HISTÓRIA DE TEMPLOS ANTIGOS


    Templo (do latim: templum) é o edifício consagrado a um culto religioso e, figuradamente, significa lugar respeitável, lugar sagrado; locais onde se reúnem os obreiros em nome do Incognoscível, o Criador de todas as coisas. É também um local sagrado onde se celebram instruções e cerimônias. Um templo Martinista, por definição, é um lugar respeitável, uma vez que o Martinismo não é um culto religioso, nem uma seita religiosa, Porém todo Martinista é encorajado a ter uma Religião seja ela Cristã, Judaica, Mulçumana ou Budistas.

    No início de sua história mística o homem usava, para as suas orações, o alto das montanhas, ou o refúgio sob as árvores de bosques e florestas. Os templos só surgiram na época em que, nos locais tradicionalmente destinados ao culto religioso, foram murados para proteção, permanecendo descoberta a parte de cima, para que, de seu interior, fosse possível ver os céus, já que, desde os primitivos tempos, considera-se que é nos céus que residem os deuses. E isso não é estranhável, quando se considera que os primeiros deuses da humanidade eram os astros visíveis no firmamento (Sol, Lua, Mercúrio, Marte, Vênus, Júpiter e Saturno).

    Os primeiros templos surgiram na Mesopotâmia, "terra entre rios", situada entre os rios Tigre e Eufrates, mais precisamente entre os sumerianos, por volta do IV milênio A .C., atingindo o seu apogeu na época dos babilônios. Os primitivos templos mesopotâmicos, feitos de tijolos secos ao sol, eram bastante simples, tendo a estátua do deus contra a parede do fundo e cercada pelas demais paredes, sem teto. Os mais importantes templos, todavia, foram os da Babilônia, que eram em forma de zigurate; o grande templo era o do deus Marduc chamado de Esaguil, "casa do teto alto", flanqueado, ao norte, pela torre em degraus, o zigurate, chamada Etemenanqui, "templo dos fundamentos dos Céus e da Terra", e conhecida pelo nome de "Torre de Babel", cuja base era um Quadrado de 91 metros de lado e cuja altura também era de 91 metros, Essa torre, destruída pelo rei assírio Senaqueribe, foi refeita por Nabopolassar e seu filho Nabucodonosor.

    Os templos egípcios, que surgiram depois, tiveram sua expressão maior no Novo Império (a partir de 2.2 (NI A. C. aproximadamente) e obedeciam a um esquema invariável: havia uma alameda processional, cercada, de cada lado, por ume fileira de esfinges, conduzindo à porta de acesso, situada entre suas colunas e através da qual se chegava a um pátio interno e, em seguida, ao santuário. Os templos egípcios eram a representação da Terra, da qual brotavam as colunas, como gigantescos papiros, em direção ao céu estrelado (no início, o próprio céu, nos templos descobertos; depois um teto imitando a abóbada celeste).

    Os templos egípcios e babilônicos influenciaram, evidentemente, os templos hebraicos, inclusive o lendário grande templo de Jerusalém, ou templo de Salomão, que viria a ser o arquétipo das igrejas.

    Mas foi com os gregos que a construção de templos tornou-se a mais alta expressão da arquitetura antiga, desenvolvendo, nela, formas e estilos que refletem, de maneira objetiva e exemplar, a essência da antiga arte de construir.

    Influenciando todas as culturas posteriores, o templo grego é, essencialmente, a habitação do deus. O seu núcleo é a cela, erigida para o deus e para a sua presença em forma de imagem; com a configuração de um retângulo alongado e uma larga porta aberta num dos lados menores, a cela tem a estrutura fundamental da casa grega, o megaron. A forma básica do templo grego, determinado por um eixo longitudinal e desenvolvendo-se, equilibradamente, a partir deste eixo, adquire, mais tarde, isso de maneira secundária em relação à sua finalidade, uma orientação, segundo a qual a porta do Leste, ou Oriente, dá acesso à cela, de maneira que a imagem cultual do deus apareça, em frente a ela, a Oeste, ou Ocidente. Com equilíbrio, o recinto interior é dividido por duas filas de colunas interiores em nave central, ampla e dominante, e duas naves laterais, mais estreitas, de cada lado. O Megaron tem um vestíbulo, constituído pelo prolongamento das paredes mais compridas do quadrilátero, que são reforçadas na Parte anterior, "antas", tendo, entre elas, duas colunas e formando o átrio.

       Nos Templos Martinistas observa-se diferentes configurações, uma vez que há diferenças ritualísticas entre as diferentes Ordens. As organizações mais relacionadas e identificadas com a Maçonaria, possuem uma estrutura física parecidas com estas, ou seja um direcionamento Oriente/Ocidente ladeados por pontos cardeais simbólicos ( Norte/Sul), no ritual de Teder por exemplo, a estrutura é quase uma cópia de uma Loja Maçônica.

Na média os Templos ou Lojas Martinistas tem a mesma configuração, a decoração baseia-se em três cores básicas ( preto, vermelho e branco), e em geral são simples e sem nenhum tipo de ostentação material. Há uma estação dedicada aos Mestres do Passado, O Pantáculo Martinista instalado no Oriente, ou sobre uma cadeira, e ao centro uma mesa quadrada ou redonda com três velas simbolizando as colunas simbólicas do Templo.

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