DAS BASES PRÁTICAS E TEÓRICAS DO OCULTISMO
Pelo Amado Irmão Logos Aionos


O início de nossos estudos pode ser efetuado através da classificação geral dos tipos de magia que envolve o estudo geral a ser processado pelo estudante de ocultismo. Existe primeiramente uma magia humana, centrada no desenvolvimento das faculdades do corpo astral, na depuração da força nervosa, bem como na higiene físicas e morais, bem como no desenvolvimento da vontade.

A segunda, refere-se a interferência da vontade nas forças naturais levando-se em consideração os ciclo energéticos em voga, para a consecução de um objetivo, geralmente manifesto no plano físico. A primeira deve ser o fundamento dos estudos do magista, que pelo aprimoramento de si mesmo se colocará em condições de fazer frente às forças manipuladas na segunda área de estudo. Essas condições serão adquiridas através do treino particular.

Em tal treino verificam-se diversos procedimentos como o treino respiratório que visa a dinamização da força nervosa, que também pode ser chamada vital, através dos diferentes ritmos respiratórios empregados, segue-se então a espiritualização dessa força acumulada através da prece, a sutilização se dá através de jejuns e alimentações especificas, concretiza-se a mesma pelo treino do verbo, ação e vontade.

Devemos ressaltar que esses treinamentos, não se processam em fazes diversas, mas de forma simultânea promovendo um equilíbrio gradual no praticante. Todas essas praticas, tem por finalidade, a sensibilização nervosa do corpo astral, a ponto de que o mesmo possa exterioriza-se parcialmente.

Entretanto devemos considerar que lidamos aqui com níveis de energia e não com corpos propriamente ditos na acepção da palavra. Um sábio certa vez afirmou que fora da matéria, não existe tempo ou espaço mas estados do Ser. Entretanto sendo essa energia de natureza sutil ou grosseira; a mesma deve estar sujeita as leis conhecida referentes à energia.

Não havendo tempo ou espaço ela pode estar em toda parte, agindo na matéria segundo leis iguais ou análogas às leis referentes a formas mais grosseiras de energia, atuantes em nosso mundo. Assim a energia ou força nervosa projetada pelo magista a partir de si mesmo, percorre os níveis energéticos metafísicos que nos permeiam segundo um movimento direcionado por sua vontade, num movimento condizente ao descrito na teoria propagatória, onde as "partículas de energia" se deslocam segundo uma certa ordem atribuída a uma causa, contudo, essa energia ao passar aos diversos níveis da matéria toma uma natureza condizente à descrita na teoria vibratória, onde a energia em si não se locomove mas concentra-se numa ou num determinado conjunto de partículas, alterando sua freqüência vibratória e essa por sua vez transmite esse impulso as demais partículas que lhes são vizinhas, produzindo fenômenos de calor, luminosidade, movimento, som e materialização.

É por esses princípios, a luz da ciência oculta e natural que explicamos os fenômenos do espiritismo e da feitiçaria. De nada nos envergonha em reconhecer a veracidade dos fenômenos produzido em comparação ou pouco conhecimento atribuído aos seus operadores; antes, devemos agradecer para que o conhecimento e bagagem teórica excessiva não nos tornem pedantes em nosso discurso e pobres em nossas ações. Pelo furor o médium e o feiticeiro treinados segundo seus meios instintivos exteriorizam sua consciência, e seus corpos psíquicos.

Não é raro encontrarmos tais entes, geralmente pessoas reclusas e de comportamento diferençado. À visão obtida por estes, bem como pelo magista devidamente treinado, denominamos clichês; são estes que se mostram aos profetas em seus êxtases e convulsões. Os mesmos constituem imagens do que foi, do que é, do que está em eminência de ser e do que virá a ser. Mas que é uma imagem? É a interpretação dada pela consciência a um estimulo percebido a partir do meio, seja ele físico ou sutil.

Uma flor que nos aparece vermelha, não o é em realidade, mas vermelho e´a cor que reflete como refugo da luz que vem a absorver em si, mas o reflexo em si também não é vermelho, mas vermelho a cor que a consciência lhe atribui. Daí Eliphas Levi e Fracis Barret nos explicarem que a faculdade mágica, é a capacidade de enxergar através da imaginação ou fantasia, e da manipulação das mesmas.

A consciência do magista pode assim ser projetada para qualquer lugar do tempo e do espaço, sendo ela também uma forma de energia ausente da matéria e subordinada unicamente aos estados do ser. A consciência nada pode atribuir-se com certeza, a esse lugar metafísico de onde surgem todas a idéias, e Deus se manifesta de modo particular segundo a capacidade de apreensão da mesma, questionando como homens de ciência que somos, surge a pergunta, não será Deus um mero fenômeno da consciência?

Nossa fé não nos permite duvidar, mas a razão já esclarecida pelas coisas do espírito afirma: "Não importa, o universo se comporta como se Ele existisse", e no ponto mais elevado da consciência o magista já um mago ou ainda um teurgo, contempla em si mesmo a imagem e semelhança perfeitas da divindade, e as vê refletidas em tudo que é manifesto; e juntamente como os sacerdotes das antigas Escolas de Mistério do Egito, berço de nossas doutrinas, exclama "Salve o Senhor do Santuário!!! Eu sou Ele!!! Ele é Eu!!!!"

Passamos agora do micro ao macrocosmo, estabelecendo a ponte que unirá ambos qual cordão umbilical liga o bebe a mãe, ligando o homem ao Universo de onde surgiu. No primeiro caso, o operador era colocado através do treino em condições de que o diáfano lhe fosse aberto e sua consciência e corpos sutis, pudessem deslocar-se livremente pelos infinitos estados do ser. Agora, tempos um operador isolado eletricamente por seus vestuários e pelo solo, e psiquicamente pelo círculo, constrangendo o astral a manifestar-se por meio da evocação ou da conjuração, auxiliado por substancias que conferem maior dinamismo às forças evocadas, permitindo sua visão e materialização.

Devemos ter em mente que tais atos são muletas que antecedem o adeptado, o ritual é um esforço de vontade, cuja estrutura de execução, visa estimular a vontade ao mesmo tempo que altera o estado de consciência permitindo a manipulação das forças. Os instrumentos ritualísticos assumem múltiplas finalidades, sendo a primeira dela a de recurso mnemônico, sendo cada um associado a um simbolismo específico que deve ser conhecido pelo operador.

Assim quando em ação ritual, o subconsciente fará todas as associações necessárias, desencadeando uma força poderosíssima, embora os mesmos atuem também de forma mais direta sobre os níveis sutis. A espada representando a vitória e a força, do magista, e ainda o dever de obediência ao mesmo por parte das forças, sob pena castigo, são também utilizada na dissolução de nós fluídicos, servindo como para raio ao operador.

A baqueta, é o símbolo da autoridade e da onipotência da vontade do magista, sendo de natureza fálica, é o elemento yodico do ritual, não podemos deixar de relacionar a baqueta (como descrita por Eliphas Levi em seu Dogma e Ritual da Alta Magia) ao moderno bastão atlante, popularizado como instrumento radiestésico. Tal instrumento quando tocado pelo operador projetaria de si um feixe energético de um metro. Aos que possuem a clarividência desperta, sabem que todo movimento feito, deixa uma marca energética.

A baqueta de forma análoga, atuaria como um lápis nos níveis sutis, imprimindo os signos e idéias do magista sobre os mesmos. A taça, referente ao elemento água representa as emoções controladas pela sabedoria, os elementos passivos recebendo o influxo de vontade do magista. O espelho representa a penetração da consciência do magista no mais profundo de si mesmo, com efeito, sendo o microcosmo o espelho do macrocosmo, representa por analogia e penetração da consciência do magista nos mais profundos níveis de consciência universais. Através dele manifestam-se às imagens e seres de outras esferas.

O turíbulo e os perfumes, representam a sublimação da consciência partindo da matéria, e ascendendo aos níveis superiores, auxilia na materialização das entidades. O pantáculo, representa a relação entra macro e microcosmos e da atuação do último como consciência regente das leis universais. Sendo relativo ao elemento terra, atua condensando e fixando a idéia de autoridade do magista.

A túnica e o manto são representativos do ovo áurico, devendo ser cor relativa ou análoga ao ritual, de forma a estabelecer não apenas uma identidade psicológica com os objetivos rituais mas também energética, visto que a cor é também uma forma de vibração. Cores neutras, como o branco, podem ser utilizadas símbolo e forma de irradiação energética em determinadas operações, ou até mesmo de forma geral, enquanto o negro como forma de isolamento.

O cordão ou cinturão, representam a ligação do magista com o invisível, como o Deus pessoal, e com a egrégora protetora. Quando devidamente magnetizado e consagrado atua como um círculo mágico pessoal. A lanterna representa a razão do magista incidindo sobre determinado aspecto do universo, devendo sua cor ser análoga à operação, também auxilia na criação da atmosfera vibratória conveniente a manifestação da entidade ou princípio evocado. O círculo traçado em cores análogas representa o infinito no centro do qual o verbo do mago atua como o verbo de Deus comandando todas as forças. É ideal ainda que seja misturado as substancias utilizadas no traçado, alguma substancia que atue com condensador fluídico, como o carvão, nesse ponto, nesse ponto, ao absorver a influencia magnética do operador direcionada volitivamente a isolar o espaço de trabalho o mesmo ajudará na fixação da barreira energética produzida pelo círculo.

Por ultimo, o triangulo que pode ser usado em associação ou em substituição ao espelho, representa a manifestação total da entidade nos três níveis de consciência, bem como, sendo traçado adequadamente e em modo análogo ao círculo, restringe a movimentação da entidade. Todos os instrumentos citados devem ser preparados segundo um rito específico, pelo qual são imantados segundo sua função pela faculdade volitiva do operador.

Devemos dizer porém que todas essas operações complicadas e minuciosas tem por único objetivo auxiliar na fixação volitiva, criando um hábito de vontade que depois de cristalizado, dispensa outros recursos. As consagrações necessárias aos objetos da arte são importantes, mas devemos lembrar que a principal consagração é a conduta e o pensamento, pois é de nossa firme opinião que um adepto nos mais elevados níveis de desenvolvimento, dispense quaisquer implementos, embora os mesmos, tendo sido carregados volitivamente pelas consagrações, pela conduta em seu uso e pelo aspecto psicológico associado aos mesmos, sejam de grande valia, pois poupam grande dispêndio de energético por parte do operador.

Estas forças manipuladas no ritual, devem ser consideradas em sua abstração, uma vez que é livre de um corpo material e logo, não devem ser consideradas do ponto de vista de individualidade material, são antes de tudo níveis de energia. Quando evocamos uma força, comungamos na verdade com sua esfera mental; e dessa comunhão se originam os riscos apontados pelos mestres na magia cerimonial, facilmente as energias manipuladas fogem ao controle daquele que não possui ideal preparo originando a obsessão.

Uma vez considerada essa comunhão, devemos considerar que a mesma deve ocorrer segundo uma lei reguladora. Essa lei, não é outra se não a "lei das relações simpáticas", que determina a dissolução do semelhante sobre o semelhante, sendo paradoxalmente oposta à lei das polaridades, de modo que um homem que evoque ou invoque uma energia mercurial, por exemplo, deverá entrar em ressonância vibratória com a mesma, de modo que ambos percebam-se um ao outro, para tal, deverá exteriorizar seu próprio aspecto mercurial. Isso é feito, através das invocações e evocações, associando as mesmas os recursos analógicos de cor, perfume e simbolismo, associado a mercúrio.

Voltando ao ponto da comunhão, uma vez que a mente é um loca metafísico, a mesma habita em todas as esferas, da mais baixa, a mais elevada, simultaneamente, embora nem sempre a mesma, possa apreender tal situação uma vez que está tão habituada aos parâmetros materiais. Disso resulta que a mesma seja absoluta, consciente ou não disso. O homem, feito à imagem e semelhança de Deus, possui em si três características herdadas: pensamento, vontade, verbo(ação).

Estabelece-se nele a mais perfeita das analogias entre micro e macrocosmos, o homem apresenta-se como a síntese universal, o espelho do universo, o corpo de Deus, sua consciência, o espelho da Consciência Cósmica. As demais entidades, nada são além de aspectos particulares do Ser do Seres. Os seres dos elementos, são manifestações de quatro princípios universais, a saber: radiante, fluente, expansivo e coesivo, sendo suas manifestações grosseiras e hieróglifos materiais, respectivamente, o fogo, a água, o ar e a terra.

Os mesmos manifestam-se no homem na forma dos quatro temperamentos clássicos da psicologia, cada um correspondente a um elemento; com efeito, nessa explicação repousa o supremo significado da estrela flamígera e a chave para o domínio das forças elementais, demo-la sem reservas, embora saibamos ter sido demasiados claros, entretanto, temos consciência que os profanadores concentram toda sua atenção a fórmulas miraculosas, e nada querem ouvir disso que segundo eles, nada é além de devaneios intelectuais, temos ainda consciência que dos que compreenderam nossa elucidação, poucos serão os que terão disposição moral para tal obra.

Passamos dos elementais a seres de envergadura superior, os anjos, aos quais se aplica também nossa última explicação. Os nomes angélicos, denunciam sua natureza, a exemplo, Mika'El, a força de Deus; Rafa'El, a cura de Deus. Tais entidades, são aspectos de Deus responsáveis por determinadas tendências e manifestações naturais e humanas, e como tais, encontram seus correspondentes em nossa própria alma.

O mesmo se dá com os Demônios que também são chamados anjos decaídos. Não pretendemos com isso afirmar a maldade de Deus, antes, consideramos o Ser dos Seres, como impessoal e até incompreensível àquele que não o realizou completamente em si mesmo, ou seja, àquele que ainda não foi reintegrado; e que a percepção do mal seja a apenas a contemplação do desequilíbrio existente em si mesmo e no que está a sua volta, e que tal dualidade, só se afirma nas percepções grosseiras dos planos inferiores.

Embora único, o Ser, admite em seu seio a dualidade como forma de abstração tese - antítese, geradoras da síntese perceptível. Repousamos nossa certeza, nas palavras de Apolônio em seu Nuctameron: "Na unidade os Demônios se acalmam, perdem sua malícia, e cantam louvores a Deus".

Nesse ponto acreditamos que o tão querido mestre do qual o trabalho deu origem estas considerações que ora expressamos em palavra escrita, tenha advertido contra ao trabalho com as forças demoníacas, unicamente no sentido de prevenir o incauto neófito que no afã de seu entusiasmo, colocar-se-á a perder por lidar com forças com as quais não estava suficientemente preparado.


Saiba-se pois que Centelha Divina que habita em cada ser, é a manifestação daquele que não pode ser nomeado; como tal, ela é infinita e contém tudo em si. Ter plena consciência dela, é criar sua própria alma, veículo da expressão consciente mais elevada da Vida Universal.

Maldito o dia em que o homem buscou Deus no céu antes de vê-lo em si mesmo, bendito seja ainda esse dia, pois por tão terrível que lhe acometeu, buscou o homem por todas as formas encontra-Lo. Nesse ponto, onde a plena unidade se alcança, repousa então o mistério das Forças Universais. Anjo e Demônio, aspectos da própria da Divindade que se manifesta em cada um. Poderíamos especular o sentido das evocações como a exteriorizações desses aspectos, isso responderia a histórica questão de como uma entidade se manifestaria, caso dois iniciados a evocassem ao mesmo tempo.

Entretanto a invocação, ato que visa chamar para dentro de si mesmo, determinada, força, levanta uma nova questão, como chamar para dentro de nós que já está em nós? Lembremo-nos da infinitude do Ser que em tudo se manifesta, sendo o Ser infinito, seu centro não está só em nós ou em algum lugar, mas em toda parte, assim é em tudo, omnia in omnia; sendo mera questão de ponto referencial a maneira como o magista evoca ou invoca determinado poder.

É portanto dever do adepto regenerar o Demônio que lhe habita, conhece-lo, equilibra-lo através da inteligência, a virgem que pisoteia o Dragão e o faz adormecer sob seus pés. Estendemo-nos nesse mister para que se tenha noção das intelecções que se escondem por trás do cerimonial mágico que lhes recobre, pois que os mesmos não são fruto de fantasias primitivas, mas de uma inspiração divina que acomete a inteligência humana.

Quando combinado aos ciclos energéticos favoráveis, ou seja, utilizando-se da influência planetária e zodiacal, os efeitos do ritual são potencializados proporcionalmente a exatidão com que foram sincronizados ao ciclo.

Existe ainda uma outra classe de entidade, trata-se de consciências humanas desencarnadas. Para tal citação, convém que explique de forma genérica a constituição do homem. Toda manifestação é fruto da interação de três forças, os concursos dessas três forçam que interagem entre-se para manifestarem-se chamamos "lei ternária". Tal lei aplica-se infinita e variadamente na natureza, apoiada sempre nos três tempos ou polaridades de ação: positiva, negativa e neutra.

Consideraremos três conceitos de força; a primeira, chamaremos centelha divina, a segunda, corpo astral, a terceira corpo material. Essas três unidades se combinam da seguinte forma, a centelha, quando contraposta à natureza material do corpo, necessita de um intermediário, suficientemente espiritualizado para sofre sua influencia, e suficientemente material para atuar sobre a matéria. A esse chamamos corpo astral. Esse corpo colocado no ponto de tensão entres duas diversas naturezas manifesta deficientemente a ambas quando em seu estado primitivo de desenvolvimento, essa manifestação chamamos personalidade, do grego persona que quer dizer máscara.

A mesma constitui um véu mais ou menos espesso que oculta a centelha ou o eu profundo. Sutilizar esse véu suficientemente para que a centelha se manifeste no conhecimento de si e do mundo que a cerca, em todo seu esplendor é o objetivo da iniciação.

Entretanto, quando o homem morre, os dois corpos sutis, desprende-se do corpo material, o segundo volta a terra enquanto o corpo astral será dissolvido pelas correntes da luz astral, deixando impresso no mesmo toda a informação que carregou. Finalmente a centelha tendo absorvido as informações finais armazenadas no corpo astral desprende-se deste e segue seu processo evolutivo segundo o ciclo de encarnação e reencarnação. A densidade do corpo astral varia segundo o tipo de afeições nutridas pelo individuo durante sua vida terrena, guardando em si, todos os pecados e virtudes do ser vivente.

Quando um homem é vitimado pela paixão violenta e pelo vício, seu corpo astral densifica-se a tal ponto que torna sua dissolução num horrível sofrimento. As corrente vibratórias do astral entram em atrito com o corpo astral produzindo uma sensação de queima. Dessa percepção surgiu o mito do inferno, todavia, esse inferno nada é além do fruto da condição interior de um ente. Contudo, tal qual existem infinitas estrelas no universo, infinitas são diversos estados de evolução encontrados nos seres do astral, nunca sendo exatamente o mesmo para dois seres.

As sessões espíritas e necromânticas, tem por intenção trazer a manifestação no plano material, dessas formas desencarnadas. As primeiras, devido a falta do preparo e inintêligencia dos procedimentos e mecanismo envolvidos, conseguem quanto muito fenômenos reproduzir fenômenos de magnetismo e telecinese, sendo a palavra proferida pela boca de seus médiuns, uma percepção pessoal dos mesmos, pois estando em êxtase inconsciente manifesta mais ou menos coerentemente as idéias-forma que vagam pelo astral.

Ainda podemos citar os muitos casos onde tais médiuns são incorporados por larvas astrais(corpos astrais desprendidos da centelha e em vias de dissolução) que o fazem no intuito de apoderando-se momentaneamente da consciência do médium drenar-lhe a força vital para; segundo o instinto nela impresso pela natureza animal da qual fez parte, manter sua sobrevivência ainda por algum tempo.

Os elementais, espíritos primitivos referentes aos quatro princípio já explicados anteriormente, também se divertem as custas destes, freqüentemente apresentando-se como personalidades famosas ou exóticas, que viveram num tempo mais ou menos distante.

Para produção de todos estes fenômenos que discutimos, é necessária preparação adequada, não raro, faltante, nos pretensos ocultistas, magos e hierofantes que tão freqüentemente apresentam-se nos mais diversos meios de informação, vendendo seus serviços a peso em ouro.

Mas voltando nossos olhares para os campos ou subúrbios das cidades, encontramos ainda pessoas de índole pacata e misteriosa, de comportamento fugidio e reservado, produzindo os mais impressionantes efeitos ocultos, ainda que destituídas do conhecimento envolvido nos fenômenos que operam. Estes são para muitos ocultistas como é o operário para o engenheiro, sendo isso tão verdadeiro quanto o era ao ser escrito pela primeira vez no séc XIX.