ESTUDO DA SEMÂNTICA OCULTA

Introdução

Todas as obras de Ocultismo falam da "Ciência do Verbo", porém nenhuma tem fornecido à esta, uma razão convincente, de atribui-la uma grande importância. Esta o é, com efeito, porque os antigos iniciados, fundadores de tantas civilizações, sabiam dar, com base e alma destas, uma língua. Suas palavras não eram um produto ao acaso, mas sim baseadas no conhecimento profundo da íntima natureza do que expressavam.

Refazer esta "Ciência do Verbo" - o que não é outra coisa que a aplicação na íntegra do conhecimento oculto - exigiria confeccionar um dicionário de todos os termos das diferentes línguas, antigas e modernas, e dar a cada uma de suas palavras os comentários demonstrativos. Este seria um trabalho que aumentaria em muito as possibilidades materiais e intelectuais de um simples estudante desta ciência sobre-humana, coisa própria dos iniciados do mais alto grau.

Sendo sem dúvida que este assunto apresenta interesse para todos os discípulos formais, ousamos empreender um estudo - a título de ensaio - de algumas palavras que pertencem a diversos idiomas. Nossa intenção é indicar um caminho, que outros mais competentes poderão ampliar indefinidamente.

Nós temos nos servidos, forçosamente, para realizar nossa tarefa, das chaves habituais da Ciência Oculta, sem as quais os comentários estarão desprovidos de valor para o leitor e pode inclusive, parecer um emaranhado de palavras incoerentes.

Estas chaves são, principalmente:

A Cabala Hebraica;
O Taro;
A Astrologia;
A Alquimia;
A Mitologia das diferentes religiões;
A Semântica profana.

Manejadas com inteligência e oportunidade, a aplicação destas chaves nos levará a revelações insuspeitas sobre a autentica significação dos nomes.

Breve comentário sobre a Escrita Hebraica

Queremos fazer ressaltar uma característica importante da língua hebraica: as vogais não tem o grafísmo de uma letra, mas sim certos pontos, chamados pontos masoréticos, que as representam.. A adoção destes pontos é coisa relativamente recente. Os antigos textos hebreus foram escritos sem vogais. Por isto, suas palavras são impronunciáveis, e só um conhecimento oral prévio fazem com que elas sejam inteligíveis.

A explicação racional, desta anomalia tão notável, é a seguinte: o feito que a maioria da população, de toda nação civilizada seja capaz de ler r rescrever, é coisa recente, poderíamos até dizer atual. No povo hebreu, dos tempos bíblicos, como, por outra parte, em todos os povos primitivos, as pessoas letradas se encontravam somente nas altas classes sacerdotais e, evidentemente, estas não tinham nenhum interesse que o povo tivesse acesso a leitura dos textos sagrados; em primeiro lugar para preservar sua posição privilegiada, depois para evitar a formação de opiniões particulares, suscetíveis de desvios, e até mesmo cismas. Estes grandes sacerdotes não tinham que ler em voz alta os textos escritos e, por sua formação e qualidade, tinham a intuição desperta, o que permitia fazer uma leitura muito diferente a que estamos acostumados a fazer atualmente. As letras eram para eles símbolos ideográficos, hieroglíficos, esquemas representando analogias e afinidades com as idéias que correspondiam a diversas ordens de conhecimento que derivam de um estudo iniciático do mais alto grau. O uso das vogais eram pois desnecessário, permanecendo a leitura em um plano mental sem concretizar em idéias particulares. Esta é a verdadeira característica da Cabbala.

A vinda do Cristianismo, cheio de novas idéias, provocou entre os Padres da Igreja um grande interesse em compilar todas as antigas escrituras hebraicas, e assim se formou o Antigo Testamento. Neste momento começou a perda da antiga sabedoria iniciática de Israel. O conhecimento abstrato se converteu em concreto, e o que podia Ter muita significações expressado por um único símbolo, permaneceu limitado a uma significação exigida por uma certa mentalidade que era incapaz de funcionar no abstrato. A "letra morta" surgiu e "o espírito que vivifica" desapareceu. Este originou todas as confusões, absurdas e infantis, própria do espírito teológico, enquanto que os círculos esotéricos buscavam a "palavra perdida, que por outra parte, não é uma "palavra", senão uma maneira de ler, tal como acabamos de expor.
Esta baixa qualidade dos leitores, levou ao passo da expressão hieroglífica da língua fonética e a obrigou a criação dos pontos vogais, o que tem sido feito sobre a língua vulgar oral, mais ou menos corretamente. A língua então descendeu do mental para o astral, criando uma egrégora própria a raça judia. Sabemos que a vibração fonética é a expressão astral da alma de um determinado povo. Em conseqüência, as necessidades vitais e sociais tem baixado mais a língua até, o físico. O que era um esplêndido meio de expressão dos altos iniciados, se converteu em uma língua que permite as relações comerciais, como qualquer outra língua moderna.

A incompreensão e confusão próprias dos tempos atuais tem chegado ao ponto de levar os judeus, ainda mais que são pessoas cultas, a pensar que os Cabalistas são uns loucos ou bem pessoas que passam o tempo jogando com as palavras, tal como se faz as palavras cruzadas dos jornais. É bem sabido que quando os ignorantes faladores querem fazer-se sábios, não dizem mais do que besteiras.

Podemos deduzir de tudo isto que a leitura da Bíblia apresenta pouco interesse para um estudante formal - e especialmente a leitura do Velho Testamento - mesmo que este seja em hebreu. Vejamos um exemplo: O Gênesis diz que a Criação foi feita em seis dias. Dia - YON em hebraico - se escreve IOD, VAU, MEM; IOD é o símbolo da vida Universal, VAU é o signo da relação, MEN a letra mãe da Água, signo da fecundidade, e portanto da multiplicidade. A idéia como "revolução da Terra", passa ser uma direção especial dada a Vida Universal que vem a se concretizar em múltiplas formas da vida vegetal, animal, etc. submetidas a processos de vida-morte (Arcano XIII do Tarot ). A diferença é pois notória.

A atenção de um grande número de estudantes tem sido atraída pelo fato do hebreu moderno suprimir da escritura dos antigos, caracteres traçados por linhas mais ou menos grossas. Tem sido trocado por letras simplificadas traçadas com uma só grossura. Tem aparecido também a letra cursiva. Isto se deve ao fato de que em nossos dias já não se usar a pena oca. Isto fez desaparecer os antigos caracteres, igual o que sucedeu com o gótico inglês e alemão, e a letra redondilha francesa, etc. A letra cursiva é uma conseqüência da necessidade de uma maior rapidez na escrita.

Não seria prático redigir uma conta comercial, com um trabalho de um calígrafo.

Sânscrito.

A T M A Vontade - A força volitiva; ATMAN, em sua forma neutra - A Vontade incondicional - Em um sentido superlativo, a Vontade criadora Divina, a que mantém as Leis Fundamentais do Universo.

Composição:
A - Primeira letra do alefato: elemento ar (inteligência) gérmen originário de todas as coisas; símbolo do primeiro alento vital; indefinidamente mutável por sua condição elementária; primeiro Arcano do Tarot, o prestidigitador; número 1.

T - Última letra do alefato; símbolo do fim de todo processo, pelo feito de Ter chegado a sua perfeição; símbolo da Cruz como fim de uma etapa da evolução humana.

MA - Sufixo ou prefixo da raiz etimológica, serve para dar a esta um sentido superlativo de maior quantidade ou qualidade.

Síntese: A reunião da primeira e últimas letra do alefato hebreu, indica o Primeiro Princípio posto em ação orientado até um aprofundamento máximo na matéria, atravessando e despertando em sua descida todos os campos de ação, próprios a outras vinte forças compreendidas entre A e T.

A adição da partícula MA como qualidade, a relaciona a mais alta espiritualidade e a mais alta força no que concerne ao ser humano. Em seu sentido cósmico, expressa claramente a qualidade e o poder divino como força diretora e realizadora da Manifestação.

a t m a n - A adição do N final, nos indica o gênero neutro, portanto a foça de vontade incondicionada. Atma e Atman tem, entre eles, a mesma realização que Brahma e Brahman: Brahma é o Deus creador precisamente de nosso Universo: Brahman é uma força criadora susceptível de criar nosso Universo ou bem outro. É permanentemente sobrepassado qualquer limitação formal, de tempo ou de espaço. Manvantara traz manvantara, continuará produzindo universos, como a árvore, graças a sua vitalidade.

Assim, Atma é a faculdade volitiva humana particular a cada indivíduo ou ego, enquanto que Atman é o princípio da vontade do Logos, o que dá ao seu Cosmos as leis inflexíveis, que sustentam sua manifestação, e na qual se incluem todas as criaturas que evoluem no campo de ação.

Quando o homem chega a por de acordo com o seu princípio átmico com o Atman do Sistema, passará a formar parte integrante deste, porque nada mais que as quantidades homogêneas podem somarsse. Então não será mais um Anjo rebelde (1) e poderá chegar a ser um autêntico colaborador da Obra Divina, impossível enquanto dê prova de iniciativas particulares derivadas de atuar como bem lhe parece, sentindo pejorativo da liberdade, fonte de toda classe de perturbações nos desígnios Divinos. É esta, pois, a origem de todos os males provenientes do choque com forças imensamente superiores ( mal karma ) e cujos resultados podem ser transladados unicamente pela Misericórdia Divina, a fim de que, sem que se produza o aniquilamento imediato do ser, se cumpra quando menos a justiça fatal, derivada da Lei Universal que rege todas as coisas.

M A H A T M A As considerações precedentes contribuem a interpretação desta palavra. Tem-se que prestar atenção a interpretação da letra H e a adição do prefixo MA.

H - Símbolo da vida em seu sentido natural de vitalidade física. É também a Quinta letra, e seu número é o 5.

O 5 é a representação aritmética do pentagrama, símbolo da mentalidade.

MA - Seu sentido aqui é de grau síntese: O adjetivo "Mahatma" significa pois, a encarnação física de um grande iniciado, cuja característica é a ação. Por meio desta é capaz de engendrar um novo estado de coisas representando tanto no sentido individual como no coletivo, um novo nascimento, por causa do feito de que a renovação mais acima indicada tem lugar em todos os planos, físico, psíquico e mental.

Debaixo de suas influência, as pessoas trocam suas maneiras de pensar e novos sentimentos se despertam na consciência, realizando ações espontâneas e heróicas, que não seriam antes capazes de se levar a cabo.

Exemplo: Gandhi e sua obra.

Chinês

T A O Palavra chinesa da que se tem servido Lao-Tsé, para designar a via que deve levar o homem a união com a Divindade. Designa também a mesma Divindade.

O sentido cabalístico desta palavra é tão evidente que quase pode dispensar-se todo comentário, porque recalcamos a última letra do alefato, seguida da primeira, a mais espiritual, símbolo da Unidade suprema. A íntima relação que existe entre estas duas letras vem expressada pela letra VAU, que as une, indicando a vez que se trata de um processo de conversão temporal ou processo evolutivo, sendo da última e mais profunda manifestação material (TAU = 400) a mais alta qualidade espiritual (Aleph = 1).
O livro de Lao-Tsé que expõe como o homem pode chegar ao conhecimento do TAO, se chama o TAO-TE-KING, Tao o Rei, em inglês. Segundo as considerações já expostas, se vê claramente que seu sentido é exatamente o mesmo que o RAJA-YOGA. RAJA em Sanscrito quer dizer Rei.

O ideograma chinês da palavra TAO - que a dificuldade tipográfica nos impede de reproduzir aqui - está formado de duas barras verticais, unidas por quatro linhas horizontais eqüidistantes, formando o conjunto uma escala portadora de quatro degraus. São os quatro mundos da Cabala, que deve remontar pouco a pouco para chegar ao superior, o Céu, simbolizado por outra barra horizontal que desborda os dois duas linhas verticais para representar assim sua imensidão. Uma linha curva côncava sustenta a parte inferior desta escala, de mesmo comprimento que a reta de cima. O inferior análogo ao superior, a linha reta superior representa o Céu, enquanto que a curva simboliza o mundo material.

É simples coincidência o feito que os físicos teóricos atuais substituam por uma geodesia o antigo conceito da linha reta, suposta distância mínima entre dois pontos?
Quem estiver interessado em ver o ideograma que acabamos de descrever, o encontrará impresso na capa do livro editado por Paul Derain de Lyon, que recomendamos, cujo título é "Le Tao Té King".

Hebreu

EL Letra hebraicas: Aleph (foneticamente HE) e Lamed, correspondendo astrológicamente aos signos Aries e Libra. Os dois signos opostos no círculo do Zodíaco, que determinam o eixo dos equinócios. Por analogia, o princípio das casas I e VII do horóscopo, o Ascendente e Descendente de todo momento; o horizonte de qualquer localidade, em qualquer momento; a linha ideal que separa o dia da noite, o feixe horizontal da cruz dos pontos cardeais; a impulsividade marciana equilibrada pela doçura veneziana; é tudo o que pode resumir-se pelas palavras EL e ELLA.

A palavra EL, que é em si um dos qualificativos da Divina manifestação (III Séfira, Binah) é utilizada em geral como um sufixo das palavras as quais se quer dar um sentido de alta qualidade espiritual (p.e. Michael).

IAH Palavra composta das letras Iod, princípio ativo, fonte misteriosa de toda vida formal, e de He, princípio passivo. Corresponde respectivamente aos signos de Aries e Virgem, e aos números 10 e 5.

É a palavra que se opõe a "EL" na Árvore Sefirótica, como II e II Séfira. Se converte na aura do sistema solar, nos planetas Netuno e Urano.
Se "EL" representa a finalidade da vida humana, "I A H" simboliza a natureza do ator, porque a conjunção de _, Agnus Dei, e c da virgem, He aqui explicado em duas letras o mistério da Encarnação.

É também em um plano metafísico mais elevado, o ato princípio da manifestação criadora, a primeira divisão da Unidade Suprema (Kether). É a Virgem fecundada, todavia ainda não Mãe, devido a que é em estado potencial.

Na escala humana, o signo de Virgem nos indica o conhecimento científico, de onde deriva a possibilidade de atuar inteligentemente sobre a Natureza. Na escala espiritual e Chokmah a Sabedoria admirável que reflete toda a Criação para obter a auto consciência dos seres para os quais foi feita, ao longo da evolução e a qual o tempo é um fator insignificante.

No Cosmos, I A H é luz e calor, a luz física e a temperatura tal como nossos sentidos a percebe. Vibração luminosa que inunda o Espaço porém que não há resultado evidente, até que se reflita em algum objeto. Calor a intensidade da qual sobrepassa nossas possibilidades materiais. Por exemplo: a temperatura dos cometas, a luz da inteligência, o calor vital. Segundo as mitologias, são todos os deuses do fogo e da luz, tais como Apolo, Agni, Lúcifer, etc. "In primum die fecit lucem", diz a Bíblia. Todas as idéias que acabamos de expressar, são derivadas da influência ígnea e marciana, Aries, na pró matéria, Virgem.

Numericamente temos que 10 + 5 = 15, Arcano do Diabo, o deus dos infernos. É dizer, de tudo que é inferior, domínio do FOGO eterno, de Vulcano e as armas de Marte estão feitas em suas forjas.

S A T A N Letras Schin, Tau, Noun. 3 + 4 + 5 = 12. Schin, letra mãe do FOGO. Símbolo do fogo purificador. A energia criadora na última manifestação (Schin = 300). Inteligência analítica. Atividade dispersiva. Símbolo das forças cósmicas de um Universo em expansão, precipitando-se nas profundezas infinitas do espaço.

Tau, última letra do alefato, expressão máxima da materialidade. O mundo exterior tal qual se oferece a cognição dos sentidos. Símbolo geométrico da cruz. Combinação do ativo e do passivo. A ilusória perfeição do quaternário. A Cruz como símbolo de Redenção. Como letra que vai após Schin, redenção depois da purificação pelo FOGO, é dizer, de um processo evolutivo. A transmutação dos metais impuros em OURO, depois de cocção sucessivas.

Schin + Tau = 3 + 4 = 7. Forças convertidas de letras duplas. Esta conversão de baixa qualidade, em qualidades ótimas, é um trabalho a realizar pelo Homem no lapidar da Natureza.

Noum = 50: O pentagrama, símbolo da sabedoria, única qualidade outorgada ao diabo. É também o arcano XV do Tarot. É o Diabo, que tem encadeada a junção humana, pelos seus próprios vícios. Etmológicamente, é tudo o que está atravessado, que impede o passo neste caso, negação ou obstáculo à evolução espiritual, portanto o Adversário aos propósitos divinos. Negação total com relação a Afirmação integral:: "Ego sum Qui sum", Iavé. Quando mentimos ou enganamos, não fazemos mais que darmos o que somos (Mefistófeles, Goethe). Se encontra também a letra Noum como raiz fonética da negação em um grande número de línguas: No espanhol, Niente italiano, Nom francês, Not inglês, Nicht alemão, Niet russo, Nem húngaro, etc.

Resumiremos tudo o que foi dito e subtrairemos que estamos analisando uma palavra que é a barreira que impede o acesso a toda verdade transcendental, porque 3 + 4 + 5 = 12, as doces fronteiras do Universo que nenhuma entidade espiritual pode franquear, sem haver passado pelo grau humano.

Assim, a elevação de Tau, a cruz, acima de Schin e de Noun, como equilíbrio entre estes dois, é para o homem a única esperança de um glorioso futuro.

Grego

C R I S T Esta palavra, de origem greco-alexandrina, foi empregada pelos gnósticos primitivos como adjetivo para designar o Messias. É assim que, contra o que de maneira habitual deveríamos dizer JESUS o CRISTO, como se diz GAUTAMA o BUDA. É corrente, nas línguas semíticas e orientais designar as pessoas por qualificativos que tenham que ver com uma de suas qualidades ou condições pessoais. Este costume se introduziu no Ocidente durante a Idade Média e subsistiu até o princípio da idade moderna.

Todos recordamos nomes de reis e personagens notáveis da História, seguido de um adjetivo, tais como: Salomão o Magnífico, Felipe o Formoso, Alfonso o Sábio, etc.

Algumas vezes, o adjetivo substituiu o nome e este passa a ser esquecido, como ocorreu com Barbaroxa.

O caso de Jesus é idêntico. Em nossos dias a Igreja e seus fiéis se servem de preferência do qualificativo para designar o Messias Redentor; dão prova desgraçadamente de uma lamentável atitude superficial, porque a palavra CHRISTO significa simplesmente o Ungido, o justo, em linguagem vulgar. Ao contrário, o sentido esotérico desta palavra tem uma extraordinária importância, como vamos ver em seguida.

Traduzamos foneticamente CHRISTO em letras hebraicas, e teremos QUOPH, Resch, Schin, Tau ( sem Ter nunca em conta as vogais). Respectivamente 100, 200, 300 e 400. Sendo assim que 1 é a unidade dos dígitos, 10 das dezenas e 100 das centenas e cada um destes grupos representa um passo mais fundo na matéria objetiva, é pois evidente que correspondem a OLAM YETZIRAH, disposta a passar o quaternário de realização, mundo físico o OLAM ASSIAH. Por outra parte, somemos 100 + 200 + 300 + 400 = 1000. Tem-se aqui a unidade dos milhares. A passagem do quaternário se realiza fatalmente e toma a forma mais superior que pode Ter, Aleph alargado e barrado, valor mil. Esta letra é a primeira do alefato, e espessa também a qualidade espiritual superlativa. As duas condições, simultaneamente realizadas, fazem ressaltar que o adjetivo que estamos estudando deve relacionar-se unicamente a um ser que reuna em si virtudes de HOMEM e de DEUS de uma só vez, virtudes que nada deixa de reconhecer a CHRISTO.

O elemento Fogo entre Sol e Saturno expressa a qualidade de LEÃO DE JUDA. Por sua vez, o signo inicial de Peixes expressa a condição místico amorosa (Vênus exaltado em Peixes), assim como a última perfeição a qual leva sua doutrina. É efetivamente extremadamente difícil de dizer mais do que CHRISTO disse. Saturno é sua paixão e sua morte; o Sol final sua morte e a cruz e sua radiante ressurreição e ascensão aos céus, recordam assim o mito solar realizado no Pai Sol.