Teogonia Androgonia Essência: IHoH
Marquês de Saint-Yves d'Alveydre




Existência: IPHo-ISho
Substância: ROuaH NiShAMaH hebreu HaMCnISHIN vattan e védico NePheSh hebreu ShaPhaN vattan e védico
ROuaH hebreu HaOuR vattan e védico

Nisso, corno sempre, temos que descartar as letras de pronúncia vulgar (comum). As que permanecem aqui são, como vimos anteriormente, comuns à Androgonia e à Teogonia.
Os dois primeiros hierogramas se apoiam na central solar N. Esta, pela Luz invisível e visível, prepara o Nó, opera a naturalização: NaT. - O .
Temos que assinalar também que NiShAMaH, tal como está escrito, tem como equivalente o número 396. Reflete, pois, ShOPh-Ya, na soma de seus números dados pelas letras de IPhO e de IShO. O controle do hebraico pelo vattan e o védico dá HaM-SHIM, pois não temos que considerar a transformação da M em N, de acordo com as regras da tabela eufónica do Ramayana; apenas uma questão de pronúncia que, por outro lado, não tem uma importância especial.
O duplo hierograma HAM e SHIN tem por número 45, de uma parte, e 360, da outra. Sua soma é o número 405 = 45 x 9. Quarenta e cinco é o número de Adão. Trezentos e sessenta é o número do espírito que preside à harmonia do tempo sem limites, o Ga-Na hebraico do Na-Ga védico. 360 = 45 x 8; 8 = H que governa Câncer, a Porta do Homem. É o H de Heva. 360 = 9 x 40 e 40 = M. Veremos, ao descrever a reforma de Krishna, a função desta última letra.
Todos esses fatos que o Arqueômetro torna experimentais, revelando suas Leis, lançam uma luz celestial no Mistério que expressa o grau da vida supereterna que somente é dada pela divina sabedoria da Santíssima Trindade.


SHIN, em todas as línguas do Oriente central e do Extremo Oriente, tais como tibetano, japonês e chinês, expressam o espírito enquanto ser vivente e existente na substância dos Céus fluidos e não astrais. Esses Céus fluidos são o Universo invisível. A atração universal vem por eles do ROuaH-ALHIM. Ela involuciona a massa evolutiva ou atração central de cada astro. Ela contém a tríplice soberania - lógica, harmônica e orgânica - de suas relações entre eles, quer dizer, das Leis que os regulam em conjunto.
Voltando agora ao termo hebraico que tem, por equivalente subordinante, o número 396 da sabedoria divina, não é indiferente ver que os Céus fluidos escritos assim: SheMAH-Im, dão também o número 396. E essa forma de escrever esse nome corresponde ao céu dos Céus, aquele do espírito puro, do ShIN de IShO, ou céu divino supra-etéreo. Esse céu, por estar sujeito ao ROuaH-HaOuR dos ALHIM, governa toda a enarmonia vista por São João, todo o cromatismo, toda a diatonia das Potências, das Forças orgânicas, que lhe são submetidas, e da astralidade, suporte ponderável destas forças. Dissemos ponderável, pois existem outros suportes ascendendo do céu astral ao céu fluido.
A observação e a experiência armada, como estão hoje em dia, não tardarão em descobrir que, em seus modos diretos, a energia se auto-sustenta de modo em modo, até os fundamentos que os englobam em sua universalidade, ascendendo do Individual para o Universal, da astralidade para o Éter e ainda mais para cima. De sorte que, nisso, como em tudo, temos que retornar â Essência absoluta, que constitui toda a existência relativa por sua Potência de existência e de substância que, dita de outra forma, é o suporte.
É isso precisamente que, de acordo com São João, disse-nos Moisés desde as suas primeiras palavras: "BRA-ShITh, o Princípio Hexadino, o suporte vivente da Héxada, o Criador dos Seis, da Sexta fenomênica, BRA criou os ALHIM, ATh-Ha-ShaMa-Im, Alma dos Céus fluidos e Ath-A-ReTs, alma da unidade e da universalidade gravitante". Pois A = 1, e ReTs significa: gravitar, correr em círculo; em sânscrito: StaR: estrela, astro, astralidade.


Agora, então, qual o Princípio do hexágono inscrito, e depois do círculo, se não for o trígono? Resulta disso e do que precede que os ALHIM estão para a Trindade como reflexão para a incidência; que são a alma lógica, harmônica e orgânica da dualidade do céu fluido e do céu gravitante; que são, enfim, a Realidade, a substância do primeiro e do último, até mesmo se a matéria, que parece servir de apoio à substância, recaísse no Caos primordial, no Tohij - amorfia - e no Bohu - inanidade nebulosa, inorgania.
Não podemos nos esquecer que os ALHIM operam de acordo com o ROuaH, o AH-OuRa do primeiro Zoroastro.
Não poderíamos provar que o Verbo definido pelo nome de Princípio Criador da divina héxada, o inspirador de Moisés, é o mesmo que Jesus. Como sempre, não ficaremos satisfeitos somente com a tradição de uma única Universidade.


O nome dado pela infanta egípcia a Moisés engloba, como vimos, o nome do Jesus M-OUSHI, ISHO. Se os rabinos não puderam encontrá-lo na escrita habitual do nome de Moisés, MOShE, é porque eles ignoravam a separação da Chave de 5,36 dada por Daniel em várias palavras cujo significado precisava ser ocultado. Em hebraico, porém, essa Chave é dada em outro hierograma: MOUShI-Wo, o Libertador. Moisés foi realmente o libertador, não tanto dos judeus, mas da ortodoxia patriarcal, na qual impôs o Selo divino em nome de Jesus.
O Talmud e a Qabbalah chamam o Inspirador celestial de Moisés com o nome de Moetatron, mas isso não é mais do que um véu do nome verdadeiro. A pronúncia realmente foi alterada, afetando as interpretações dos povos árabes e judeus no som do "e", em certas posições da letra "a"; como em Alhim pronunciado Elohim; porém, escrito desta forma: MAeTATRON = 316 = ISHO. Os rabinos têm procurado em vão por toda a parte a etimologia de Matatron; está no sânscrito MATA, Matesis. TRON, Tràna, salvador e salvação.
A correspondência dos termos com os números sobreviveu à divisão das línguas. Por exemplo: M = 40, pronunciado MA, significa a água em vattan, em védico e em muitas outras línguas orientais. No extremo Ocidente, entre os incas, ATL = 40, raiz do termo Atlante, também significa água. Essa chave, que explica somente uma das correspondências sagradas da palavra arqueomeinca, pode ser aplicada em todos .os Livros Sagrados, inclusive em todas as mitologias. Isso prova o que dissemos em nossas notas sobre a CaBaLaH dos patriarcas e de Nosso Senhor Jesus Cristo, seu inspirador. Nisso, os judeus foram apenas intermediários, mas às vezes de uma forma involuntária e inconsciente, com exceção dos seus Profetas.


As dificuldades que envolvem o sentido do termo Matatron, tão nebuloso aos que ignoram essas correspondências, surgem também em outro nome, Shadaï que tem dado canseira e tirado a paciência de muitos Rabinos; porque existem duas escritas deste nome, que é lido deste modo: ShADAI = 316 é o Verbo, o ShVa-DHA em vattan, o Swadha em védico e IShO, Jesus.37
Por outro lado, incluindo os Cabalim dos alfabetos que chamamos de "lunares", entre outros, os Koranitas esotéricos dizem, conforme o livro litúrgico chamado Maksurâ, na folha 40: "Chama-se Maetatron ao chefe que vê Deus cara a cara; é chamado igualmente de IeShOua". A figura bíblica de IShO sob essa relação teóptica é Josué olhando para o Sol.
Esperamos que todas essas provas sejam conclusivas em relação à identidade do Verbo e de Jesus, por meio de todos os desmembramentos da proto-síntese patriarcal. Estamos longe de ter esgotado todas as provas que podíamos apresentar, mas como precisamos encerrar, fecharemos a precedente com uma só prova que não será a menos extraordinária.
O nome do Pai proclama o Filho, a divina Essência e a divina Existência. IHOH, que significa "Eu a Vida" e "Eu Sou", tem por número 26. Esse número misterioso, tomando as letras pelo seu valor numérico, dará CO em vattan e em védico, e depois, em sânscrito, CV, CaVi, o criador pelo seu Verbo, Deus Poeta. No primeiro trígono arqueométrico, aquele do Verbo e de Jesus, essa poesia divina é lida como PhOSh-Ya, e, dirigindo-nos pelo védico e o sânscrito ao grupo chamado semítico, porém anterior a Moisés e à PhOSh-Ya de que já falamos em outra parte, vemos que essas antigas línguas têm o mesmo sentido da manifestação solar, da Cosmo-Fania do Ya, da Suprema Beleza Criadora, e tem seu radiante esplendor nas mesmas letras do Nicod bilo ShOPh.


Será que é necessário prolongar ainda essa verificação ascendente das evidências hierárquicas da verdade divina? A Santa Essência inacessível de IHOH nos responderá novamente por meio da palavra de seu Verbo. Mas a interrogaremos piedosamente, porque a razão suprema não tem medo de nossa razão; pois o Princípio Divino demanda nossa verificação, enquanto o Verbo criador, como quando tinha a nossa carne, permitiu a São Tomás verificar as feridas de suas costas e de suas mãos.
O que existe por trás dessa manifestação da Existência Divina, atrás desta poesia de seu Verbo, atrás da mesma sabedoria de que a Cosmo-Fania é o Esplendor criador? Qual é o seu fundamento, o seu motivo, o seu motor, no mesmo centro da energia absoluta do Pai?
É o desdobramento do pensamento sobre si mesmo? É o Me... da Escola Védica Lunar, substituída por Krishna pela solar do Verbo, 3100 ou 3200 anos antes da Encarnação de Nosso Senhor?


A resposta é a seguinte: 26 é a soma dos números de IHOH, que nos dá o Ca-Vi dos vedas: "Brahma-Cavi", dizem os Livros Sagrados da época de Krishna. Agora, então, não existe qualquer correspondência numérica de extração entre esses dois lermos justapostos, e a que existe inegavelmente entre Ca Vi e IHOH, 26, vem evidentemente da proto-síntese patriarcal, que a Escola Ariana herdou sem conservar o primeiro Princípio.
Avançando um pouco mais. O radical de 26, seu íntimo é 13. Então, em etmsco, 13 é IG; em védico e em sânscrito decimal, esse mesmo número é lido AG, 1 e 3. Desta raiz nasceu a IGnis, AGni, AGiosh. A inversão dá GA e GI; GA é, em hebraico, o Esplendor; em védico, a Potência orgânica de AGni, e também sua penetração universal. "Nosso Deus é um Fogo devorador."
Esse fogo da Divina Essência, que pode ser às vezes terrível, não é menos do que o fundamento da Vida; seu Coração é o Amor Criador, o Amor Conservador, o Amor Renovador e Salvador, Absoluto, Eterno, Infinito. É o ShVa-DHA vattan, o Swadha védico e sânscrito, o DatU-ShO do primeiro Zoroastro, 2800 anos antes de Nosso Senhor.
É o sacrificador de si mesmo a todos, o Agni dos vedas, nosso AGNUS DEI.