha-ShaM-Im, o ATh-Ha-A-ReTz, quer dizer, a alma ou a razão viva, que compõe o mundo angelical dos Céus da Glória, dos Céus fluidos e do céu grave e gravitacional da astralidade.
ATh é, em sânscrito, o espírito constituitivo, a alma, a razão vivente.
Quando o Verbo Encarnado disse: "Eu sou o ATh, o Aleph e o Tau", quis dizer: "Eu sou a razão constituinte do Universo, seu Verbo provido de todas as suas Potências Criadoras e Conservadoras".
Em menor grau, ATh significa o alfabeto de 22 letras, a Palavra refletiva do Verbo dotado de todas as suas funcionalidades.
Estas últimas, simples reflexos mortais e quase mortos no espírito humano, são viventes imortais no espírito divino, e são os ALHIM.
Assim, por meio dessa potência nos dois aspectos inversamente proporcionais, que são a Natureza e a ordem divina, naturaliza-se por suas leis na ordem física, e esta, por sua vez, naturaliza-se primeiro por obediência a essas mesmas leis.
Esse é o ponto central da Psicogonia, este ponto nodal que deu lugar às confusões panteístas e a outras, a partir da divisão das línguas sábias e do esquecimento da palavra Shemática do Verbo.
O alfabeto vattan usa Ma como consoante e a representa com uma linha horizontal atravessada em um pequeno círculo negro.
O alfabeto védico, na tabela de seus oitenta signos gráficos, faz partir toda a sua teodicidade verbal da mesma letra. Porém esta, como ponto de partida, não é mais um círculo negro desprovido de barra ou de linha reta. Então, essa letra, em vez de ser pronunciada Ma, permanece indefinida. Não é mais uma letra cerebral muda M, nem voga], nem consoante, nem Verbo, nem Palavra, nem pensamento, nem ação definida. Não é articulada pelos órgãos vocais. Ela é ouvida por si mesma no trabalho dos mistérios, da seguinte forma:
Quando se experimenta esse ponto do AUM, colocam-se as duas mãos sobre o rosto, com os dedos estendidos, adotando a forma do Shin assírio.
Os polegares fecham as orelhas, os dedos mínimos fecham as narinas, o anelar, o médio e o indicador, separados em palmos, apertam as têmporas. A boca está fechada. O resto do corpo, sentado no estilo oriental (Lótus ou Padmasana), mas, de uma forma ritual particular, deve afetá-lo também, a forma de uma certa letra, a de um hierograma desconhecido da maior parte dos membros da Assembléia Secreta designada com os nomes hierárquicos de Yogâ, Yoga, Yogi, Yogî, Yoginâ, Yogin.
O antigo nome dessa assembléia, antes da constituição Bramânica, era de Yogis havarra, contração de Yoga-Ishva-Ra, a união em Jesus Rei.
Estando preenchidas todas as condições, tem que ser observado, não obstante, o que era ciência e consciência religiosa na prática dos mistérios; sob o reinado de Ishva-Ra, derivaram, pouco a pouco, fórmula e rotina, à medida que a subversão da Y para a M apague a lembrança da sabedoria suprema, da razão suprema e do seu soberano Senhor, para não deixar mais seus reflexos no trígono das Águas Vivas.
A seguir, como pode ser testada a primeira letra deste último. Quando o Iogue se coloca na posição descrita (ver lâmina na página seguinte), depois de ter-se purificado interiormente, pela penitência e a contrição, e exteriormente, de acordo com as regras, com a água, com o ar, etc, concentra sua visão física por meio do sistema nervoso da visão, sobre o quiasma dos nervos óticos, olha interiormente a parte média de sua fronte, acima do meio da arcada ciliar, entre esta e o meio da protuberância frontal. Trata-se da terceira visão dos mistérios antigos. da visão direta e da contemplação.
Estando todas as aberturas do corpo fechadas, como dissemos, toda a energia interna, ao mesmo tempo psíquica e fisiológica, deve concentrar-se sobre ela mesma e sobre seu eixo vertical de simetria, de tal forma que se dirija do peito até o cérebro. A ressonância vibratória desse esforço sinérgico engloba o órgão cerebral assimétrico conhecido pelo nome de glândula pineal. A esta última, a alma, quer dizer, a vida, permanece aderida por meio de seu corpo fluídico, até alguns dias depois do que os homens chamam de morte.
Quando a vibração toca o ponto cerebral anteriormente descrito, e o ângulo craniano correspondente ressoa, desprendendo-se, até a membrana do tímpano é agitada, e daí vai para todas as cavidades orgânicas.
Esse som interno indefinido não tem nenhuma qualidade que possa ser apreciada. O único termo que pode expressá-lo um pouco é o murmúrio, se eliminássemos todas as letras, exceto a letra M, sem vogais nem consoantes. Uma comparação mais exata ainda será esta: pressionando as duas orelhas hermeticamente sobre certas conchas marinhas, escuta-se um som como o bramido aéreo do mar. Tal é a percepção interna da letra M cerebral, a primeira do trígono do mar das Águas Vivas, intra-etéreas e supra-etéreas.

O que precede abre uma luz suficiente sobre a Mistagogia das Potências verbais da Palavra. A prática desses mistérios é real, eficaz, porém extremamente perigosa para todo homem não preparado intelectual, moral e fisicamente, segundo as regras dos antigos patriarcas.
Para os europeus, mais que para todos os outros homens, insistimos sobre esses perigos, aos quais se expõem pela divisão de suas faculdades, sua anarquia mental e cardíaca, sua instrução deficiente, sua educação interna ou religiosa quase nula.
Falamos aqui dos métodos de ensino, de suas habilidades psíquicas sem ligações sintéticas, do lugar irrisório que os programas universitários deixam para a instrução religiosa e da verdadeira incompetência com que marcam os sentidos internos atrofiados, regredidos e quase anulados.
Pois é unicamente aos religiosos que nos dirigimos aqui, levantando para eles uma ponta do véu que lhes oculta a alma das coletividades orientais e a toma impenetrável às maneiras greco-latinas, dialéticas e filosóficas de comentar o Evangelho.
Até para esses religiosos, essas práticas, as quais se confinam aos místicos dos conventos, são também perigosas sem uma fé absoluta e uma caridade sem limites. Daremos um passo adiante para mostrar a gravidade desse fato e então pararei por aí.
Aqui nós não fazemos mais que citar, tornando claro tudo quanto é escuro nos Mistérios da Palavra, tal como eram praticados pelos mais altos e raríssimos Epoptes da antiga Igreja Bramânica, e que da sua ramificação caldéia saiu Abraão. Trata-se do mistério da primeira letra unida às outras 22: ATh.
De acordo com os Sastras, chamados Glórias Flamígeras dos Arcanjos, o primeiro hierograma, do qual não darei a pronúncia, envolve o céu das Águas Vivas. Aplica-se a todas as almas que viveram sobre a Terra desde o início até o presente Kalpa.
A alma é designada pelo hierograma de HAMSHIN, cuja inversão em hebraico é Nishamh.
Termo a termo, a plenitude consciente dos dois movimentos da existência. Aqui eu peço ao leitor seguir atentamente todas essas letras e todos esses termos sobre o Arqueômetro.
O primeiro desses dois movimentos é ShaPhaN. Sua inversão, em hebraico, é NePheSh, que significa: pulsações, palpitações, sístole e diástole vital.
Em NishamaH, a central solar Na irradia sobre a letra de Jesus, Sh, e então move a primeira letra de Maria, M, e depois a letra vital do Pai, H.
É a alma glorificada e glorificável, convertida ou conversível no céu da glória SheMaH, sobre a letra nodal da Potência que naturaliza em um mundo ou em outro, Na.
No primeiro movimento de NishaMah, a alma glorificada e glorificável, convertida ou conversível, contém o mesmo NePhSeh, apoio de NePheSh sobre a nodal divina Na; porém, somente as duas letras de Jesus soam embaixo desse apoio: PheSh, PhoSh, potência de manifestação da vida: Ph + Sh = 80 + 300 = SheMaM, o signo dos signos.
O segundo movimento de NiShaMah é HOR, sua inversão em hebraico, ROuH, luz ascendente, no primeiro caso e sopro contínuo no segundo. E a correspondência da psicologia até a psicogonia que se produz segundo o movimento arqueométrico universal, na semelhança humana.
HOR e ROuaH respondem para o Espírito Santo e, ante ele, ao tribunal dos ALHIM, e ante estes, até o fundo do trígono de Maria marcado pela potência H, cuja correspondência astral é o signo de Câncer e, na correspondência ultrazodiacal, a estrela de Sírio, colocada no fundo da água espiritual e principal, da mesma forma que as sete estrelas do Pólo Norte foram assinaladas aos patriarcas assessores do Verbo Criador, aos Richis e Arshis de IShO, ou a proto-síntese do Verbo.
Havia uma Humanidade típica que não abandonou o Mundo da Glória e não caiu no mundo dos céus astrais. Moisés fala dela com termos ocultos e velados.
Hamshin que se pronuncia Hanshin, segundo as regras harmônicas da tabela eufônica da Ramayana, contém as três correspondências literais da morte concebidas como inversão sobre o nó das inversões proporcionais: HA, antifonia de HE, que é a letra vital expansiva do nome do Pai, a correspondência do signo equinocial e verbal do Carneiro. O ato fisiológico dessa letra ou faculdade psíquica em correspondência com a identidade de sua potência cosmogônica é uma expiração veemente dos pulmões pelas narinas.
A correspondência hierogramática desse ato fisiológico com o mundo da biologia é escrita diretamente: UShNa. Na análise anatômica do organismo vocal, esse termo significa nasal, misturado de calor vital, metade úmido, metade seco.
O que segue é praticado no trabalho do AUM.
No ponto mais alto dos mistérios deste último, sem outra roupagem além de uma espécie de sudário especial, semelhante ao de São Benito, o Epopte, sem nenhum metal sobre ele, estende-o sobre as costas para cruzar a porta dos Mistérios, que é a morte.
Pensamos, então, nos três hierogramas anteriores: HaMShiN NiShaMaH; HORROH; ShaPhaN-NePheSh.
Então, sopra com força para fora o ar contido em todas as cavidades da árvore pulmonar. É o signo do He e do Ha, da vida e da morte, até o último suspiro.
O Epopte fecha seus lábios ao ponto, deixando o ar interno encher sua boca fechada e respirando fortemente pelas narinas. Então, imediatamente pronuncia interiormente, como dissemos, a décima terceira letra, e depois fecha suas narinas com tampões apropriados.
Os olhos permanecem abertos até que sinta o calor afluir e comece a transpirar. Assim que o frio começa a subir pela planta dos pés, como uma espécie de formigamento agudo, os olhos se fecham; a luz celestial se propaga em torno da ponta do ângulo de ressonância que dissemos. O único poder que queima no corpo gelado é representado pelo som de M, como um eco leve. O Epopte permanece completamente consciente. O ShaPhan NiShaMaH é ligado à sua cabeça na glândula pineal, e a transpiração da morte flui de seu crânio para fora.
Nesse momento, pronuncia-se o hierograma arcangélico, que é inútil transcrever aqui. A seguir, sai da terra mortal, no primeiro estágio correspondente, ao mesmo tempo, ao Mar das Águas Vivas e à Terra dos Vivos imortais.
Assim, vista interior e consciência plena, luz celestial ante si: eis o primeiro grau da mistagogia prática, a das letras da palavra, na antiga Escola Vedo-Bramânica que sucedeu à Igreja antediluviana do Verbo Rei.
Começamos a passar o que precede à pedra de toque do Arqueômetro. Resta agora examinar a letra vattan, que segundo sua posição se pronuncia Me ou Ma.
Da mesma forma que verificamos a Escola judaica de Esdras pela Universidade Sânscrita, podemos controlar esta última pelas escolas de Zoroastro e de Pho-Y. Esses dois patriarcas reagiram contra a doutrina védica que substituiu a realeza do primeiro trígono, para que predominasse o segundo. Esse fato é inegável se for medido sobre o Arqueômetro, a inspiração e a doutrina do primeiro Zoroastro e a do legislador dos povos do Hoang-Ty.
No primeiro caso, vemos o termo Zenda A-Pa-M inscrever-se por si mesmo no lugar arqueométrico da letra M. Apam significa águas. Mas um homem do gabarito do primeiro Zoroastro não se dá ao trabalho de escrever para dizer uma totologia à maneira do Sr. Jourdain e de seu professor de Filosofia.F
O termo usado por Zoroastro deve ser muito bem analisado, como o fizemos. Significa: A, privativo (exclusivo); Pa, para; M significa ao mesmo tempo a letra M e a letra O.
Zoroastro responde dessa forma ao cisma Védico: "Nenhum Poder em Me". E. para complicar esse significado, não atribui a Amesha. ShPheNTa, quer dizer, a potência arcangelical.
Nós traduzimos expressamente as letras zenda com sua equivalência arqueométrica.
A primeira verificação não tem réplica; verifiquemos agora a do Pho-Y.
No dicionário dos quinhentos e quarenta signos, e entre os mais antigos destes últimos, a letra vattan Ma ou Me, deriva da letra L A barra ou linha reta representam a unidade. O ponto ou o círculo preto entrelaçado pela barra representa o zero. Esses dois juntos expressam o número 10, e este é o equivalente da letra Y, enquanto o equivalente da letra M é 40. A Escola Védica teria, pois, remanejado o alfabeto de 22 letras em benefício de sua sistematização, cuja característica é de dar ao M a preeminência sobre o Ya. Essa é a chave da posição tão importante, que ora nos ocupa e que era necessário romper para devolver ao Verbo a mestria da universalidade do espírito humano, por meio de todas as Universidades religiosas.
Observando o Arqueômetro, verificamos que as letras vattans Y e a M são as únicas que não têm uma morfologia direta correspondente a dos seus signos astrais respectivos. Pois tem havido aí mais uma manipulação.
Porém as letras samaritanas substituem com folga e motivação não a verdade absoluta, que não tem necessidade disso, mas a demonstração experimental e as correspondências astrais que temos dado.
A Escola Vedo-Bramânica se retratará nesses pontos capitais? Evidentemente que não, uma vez que não fará nada além de voltar à sua própria proto-síntese, a de Ishava-Ra.
Zoroastro foi talvez um pouco longe ao negar todo o poder da letra Me, enquanto conservava em seu lugar a tradição do HOM. Porém, era dirigido por uma inspiração muito pura, querendo tirar do Irã o culto dos Devas.
E a mistagogia operatória da letra Me conduz a esse servilismo tão perigoso para a salvação das almas, quando Me deixa de ser subordinado a Ya, no YM dos ALHIM, assim como no nome sagrado do Pai IHOH e do filho IPhO-IShO.
Pois bem, há muitos séculos, e de acordo com nossos cálculos, desde a época de Krishna, que essa subordinação à Escola Bramânica terminou. Senão vejamos o que dizem hoje os Grandes Mestres em seus ensinamentos mais fechados com respeito à letra M, chamada de ponta do AUM: "Ela é o gérmen e a matriz, estão contidos nela dois princípios eternos, que são Tahhanas e Krishna, o branco e o negro, o forte e o fraco, o bem e o mal, o puro e o impuro, o masculino e o feminino. Ele é Deus, ela é o ovo de ouro. Encerra nela a essência, a alma e a matéria, o todo no estado rudimentar germinal, fora de ação e da obra. Essa obra deve ser feita e produzida por um agente; daí, a formação e a existência do homem mortal, macho e fêmea".
Qualquer comentário aqui é inútil, sendo explicada a metafísica que precede com suficiente clareza. A diarquia confessional que ela testemunha atribui ao poder, do qual a letra M é o signo, uma complexidade de qualidades que se opõem inconciliáveis entre elas.
É um núcleo caótico, em que o espírito humano, livre de si mesmo, procura explicar-se o ponto embrionário da série temporal e natural.
Tudo está aí, até a evolução do óvulo que provém do ovo de ouro, toma banho na linfa protoplástica e se abre sistematicamente para dar à luz Brahma. Essa linfa protoplástica é a dos limbos de Brahma e de Abraão.
Descartando do que precede a perigosa confusão do bem e do mal, no ponto embrionário caótico, afastando o Maniqueísmo dos dois princípios ou supostos como tais, rejeitando a assimilação do masculino e do feminino a uma dualidade de oposição entre branco e preto, bem e mal, puro e impuro, fica a verdadeira idéia justa, a verdadeira ação exata, porém subordinada, que expressa cientificamente o trígono de Brahma, de Abraão, de Maria, e da degeneração do Círculo divino no Ovóide Astral.
Mas, ainda bem que os dois são correspondentes e inversamente proporcionais; existe entre eles uma diferença da Biologia e da Fisiologia, da vida eterna à existência temporária, do Princípio em repouso e sua finalidade na origem sem cessar o movimento, no vai-e-vem interrompido pela morte.
Os pontos perigosos desse fundo vedo-bramânico têm trabalhado os espíritos das outras raças com mais ou menos força e em todos os tempos de incredulidade ou de incerteza.
O mistagogo ocidental que tem sido tocado com mais força, ou, como diz ele próprio, que foi tingido por essa tintura misturada de branco e de preto é Jacob Boehme.
A transmissão foi feita a ele por Paracelso, que viajou ao Oriente (Leste). Não falamos dos qabbalistas, nos quais essa confusão é perpétua desde a época de Babilônia até os nossos dias.
Chegamos ao fato mais moderno, que é a obra de Darwin.
Poderia ser chamado de alucinado e possuído pelo próprio fundo do Vedo-Brahmanismo, até a afirmação do suposto papel da força na suposta lei da evolução e da assim chamada seleção.
Existem muitos contatos entre a Inglaterra e a Índia, para que o protestante Darwin não tenha sofrido a influência bramânica direta ou indiretamente.
Voltando ao ponto do AUM e do sistema embriogênico dos Vedas, os Mestres dessa Escola se fecharam ao Princípio para encerrarem-se na origem: não tiveram mais do que uma saída possível. Tiveram que argumentar até o infinito, os períodos de tempo, desde que, ao fazer depender tudo.da fisiologia astral, não poderiam implantar nada sobre a biologia do Deus-Vivo, de seu Verbo, nem do Espírito Santo.
É por isso que o seio de Brahma, como o de Abraão, é o limbo dos limbos da extinção.
O próprio Budismo tirou uma conclusão muito lógica sobre a concepção filosófica naturalista e panteísta do Brahmanismo, seu Mestre atribuindo ao Nirvana o sentido que qualquer um conhece.
Pretendeu-se também ergotizar até o infinito que a fisiologia das almas desencarnadas não tem outra saída senão a extinção no tempo, tão prolongado como se queira, ou uma nova embriogenia em uma matriz (útero) materna em função da Me e de Ma.
O próprio Brahma, de acordo com esta doutrina, é mortal. Os milhares de zeros acrescentados à duração de seu tempo não contam nesse caso e não evitarão o seu Pralaya supremo, no qual está contido na reivindicação do Ya.
Enquanto Buda, regente do planeta Mercúrio, com sua posição aos pés da Virgem astral, indica uma possível volta à tradição primordial, da qual o Brahmanismo conservou corretamente a impressão.
Continuemos a assinalar as pegadas dessa impressão relativas à letra M e sua ressonância arqueométrica por meio do sânscrito.
Somente uma palavra a propósito da correspondência que subordina a letra M à letra Y. As letras Y e I, como potência da Palavra do Verbo, representam a Sabedoria Divina afirmando-se na criação e na conservação do mundo divino, aquele da biologia eterna e das substâncias incorruptíveis que são o elemento e o alimento dessas potências imortais. É por essa razão que, na maior parte das línguas humanas, Ya é a afirmação pronominal do Verbo, da essência que entra em ação. É, ao mesmo tempo, Si e Yo, anunciando a vida ativa e sua benfeitora manifestação em favor dos outros.
M é o reflexo cerebral do cardíaco que precede, não corresponde mais que à reflexão desta em um meio plástico. É a Minerva dos etruscos, a lei refletindo o Princípio. Está assim na alma universal dos Céus astrais e da alma do homem; ela é o ponto central da reflexão, seu desdobramento local no mental puro e na matriz ou a imaginação desse mental.
Seu perigo é sua criação autônoma e que se lhe atribua um valor de incidência, quando não tem mais que um valor reflexivo de apropriação.
Esse perigo será entendido melhor com uma demonstração prática dizendo que os termos Me e Mi são um eco fiel dessa Potência.
A primeira afirmação da criança é essa sílaba apropriativa, Ma, Man, Mamam; sílabas sagradas entre os lábios da pequena criança, que afirma, assim, seu reconhecimento à Mãe, que lhe dá por sua vez a existência e a subsistência da vida.
Porém, a letra é menos santa no homem quando não é mais do que a afirmação do seu próprio Eu, afirmação sem Verbo e sem o reconhecimento da divindade à qual deve tudo.
L. Na. - Aqui novamente, na língua adâmica, o ponto não está separado do círculo ou do semicírculo.
Essa consoante expressa, em védico e em sânscrito, o nó, o umbigo, a conexão das partes entre elas sobre um mesmo centro, a Gnosis no sentido arqueométrico.
Na significa o Sol, o Mestre, o Senhor, índice da proto-síntese.
Aqui, a arqueometria primordial é evidente, assim como a posição central ou solar da letra Na. Restabelecemos essa posição da letra Na e do Sol, posição que no sistema lunar lhe fez perder desde a divisão dos idiomas. Colocar o Sol no centro da héxada é levantar os sete selos que velam o Deus Vivo (São João).
Enfim, a linha curva dessa letra não vem de nenhuma parábola, nem de um ovóide de enfoques múltiplos, mas de um círculo perfeito de centro único.
LX. Sa. - Quer dizer, em védico e em sânscrito. laço, aderência, o que reúne, assimila; de onde, a síntese, simpatia, socorro. Sa expressa também a idéia de jugo, de extração, de essência, de engendrar, similar.
Foi dedicado a Vishnou na Trindade brahmânica. Vishnou contém as três letras do primeiro trígono arqueométrico invertido e a letra central Na.
Esse nome significa o penetrador, e não se aplica somente à pessoa da Trindade citada aqui, mas também em Agni e Sûrya.
A esse título bastante distante, Sa, convém ao sentido positivo dos dois pontos que são sua letra adâmica, como unindo o centro da involução e da evolução geral a todo centro particular.
Esses dois pontos são representados em caldeu: asshou-rith, na primeira letra: o Alef, um à direita e acima, o outro à esquerda e abaixo da linha reta ou barra, de modo que no alfabeto morfológico dos patriarcas esse Alef é lido: ÁS, em sânscrito: Ser, e também ser o autor ou o criador de um fato.
Na mesma linguagem, ASThA significa o que agrupa e reúne, assembléia, reunião; ATh, o Espírito que anima o conjunto e o une.
O que precede explica o sentido oculto da Palavra de Jesus: "Eu sou o Alef e o Thau", o raio e a circunferência, e a união de todos os ponto dela ao ponto central divino.
LXXX. Pha. - Expressa, em védico e em sânscrito, a Potência de toda manifestação. Daí o sentido de virilidade, de fecundidade, de fertilidade, de floração, do qual Pha é o sopro vital e o potencial.
Em grego, desta raiz surge a luz, a voz, todos os fenômenos. Em latim, pela sua correspondência debilitada, Fa gera, fala e faz; e, na maior parte dos idiomas do Norte, Fa expressa a paternidade.
Como Pa não tem o sopro criador de Pha, expressa simplesmente, em védico e em sânscrito, o Poder, a Potência que governa e se manifesta.
Nestas duas línguas, Phala B'umi significa a Terra da Recompensa, e Phala B'uvi é a Terra Viva, da Vida Eterna, da imanação e da imanência no Deus Vivo. "Não beberemos deste vinho, não comeremos deste pão agora, mas na casa de meu Pai", disse Jesus. E essas Palavras são espírito para o vinho e a vida para o pão da Terra da Glória.
Podemos ler no Arqueômetro a letra Pha no cume do trígono da Terra Viva de Jesus. Está no ponto angular zenital, "a pedra do ângulo" que tinha sido rejeitada. Essa Terra emerge do trígono receptivo das Águas Vivas, abaixo de sua linha horizontal, de sua superfície marcada por estas duas letras: RâMa, a Graça divina, aMRa, a imortalidade e o amor eterno.
XC. Tsa. - Existe em adâmico e, indiretamente, em védico.
Seu semelhante debilitado Ta designa um movimento rápido, o som, por exemplo, vibrando do grave para o agudo: Tsatsava, tattava, todo instrumento musical, de onde vem Tantara em latim. Aqui, é a Trompeta suprema quanto à Ressurreição e ao Juízo; porém é a Lira e a Harpa, quanto à criação e glorificação.
A correspondência de Tsa na Arqueometria primordial é confusa em sânscrito, e isso devia ser assim, pois foi destronado o I da Sabedoria teogônica pelo M, que não é mais do que sua imagem receptora; a Minerva cosmogônica.
Mas pela potência do Arqueômetro e pelo atributo do som que permanece de Tsa em védico, é feita a ligação.
Tsa ocupa a função verbal de Mercúrio Trismegisto aos pés da Rainha Virgem-Mãe: I.
Está, então, em sua posição de domicílio diurno e de Trono. A Potência verbal da qual se trata preside, pois, a toda emissão evolutiva e, entre outras, ao som fundamental teogônico, à Trompeta divina; à sonometria do Mundo da Glória; Lira e Harpa do Universo divino.
Em sânscrito, essa Potência é Buda, igualmente em védico. É o Filho de Maia nessas línguas templárias, como a eslabonaE de Orfeu.
A Lira celeste e sua constelação são o Hermayê Luré de Orfeu, lembrada na poesia de Aratus. Lira perdida pelos gregos e depois falsificada por Pitágoras, bem como por todos os filósofos a partir da divisão das línguas.
São João dá a chave dessa Lira do Verbo que reconstituímos pela Aritmologia das Potências.
C. Kha. - Designa, em védico e em sânscrito, o cume do continente universal que contém os seres e as coisas: o céu, o que cobre e protege.
Em grau menor, é a atmosfera, contendo as águas, seus vapores, e os seres visíveis e invisíveis. Dessas idéias, a mesma raiz passa para as de segurança, de contentamento, prazer, felicidade, gosto, fortuna.
Nessas palavras compostas mais simples, encontramos: Kai, que expressa potência, pureza, purificação e, também, manifestação de um ser invisível no mundo visível.
Salvo para o céu, a arqueometria dessa letra é escurecida nas duas línguas. Porém, nas palavras compostas, encontra-se Kumbha, um agua-manil,SS um Aquário.
CC. Ra. - Como vogai, R se pronuncia RI e significa todos os movimentos determinados que alcançam diretamente seu fim. Em védico, RI quer dizer descer, morrer, e Rij significa ressurgir, reviver, reger. RI, em Rita, expressa tudo o que é receptivo de incidência direta, a Água Viva, a claridade atmosférica, a pureza, a virtude, a verdade.
Em Ri-Shi, é a inversão de Ish-Ra, o Santo que se remonta a um dos sete Rishayas celestiais; Ri provém de aR, Rishi e Arshi. patriarca, tem seu equivalente em Pitriarshi.
Como todas as Universidades que são derivadas mais ou menos diretamente da palavra arqueométrica, a vedo-brahmânica primitiva, mesmo que subversiva lunar, tem conservado a impressão do que São João chama de Selo do Deus Vivo.
O enxerto das civilizações selvagens sobre o modelo perdido da cidade divina tem sido sempre o objetivo de todos os sucessores mais ou menos ortodoxos ou heterodoxos dos primeiros patriarcas. Mostramos isso com detalhes na Arqueometria das sociedades antigas e modernas. Limitamo-nos, então, a dizer que os sete Rishayas celestiais da Índia não se extinguiram completamente, apesar de estarem muito decrépitos e da péssima corruptio que ataca os melhores corpos e os decompõe.
A consoante Ra expressou a reflexão e a refração, assim como também a absorção do raio. e, a este título, a luz e o calor, a velocidade e o ardor, toda irradiação, a realeza, a riqueza, em vedo Raj.
Entre as combinações mais simples, Ri, consoante em védico, significa fluir; em védico e sânscrito, Rabasa quer dizer o mar, seja celeste ou terrestre. Râhu, o nó ascendente Daitya, a cauda do peixe ou da serpente.
A serpente representa um grande papei no vedo-bramanismo esotérico e exotérico; e, tanto por ela como pela pomba, porém numa parte mais fraca, a dois espíritos; o Nahashismo e o Ionismo, o Adamismo e a Queda do período de subversão, tinham sido amarrados com o Noaquismo, como em qualquer outra parte.
A Arqueometria primordial da letra Ra seria apagada das línguas e das idéias dessa Universidade, se o Arqueômetro do Verbo e de Jesus não tivesse mostrado o que implica essa referência.
O Zodíaco lunar, do qual damos a reprodução, também foi apagado, se não a língua, pelo menos a parte do significado do Arqueômetro que exprime a ciência no sentido moderno e exato desse termo.
Encontramos somente o termo Ravat relacionado à letra Ra, ao tambor do Zodíaco lunar, e não falta mais que descobrir a posição do tambor antes descrito. É a Zêta de Peixes e, em conseqüência, a correspondência astral da letra Ra.

CCC. Sha. - Essa letra tem por substituição védica e sânscrita Sa e Ca, de acordo com os costumes eufônicos.
Sha, quer dizer o Paraíso.
Si, é a Terra divina.
Sû, o Senhor.
Su, o Filho, o Gerado, o Verdadeiro, o Belo, o Bem Supremo.
Shana, o ano eterno, sempre, a eternidade,
Shani, a Glória, a Potência, a Honra.
Shah, o Reino, o Poder.
Shaha, a Terra deste Reino.
Shânu, os Céus.
Shahas, o mês de pico (Novembro-Dezembro), a Agra-Hayana.
Ca por Sha: Çiva, inversão de ISh-va.
Shu-Ra, Saturno.
Não é necessário fazer nenhum comentário, pois permite-se observar a limpeza dos sentidos, sem nenhuma nuvem, as antiqüíssimas correspondências divinas da letra Sha sobre o Arqueômetro do Verbo.
CD. Tha. - O mesmo comentário para Tha, Tà e Ta que para Sha, Sa e Ca. Tha expressa a própria conservação, a preservação, no sentido mais gera).
Tat, o que desdobra em toda a sua amplitude.
Tathà, a conformidade perfeita.
Tathya, a verdade completa.
Tuha, o Fogo, o Tempo, o Amor, em sua totalidade.
Tatva, a Essência suprema, a Realidade e a Realização absoluta; o espírito e a inteligência em toda a sua potência de manifestação.
Tat é uma das três fórmulas iniciais da oração bramânica: Om! Sas! Tat! Brahma Há-mo!
A Arqueometria primordial de That está velada no que precede. O significado científico primordial era o que lembrava do Verbo encarnado, dizendo: "Eu sou o Alef e o Tau", a unidade e a universalidade, o raio e a circunferência universais.
O Sistema Solar do Princípio divino, o Selo da Glória, o Shema do Verbo criador, tem seu círculo perfeito definido pelo trígono e o hexágono. É regulador de todos os seres e de todas as coisas por suas 22 Potências e seus equivalentes.
Aplica-se ao duplo Universo, o dos Céus fluidos e o dos Céus astrais, de cima para baixo da hierarquia harmônica dos fatos.
O sistema lunar, o das origens temporais e não do Princípio eterno, é uma elipse de duplo foco, que o fundador do Brahmanismo considerou como uma diarquia de princípios, o que equivale a uma pura anarquia.
Das Águas Vivas, da linfa plástico de todas as coisas, o óvulo, o ovário e o ovóide eram a morfologia indicada. É por isso que o sentido da letra adâmica, Tha, tem perdido suas correspondências verbais, ainda que subsistam traços perceptíveis no que precede.


LIVRO III
As Adaptações
do Arqueômetro


CAPÍTULO PRIMEIRO
A Arquitetura
A corda musical do senhor marquês de Saint-Yves.
Sua aplicação para a Arquitetura e para Todas as Artes Decorativas, Gráficas e Plásticas, tais como: Decoração, Cerâmica, Mosaico, Vitrais, Encaixes, Móveis, Ferramentais, etc, por M. Ch. GOUGY, Arquiteto Diplomado pelo Governo.
Nas diversas ramificações do conhecimento humano, os sistemas empíricos, quer dizer, fundados unicamente sobre a experiência, são múltiplos. Todo sistema racional rigorosamente demonstrado é único. Tal é hoje em dia a teoria da luz na física.
conde Camille DURUTTE, de YPRES
(resumo elementar da técnica harmônica).


Tal será a Teoria das proporções e das formas em Arquitetura, decoração... etc.
Sendo puramente técnica a aplicação do Princípio Verbal musical ou corda musical para as artes descritas acima, e exigindo para sua compreensão e sua importância um longo desenvolvimento e um grande número de planos, não daremos, nesta exposição, mais que um breve resumo e algumas figuras que permitam explicar simplesmente o Princípio, pelo qual é, acima de tudo, a aplicação rigorosa e exata das leis da harmonia musical para iodas as artes e os ofícios das artes estéticas.
A sonometria estabelecida pelo Senhor marquês de Saint-Yves se torna imediatamente prática, em todos os casos, à adaptação da música, ou das leis da harmonia, às proporções e às formas. (As proporções, pelas cordas dispostas com os seus intervalos e acordes escolhidos. As formas, pelas vibrações dessas mesmas cordas, desses mesmos intervalos e desses mesmos acordes.)
Essas leis são os números, os mesmos que os da música e da harmonia; porém, entenda-se bem que o que é corda para a medida dos sons é linha para a medida das proporções e das formas.
Essa aplicação constitui uma nova ciência e, de posse dessa ciência, todas as artes poderão usá-la em uma unidade arquitécnica que nenhuma civilização provavelmente tenha conhecido, nem praticado, e talvez nem suspeitado.
Os recursos que este princípio pode fornecer são inesgotáveis e provêm não somente de numerosos acordes e intervalos que nos dá a música, mas também de oitavas que dividem a corda em um número indefinido de pequenos intervalos, os quais podem igualmente ser sempre divididos e subdivididos.
O músico está bem longe de possuir essa riqueza infinita de recursos e de combinações que possuirá o arquiteto, pois não tem à sua disposição mais que um pequeno número dessas oitavas (em torno de 8 ou 9), que praticamente poderá mover-se.
Porém, essas leis da harmonia musical, ainda que relativamente limitadas para o músico, em comparação com as que o Princípio Verbal pode dar ao arquiteto, não têm sido jamais para os grandes inspirados da música um obstáculo para a sua liberdade e para o desenvolvimento de todos os seus trabalhos. É assim que são inúmeras as obras que esses gênios deram à luz, e não menos numerosas, também, são as diferentes Escolas que esses mesmos gênios formaram.
Em função desse fato, por que não acontece dessa forma para os arquitetos, e porque sua liberdade estaria mais travada, mais paralisada, mais difícil do que nunca foi para os músicos?
A resposta está no próprio fato, e no futuro vale menos ainda, para os arquitetos e as outras artes pela ausência total de recursos que possuem hoje em dia, relativos às leis e às combinações destas; porque é necessário destacar claramente, a perfeição nas proporções e as formas não podem ser obtidas somente pela competência sem igual dos olhos do profissional, mesmo que este tenha muita experiência e capacidade. Isso é válido, mas os olhos, por mais aguçados que pareçam, possuem menos recursos que a audição, sempre serão hesitantes e incertos e, em conseqüência, não poderão criar mais do que incertezas, longe da desejada perfeição. Mas, em compensação, a audição pode perceber sons agradáveis, numa escala de extensão em torno de 8 oitavas e pelo contrário, os nossos olhos podem ver uma gama de uma infinidades de freqüências luminosas.
Para a Arquitetura, é necessário que isso seja dessa forma, porque um número restrito de oitavas seria insuficiente e não tornaria o sistema aplicável a todas as necessidades e combinações. Temos como exemplo uma fachada. Ela será vista primeiro em grandes intervalos, dando as localizações exatas dos vários componentes, pilares, vigas, canaletas, batentes, molduras, frisos, faixas, etc.
A seguir serão verificados os espaços menores, determinando-se exatamente as dimensões dos espaços vazios e cheios. Por último, serão estabelecidos com maiores detalhes iodos os elementos construtivos, sejam estes vigas, soleiras, molduras, faixas, etc, que serão subdivididos em outros intervalos menores, para gerar as formas.
Devido ao número infinito de oitavas que dá o princípio, certificamos que as formas podem ser feitas; então o problema está resolvido.
Por outro lado, todas as saliências dessa fachada poderão ser reguladas de acordo com as mesmas leis, projetando pela ordem primeiro sobre eles mesmos, e a continuação uns sobre os outros, sombras cujas dimensões estarão em relações harmônicas entre elas e conforme a forma e o acorde escolhidos para o conjunto.
Como dissemos antes, as leis harmônicas das proporções (quer dizer, das dimensões e das cordas), aquelas das formas (quer dizer, das vibrações), e as leis harmônicas da música (dito de outra forma: dos sons) são as mesmas. Em conseqüência, música das proporções e das formas e música dos sons são inseparáveis e estão diretamente unidas, já que nesse sistema umas são conseqüências das outras.
Produzindo as cordas, por suas vibrações, os sons correspondentes às suas longitudes, pode-se concluir disso que umas são as causas e outras, os efeitos. Assim, pois, se existe harmonia entre os numerosos sons, há forçosamente as mesmas relações harmônicas entre a& longitudes das cordas que produzem esses sons, supondo, entenda-se bem, cordas exatas e teoricamente semelhantes, quer dizer, da mesma composição, da mesma matéria, da mesma espessura, da mesma tensão, etc. Dito de outro modo, a mesma corda na qual as menores seriam uma espécie de cortese da que é considerada como a principal. Depois disso, passemos agora à regra musical.
Regra Musical do Marquês de Saint-Yves
Esta regra musical difere das outras mais conhecidas, as quais satisfazem as seguintes condições:
É aritmológica por seus números e dá as proporções.
É morfológica por suas vibrações e dá as formas.
É metrológica, pois corresponde exatamente ao metro.
Por último, é arqueométrica, por suas correspondências com o Arqueômetro.
Esse padrão cumpre todas as condições citadas, o que não pode fazer nenhuma das regras musicais usadas nos laboratórios de física.
O Arqueômetro foi montado com uma série dupla de números formando uma dupla régua proporcional. Sobre a régua da esquerda, cada nota é marcada por uma divisão transversal, conforme o número correspondente a essa nota. Essa régua foi destinada ao cálculo das proporções estéticas; é ela que nos interessa nessa aplicação.
Sobre a régua da direita, estão indicados os números das vibrações correspondentes a cada nota.
Não insistiremos por mais tempo na construção dessa régua; porém nos certificaremos de que ela é cientificamente exata e que está em perfeita correspondência com aquela utilizada pelos físicos. Refere-se à corda do Sol dividida em 144.000 divisões e não à corda de UT, como a usada nos gabinetes de física.
Aplicação da Regra Musical para
a Arquitetura e as Formas


Para todas as combinações arquitécnicas ou decorativas a serem desenvolvidas dentro do princípio arqueométrico, temos de escolher primeiro o acorde que convém à combinação e que mais se aproxime às suas proporções .
Uma vez feito isso, o primeiro gráfico a ser adotado é o da armação musical ou figura das proporções.
Os dois gráficos (Lâminas 2 e 4) representam dois tipos de armações musicais de estilos diferentes, sobre os quais têm sido construídas as duas pequenas capelas, das quais uma recebeu o estilo grego, e a outra, o estilo.românico ou de meio ponto.
Ambos procedem da corda de Sol, dividida em 96 partes, número do primeiro triângulo ou triângulo de Jesus (Arqueômetro).
A primeira dessas duas figuras não comporta vibrações, a segunda, pelo contrário, é montada com algumas dessas vibrações, que dão diretamente a forma e o estilo do pequeno monumento.
Com exceção dessas duas figuras, todas as outras referem-se à corda de Sol dividida em 240 partes, número do segundo triângulo de Maria (Arqueômetro).
Adotamos para nossa demonstração o primeiro exemplo desta segunda série, quer dizer, o estilo de meio ponto, no qual o acorde escolhido e adotado é Lá, Ut, Mi, acorde perfeito, menor que o Lá fundamental.
A corda de Lá, ou AB sobre a figura, é a mais longa e adaptada neste exemplo, como a corda de altura. Dispõe-se de seus intervalos UT, Mi, assinalados exatamente sobre a regra musical. Seu sentido procede de cima para baixo, do grave para o agudo, dos maiores intervalos para os menores. Dessa forma, a multiplicação das oitavas no agudo aproxima cada vez mais os intervalos e permite destacar todas as molduras e os pequenos intervalos necessários para a composição.
A segunda corda vertical CD, do lado oposto da figura, é a mesma que a de cima, mas invertida sobre ela mesma. Está disposta com os mesmos intervalos e procede inversamente, quer dizer, do agudo para o grave, dos menores intervalos aos maiores.
Regulando-se assim as proporções de altura, passemos agora às proporções de largura para formar a figura completa do retângulo ABCD.
Aqui também usaremos uma só e única corda para os dois (2) lados e, para maior simplicidade, adotaremos a corda de Lá2, metade e oitava da primeira.
A corda BC, disposta com os mesmos intervalos que aqueles acima, porém na oitava, deriva da direita para a esquerda, dos maiores intervalos para os menores. A corda AC, oposta à de cima, é a inversão dessa corda BC e procede inversamente, quer dizer, da direita para a esquerda.
Por fim, as linhas horizontais e verticais passam pelas divisões harmônicas dessas quatro cordas principais e constituirão o primeiro gráfico da armação musical.
Por esse procedimento tão simples, a obra de arte pode ser estabelecida de acordo com as leis científicas da harmonia.
Esse gráfico determina um gênero, o das linhas ou cordas em repouso.

Para obter as formas, é necessário animar as cordas ou linhas que constituem a armação musical, fazendo vibrar tudo o que o movimento deve animar sem danificar a estabilidade do conjunto. As amplitudes vibratórias darão suas leis, como todos os fatos do sistema verbal musical.
Neste exemplo, sendo o estilo de meio ponto, as amplitudes vibratórias serão círculos, e é por essa razão que cada corda ou cada parte da corda correspondente a cada intervalo provém do diâmetro do círculo de sua vibração, e como todas essas cordas e porções delas constituem por suas longitudes relações harmônicas entre elas, deduz-se que todos esses círculos serão construídos de acordo com as mesmas relações harmônicas entre eles.
A armação musical ou figura das proporções, animada por suas vibrações, constitui a figura das formas.
Armado dessas duas figuras indicadas nesse exemplo sobre uma só, o artista pode compor diretamente no Princípio ao escolher, tanto para as proporções como para as formas, aquelas que se adaptam melhor à sua inspiração e à sua composição.
Essa simples figura das proporções pode gerar uma infinidade de vibrações, recortando-se e combinando-se entre elas e permitindo compor uma infinidade de outras formas.
Querendo ser o mais claro possível em nossa demonstração, indicamos na figura anterior somente as vibrações necessárias para a construção de nosso exemplo. (A esteia [rastro] de meio ponto.)
Os exemplos seguintes foram construídos sobre uma figura de mesmas proporções, porém de estilos diferentes; alguns são tratados no estilo de meio ponto, outros no estilo ogival, e cada figura tem suas proporções dispostas de acordo com as vibrações correspondentes ao seu estilo.
Com esses poucos exemplos, podemos perceber facilmente os infinitos recursos que esse Princípio contém, pois o número infinito das cordas e de suas múltiplas disposições, por suas divisões e intervalos, por seu infinito número de oitavas, por todas essas linhas e curvas que se combinam entre elas; em resumo, por todos esses estilos distintos, o artista poderá estabelecer inúmeros gráficos diferentes, sobre os quais trabalhará com toda segurança.
Quaisquer que sejam os acordes e os estilos, todos esses gráficos são construídos da mesma forma e são todos aplicados não somente na Arquitetura, mas em todas as artes descritas anteriormente, sem exceção.
Demonstrar simplesmente o Princípio, provar que sua aplicação é possível e prática, tal é o objetivo desta obra. Esperamos que, graças a estes poucos exemplos, nossos leitores tenham uma visão suficientemente clara que tire as dúvidas, pois não se trata de nenhum sistema criado na imaginação ou da vã magia, mas de uma pura e simples verdade científica, que pode ser aplicada às artes.
Por outro lado, as poucas passagens que seguem, retiradas da Bíblia, confirmam que essa aplicação da música à Arquitetura não só é possível, mas deverá ser sempre a regra a seguir para a construção de nossos edifícios e, principalmente, tumbas, capelas, igrejas, objetos do culto, etc.
Veremos aí que todas as dimensões estão indicadas nele segundo uma mesma medida, o côvado, e que essa medida comum exerce a função de módulo, base de todos os sistemas de proporções. Se referirmos todos os números destes côvados à corda musical de Sol dividida em 96 segmentos, número do primeiro triângulo ou triângulo de Jesus (Arqueômetro), veremos que todos esses números estão em perfeitas relações harmônicas entre eles.
Igualmente, verificaremos que esses números não são obra do acaso, mas produzidos pela vontade expressa de Deus e que são impostos por Ele sob a forma de Mandamentos.
Esse côvado é o descrito por Chateaubriand em suas peças justificadas. É o côvado sagrado hebraico, que era usado especialmente para a construção dos templos.
Estava dividido em seis partes iguais, ou palmos menores, que por sua vez eram subdivididas em outras quatro partes. O número total das divisões e subdivisões perfazia, então, o número de 24.
O número 6 referido à corda musical de Sol dividida em 96 partes dará as seguintes correspondências.
1 2 3 4 5 6
Ré3 Ré2 Sol Ré Si bemol Sol

O acorde menor perfeito de Sol fundamental. Estamos na presença de um metro musical semelhante ao que nos serve hoje em dia para nossas demonstrações.
Referências Bíblicas
ÊXODO

CAPÍTULO XXV .

Versículo 8. E me erguerão um Santuário, de forma que eu habite entre eles.
Versículo 9. Segundo a forma exata do Tabernáculo que mostraremos adiante. Eis a forma pela qual faremos o Santuário.
Versículo 10. Farão um arco de madeira de acácia que tenha:
Dois côvados e meio de comprimento Si bemol
Um côvado e meio de largura Sol
Um côvado e meio de altura Sol
Versículo 17. Farão também o propiciatório em ouro puríssimo. O seu comprimento será de:
Dois côvados e meio de comprimento Si bemol
Um côvado e meio de largura Sol
Versículo 23. Farão uma mesa de madeira de acácia que tenha:
Dois côvados de largura Ré
Um côvado de largura Ré
Um côvados e meio de altura Sol

CAPÍTULO XXVII
Versículo 1. Farão também um altar de madeira de acácia que tenha:
Cinco côvados de comprimento Si bemol
Cinco côvados de largura Si bemol
Três côvados de altura Sol
Versículo 9. Farão também o átrio do Tabernáculo. Cada módulo terá:
Cinqüenta côvados Si bemol
Versículo 18.
O átrio terá cem côvados de largura Sol bemol

CAPÍTULO XXX
Versículo 1. Farão também um altar de madeira de acácia para queimar
os perfumes.
Versículo 2. Esse altar terá:
Um côvado de comprimento Ré
Um côvado de largura Ré
Dois côvados de altura Ré
REIS
CAPÍTULO VI - DESCRIÇÃO DO TEMPLO
Versículo 2. A casa que o rei Salomão construiu para a glória do Senhor tinha:
Sessenta côvados de comprimento Mi bemol
Vinte côvados de largura Si bemol
Trinta côvados de altura Mi bemol
Versículo 3. O Templo tinha um vestíbulo de:
Vinte côvados de comprimento Si bemol
Dez côvados de largura Si bemol
Versículo 6. O piso inferior tinha:
Cinco côvados de altura Si bemol
O piso do meio tinha seis côvados de largura Sol
Etc.
EZEQUIEL
CAPÍTULO XL
Versículo 2. Conduziu-me em uma visão divina e me colocou sobre uma montanha muito alta, na qual havia como que uma edificação de uma cidade, que estava virada para o meio-dia.

Versículo 3. Fez-me entrar nessa edificação e me encontrei, antes de tudo, com um homem, cujo olhar brilhava semelhantemente ao bronze cintilante. Ele trazia na mão uma vara para medir.

CAPÍTULO XLI
Versículo 1. Depois disso, fez-me entrar no Templo; mediu os batentes da entrada, que tinham cada um:
Seis côvados de largura Sol
Versículo 2. Ele mediu a largura da abertura da porta, que era de:
Dez côvados Si bemol
Um lado e o outro da porta tinha, cada um:
Cinco côvados Si bemol
Versículo 3. Mediu um batente da porta, que era de:
Dois côvados Ré
Versículo 4. Depois mediu a largura da fachada do Templo, num comprimento de:
Vinte côvados Si bemol
E uma largura de: Vinte côvados Si bemol
Versículo 5. Depois mediu a espessura do muro, que era de:
Seis côvados Sol
e a largura da câmaras edificadas fora do Templo, as quais cada uma era de: Quatro côvados Ré
Versículo 8. Consideramos as câmaras "altas" que estavam em redor desse edifício, e tinham por baixo a medida de uma vara, ou de:
Seis côvados Sol
Versículo 9. A espessura dos muros exteriores era de:
Cinco côvados. Si bemol
Versículo 10. Entre a edificação dessas pequenas câmaras e a do Templo, havia um espaço de:
Vinte côvados Si bemol
Versículo 13. Ele mediu o comprimento da casa, que era de:
Cem côvados Sol bemol
Versículo 14. O local que estava na frente do Templo tinha:
Cem côvados Sol bemol
Versículo 22. O altar, que era de madeira, tinha:
Três côvados de altura Sol
Dois côvados de largura Ré
Com exceção dos átrios, que tinham cinqüenta e cem côvados, números correspondentes à nota musical Sol bemol, dividida em 96 partes, todas as outras dimensões estão em correspondências exatas com as notas Sol, Si bemol, Ré, acorde perfeito menor de Sol, e as divisões e correspondências musicais do côvado hebraico.
CAPÍTULO XLII
Versículo 15. Quando o Anjo acabou de medir a casa interior, fez-me sair pela porta que dava para o Oriente e mediu todo esse recinto.

Versículo 15. Mediu, pois, o lado do Oriente, com a medida da vara, e encontrou quinhentas medidas dessa vara, em todos os arredores
Sol

Ezequiel indica (Capítulo XLI, Versículo 8) que a medida da vara, da qual se servia o Anjo para medir o Templo era de seis côvados.
Por outro lado, indicamos anteriormente que o número total das divisões e subdivisões do côvado era de 24.
6 x 24 = 144, ou medida total da vara.
144 x 500 = 72.000
Setenta e dois mil, referindo ao padrão musical do Senhor marquês de Saint-Yves, corresponde ao Sol2 ou oitava desse padrão dividida por 144.000.
Aí temos novamente uma correspondência musical, como as que tiramos acima, do profeta Ezequiel.
CAPÍTULO XLIII
Versículo 10. Porém tu, filho do homem, mostra o Templo à casa de Israel, a fim de que eles procurem medir sua estrutura.

Versículo 11. Mostra a eles seu projeto, etc.

Versículo 12. Essa é a regra que se deve guardar ao edificar a casa de Deus sobre a montanha.
Essas passagens provam com sobras a importância capital que Deus dava a todos esses números, para a construção de seus Templos. Não duvidamos que esses números correspondiam a outras tantas palavras musicais e que constituíam em seu conjunto uma harmonia perfeita.
Todavia, devemos acrescentar que, apesar de tudo o que acabamos de expor, o conjunto deste trabalho não pode ser julgado sobre estes simples dados e, a esse respeito, o pensamento do Senhor marquês de Saint-Yves era: "O sistema arqueométrico e seus derivados não precisam da fé. Dão a certeza técnica ao estudo da própria natureza. Como não procedem da Filosofia, mas da ciência baseada na religião, não manifestam nenhuma opinião, somente a observação e as experiências. Os fragmentos podem surpreender, mas não precisamos esperar para que possam nos convencer. A convicção somente pode nascer do estudo, seja do conjunto, seja de uma das séries completas do sistema".
Quando a aplicação desse sistema às artes for bem conhecido e compreendido, não duvidamos que todos os artistas ávidos de conhecer essa pura verdade terão um reconhecimento sem limites para o Senhor marquês de Saint-Yves, e, se lhe rendêssemos aqui todas as homenagens que merece, ele nos responderia, como o fez muitas vezes: "Glória ao Verbo Encarnado, a Nosso Senhor Jesus Cristo em seu Princípio".
Não acrescentamos mais nenhuma palavra. É para homenageá-lo, mais além do túmulo, esse supremo e simpático reconhecimento, e a expressão mais sincera de nosso respeito pela sua lembrança.
Ch. Gougy
Arquiteto diplomado pelo Governo.

CAPÍTULO SEGUNDO
Arquitetura Parlante e Musical
(Resumo das diversas adaptações)

1. Morfologia da Palavra Sagrada. - 2. O Universo e a Gota d'Água, Cristais, Lys, Placas. - 3. O Padrão e seus Derivados. - 4. Os Vasos de Eleição. Três Fluidos. - 5. As Colunas Sagradas, Sete Estilos Diatônicos. - 6. As Capelas do Santo Nome de Maria. Quatro Estilos. Igrejas e Catedrais. - A Metropolitana, do Santo Nome de Jesus.

Sob o nome de Arqueômetro, temos inventado, depositado e publicado, com o nosso selo e marca, um gráfico da ciência das correspondências cosmológicas fundado na palavra e em seus equivalentes.
Já não temos que descrevê-lo aqui, mas aplicá-lo como um transportador na Arquitetura musical que encerra os princípios e as leis.
Esses princípios e essas leis interessam também a todas as artes e ofícios, estéticos, suscetíveis de entrar na síntese monumental, sagrada, ou mundana, ou de ficar separado dela.
Dito de outra forma, a espécie arquitetônica especificada pela palavra ou por seus equivalentes musicais pode imprimir a unidade de sua harmonia em todo o edifício, que encerra, de uma forma esteticamente combinada das formas e cores, qualquer que seja a substância utilizada: decoração, mosaicos, afrescos, vitrais, quadros, tapetes, móveis, cerâmicas, estátuas, túmulos, telas, "panos", encaixes, vestuário, orfebrerias, caixilharia, etc, etc.
O Edifício Religioso demanda maior conformidade com o princípio, maior exatidão na observação das leis arqueométricas e de todas as suas correspondências. É por ele que faremos a nossa demonstração: ela será tanto mais valiosa para a aplicação do nosso método nas artes mundanas.
Para edificar um monumento, segundo seu princípio e suas leis, utilizamos numerosos instrumentos de precisão, entre os quais estão:
1° O Arqueômetro, como Transportador Universal;
2° O padrão arqueométrico, como regra de aritmologia, de metrologia, e de morfologia musical;
3º Um transportador dos graus do Arqueômetro, no que concerne à classificação exata das cores, suas notas musicais e suas correspondências universais.

A demonstração que segue contém a descrição destes últimos instrumentos, cuja utilização será mais bem compreendida.
Vejamos um estilo simples de arquitetura no projeto de uma capela.
Tratando-se o projeto com o empirismo da arte, seria uma obra de imaginação apoiada na imitação. Não possui uma especificação precisa e permaneceria com o destino indistinto e indeterminado.
Na arte científica e religiosa que inauguramos, será especificada e determinada pelo nome ou pelo equivalente musical, que deverá expressar graficamente, segundo as leis da música e das formas.
O nome que escolhemos aqui é Maria. As letras maiúsculas deverão ser pronunciadas em predomínio melódico, as outras entrarão na harmonia que acompanha a melodia.
Arqueômetro
O nome de Maria nos leva, pois, a aplicar o Arqueômetro às ciências das religiões, a suas posições exatas na Gênesis e na síntese do Verbo, a sua simbologia, ao seu significado lógico de todas as expressões do pensamento criador, letras, números, notas, cores, funcionalidades angelicais ou cosmológicas, equivalências e correspondências de todos esses signos do Verbo e harmonias correspondentes ao ano litúrgico, dos meses, dos dias, das horas, etc.
A religião do Verbo, que é o princípio de comparação de todas as outras, lê-se sobre os dois primeiros trígonos Norte e Sul do Arqueômetro.
O primeiro trígono traz na linguagem sagrada o nome do Verbo Jesus; o segundo trígono o de MaRiE. Pois é esse segundo triângulo, o do Solstício Sul da palavra, o que temos que interrogar. Sendo a música a linguagem dos números, que nos dará a língua das formas, lemos sobre o trígono de MaRiE: M = 40 + R = 200 = 240.
A divisão desse número musical por 8 se lê na terceira letra, E = 8.
Mais ainda, lemos M = 40 + E = 8 = 48. A referência litúrgica desse número, o musical elementar, lê-se em Moisés, Gênesis, C. IV, e 21; IOBaL = 48. A primeira letra, I, indica a corda e suas correspondências.
48/2 = 24 x 10 (1) = 240
O Arqueômetro acaba, pois, de dar-nos o sistema musical que usaremos e que se deriva, ele mesmo, do primeiro trígono e do nome do Verbo.
10 + 80 + 6 = 96; 96/2 = 48, etc, etc
Assim determinada a harmonia, não há mais recursos que ler na equivalente melódica do nome que temos escolhido. O Arqueômetro nos responde M = Ré, R = Ut, E = Lá.
Pronunciado da forma moderna, esse nome gera os seguintes harmônicos:
I = Sol, harmônico de Ut, como quinta, de Ré, como quarta.
A = é o raio ou a corda que irá ser escolhida.

O Arqueômetro acaba de dar-nos os números musicais do nome que queremos edificar, e o faz pronunciar, por todos os objetos estéticos que entrem no edifício sagrado.
Faltam-nos agora as séries musicais e modais desses números e, por fim, sua transposição de Aritmologia por Morfologia; dito de outra forma, da língua dos números para as formas equivalentes.
Arqueometria Musical das
Línguas Litúrgicas

Saudação Angelical
LATIM Marquês de Saint-Yves d'Alveydre
Andante
Baixo
Cloches
ou Harpao


Órgão
ou Piano













REPÚBLICA FRANCESA
OFICINA NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL
PATENTE DE INVENÇÃOÃ

DE 26 DE JUNHO DE 1903
Nº 333.393
XII. - Instrumentos de Precisão.
3. - PESOS E MEDIDAS, INSTRUMENTOS DE MATEMÁTICAS


Patente de quinze anos, pedida em 26 de junho de 1903 pelo Sr. Alexandre de Saint-Yves, residente na França.
Meio de aplicar a regra musical à arquitécnica, às belas artes, aos ofícios e às indústrias de artes gráficas ou plásticas, meio chamado: padrão arqueométrico.
Entregue em 19 de setembro de 1903, publicado em 23 de novembro de 1903.
Esta invenção tem por objetivo um meio chamado padrão Arqueométrico, isto é, uma escala musical, desenhada sobre régua, que permite aplicar à arquitetura, às partes e ofícios ou indústrias de artes gráficas ou plásticas a razão matemática das proporções estéticas simples e combinadas. As leis dessa razão são os números, os mesmos que os da música e da harmonia. Porém aplicados às linhas proporcionais, às formas, em lugar de serem aplicadas somente às cordas sonoras e aos sons. Esse padrão difere das outras regras musicais, pois satisfaz as seguintes condições:
1º) E completamente aritmológico, quer dizer, disposto numa dupla série de números que formam uma dupla regra proporcional, destinada ao cálculo das proporções estéticas.
2º) É morfológico por seus intervalos, cada um marcado com uma barra transversal. Essas divisões da corda ou da linha são devidas aos números correspondentes.
3º) É metrológico, em relação racional e parlante com o sistema métrico decimal ou metro.



4º) É arqueológico e arqueométrico, em relação racional e parlante com o Arqueômetro de nossa criação. Esse Arqueômetro (ver figura) é um instrumento de precisão, um relacionador cíclico, código cosmológico dos altos estudos religiosos, científicos e artísticos. É composto de numerosas zonas concêntricas de equivalentes que compreendem desde a circunferência ao centro uma dupla zona de graus; uma dupla zona de letras; uma dupla zona de números; uma dupla zona de notas musicais; uma dupla zona de cores e uma dupla zona de signos cosmológicos. Por suas notas e por seus números musicais, o Arqueômetro é o gerador desse padrão. Mas notas e números têm, sobre o Arqueômetro, outros equivalentes nas expressões funcionais da razão científica. O padrão nos deixa maravilhados com as suas relações exatas com o Arqueômetro, todas as aplicações possíveis deste último às artes, aos ofícios e às indústrias de arte, anteriormente mencionadas. Mais ainda, fornece suas correspondências arqueométricas a todas as outras escalas e regras musicais, aplicadas para os mesmos usos.


A figura mostra como são construídas as regras musicais e que modificações nos fornece essa invenção. Contém cinco regras, da quais uma delas é o próprio metro:
1º) A figura 4 é o padrão arqueométrico;
2º) A figura 5 é a regra sonométrica dos físicos, a de Ptolomeu;.
3º) A figura 6, o metro decimal francês;
4º) A figura 7, a regra do sistema temperado;
5º) A figura 8, a regra do sistema de Pitágoras.

As regras das figuras 5, 7 e 8 possuem uma linha mediana "f', de um eixo cuja função será explicada após o uso.
As regras das figuras 5,6 e 7 existem sobre todos os 15 sonômetros, os das figuras 5 e 7, sem séries aritmológicas. Sua escala musical mostra que as regras da figura 5 e 7 estão relacionadas à corda "Ut", assimilada ao metro da fig. 6. A regra da fig. 5, a dos físicos, é a única que é cientificamente exata em si mesma, é completa no que concerne à corda "Ut", disposta com 22 intervalos enearmônicos. É indiretamente aritmológica, já que não traz nenhuma série de números lógicos e físicos que motivam suas divisões transversais. Não é morfológica de uma forma direta, já que os números que motivaram seus intervalos estéticos não se encontram contidos, e, portanto, por 6 e por 3, o que não é o sistema decimal do metro. Portanto, não é arqueométrica, pois lhe faltam as correspondências cientificamente exatas. A regra da figura 7, a do sistema temperado, cumpre mais ou menos essas condições, pois é inexata nela mesma, sem falar das relações anteriormente descritas. Não contém mais do que 13 intervalos cromáticos, em lugar dos 22 enearmônicos; e esta série cromática de "Ut", ela mesma é inexata, sorte de cota mal cortada que confunde empiricamente o "sustenido e o bemol". A regra da fig. 6 é o metro, dividido segundo as integrais 10, 100, 1.000, 10.000, 100.000. O maior número determinado para todo o metro exerce uma função de integral, de unidade aritmológica, qualitativa, de universalidade numérica e aritmométrica. Representa todas as medidas em seu comprimento e o som fundamental chamado de tônico, sobre os sonômetros na corda "Ut".
Para a aplicação objetiva desse invento, usa-se uma linha que é dividida esteticamente em tantos intervalos ou Unhas secundárias como a primeira integral que comanda os sons musicais seriados.
O metro tem assim um sentido lógico, um sentido qualitativo definido e não somente um sentido físico ou qualitativo. Quando sua integral comanda numa extremidade, o comprimento vezes 10, na outra extremidade marcará zero ou ponto final da série, e por cima do zero marca em decímetros, quer dizer, o incremento da integral 10.
Da mesma forma para 100, 1.000, 10.000, 100.000. Neste último caso, 100.000, estará na extremidade que se chamará de grave; o incremento da aguda será de 1/100.000 do metro. E nessa aplicação, seria 1/100.000 de linha estética, se o metro disposto com essa integral pudesse ser assimilado a um sonômetro, quer dizer, se entre as 22 cordas enearmônicas tivesse uma que fosse suscetível da mesma integral: 100.000. Lendo-se esse número sobre o padrão da figura 4, série verbal cotada à esquerda, vê-se que comanda a corda e, nessa aplicação, a linha Ré bemol. Ut retrocedeu no metro de 1,08 m, quer dizer, a sua integral enearmônica 108.000.
Esse retrocesso no sentido do grave foi necessário como veremos, pois da relação Ut 108 Ré bemol, 100 = 27 : 25. Todos os números da escala dos 22, série verbal, encaixam-se assim, sem exceção de fração nenhuma, com as divisões correspondentes do metro. Em conseqüência, o metro corresponde exatamente à corda ou à linha de Ré bemol, que provém ao mesmo tempo de um sonômetro e, em conseqüência, de um morfômetro estético, o que não caberia nunca, sem, essa invenção, sem esse padrão arqueométrico.
O aproveitamento, seja desta aplicação direta, seja de sua correspondência, tem um grande alcance prático.
A colocação na escala e no seu ponto é simplificada e facilitada com ele não só nas composições gráficas e plásticas, mas na sua execução industrial pelo empresário, mestre ou encarregado. Mais ainda, como a série verbal comanda a série 290 do lado direito, por inversão proporcional, esse padrão é exato não só pelas suas proporções, mas por todas as suas correspondências, permitindo retificar os sonômetros enquanto funcionam como instrumentos científicos.
As figuras 5, 7 e 8 mostram que fazem corresponder o comprimento de sua corda musical com o metro, e isso se dá quando essa corda é Ré bemol, em lugar de "Ut".
Porém, o som da corda métrica é ele mesmo, graças ao diapasão, que é um som fixo, como a própria corda, e não só proporcional. Por exemplo, o diapasão atual, baseado sobre o empirismo dos músicos e dos fabricantes de instrumentos musicais, é o Lá3, dando a seu intervalo ou a sua corda 862.2 vibrações e, em conseqüência, à tônica e à corda "Ul3" = 517,3 vibrações. Somente a leitura dessas cifras mostra que são empíricas; não poderia ser de outra forma, já que os estudiosos detiveram a evolução do agudo, a dos músicos, sem fazê-la regredir às suas correspondências exatas.
Além disso, todos os tratados de acústica e de sonometria concordam em dizer que esse diapasão é muito alto.
As relações entre o padrão e o Arqueômetro são:
1º) As notas musicais; 2º) Os números diatônicos; 3°) As correspondências dos diatônicos e dos enearmônicos; as correspondências do duplo círculo de 360° com a escala musical de Sol. Essas relações não batem com as outras séries equivalentes contidas no Arqueômetro; a relação das notas musicais se destaca e não há necessidade de demonstração. A relação dos números diatônicos está fixada na correspondência com as letras R, 200 + M, 40 = 240, número integra! da corda de Sol, série diatônica verbal. A correspondência do duplo círculo de 360° com a escala enearmônica de Sol é fixada pelo número 360 x 400, número da letra Th, a última dos alfabetos aritmológicos, utilizados sobre o Arqueômetro. Esses alfabetos têm 22 letras, que são 22 números, como a escala enearmônica tem 22 intervalos, 22 cordas ou 22 linhas comandadas pelos 22 números; 360 x 400 = 144.000, corda enearmônica de Sol.
O sentido lógico da série verbal corresponde diretamente ao sentido métrico, do maior ao menor número. O sentido da série física procede paralelamente, porém invertido, do menor ao maior número.
A linha do eixo f, traçada sobre as réguas musicais, figuras 4, 5,7 e 8. representa a corda métrica, já que estas réguas proporcionais são sonômetros. Porém, elas representam também a linha estética, já que estes mesmos instrumentos constituem réguas proporcionais estéticas. Neste caso, dispomos de uma ranhura seguindo a linha do eixo, de forma que a régua possa ser apagada nela e que a ponta de um lápis ou de um "tira linhas" possa deslizar-se facilmente por ela;
Assim, o artista, tendo escolhido seus intervalos musicais, poderá traçá-los, como se indicará, em linhas proporcionais segundo os números que presidem esses intervalos.
A seguir, resta somente combinar essas relações lineares simples, observando sua harmonia aritmológica, aritmométrica e conseqüentemente morfológica. Essas réguas podem ser, era princípio, de substâncias transparentes ou translúcidas, embutidas ou não. como o vidro temperado ou qualquer outro material. Além disso, esses metros podem ser articulados musicalmente, de forma que se dobrem segundo as divisões musicais. Por último, podem ser com réguas deslizantes, como as "réguas de cálculo", de modo que cada um dos 22 intervalos ou de suas oitavas constitui uma régua proporcional modal, segundo o seu número. Por último, estas podem ser montadas sobre um mecanismo que permita combiná-las em tês ou em polígonos.
Após termos explicado a construção dessas regras, passemos à aplicação do padrão, que será semelhante para todas as réguas sonométricas. Essa aplicação é válida para a arquitetura, para todas as artes e ofícios, suscetíveis de entrar harmoniosamente em toda síntese monumental e de acompanhá-la ou dimensioná-la, como a ornamentação, caixilhos, serralheria artística, móveis, afrescos, mosaicos, vitrais. estátuas, cerâmica, orfebreria, tintura, tapetes, panos, vestimentas, jóias, parques e jardins, mármores, túmulos, etc.
Os quatro exemplos que seguem de um único estilo são: a elevação e a planta de uma capela, figuras 9 e 10; uma caixa, figura 11; um armário, figura 12; um vaso, figura 13. Para cada exemplo, adotamos predominantemente as três notas melódicas: Lá, Ut e Ré, escolhidas sobre o Arqueômetro, figura 2, e correspondentes às letras M, Re H, sem prejuízo de seu acompanhamento harmônico, segundo o modo de sua tônica. Para a primeira posição dessas três notas, a tônica é Lá. Deduz-se, então, que a régua musical de Lá, em sua correspondência sobre o padrão, figura 4, é adaptada para a linha e a régua estética (AA' - A'A) de altura, ver figura 4. Toma-se sua oitava, sua metade, a linha e a régua (BB' - B'B) correspondente a essa oitava, que é adaptada como largura com o nome de Lá2. Essas linhas ou réguas são reduzidas a um quarto nos quatro exemplos.
Fazendo-se a continuação, desliza-se o lápis, seja na ranhura f, seja ao logo dessas réguas, manifestando-se os intervalos por pontos e linhas.
Seja, por exemplo, as figuras 9 e 10. E a fachada de uma Capeia, conforme o estilo dado pelas notas adotadas e, em conseqüência, por seus intervalos e linhas. AA' é, pois, a corda vertical de altura, disposta com seus intervalos; seu sentido vertical procede de cima para baixo, do grave para o agudo, dos intervalos maiores aos menores. Dessa forma, a multiplicação das oitavas no agudo aproxima cada vez mais os intervalos e permite destacar a moldura da parte inferior, da base das colunas, das portas, etc. A'A, lado oposto, é essa mesma corda ou régua no sentido contrário.
Pelo mesmo procedimento que para a corda AA', são obtidas as molduras da parte superior. Essa corda, como inversão da primeira, a das harmônicas, morfológicas, segundo as leis que comandam essas mesmas harmônicas, expressadas em sons, sobre a corda sonora. As linhas horizontais indicadas por traços finos têm sido prolongadas, a propósito, até os intervalos que as geravam sobre as cordas ou réguas verticais, a fim de mostrar melhor essas correspondências. Sendo assim reguladas as proporções de altura, passamos às proporções de largura. Aqui também se utiliza uma só e única corda, a de LÁ2, metade ou oitava da que a precede, com a mesma inversão que acima. A corda horizontal ou régua BB', na base, tem seu sentido da direita para a esquerda. A corda B'B, no topo, tem seu sentido da direita à esquerda.
Aqui novamente e pelo mesmo procedimento anterior, as linhas melódicas se enriquecem com seus harmônicos. Por último, o entrecruzamento de todas essas linhas horizontais e verticais combinadas dará o gráfico musical, no qual se desenha o monumento. Por esse processo tão simples, a obra de arte está conforme as leis científicas das proporções, já que a morfologia dessas leis é a expressão exata de sua aritmologia.
O gráfico que precede determina um gênero, o das linhas e cordas em repouso, que chamamos de inerte.
Para animar esse gênero, faz-se vibrar estas cordas ou linhas. Nos exemplos escolhidos, o retângulo tem como correspondência a vibração de meio ponto. É por isso que em cada corda, grande ou pequena, o diâmetro provém do círculo de sua vibração. Essas vibrações, bem como suas cordas, são musicalmente proporcionais nelas mesmas e em suas combinações.
Obtemos, assim, como o que concerne às linhas ou cordas em repouso, a música morfológica do conjunto e de todos os detalhes no conjunto. Porém, o acorde Ut-Ré-Lá, seus números e seus intervalos são suscetíveis de três posições, conforme as leis musicais. Os exemplos das figuras 9, 10, 11, 12 e 13 nos dão uma que é suficiente para provar as outras duas. Quanto ao acompanhamento harmônico desse acorde, efetua-se em seu modo tônico, segundo o exemplo adotado para a demonstração, e as linhas proporcionais que resultam disso são obtidas e tratadas corno anteriormente.
A mesma forma de operar, a mesma posição, o mesmo estilo para a caixa (fig. 11), o armário (fig. 12) e o vaso (fig. 13).
Os 22 intervalos das várias formas ou linhas proporcionais de beleza, segundo as mesmas leis aritmológicas que os 22 sons, têm como eles um número quase infinito de combinações científicas possíveis. São todos esses novos recursos que a aplicação da régua musical fornece à arquitetura, a todas as artes e ofícios acima mencionados.
Os exemplos que apontamos anteriormente correspondem à composição artística. Quanto à sua execução pela mão-de-obra, pela indústria, a redução ao quarto, assinalado acima, permite perceber a simplificação que nos fornecem esses instrumentos para o dimensionamento, por maior que seja, que é dado pela relação exata com o metro, pelo padrão arqueométrico.
No que se refere a correspondência musical das cores com as formas, poderá ser obtida no Arqueômetro cromático da figura 1:
H, Lá = violeta: Azul 60
Vermelho 60
R, Ut = laranja: Amarelo 60
Vermelho 60
M, Ré = Verde: Azul 60
Amarelo 60
E assim sucessivamente para todas as outras notas e correspondências arqueométricas. A figura 3 representa um transferidor de 120°, impresso sobre substância transparente ou translúcida.
Esse transferidor serve para determinar as proporções harmônicas exatas das cores fundamentais que devem entrar numa mistura correspondente a uma determinada harmonia desejada. Esse transferidor é colocado sobre o Arqueômetro cromático (fig. 1), coincidindo seus centros de forma que um dos raios externos seja bissetriz dos ângulos e polígonos de duas cores fundamentais, das quais se quer conhecer sua mistura harmônica.
Por procuração de Saint-Yves
MAULVAULT

O Padrão
1. sonometria dos números da palavra sagrada. Série Verbal. Série Física. - 2. Padrão e Derivados. - 3. Diatonia Heptacorde. - 4. Octocorde, - 5. Cromatismo Simples. - 6, Cromatismo Duplo. - 7. Cromatismo Múltiplo.

Recorramos agora ao nosso segundo instrumento de precisão, o padrão, a régua musical do Arqueômetro,
A seguir sua descrição sucinta:
Compõe-se de uma linha métrica de 1,44 cm marcada transversalmente por divisões, que chamamos de intervalos. Essas divisões são específicas para os números que têm, por um lado, o nome de Série Verbal e, pelo outro, o nome de Série Física.
A Série Verbal é a língua dos números, sua música universal.
As cifras da Série Física são sua inversão proporcional, que permite todos os cálculos possíveis das vibrações,
Esse duplo sistema fornecido pelo Arqueômetro confirma o sistema dos físicos baseado nos números simples e em suas relações, igualmente simples.
E assim, conforme a ciência moderna e, ao mesmo tempo, a revelação cristã, de onde saem as referencias aritmológicas e aritmométricas, dos 144.000 números da aritmologia musical e os 144 números da metrologia correspondente.
A metrologia do padrão musical segue a mesma linha que sua aritmologia. Parte do maior comprimento da unidade qualitativa mensurável, como a aritmologia parte do maior número, que tem a função de unidade qualitativa da universalidade, especificando verbalmente a série.
Unia simples leitura mostrará que esse padrão determina no metro a corda Ré b, e desta forma toda a série verbal dos números se encaixa exatamente na numeração e nas medidas do sistema francês, o que não acontece com nenhuma outra régua sonométrica.
Sobretudo, integra-se ao metro a corda de "Ut" e sua régua não é correspondente, sua presença no metro ao lado dessa régua sonométrica de "Ut" foi mais para incomodar do que para servir à observação, ã experiência e ao cálculo, no que concerne à sonometria desde o duplo ponto de vista verbal ou musical e físico ou vibratório.
Poderá ser lido sobre o padrão que a posição exata da corda de "Ut" responde a 1,08 m. Assim, Ré b 1,00 m, e o padrão mostra essa divisão exata. Por sua vez:
"Ut" = 1,08 m e o padrão leva essa divisão até 1 m 08,000.


Toda a Aritmologia musical está, portanto, em correspondência exata com o sistema métrico decimal francês.
O padrão do Arqueômetro é, a este título, suscetível de reduzir à unidade de sua universalidade todos os sistemas do mundo. Porém, temos que nos limitar à aplicação objeto da presente exposição.
Como o número verbaliza o intervalo e este, a forma, é facilmente compreensível a maneira como é feita a transposição da melodia e da harmonia nominal da língua aritmológica, na língua morfológica.
Lemos sobre o padrão o número 240, que inicia uma série válida:
600 x 240 = 144.000
Duzentos e quarenta é o gerador de uma série de XII sons, VIII diatônicos, IV cromáticos; e é específico da corda de Sol que corresponde à letra 1.
Imediatamente depois de 240, a nota Sol tem sua segunda diatônica, a 216, que será uma de nossas cordas.
Em seguida encontramos 180, "Ut", e a 160, Ré, nossas outras duas cordas.
Temos, assim, as séries harmônicas determinadas pela melodia, relativas aos dois gêneros: diatônico e cromático.
Mas, se queremos usar em lugar de VIII ou de XII números musicais à nossa disposição todos os do sistema trinitário que se chama de enarmônico, será lida com a mesma facilidade essa enarmonia em nosso padrão. Ela é o resultado da multiplicação de cada número diatônico bequadro.
1º por 600 = 24 x 25;
2º por 625 = 25 x 25 para obter um bemol;
3º por 576 = 24 x 24 para obter o sustenido.

É por essa razão que lemos sobre a série verbal do padrão:
Sol = 240 x 600 = 144.000
Lá = 216 x 600 = 129.600
Ut = 180 x 600 = 108.000
Ré = 160 x 600 = 96.000

e assim sucessivamente.
As divisões correspondentes do padrão permitem utilizar todos os gêneros musicais possíveis, sejam diatônicos, cromáticos, enarmônicos, e transferi-los para a língua das formas pelos seus intervalos equivalentes.
O número 144.000 é o único que pode dar a enarmonia da corda de Sol, e é litúrgico na revelação cristã. É o número que São João atribui ao sistema musical celeste, como seu selo aritmológico.
O número 144 é aquele que determina a unidade de medida morfológica. É por isso que o padrão leva essa referência de 144.000 como aritmologia e de 144 ou l m 44 cm como metrologia.
Temos procurado estas correspondências da ciência e da religião, que foram colocadas sobre o Arqueômetro e no padrão.
XXII Letras da palavra sagrada.
XXII Números da palavra sagrada.
XXII Intervalos métricos da palavra sagrada.
XXII Sons da faixa enarmônica.
XXII Cores correspondentes.
... etc, ... etc.
Esses são os cinco alfabetos das cinco línguas da palavra sagrada que o Arqueômetro e seu padrão permitem aplicar à Arquitetura e a todas as artes e ofícios estéticos.
As combinações enarmônicas de beleza com as quais dotamos as Artes se elevam a uma cifra formidável:
5.842.587.018.385.982.521.381.124.421
Seriam necessários 9 sistilhões de anos de 12 horas de trabalho diário para escrevê-las em notas musicais
Porém, na língua das formas lógicas, que constituímos aqui, temos ainda que cubicar esse número de combinações possíveis do alfabeto musical das formas; e novamente o cubo convém somente à morfologia poligonal mais simples.
Porém, a fecundidade da ciência arqueométrica, aplicada à arte, não pára aí.
O padrão sobre sua linha metrológica, e em combinação com as XXII cordas musicais que contém, não dá a morfologia harmônica mas só as formas retilíneas e poligonais. É isso que chamaremos de o gênero arquitetônico cristalino ou armação musical, porém, fazendo vibrar essas linhas como tantas outras cordas de harpa ou de citara.
As cordas ou as linhas, simples ou combinadas, armam-se musicalmente de arcos proporcionais à espécie morfológica que comanda a série e os diferentes estilos que ela comporta.
Toda a ornamentação é especificada dessa forma, de acordo com a espécie e seus diferentes estilos, e não existe nada que destoe, que não concorde, que não seja lógico e harmônico, desde o conjunto até os menores detalhes; nada que o Verbo não dê ao espírito humano a causa e a razão exatas de toda beleza e de toda harmonia de belezas. É a isso que chamamos de gênero vivo ou orgânico, a transformação do cristalino inerte em animado.
É por isso que, em relação à série verbal dos números, encontra-se a série física e inversamente proporcional das cifras, que permitem o cálculo das vibrações, no caso de utilizar o padrão como sonômetro.
Com respeito às vibrações morfológicas, voltando ao trabalho estético tão exato e simples quanto possível, pela lei que formulamos no parágrafo anterior, o arco é proporcional à espécie e aos diferentes estilos que ela contém.
Os exemplos facilitarão a compreensão do que precede.
Antes de mais nada, insistimos em mostrar exaustivamente que a equivalência da forma e do número é um fato e uma lei do Verbo.
O padrão tem demonstrado suas equivalências tanto nos intervalos como nos números, que foram confirmados e corroborados pelas placas vibrantes
1º) Equivalência do. círculo e do número zodiacal XII.
Seja uma placa circular borrifada com pó de licopódior bem nivelado: a vibração revelará um sistema de formas chamadas de Ventres e Nós, marcados com o número duodecimal e seus múltiplos. A equivalência do número zodiacal XII e da forma circular é confirmada como a palavra legislativa do Verbo.
A própria gota de água considerada como uma superfície circular mostra, sob a influência de um congelamento (um floco de neve, por exemplo), um sistema cristalino poligonal que vai do triângulo eqüilátero à combinação de dois, e depois de quatro trígonos da mesma natureza, onde os ângulos estarão situados sucessivamente a 180, a 60 e a 30° uns dos outros. É a definição do círculo zodiacal pelos polígonos regulares inscritos.
É por essa razão que adotamos no Arqueômetro a forma zodiacal para o círculo, e os triângulos eqüiláteros para definir essa forma.
O princípio verbal da Morfologia e da Arquitécnica se fundamenta nestes fatos ou gráficos de leis. A forma está presente, como sempre, em função dos equivalentes dos números.
Tomando uma placa vibrante em forma de triângulo eqüilátero, que é equivalente ao número 3 bem como ao círculo, por sua vez, é equivalente ao número 12. Segundo a lei das interioridades numéricas, 3 contém 2 + 1 que, somado a ele mesmo, dará 6. A placa vibrante do triângulo eqüilátero dará efetivamente 6 estrelas hexagonais. A interioridade de 6 acrescentada a si mesma dará 21. A mesma placa vibrante dará igualmente 21 círculos, semicírculos e terços de círculos.
Esses exemplos bastam para demonstrar a equivalência da Aritmologia e da Morfologia e o valor científico do Arqueômetro e de seu padrão musical aplicado à Arquitetura.
Tornemos às nossas demonstrações.
Os 3 modos melódicos do nome de Maria são suscetíveis de 3 posições de acordo com as regras conhecidas da música, porém esses sons não têm essa qualidade verbal tríplice, somente em função dos números.
1º. 216 180 160 - (54 45 40)
2º. 180 160 108 - (45 40 27)
3º. 160 108 90 - (80 54 45)

Adotaremos aqui, para que a demonstração seja simples e fácil, Lá1, 216, sobre Lá2, 108, entendendo-se que neste intervalo de oitava, os da terceira menor "Ut", 180, e da quarta Ré, 160, terão que pronunciar as outras letras do nome.
Tomaremos, assim, uma das 3 posições como exemplo e essa nos dará 5 estilos.
Removemos da régua mãe duas réguas secundárias ou cordas, Lá e sua oitava.
A seguir as colocamos em "Te", depois de graduá-las em séries modais de acordo com o padrão musical e seu sistema diatônico.
A oitava 108 servirá como base de linha horizontal e de largura; a corda servirá como altura e eixo de simetria. Perceberemos que nossas cordas, que não combinam, são tríplices.
Uma dará o alcance adotado, a outra dará a sua inversão, que permite mostrar os harmônicos correspondentes morfológicos, as consoantes.

Por último, a corda ou linha métrica do meio reúne todos esses intervalos, que se chamam arpejos, como quando se esfrega levemente com a polpa dos dedos as cordas de uma citara; do ponto de vista morfológico, os nomes das consoantes emitem acordes de sons harmônicos.
Sobre esses simples dados, a espécie musical adotada, isto é, Lá1 sobre La2, 216 sobre 108, gerará cinco gêneros ou estilos.
Vimos as cordas ou linhas metrológicas gerarem o "Te", este por sua vez gera um quadrilátero que, por fim, gera cinco triângulos diferentes.
Esses cinco triângulos que chamamos de "frontões" geram cinco estilos, os quais são semelhantes aos usados pelos gregos. Por serem esses dois estilos quase semelhantes, daremos apenas um exemplo deles.
Primeiro estilo - Aponta para o grego, sem imitá-lo, pois o método elimina até a possibilidade da imitação, porque é diretamente lógico, verbal e musicalmente sistemático. Na vinheta colocada ao pé da figura do edifício, é marcado seu estilo.
A primeira figura dá a armação musical de acordo com o gênero cristalino inerte que aponta a base e a altura comuns aos quatro exemplos, com a diferença específica da triangulação marcada sobre a vinheta.
Não há necessidade de registrar as proporções musicais dadas, pela facilidade da leitura do próprio desenho do exemplo.
A corda de "Ut" e a de Ré cantam sua música de formas nos pontos marcados sobre a régua, e o modo harmônico de Lá acompanha e resolve essa melodia.
A próxima figura indica a passagem desse gênero de estilo cristalino ao gênero animado, do qual é suscetível pela combinação dos arcos de círculos ou vibrações de acordo com a sua triangulação.
3º estilo - as mesmas observações.
4º estilo - as mesmas observações.
5° estilo - as mesmas observações.

Assim, com uma única posição, obtemos cinco estilos e podemos utilizar as três posições que nos darão 15 estilos. Indicamos também o aumento das oitavas sobre a corda vertical, que permite arremessar ou multiplicar novamente cada estilo.
É oportuno mencionar que o sujeito tratado segundo o mesmo princípio e as mesmas leis, mas inversamente, pode dar-nos a pronunciação do mesmo nome em arquitetura mundana, como chalés, castelos, hotéis, palácios, o que nos leva a gerar mais 30 estilos de uma espécie única, especificada por um único nome.
Advertimos também que, ao estudar esses exemplos que o caráter da animação, da elegância e da exaltação sagrada ascende gradualmente do primeiro estilo ao quinto da mesma forma que os dois primeiros representam os gregos, o terceiro aponta os romanos, o quarto, o estilo gótico, e o quinto ultrapassa o que estava no estado de aspiração e de inspiração nas formas clássicas dos três precedentes.
Mais ainda, após o grego, que é como a infância e o balbuciar da arte arquitetônica, vemos os outros três estilos utilizar as colunas, porém de forma bem diferente. Não consiste neles uma decoração de beirais, alheios ao edifício, mas um componente arquitetônico real de suporte.
No sistema clássico, a coroa e o entablamento formam por si só a ordem arquitetônica. Mesmo assim, não pertence nem a esta última, nem à construção da qual ela é inseparável. Porém, essa mesma ordem, variável em nosso sistema de acordo com a infinidade de espécies e estilos, volta a entrar como parte integrante do conjunto arquitetônico e em toda a construção.
Isso é claramente visível no terceiro estilo, e muito mais no quarto e no quinto.
Arqueômetro Regulador

Não queríamos interromper a aplicação do nosso padrão. Porém, antes de transformar as cordas do gênero cristalino em gênero vivo (animado) por meio das vibrações proporcionais, controlaremos mais uma vez esta armação harmônica, colocando-a sobre o Arqueômetro.
A seguir, a descrição desse controle, sobre a figura correspondente.
O plano ocupa a parte central do círculo arqueométrico, de forma que se desenvolve o edifício em duas frentes e em dois cortes.
1º - A vista da fachada ao Norte;
2º - A vista da parte de trás ao Sul;
3º - O corte do fundo a Leste;
4º - O corte lateral a Oeste.

Dessa forma se obtém a verificação completa da harmonia de todo o edifício e de todas as suas partes em relação ao plano.
Enfim, o pequeno círculo interior, que está no centro do plano, indica o módulo.
Porém, isso não se aplica somente, como na arte grega, a decoração externa, designada com o nome de ordem, quer dizer, as colunas e o entablamento de um beiral ou de um peristilo.
Nosso módulo convém a todo edifício musical, que é inseparável da construção e de cada membro dessa síntese harmônica das formas.
Assim, depois de haver utilizado o Arqueômetro como revelador, utilizaremo-no ainda como regulador.
Daremos somente um único exemplo do controle arqueométrico, a fim de não prolongar inutilmente esta descrição.
O Arqueômetro Revelador nos dá as correspondências do nome de Maria pronunciado em capelas, tanto musical como morfologicamente, por transposições sobre o padrão. Da mesma forma, esses dois instrumentos de precisão nos dão uma das catedrais do mesmo nome.
Em virtude do mesmo princípio, das mesmas leis e dos mesmos instrumentos, obtemos assim uma catedral do Verbo Jesus.
Acrescentamos a ela uma igreja-abadia, criada da mesma maneira, mas sem a preocupação da palavra, a fim de mostrar que podemos utilizar diretamente a língua musical das formas.
Mas, pelo simples fato de que ela é a língua equivalente, dá-nos neste exemplo uma referência nominal.
Entenda-se bem que essas catedrais e essa igreja não são mais do que um dos 15 exemplos que poderiam ser dados a cada uma, sem prejuízo dos outros 15 monumentos semimundanos, tais como palácios pontificais ou episcopais, seminários, universidades, escolas, hospícios, conventos, teatros religiosos, etc.

Um exemplo detalhado vale mais do que muitos desenvolvimentos teóricos para mostrar a aplicação dos princípios dados pelo Arqueômetro.
Eis o motivo pelo qual daremos uma série de lâminas, graciosamente transmitidas por M. Gougy e que mostram em detalhe a adaptação à arquitetura do acorde Lá, Ut, Mi.
A Grande Chapelle, estilo ogival correspondente a esse acorde, é apresentada sob todos os aspectos nas oito lâminas seguintes, e estamos convencidos de que o estudo destas figuras interessará a todos os arquitetos e aficionados pela arte.
Lembremos que, graças ao Arqueômetro, todos os objetos contidos na capela, assim como os vitrais e a decoração, foram adaptados exatamente às notas, quer dizer, às letras e ao nome que materializa a capela.
O estilo de cada objeto e a cor mudam com cada nome divino.
Para as cores, a gama colorida e as bandeiras indicarão essas relações.


VASOS
Quanto aos objetos que podem entrar no edifício sagrado em consonância morfológica com sua harmonia, limitaremos nossos exemplos à orfebreria relativa aos vasos.

Aí também uma única espécie, uma só posição, mais suscetível de três estilos, dará cinco estilos, entre os quais quatro serão claros.
A mesma coisa acontece para todos os outros objetos estéticos designados em §.
COLUNAS
Temos ainda que apresentar uma última prova: a obtenção das colunas e do espaço entre colunas, segundo o sistema arqueométrico e conforme o módulo do conjunto.



Arqueômetro Cromológico


1. Cromologia da Palavra Sagrada, as Três Cores. - 2. A Héxada dos Solstícios Divinos. 3. A Héxada dos Equinócios Angelicais. - 4. A Síntese Ondulatória, Complemento da Análise por Radiações, - 5. Cronometria Arqueométrica. - 6. A Faixa e o Modo da Música Cromática: Diatonia. - 7. A Faixa e os Modos da Música Cromática: Cromatismo e Enhar.

Para obter a língua das cores equivalente aos diferentes signos funcionais da palavra, nós usamos dois instrumentos:
1º - O Arqueômetro cromológico.
2° - Seu transportador, seção de sua área de graus.

O Arqueômetro cromático e cromológico está conforme o sistema de Chevreul, relativo à seqüência das cores sobre o círculo cromático, mas difere dele nos seguintes pontos:
O círculo cromático de Chevreul não mostra a geração das cores por recobrimento de superfície, nem por proporções matemáticas. Não pode fazer isso porque atribui para essas mesmas cores e para correspondências geométricas os raios e não os polígonos inscritos.
Portanto, o raio não está em correspondência métrica com a circunferência senão por aproximação, e não por correspondência morfológica. Por si só não é gerador de formas; não faz com que o círculo fale. De tal forma que para obter lei aproximada de n teve de proceder empiricamente com polígonos inscritos.
Para obter a morfologia, a palavra das formas, no circulo, é necessário recorrer às correspondências do raio com os polígonos regulares inscritos. E necessário tomar como modelo a gota d'água e sua cristalização.
O primeiro polígono que dá esta Palavra é o hexágono. A análise deste é feita por meio de dois triângulos eqüiláteros inscritos, nos quais cada ângulo está situado a 60° do mais próximo. A corda do arco de 60° é igual ao seu raio.
Se dobramos a estrela hexagonal, de tal forma que os ângulos consecutivos estejam situados a 30° um do outro, quer dizer, ao serem inscritos nessas condições 4 triângulos eqüilaterais, gerarão, por suas interferências, 3 quadrados, cujo lado por sua vez é igual ao raio.
Temos então, desta forma, o Princípio e a Lei Tríplice da Palavra das formas definidas pelos polígonos inscritos em sua relação com o raio.
Existe aí uma primeira diferença fundamental entre o círculo cromático de Chevreul e aquele do Arqueômetro que é morfológico.
A segunda é que o círculo cromático de Chevreul não dá as cores puras, mas reduzidas por uma mistura sucessiva e proporcional do branco e do negro.
A prova do fato da correspondência das cores com as formas se dá pela rotação.
Se fazemos girar sobre seu centro, o círculo cromático de Chevreul mostrará, como o disco de Newton, a anulação de todas as cores entre elas, em proveito de um branco acinzentado.
Pelo contrário, se fazemos girar o Arqueômetro cromático, veremos as cores compor-se musicalmente entre elas, animarem-se mutuamente; e, sobre esse fundo, o raio fotogênico, o amarelo, afirmando-se com um poder tal, que parecia não possuir quando o círculo arqueométrico estava em repouso.
Armado com o primeiro triângulo Norte, cujos ângulos estão situados a 120° um do outro, o Arqueômetro dará então o princípio tríplice, cromático e cromométrico, então, Azul, 120, Amarelo, 120, Vermelho, 120.
Armado com os dois triângulos Norte, Sul, dará estas três cores mais sua mistura em partes iguais, de acordo com três pares e posições:
1º. 60° azuis ; 2º. 60° amarelos ; 3º. 60° vermelhos
60° amarelos 60º vermelhos 60° azuis

Além dos precedentes, armam-se com um par do triângulos Oeste. Leste, que dá a mistura dos três pares de cores primárias nas proporções de 30/90, 60/60 e 90/30. Estas são as cores zodiacais.
Estas, por sua vez, se inscrevem por si mesmas suas misturas interferenciais, as que recobrem as interseções dos triângulos eqüiláteros.
Essas cores interferenciais já não são zodiacais, mas simplesmente horárias e combinadas. Unidas às 12 zodiacais darão um total de 48 cores.
Pode-se também obter os horários dobrando o número dos triângulos eqüiláteros que definem o Zodíaco, porém, então, as interferências unidas às 24 cores darão 168 cores.
Para montar o Arqueômetro em decanatos cromáticos, são necessários 12 triângulos eqüiláteros; porém, as interferências unidas aos 36 ângulos darão um total de 360 cores.
Nenhuma destas cores é rebaixada; todas são consideradas primárias. Para rebaixá-las, recorremos ao sistema de Chevreul.
A 180° de distância, quer dizer, em pontos opostos, cada par de cores arqueométricas é complementar.
O raio ou o diâmetro, figurado no pequeno círculo central do Arqueômetro, assinala esta homologia.
Estando marcadas sobre o Arqueômetro as outras correspondências da linguagem, não precisamos mais insistir neste tema.
Cada série ou linguagem de equivalentes arqueométricos constitui uma classificação cromática que falta nas artes e ofícios que fabricam e utilizam as cores, apesar dos esforços de Chevreul de tentar fazer cessar essa confusão e a anarquia de suas nomenclaturas.
O Arqueômetro oferece tantos elementos de classificação como se fecha sobre os equivalentes da palavra.
Mas, da mesma forma como foi dobrado, junto com seu padrão em relação à Aritmologia e à Morfologia, dobramos com um segmento de seu duplo transportador de graus, no que concerne à cromologia. Temos, assim, uma nova classificação segundo os graus, seus números e os segmentos proporcionais.
Transportador de Graus
Esse instrumento de precisão é composto de um segmento arqueométrico de 120°, quer dizer, do espaço compreendido entre duas cores primárias sobre o trígono do Verbo.
A graduação, como a da dupla zona dos graus do Arqueômetro, segue uma dupla marcha.
Dessa forma, a composição das cores combinadas verifica-se por dois números que dão a proporção das misturas das cores primárias (Mãe); o total é sempre 120.
Impresso sobre um material transparente ou translúcido, este duplo transportador deve ser colocado sobre o Arqueômetro cromático,
Os centros dos dois instrumentos devem coincidir. Os dois raios do extremo do transportador devem ser bissetrizes dos ângulos e polígonos arqueométricos que levam as duas cores fundamentais, daqueles que se quer conhecer, governar e usar as combinações matemáticas.
O setor é dividido em três zonas concêntricas.
Um tem o nome de zodiacal, a outra de Horária, e a terceira de Decânica.
Em conseqüência, o instrumento permite ler:
Cada par de cores primárias a 120°.
A geração de sua primeira mistura em partes iguais ou 60/60.
Este, 60/60, voltando a entrar no sistema zodiacal, não tem sido objeto de uma zona à parte.
De uma cor primária a outra situada a 120°, a zona zodiacal mostra três misturas na proporção de 90/30, 60/60, 30/90, quer dizer, com as interferências dará 48 cores.
Os raios que indicam essas cores na área zodiacal do transportador são bissetrizes dos Ângulos do polígono que recobrem.
Da mesma forma para a zona Horária, de acordo com os números 105/15, 90/30, 75/45, 60/60, 45/75, 30/90, 15/105, ou seja, com as interferências, 168 cores.
As mesmas observações para a zona Decânica e seus números, sendo armado o Arqueômetro com 12 triângulos e um círculo cromológico de 36 cores, que dará com as interferências um conjunto de 360 cores.
A classificação da cores se resume assim, na prática de nossos dois instrumentos:

Nomenclatura aritmética das cores pelo duplo transportador dos graus.
Do azul ao amarelo, série dos verdes.
Zona Zodiacal: azul/amarelo, 90/30, 60/60, 30/90
Zona Horária: azul/amarelo, 15/105, 30/90, 45/75, 60/60, 75/45, 90/30, 105/15.
Área Decânica: azul/amarelo, 110/10, 100/20, 90/30, 80/40, 70/ 50, 60/60, 50/70, 40/80, 30/90, 20/100, 10/110.
Do amarelo ao vermelho, série dos laranjas, as mesmas zonas e os mesmos números que apontamos antes.
Do vermelho ao azul, série dos violetas, mesmas zonas e mesmos números apontados.
Resta somente ao artista determinar seu azul, seu amarelo e seu vermelho de acordo com a potência que quer que o encubra, que comandará a seguir, bem como também suas misturas de acordo com os números obtidos anteriormente. Por fim, ele se servirá dos números de acordo com o transportador e as correspondências do Arqueômetro.
Retornemos agora para as correspondências cromológicas que concernem às nossas capelas.
As duas linhas extremas do transportador, colocadas sobre o Arqueômetro montado com o Zodíaco, serão bissetrizes do ângulo zodiacal azul e do ângulo zodíaco amarelo.
A cor da letra M será lida como verde zodiacal: 60 azul/60 amarelo.
As cores do nome de Maria, pertencente ao triângulo Sul, representam as três primeiras combinações diatônicas dos três raios primitivos do trígono Norte, aquele do Verbo Jesus.
Pertencem, então, ao sistema diatônico ou aos seis tons da gama marcada com o número 240 sobre este mesmo trígono.
Porém, essa faixa que comporta também 4 cromáticos ou 12 intervalos permite o acompanhamento da melodia: do nome, seja de acordo com a harmonia diatônica, seja conforme a harmonia zodiacal ou cromática.
As cores que formam a melodia do nome de Maria temos que acrescentar as que correspondem ã sua Assunção, como Virgem Mãe, Rainha do céu, dos anjos, dos patriarcas e dos santos.
Pode-se ler sobre o Arqueômetro que essa cor é o azul, equivalente cromático da sabedoria, da primeira letra do nome do Pai e do Filho, da corda celeste fundamental, do signo da Virgem, etc.
É a letra I do nome de Maria ascensionada pelo Verbo Jesus.

Música dos Sons

1. A Gênese e a Síntese Musical. - 2. A Música do Tempo. - 3. As Sete Regras Sonométricas. - 4. Os Sete Modos. - 5. O Triplo Modo Enarmônico dos Solstícios do Verbo. - 6. Os Quadrados dos Sete Intervalos, sua Notação em Cifras. - 7. Nova Escritura Cosmológica, Pentagrama de Sete Linhas.

Tudo que nós acabamos de dizer acerca da música, das formas e das cores aplica-se sobre os mesmos números para a música dos sons e suas correspondências com as outras línguas da Palavra.
É assim que toda língua sagrada ou litúrgica se transforma, sobre o Arqueômetro, em melodias que levam a impressão direta do gênio de cada língua.
O acompanhamento harmônico, de acordo com os números que regulam a melodia, pode ser feito conforme o sistema ocidental ou os sistemas orientais.
A Arqueometria e seu padrão musical assinalam todos para reintegrá-los no seu ponto de origem exato, no sistema universal e integral, no qual dão à sua Aritmologia e Sonometria.



















Não obstante, é bom indicar alguns dados, depois as tabelas arqueométricas proporcionais e finalmente as que são mais usadas nos meios europeus.
Podemos utilizá-las todas nos mesmos objetos, mesmo que sejam preferíveis aquelas que são exatas do duplo ponto de vista tanto religioso como científico.


Resumo
Esperamos ter demonstrado claramente que os três instrumentos que precedem, o Arqueômetro, o padrão Musical e o Transportador Graduado, são novos instrumentos que permitem todas as aplicações que descrevemos.
Cada um desses instrumentos pode ser empregado em sua totalidade ou de acordo com os elementos que ele contém.
Por exemplo, o Arqueômetro pode ser decomposto segundo suas diferentes montagens por zonas e polígonos, e essas armações podem ser multiplicadas em sistemas horários ou decânicos, simples, duplos, triplos, etc.
O mesmo instrumento pode ser dividido em segmentos, reduzidos em tabelas de correspondência, e essas mesmas tabelas divididas em fragmentos, de acordo com as letras, com os números ou com suas combinações.
O padrão por sua vez pode ser dividido em tantas réguas como cordas musicais e estas se combinaram em três, em ângulos, em esquadros, em paralelogramos, em frontões triangulares, etc.
Em resumo, o setor arqueométrico graduado pode ser o mesmo tanto aumentado ou diminuído, de acordo com a necessidade dos estudos e das aplicações.
Quanto às cores arqueométricas, podemos reduzi-ias em faixas, em séries harmônicas, e, por rotação, obter zonas musicais de novas cores desconhecidas nos sistemas atuais e cifráveis, de acordo com os números e as inúmeras combinações que são passíveis de serem feitas com os XXII intervalos.
Reservamos também a aplicação de padrão musical aos instrumentos de Sonometria.
A mesma reserva é possível em um sistema de motivos de barras móveis ou fixas à vontade, que podem ser adaptadas aos instrumentos de corda, tais como as cítaras.
Nessa adaptação, o estudo sonométrico fará corresponder as barras ou intervalos com os números dos quais se pretende estudar as séries, sejam simples ou comparativamente.


Conclusão
"Agora, em plena velhice, dando uma olhada retrospectiva sobre a longa trajetória de nosso dever cumprido, vemos, com uma grande paz de espírito e de consciência, que não nos desviamos nem nos nossos livros, nem nos nossos aíos públicos ou privados. Plaina sobre o desconhecimento e a calúnia, acima do desprezo, tão acima quanto a piedade divina, para esses desgraçados cegos, conduzidos cegamente ao Inferno humano que os irá engolir.
É esta mesma caridade que, apesar da mais cruel das perdas, apesar da idade, apesar das enfermidades, permite-nos terminar a obra que havíamos prometido ao divino Mestre empreender e, com sua ajuda, realizar.
A glória dela tem que ser creditada somente a Jesus Cristo, e nele, à alma angelical a qual estamos unidos e que a própria morte não poderá separar-nos."
Com essas palavras, o nosso Mestre termina o prefácio da "Sabedoria Verdadeira", que consiste no complemento lógico de sua admirável obra O Arqueômetro..
Da mesma forma, como o leitor estudioso pôde ter percebido, o Arqueômetro é, ames de mais nada, um manancial científico e positivo, fora de toda magia e dos grandes mistérios das antigas religiões. É também um maravilhoso instrumento de adaptação social, e temos a esperança certeira de que, depois de ter estudado o presente trabalho, o leitor ficará motivado a ler as admiráveis Missões de Saint-Yves, Mission des Juifs; Mission des Souverains; Mision des Français e, principalmente, Mission de la Inde.
Recomendamos muito particularmente aos espíritos elevados, o estudo de Theogonie des patriarcas, que trata da adaptação das chaves do Arqueômetro na tradução do Gênese de Moisés e do Evangelho de São João.
Existem algumas cópias de uma obra consagrada à adaptação musical do Arqueômetro e que formará o núcleo do segundo volume deste trabalho.
Ao lado do Arqueômetro, considerado como o fiel depositário de toda a sabedoria ancestral, pudemos apreciar os maravilhosos instrumentos derivados do Arqueômetro: em primeiro lugar, o padrão musical, do qual M. Gougy nos revela as admiráveis adaptações para uso na Arquitetura, evocando com nosso Mestre a música das formas, e, depois, o transportador estético e suas múltiplas aplicações.
Não podemos iludir-nos quanto ao trabalho necessário a ser feito para manejar com perícia e toda ciência desejável esse instrumento de transformação intelectual, religiosa e social que é o Arqueômetro.
Serão precisos, talvez, vinte ou trinta anos para que uma Universidade ou um homem genial redescubra o trabalho de Saint-Yves e renda a esse gênio a justiça que lhe é devida. Realmente, quando pensamos que Wronski também não obteve nenhuma recompensa aos seus longos anos de esforço, mergulhado na síntese, percebe-se o grande número de anos que será necessário para que o Arqueômetro seja julgado pelo seu justo valor.
Em nossa época de preguiça intelectual, em que somente os leitores rurais das províncias têm a tranqüilidade e a calma cerebrais necessárias para ler e meditar as obras técnicas, esta obra será considerada, sem dúvida, como um "sistema ideológico divertido" pelos críticos pressionados e forçados a dar contas cada semana de numerosas dúzias de obras novas. O que importa! Após muito trabalho, os "Amigos de Saint-Yves" têm conseguido publicar o trabalho do qual o Mestre consagrou mais de vinte anos de esforços ininterruptos.
Eles sabem que o Mestre e seu Anjo estão lado a lado, e que se certas obras sem raízes invisíveis podem desaparecer, o Arqueômetro é uma luz verdadeira à qual acorrerão muitas tochas, de forma aberta ou oculta, a solicitar o fogo libertador, que sempre deverá triunfar sobre trevas, em todos os planos.


HOME